A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao


Capítulo 3
O sonho




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Eram sete horas certas quando o Ichigo, o Ishida, o Sado e a Rukia apareceram na casa da Inoue.

Rukia – Boa noite Inoue!

Os rapazes – Boa noite!

Inoue – Boa noite malta. Entrem! Fiquem à vontade!

Ishida – Inoue-san, onde podemos colocar as nossas coisas?

Inoue – Sigam-me. Eu mostro-vos! Subiram as escadas. - Como só há dois quartos, os rapazes dormem no maior. Eu e Kuchiki-san ficamos neste! Disse apontando para um dos quartos. Arrumaram as suas coisas e voltaram a descer as escadas para se acomodaram no sofá. Entretanto batem à porta.

Yoruichi – Boa noite!

Inoue – Yoruichi-san, que veio fazer aqui?

Yoruichi – Eu preciso que venhas comigo, o Urahara quer falar contigo!

Rukia – Inoue, quem é?

Yoruichi – Boa noite pessoal!

Ichigo – Yoruichi-san, o que anda a fazer por aqui!

Yoruichi – Vim apenas falar com a Inoue. Nada de importante!

Inoue – Malta, podiam ir fazendo o jantar? Eu preciso de ir a um sítio!

Ishida – A esta hora?

Inoue – Eu não me demoro!

Saiu e fechou a porta sem dar explicação. A yoruichi agarrou-a pela mão e utilizou o shumpo para chegar mais rápido à loja do Urahara.

Inoue – Boa noite, Urahara-san! A yoruichi disse que queria falar comigo!

Urahara – Boa noite, Inoue-san! Sente-se aí! … Eu pedi à yoruichi para te trazer porque sei que estás a esconder-nos alguma coisa.

Yoruichi – Inoue, tu sabes que se estiver a acontecer alguma coisa, podes contar com a nossa ajuda!

Inoue – Não está a acontecer nada! Está tudo bem!

Urahara – É por isso que nos escondeste o facto de ter sido você que libertou a reiatsu de ontem?

Inoue – Eu não sei do que estão a falar! Falou um pouco nervosa.

Yoruichi – Sabes bem que não acreditamos nessa desculpa!

A Inoue sentiu-se pressionada e furiosa também. Levantou-se e dirigiu-se para a porta.

Inoue – Eu não estou a esconder nada. Se não acreditam paciência! Eu vou-me embora. Tenho coisas para fazer!

Pela primeira vez, viram a menina que sempre fora bondosa, meiga e gentil com um rosto de fúria. Olhava para eles com os olhos cheios de angústia e raiva ao mesmo tempo. Falava para eles com frieza e secura.

Urahara – Com isso temos a confirmação. Só espero que os outros não notem tarde demais!

Entretanto a Inoue chega a casa e depara-se com uma mesa posta e um cheiro delicioso.

Ishida – Inoue-san, ainda bem que já chegaste! Daqui a nada o jantar está pronto!

Inoue – O que estão a fazer para o jantar? O cheiro é delicioso!

Rukia – Inoue! Chegaste mesmo a tempo. O jantar está pronto!

Sentaram-se e comeram aquela deliciosa refeição. Todos conversavam, excepto a Inoue, que apenas ouvia. Pareciam todos bem alegres e a Inoue esforçava-se por parecer também. Ela não sabia porquê, mas o seu coração parecia pesar a cada hora que passava. Era como se todos aqueles sentimentos
mais negros que ela conservava no fundo do coração estivessem a aumentar cada vez mais.

Acabaram todos de jantar e arrumaram a cozinha. Depois de tudo feito acomodaram-se no sofá a pensar no que poderiam fazer. A Inoue não se sentou. Abriu a janela da sala por estar calor e sentou-se no parapeito a sentir aquela brisa da noite. Refugiou-se no seu mundo e a única coisa que lhe ocorria pela cabeça eram perguntas. – Porquê eu? Porque tenho de ser eu a sofrer? Tentava arranjar uma resposta, mas ela não aparecia de maneira alguma. Foi então que se lembrou da altura em que esteve no Hueco Mundo e do Ulquiorra.

Inoue - Sempre tiveste razão, Ulquiorra!

Rukia – Inoue, disseste alguma coisa?

Inoue – Nada! Ficou atrapalhada pois não se deu conta de ter pensado em voz alta.

Ishida – Inoue-san, porque não vens para aqui! Ainda tem espaço para mais uma pessoa.

Inoue – Estou bem aqui! Disse sorrindo.

Rukia – Já agora, o que é que o Urahara e a Yoruichi queriam falar contigo?

Inoue – Nada de mais.

Ichigo – Quando aqueles dois pedem para conversar com alguém há sempre alguma coisa de importante! Conta-nos, afinal de contas somos amigos!

Inoue – Eu já disse que não é nada de importante! Respondeu num tom mais grave e com alguma frieza e secura.

Eles ficaram atónitos com a reacção dela. Se bem que era a primeira vez que a viam falar daquela maneira.

Ichigo – Inoue, está tudo bem?

Inoue – Sim, está tudo bem! Deu um sorriso forçado. Ela não tinha intenção de falar daquele jeito mas não conseguiu evitar. – Desculpem-me. Eu não queria falar daquela maneira!

Ela deixou-se estar no parapeito da janela por mais alguns minutos. Ouviu os amigos a conversar. No entanto eles estavam a falar demasiado baixo para perceber o que quer que fosse.

Inoue – Bem, eu vou dormir! Se ficarem aqui, não se esqueçam de desligar a luz. Boa noite!

O grupo – Boa noite!

Sado – Passa-se alguma coisa com ela!

Rukia – Sim! Deve ser grave para ela não nos contar e ficar desse jeito.

O Ishida não disse nada. Ele sabia em parte porque ela estava triste e distraída. No entanto, também já começava a ficar preocupado com a maneira como ela estava a reagir a algumas coisas.

Ichigo – Acho que devemos falar com ela!

Todos concordaram e foram dormir.

A Inoue já estava a dormir profundamente quando ouviu alguém chamar por ela.

Desconhecido – Inoue Orihime!

Inoue – Quem me chama?

Desconhecido – Sou eu!

Quando se virou estava um Hollow diante dela. Instantaneamente pôs as mãos nas presilhas para levantar o escudo, no entanto não tinha as presilhas.

Inoue – Onde estão as minhas presilhas?

Hollow – Inoue Orihime, és a humana que eu procuro. Tu pertences-me. Em breve virei te buscar! Até esse momento, ficarás com um presente!

A Inoue acorda agitada e com o coração muito acelerado. Sentiu uma dor muito forte no pescoço, deixando-a mais assustada. Resolveu ir à cozinha beber qualquer coisa.

Ichigo acordou a meio da noite e ouviu alguns barulhos na cozinha. Desceu para verificar o que era. Para sua surpresa, em vez de encontrar um ladrão, encontrou a Inoue sentada no parapeito da janela que abrira mais cedo.

– Inoue! Que estás a fazer aí?

– Kurosaki-kun! Exclamou surpresa. – Tive um pesadelo e não consegui dormir mais! Estou a ver que tiveste problemas no sono também!

– Na verdade, eu ouvi barulhos cá em baixo e resolvi ver o que era!

– Desculpa se te acordei! De qualquer forma daqui a nada vou para a cama!

– Diz-me Inoue, passa-se alguma coisa!

– Não se passa nada! Disse da maneira mais calma possível e com um
sorriso para evitar que ele fizesse mais perguntas. De seguida voltou o seu olhar outra vez para a rua.

O Ichigo não ficou convencido. Aproveitou a distracção dela e aproximou-se. À medida que se ia aproximando, mais facilmente via o corpo curvilíneo que estava à sua frente. Ele sabia que a Inoue era uma rapariga bem dotada, no entanto, era a primeira vez que a via assim vestida. Ela usava uma camisa de noite comprida até aos pés, com alças muito finas e um decote exagerado. Era uma camisa de cetim que lhe ficava justa ao corpo até à zona da cintura. Para baixo era mais solta. Ele sempre tivera problemas com mulheres nuas ou com poucas roupas. Mas ela era exactamente o que o Kon chamava. Uma deusa.

Aproximou-se dela até ficar bem perto.

– Inoue!

A Inoue acabou por se assustar. Desequilibrou-se e quase que caiu para fora da janela. Por sorte o Ichigo conseguiu agarrá-la. Ele puxou-a para si e a Inoue acabou no meio dos seus braços, colada ao corpo dele.

– Estás bem? Desculpa se te assustei!

– Sim… Acho eu! Dizia com as pernas bambas. – Obrigada!

– Ainda bem!

Só depois de trocarem olhares é que perceberam a situação em que se encontravam. Ficaram super vermelhos e afastaram-se.

– É melhor irmos dormir. Já foi demasiada emoção por hoje. Disse a jovem ruiva um tanto sobressaltada pelo ocorrido.

– Tens razão!

Inoue acendeu a luz para poderem ver melhor. Ichigo quando a viu sob aquela luz ficou mais vermelho do que já estava. Quando ela se virou para começar a subir as escadas, o Ichigo reparou numa marca que estava no seu
pescoço.

– Inoue, o que é isso no teu pescoço?

– O quê?

Ichigo aproximou-se, arredou o cabelo dela para o lado e pôs a mão no pescoço para lhe indicar onde estava.

– Isto aqui!

– Não consigo ver. Tenho de arranjar um espelho!

Depois de arranjar o espelho colocou-o na posição certa para ver a tal marca. Ela ficou branca quando a viu. Colocou a mão em cima e lembrou-se do
pesadelo que teve.

– Não foi um pesadelo! Disse num murmúrio inaudível.

– O que foi?

– Nada! Isto deve ser apenas uma marca… É melhor irmos dormir!

Foram-se deitar. No outro dia de manhã, a última a levantar-se foi a Inoue. Parecia cansada como se não tivesse dormido nada.

– Bom dia pessoal! … Onde estão?

Viu um bilhete em cima da mesa.

“Fomos ter com o Urahara. Não te acordámos porque estavas a dormir
profundamente. P.S. Quando acordares vem ter connosco.”


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