A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao


Capítulo 15
O primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Voltei de novo! Um capítulo fresquinho e cheio de romance... Kiss



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Passaram-se dois dias e a ruiva ainda estava desacordada. O Ichigo passava lá a maior parte do tempo. Já eram quatro da tarde quando uma voz melodiosa chegou aos ouvidos do shinigami substituto.

− Onde estou? Abria e fechava os olhos lentamente para se acostumar à luz que no momento feria-lhe os olhos.

− Na loja do Urahara!

− O que aconteceu? Perguntou já com os olhos completamente abertos e conscientes.

− Tu paraste a minha luta com o Ulquiorra e desmaias-te.

− Já me lembro! Colocou a mão no pescoço ao lembrar-se do acontecido. Tentou sentar-se mas como estava um pouco fraca, o ruivo saiu do seu lugar e ajoelhou-se ao seu lado para a ajudar. – Obrigada! Onde estão os outros?

− Eles devem estar a chegar!

− Tu ficaste aqui a tomar conta de mim? Perguntou um pouco hesitante.

− Sim! Tal resposta deixou-a surpresa e sem saber o que dizer. Ele vendo a sua hesitação quebrou aquele silêncio. – Inoue, porque é que não me contaste antes?

− Contar o quê?

− Não finjas que não sabes! O Ulquiorra contou-nos tudo.

− Desculpa, mas isso é algo que apenas eu posso resolver. O melhor para mim seria não contar a ninguém e enfrentar sozinha!

− Nós somos teus amigos! Nós estamos aqui para te ajudar. Para te apoiar. Nós podíamos ter-te ajudado a encontrar uma solução! Notava-se tristeza, fúria, angústia e deceção na sua voz. – Promete-me que nunca mais vais esconder nada de nós! Colocou as mãos nos ombros dela e encarava-a com um olhar ansioso pela resposta.

− Sim! Eu prometo. Deu uma pausa, respirou fundo e desviou do olhar penetrante do ruivo. – Apesar de já não valer a pena! Disse baixinho mas o ruivo captou a frase.

O Ichigo sentiu uma dor no peito por ouvir isso. Saber que poderia ser abandonado por aquela que mais lhe era importante, causava-lhe um grande transtorno e lágrimas por imaginar tal coisa. Sem dar tempo à ruiva para reagir, ele abraçou-a fortemente. A Inoue apanhada de surpresa ficou hesitante ao início mas acabou por retribuir o abraço. Ficou vermelha por estar daquela maneira mas estava a adorar aquele momento. Por isso aproveitou para sentir o cheiro dele e a maneira protetora em como ele a enlaçava.

“ Diz-lhe de uma vez por todas o que sentes! Antes que seja tarde de mais… E aproveita para sentires mais um pouco do seu corpo exuberante.” O Hollow interrompeu pelo pensamento do Ichigo de uma maneira que o próprio ficou sem reação perante tal comentário. Só depois de ver a maneira como a estava a abraçar é que percebeu a excitação do seu outro eu. Decidiu sair daquele embraço e voltar a encará-la para simplesmente se perder na imensidão dos seus olhos acinzentados.

− Eu não vou deixar isso acontecer, nunca! Deu-lhe um beijo na testa, deixando-a vermelha que nem um tomate. Para a ruiva foi como se o mundo tivesse parado. Quando ela sentiu os lábios do ruivo separarem-se da sua testa, respirou fundo como se tivesse deixado de respirar por um momento. – A minha vida só tem significado se tu tiveres nela!

− Obrigada Kurosaki-kun! Disse com um sorriso. “ Nunca pensei que o Kurosaki-kun fizesse algo assim. Isto significa que ele gosta de mim não é?” Apesar de se sentir amada por ele, ainda tinha dúvidas, afinal de contas isto tudo podia ser uma ilusão. Uma carência pela falta da Kuchiki Rukia.

O que eles não sabiam é que havia alguns espectadores a ver tudo aquilo por uma frecha na porta. O lojista, o gato, o dois adolescentes que lá trabalham, o empregado que tal como o Sado se pode chamar de gigante, o Quincy, o ex-arrancar e o Sado. Todos eles estavam com uma expressão de felicidade, excepto o Ulquiorra, que tinha desconfiança no seu olhar. Todos esperavam que estes últimos acontecimentos trouxessem a paz que a Inoue tanto precisa.

Passaram mais cinco dias e o grupo no momento encontrava-se na loja do Urahara a preparar-se para o festival na Soul Sociaty. A Inoue estava no mundo da lua.

Yoruichi – Oi Inoue! Nenhuma resposta. – O Ichigo está aqui! Disse ao pé do ouvido dela.

Inoue – Hum… O Ichigo? Mas eu ainda não estou vestida! Começou a ficar nervosa e a correr de um lado para o outro.

Yoruichi – Estava a brincar! Disse a rir-se. – Estavas no mundo da lua… outra vez, para variar! Então diz-me lá, o que se passa?

Inoue – Nada. Estava apenas a lembrar-me de uma coisa! Disse voltando a ficar com o olhar distante.

“ No mesmo dia em que acordou, a Inoue foi para casa, acompanhada pelo Ichigo. Ambos permaneciam no silêncio porque não sabiam o que falar. De toda a vez que tentavam, hesitavam com medo de dizer algo errado. Chegaram rapidamente ao apartamento da Inoue.

− Obrigada Kurosaki-kun, por me trazeres a casa!

− Não foi nada! Até amanhã Inoue! Disse descendo as escadas.

− Até amanhã! Virou-se para entrar em casa mas foi surpreendida por dois braços fortes e musculados que a agarraram. Quando olhou para cima para ver quem a tinha agarrado surpreendeu-se ao ver olhos castanhos hipnotizadores e cabelo ruivo. – O que foi Kurosaki-kun? Perguntou vermelha que nem um tomate pelo seu comportamento invulgar.

− Esqueci-me de uma coisa! Colocou uma das mãos na face dela e acariciou-a. Deu um pequeno sorriso e colou os seus lábios nos da ruiva. A Inoue apesar de bastante surpresa, chocada até, simplesmente deixou-se levar pela quentura e paixão que aquele beijo lhe proporcionava. O primeiro beijo dela e o dele também. Foi o momento mais feliz da vida dela. Esqueceu-se do que estava à sua volta, problemas, futuro, angústias. Apenas se preocupou com o presente e aquele exato momento. Separaram-se pela falta de ar. A Inoue ficou ainda mais vermelha se era possível e não o consegui encarar. O Ichigo simplesmente ficou com vontade de mais, mas controlou-se.

− Porque fizeste isso? Perguntou corada, nervosa e estupefacta.

− Para tu saberes o que significas para mim! E para além disso, há muito tempo que queria fazer isso! Levantou-lhe a cabeça para a obrigar a encará-lo. – Não gostaste?

− Não, quer dizer sim! É só que eu nunca pensei que fosses fazer algo assim.

− Ainda bem que gostaste! Espero ter a oportunidade para fazer isto mais vezes.

Virou-se e foi-se embora, mas não sem antes de lhe dizer um último adeus. A ruiva entrou em casa com um sorriso de orelha a orelha. Mas, a dúvida ainda persistia no seu coração. “ Talvez no festival eu possa livrar-me deste sentimento.” Naquela noite dormiu como um anjo e com um sorriso deslumbrante na cara.”

Yoruichi – Estás outra vez nas nuvens!

Inoue – Desculpa! Bem, parece que já estou pronta! É melhor ir, eles devem estar à minha espera! Saiu da pequena divisão e dirigiu-se para a fronte da loja, onde todos já estavam presentes. Assim que lá chegou, todos os olhares caíram sobre ela. Os rapazes ficaram abobalhados com a beleza da amiga. Usava um kimono feito de cetim, o qual foi oferecido pelo Urahara, mas não era um kimono vulgar. Tinha duas camadas de tecido. Ambas brancas, com detalhes em dourado e estampados em preto. O tecido de cima era transparente e leve, o que se constatava pelo facto de esvoaçar com o vento. A faixa não era tão grossa e acentuava ainda mais as belas curvas da ruiva. O cabelo estava solto com algumas ondulações nas pontas e chegava à cintura.

Urahara – Estás linda Inoue-san!

Ishida – Realmente, o título de Deusa cai bem melhor! Mexeu nos óculos para esconder o vermelho que se encontrava na sua face.

Sado – Também concordo!

Ulquiorra – Digna de uma Rainha, Orihime! Disse fazendo uma vénia.

O Ichigo estava a arder de ciúmes. Apenas tinha vontade de bater nos amigos para se calarem. Para mostrar a quem pertencia o coração da bela ruiva, aproximou-se e deu-lhe a mão para ela agarrar e descer o pequeno degrau.

Ichigo – A mulher mais bela à face da Terra!

Inoue – Obrigada! Deu um sorriso estonteante que a deixou ainda mais encantadora.

Yoruichi – Se eu fosse da outra equipa, estaria totalmente apanhada por ti, Inoue! Disse brincando e deixando a ruiva envergonhada.

Continuariam mais algum tempo na conversa se não tivesse aparecido um portal e saído de lá um dos capitães. Kuchiki Byakuya.

Yoruichi – Então és tu que vais levar a nossa menina e os meninos? É melhor teres cuidado rapaz, se alguma coisa corre mal, estás metido num rico sarilho!

Byakuya – E quem és tu para me dizeres tal coisa? Não sou eu que sou fugitivo! Lançou-lhe um olhar frio e mortal.

Yoruichi – Sério como sempre! Não sabes levar nada na brincadeira, rapaz. Mas é melhor que não faças nada de errado, porque podes muito bem acabar morto! Falou num tom sério e brincalhão.

Byakuya – E quem faria tal proeza? Tu? É impossível!

Yoruichi – Eu não, mas ela sim! Apontou para a Inoue que estava atónita com aquela conversa.

Byakuya – Pouco me interessa o que tu dizes. Vim apenas buscar os convidados por ordem do Comandante Yamamoto! Vamos? Perguntou olhando para o grupo de humanos.

Inoue – Espere! Eu preciso de fazer uma coisa primeiro! Aproximou-se do Urahara e da Yoruichi e falou-lhes bem baixinho. – Se acontecer alguma coisa…

Urahara – Não é preciso falar disso Inoue-san! Nós sabemos o que temos de fazer! Apenas queremos que tenhas uma noite divertida e que mantenhas o teu pensamento longe dos problemas!

Inoue – Sim! Obrigada, por tudo! Sorriu e foi-se embora.


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