A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal! Mais um episódio excitante. Kiss
Mais uma semana havia passado desde o dia em que a Rukia confessou ao seu amigo, o amor de irmão que sentia pelo Ichigo. Continuou a treinar, quase todos os dias com o Renji. Via-se claramente o aumento do seu poder, mas também um grande progresso na sua relação com o velho amigo. Depois da óbvia declaração, ainda que indireta, a pequena shinigami começou a olhar para ele com outros olhos. Duas semanas foram o suficiente para o ver não como amigo, mas sim como um grande homem, poderoso, bonito, simpático. Por vezes quando estavam muito próximos o coração dela acelerava de tal maneira que parecia que iria sair pela boca. De vez em quando apanhava-o a olhá-la intensamente, fazendo-a corar imenso sob tal olhar. Ele por sua vez, quando estava nos seus momentos de contemplação, não reparava que a Rukia o observava, e quando via a face dela, vermelha por causa da maneira como a olhava, desviava o rosto um tanto nervoso por ter sido apanhado a fazer tal coisa. Neste momento os dois encontravam-se a descansar devido ao cansaço.
− Rukia, posso fazer-te uma pergunta?
− Claro pergunta o que quiseres!
− Eu queria oferecer uma prenda a uma rapariga que gosto muito, mas não sei o que as raparigas gostam! Podias dar-me conselhos, por favor?
− Bem, primeiro tens de saber o que essa rapariga gosta. Depois então podes pensar no que comprar! Sentia-se triste ao ter que responder a tal pergunta. Nestas duas semanas havia se aproximado bastante do Renji. O suficiente para se apaixonar por ele.
− Mas ela gosta de tantas coisas!
− Porque não compras o que ela gosta mais? De certeza que irá gostar! Tu conheces tudo sobre ela não é?
− Sim! No entanto eu quero dar-lhe algo especial!
− Algo especial! Murmurou baixinho e pensativa. – E que tal dizeres-me quem ela é? Seria mais fácil assim!
− É segredo, mas posso dizer que a conheces! Disse com um tom misterioso.
− Qual é o problema de me dizeres? Até parece que não somos amigos!
− Mais tarde irás saber quem é! Por agora apenas preciso deste conselho.
− Se não quiseres contar, então não contes! Disse furiosa. – Se tu sabes tudo sobre ela então não deve ser difícil comprar-lhe um presente. Por exemplo o que eu mais gosto são coisas do Chappy! Se fosse o caso que ela tivesse o mesmo gosto que eu, poderias comprar-lhe algo do Chappy. Como um peluche, um fio, qualquer coisa. Outro exemplo, se ela for como a Matsumoto, então roupas e acessórios seria o indicado, desde que estejam na moda!
− Entendi! É mesmo isso que vou fazer. Obrigada Rukia! Vejo-te amanhã no treino! E saiu correndo com um sorriso de felicidade e uma cara de apaixonado. Mal ela sabia que a dona do coração do amigo era a própria.
Na cidade de Karakura dois jovens conversavam seriamente em frente de uma loja.
− Ulquiorra, eu quero pedir desculpa pela maneira como te tenho tratado! Percebi que tenho sido injusto contigo e com a Inoue!
− Eu não preciso das tuas desculpas. A única coisa que me interessa é o bem-estar da Orihime!
− Porque é que te interessa tanto a Inoue? Tu gostas dela? Perguntou curioso.
− Que pergunta idiota! Eu já te disse antes, graças a ela foi-me concedida uma nova vida e a possibilidade de ter um coração. Ela é como se fosse a minha guia neste mundo que é desconhecido para mim.
− Isso não me convence! E eu não gosto de te ver tão perto dela! Os ciúmes insuportáveis falavam outra vez.
− Deixa-me avisar-te de uma coisa. Eu e a Orihime não temos segredos. Ela conta-me tudo, por isso eu sei exatamente o que ela te disse há uma semana atrás! Já que estás cheio de ciúmes porque não ages de uma vez e dizes-lhe o que sentes? Estás à espera de a ver morrer para depois saberes o que sentes? Deixa-me avisar-te que se alguma coisa lhe acontecer, eu matar-te-ei sem hesitação! O insensível Ulquiorra mostrava um olhar de fúria para o ruivo.
− E consegues fazer tal coisa? Retribuiu o olhar.
− Parece-me que queres provar o corte da minha espada mais uma vez! Disse, preparando-se para batalhar.
− Desta vez serás tu a cair pela minha! Libertou-se do corpo e tomou a sua forma de shinigami.
Os seus amigos que estavam dentro da loja, ficaram apreensivos quando sentiram um elevado pico de energia bastante familiar. O lojista apenas tinha um sorriso sério e olhava para os jovens sentados à mesa com expressão preocupada. Bem quase todos, porque a Inoue estava simplesmente aborrecida. Todas as vezes que o Ichigo e o Ulquiorra conversavam acabavam sempre a discutir.
Ishida − Aqueles idiotas estão a discutir outra vez!
Sado – Não é melhor ir pará-los?
Inoue – Eles que se resolvam! Disse deixando os demais boquiabertos. Normalmente ela teria ido a correr para pará-los.
Ishida – Tens a certeza Inoue-san? Eles podem matar-se um ao outro!
Urahara – Ela tem razão! Eles que se entendam. Os dois já são grandes o suficiente para tomar as próprias decisões!
Continuaram a beber o chá de cada um, mas assim que sentiram duas energias elevarem-se e a entrarem em choque, levantaram-se e seguiram depressa para a fronte da loja.
Assim que lá chegaram viram os dois a lutar. As espadas rasuravam uma na outra na tentativa de fazer o inimigo andar para trás. Assim que deram um salto atrás e se preparavam para outro choque entre armas, viram-se paralisados. Os dois olhavam atentamente para a figura que estava entre eles a pouco centímetros das suas espadas.
Inoue – O que pensam que estão a fazer? Disse num tom irritado.
Ichigo – Foi ele que começou! Gritou furioso.
Ulquiorra – A mim parece-me que foste tu!
Ichigo – Como é que é maldito?
Inoue – Parem com isso! Gritou furiosa. Acabou por soltar um pouco da sua reiatsu pela falta de autocontrolo. Estava bastante irritada, furiosa e nervosa. Os dois briguentos suaram frio quando viram a expressão dela. De cortar a respiração. Até a morte fugiria perante tal olhar.
Ishida – Inoue-san não precisas de ficar tão chateada! Eles são dois idiotas que não se sabem comportar. Disse nervoso.
Inoue – Eu não tenho culpa! Eles simplesmente não se sabem comportar como deve ser. Irritam-me bastante quando começam a discutir! Ainda não os tinha soltado e não olhava para eles, mas os dois sabiam que tinham exagerado.
Ichigo – Desculpa Inoue! Não queria que te irritasses.
Inoue – Desculpas não resolvem nada! Apenas quero que pares de brigar com o Ulqui-kun!
Ichigo – Não vai ser possível! De todas as vezes que conversamos me dá vontade de matar o teu precioso Ulqui-kun! O ruivo disse desdenhoso. Notou-se o sarcasmo na voz dele e a Inoue não gostou nada de o ouvir falar assim.
Inoue – O que queres dizer com isso!
Ulquiorra – Ele tem ciúmes por me chamares Ulqui-kun! Disse inexpressivo.
Ichigo – Não é nada disso! Disse nervoso, um pouco vermelho e irritado.
Ulquiorra – Tu és um cobarde!
Ichigo – Tu é que és! Escondes-te sempre atrás da Inoue! Gritou de raiva. Estava pronto para o matar, mas felizmente a Inoue ainda os tinha presos.
Inoue – Parem com isso já disse! Desta vez soltou de propósito a sua energia. Mais do que anteriormente, fazendo todos os presentes olharem chocados. Segundos depois havia parado pela dor que lhe assaltou o pescoço. Desta vez a dor veio muito forte, obrigando-a a cair de joelhos no chão e com a mão no pescoço. Os amigos assim que ouviram os gritos de dor da ruiva esqueceram-se da discussão e correram para junto dela.
Ichigo – O que foi Inoue?
Não respondia, a dor estava a aumentar demais. Acabou por desmaiar, mas antes que chocasse com o chão, mãos pálidas e fortes agarraram-na.
Ulquiorra – Vamos levá-la para dentro! Eu explico-vos o que se está a passar.
Levaram-na para dentro e colocaram-na num dos quartos vagos a descansar. Sentaram todos na mesa, bastantes preocupados com a amiga. Os olhares estavam todos dirigidos para o Ulquiorra.
Ichigo – Então o que se passa com a Inoue?
Ulquiorra – Para aqueles que ainda não sabem, a Inoue corre risco de vida. Decerto que ela te contou sobre isso Kurosaki Ichigo!
Ichigo – Ela disse-me algo sobre a escuridão do coração e que se não ultrapassasse esse desafio morreria!
Ulquiorra – É basicamente isso! Mas a escuridão dela não a vai matar. Vai transformá-la!
Ichigo – Se não a vai matar, quem vai?
Ishida – Nós!
Sado – Isso é impossível para nós. Seríamos incapazes de fazer tal coisa!
Ulquiorra – Assim que ela estiver transformada, ela vai tentar matar-nos. E vai conseguir pelo simples facto de não haver ninguém capaz de a vencer!
Ichigo – Transformada em quê?
Urahara – Um demónio!
Ichigo – Urahara-san, tu sabias?
Urahara – Sim!
Sado – Então porque é que nunca nos contaste?
Ishida – Queríamos que fosse ela a contar quando estivesse preparada!
Ichigo – Tu sabias também?
Ishida – Sim! Ela contou-me.
Ichigo – Eu não percebo porque razão ela não me contou!
Ulquiorra – Porque tu és a escuridão dela. A sua maior fraqueza! Ela não te queria preocupar com tal coisa. Ela praticamente já aceitou o seu destino! Por isso quis aproveitar o máximo de tempo contigo sem se preocupar com isso.
Ichigo – Eu não vou permitir isso acontecer! Disse levantando-se e dirigindo-se ao quarto onde a ruiva estava. Entrou e sentou-se encostado à porta. Observava-a, à espera que os olhos abrissem para poder ver de novo os olhos acinzentados que tanto têm atormentado as suas noites.
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