A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao


Capítulo 14
A verdade


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Mais um episódio excitante. Kiss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164145/chapter/14

Mais uma semana havia passado desde o dia em que a Rukia confessou ao seu amigo, o amor de irmão que sentia pelo Ichigo. Continuou a treinar, quase todos os dias com o Renji. Via-se claramente o aumento do seu poder, mas também um grande progresso na sua relação com o velho amigo. Depois da óbvia declaração, ainda que indireta, a pequena shinigami começou a olhar para ele com outros olhos. Duas semanas foram o suficiente para o ver não como amigo, mas sim como um grande homem, poderoso, bonito, simpático. Por vezes quando estavam muito próximos o coração dela acelerava de tal maneira que parecia que iria sair pela boca. De vez em quando apanhava-o a olhá-la intensamente, fazendo-a corar imenso sob tal olhar. Ele por sua vez, quando estava nos seus momentos de contemplação, não reparava que a Rukia o observava, e quando via a face dela, vermelha por causa da maneira como a olhava, desviava o rosto um tanto nervoso por ter sido apanhado a fazer tal coisa. Neste momento os dois encontravam-se a descansar devido ao cansaço.

− Rukia, posso fazer-te uma pergunta?

− Claro pergunta o que quiseres!

− Eu queria oferecer uma prenda a uma rapariga que gosto muito, mas não sei o que as raparigas gostam! Podias dar-me conselhos, por favor?

− Bem, primeiro tens de saber o que essa rapariga gosta. Depois então podes pensar no que comprar! Sentia-se triste ao ter que responder a tal pergunta. Nestas duas semanas havia se aproximado bastante do Renji. O suficiente para se apaixonar por ele.

− Mas ela gosta de tantas coisas!

− Porque não compras o que ela gosta mais? De certeza que irá gostar! Tu conheces tudo sobre ela não é?

− Sim! No entanto eu quero dar-lhe algo especial!

− Algo especial! Murmurou baixinho e pensativa. – E que tal dizeres-me quem ela é? Seria mais fácil assim!

− É segredo, mas posso dizer que a conheces! Disse com um tom misterioso.

− Qual é o problema de me dizeres? Até parece que não somos amigos!

− Mais tarde irás saber quem é! Por agora apenas preciso deste conselho.

− Se não quiseres contar, então não contes! Disse furiosa. – Se tu sabes tudo sobre ela então não deve ser difícil comprar-lhe um presente. Por exemplo o que eu mais gosto são coisas do Chappy! Se fosse o caso que ela tivesse o mesmo gosto que eu, poderias comprar-lhe algo do Chappy. Como um peluche, um fio, qualquer coisa. Outro exemplo, se ela for como a Matsumoto, então roupas e acessórios seria o indicado, desde que estejam na moda!

− Entendi! É mesmo isso que vou fazer. Obrigada Rukia! Vejo-te amanhã no treino! E saiu correndo com um sorriso de felicidade e uma cara de apaixonado. Mal ela sabia que a dona do coração do amigo era a própria.

Na cidade de Karakura dois jovens conversavam seriamente em frente de uma loja.

− Ulquiorra, eu quero pedir desculpa pela maneira como te tenho tratado! Percebi que tenho sido injusto contigo e com a Inoue!

− Eu não preciso das tuas desculpas. A única coisa que me interessa é o bem-estar da Orihime!

− Porque é que te interessa tanto a Inoue? Tu gostas dela? Perguntou curioso.

− Que pergunta idiota! Eu já te disse antes, graças a ela foi-me concedida uma nova vida e a possibilidade de ter um coração. Ela é como se fosse a minha guia neste mundo que é desconhecido para mim.

− Isso não me convence! E eu não gosto de te ver tão perto dela! Os ciúmes insuportáveis falavam outra vez.

− Deixa-me avisar-te de uma coisa. Eu e a Orihime não temos segredos. Ela conta-me tudo, por isso eu sei exatamente o que ela te disse há uma semana atrás! Já que estás cheio de ciúmes porque não ages de uma vez e dizes-lhe o que sentes? Estás à espera de a ver morrer para depois saberes o que sentes? Deixa-me avisar-te que se alguma coisa lhe acontecer, eu matar-te-ei sem hesitação! O insensível Ulquiorra mostrava um olhar de fúria para o ruivo.

− E consegues fazer tal coisa? Retribuiu o olhar.

− Parece-me que queres provar o corte da minha espada mais uma vez! Disse, preparando-se para batalhar.

− Desta vez serás tu a cair pela minha! Libertou-se do corpo e tomou a sua forma de shinigami.

Os seus amigos que estavam dentro da loja, ficaram apreensivos quando sentiram um elevado pico de energia bastante familiar. O lojista apenas tinha um sorriso sério e olhava para os jovens sentados à mesa com expressão preocupada. Bem quase todos, porque a Inoue estava simplesmente aborrecida. Todas as vezes que o Ichigo e o Ulquiorra conversavam acabavam sempre a discutir.

Ishida − Aqueles idiotas estão a discutir outra vez!

Sado – Não é melhor ir pará-los?

Inoue – Eles que se resolvam! Disse deixando os demais boquiabertos. Normalmente ela teria ido a correr para pará-los.

Ishida – Tens a certeza Inoue-san? Eles podem matar-se um ao outro!

Urahara – Ela tem razão! Eles que se entendam. Os dois já são grandes o suficiente para tomar as próprias decisões!

Continuaram a beber o chá de cada um, mas assim que sentiram duas energias elevarem-se e a entrarem em choque, levantaram-se e seguiram depressa para a fronte da loja.

Assim que lá chegaram viram os dois a lutar. As espadas rasuravam uma na outra na tentativa de fazer o inimigo andar para trás. Assim que deram um salto atrás e se preparavam para outro choque entre armas, viram-se paralisados. Os dois olhavam atentamente para a figura que estava entre eles a pouco centímetros das suas espadas.

Inoue – O que pensam que estão a fazer? Disse num tom irritado.

Ichigo – Foi ele que começou! Gritou furioso.

Ulquiorra – A mim parece-me que foste tu!

Ichigo – Como é que é maldito?

Inoue – Parem com isso! Gritou furiosa. Acabou por soltar um pouco da sua reiatsu pela falta de autocontrolo. Estava bastante irritada, furiosa e nervosa. Os dois briguentos suaram frio quando viram a expressão dela. De cortar a respiração. Até a morte fugiria perante tal olhar.

Ishida – Inoue-san não precisas de ficar tão chateada! Eles são dois idiotas que não se sabem comportar. Disse nervoso.

Inoue – Eu não tenho culpa! Eles simplesmente não se sabem comportar como deve ser. Irritam-me bastante quando começam a discutir! Ainda não os tinha soltado e não olhava para eles, mas os dois sabiam que tinham exagerado.

Ichigo – Desculpa Inoue! Não queria que te irritasses.

Inoue – Desculpas não resolvem nada! Apenas quero que pares de brigar com o Ulqui-kun!

Ichigo – Não vai ser possível! De todas as vezes que conversamos me dá vontade de matar o teu precioso Ulqui-kun! O ruivo disse desdenhoso. Notou-se o sarcasmo na voz dele e a Inoue não gostou nada de o ouvir falar assim.

Inoue – O que queres dizer com isso!

Ulquiorra – Ele tem ciúmes por me chamares Ulqui-kun! Disse inexpressivo.

Ichigo – Não é nada disso! Disse nervoso, um pouco vermelho e irritado.

Ulquiorra – Tu és um cobarde!

Ichigo – Tu é que és! Escondes-te sempre atrás da Inoue! Gritou de raiva. Estava pronto para o matar, mas felizmente a Inoue ainda os tinha presos.

Inoue – Parem com isso já disse! Desta vez soltou de propósito a sua energia. Mais do que anteriormente, fazendo todos os presentes olharem chocados. Segundos depois havia parado pela dor que lhe assaltou o pescoço. Desta vez a dor veio muito forte, obrigando-a a cair de joelhos no chão e com a mão no pescoço. Os amigos assim que ouviram os gritos de dor da ruiva esqueceram-se da discussão e correram para junto dela.

Ichigo – O que foi Inoue?

Não respondia, a dor estava a aumentar demais. Acabou por desmaiar, mas antes que chocasse com o chão, mãos pálidas e fortes agarraram-na.

Ulquiorra – Vamos levá-la para dentro! Eu explico-vos o que se está a passar.

Levaram-na para dentro e colocaram-na num dos quartos vagos a descansar. Sentaram todos na mesa, bastantes preocupados com a amiga. Os olhares estavam todos dirigidos para o Ulquiorra.

Ichigo – Então o que se passa com a Inoue?

Ulquiorra – Para aqueles que ainda não sabem, a Inoue corre risco de vida. Decerto que ela te contou sobre isso Kurosaki Ichigo!

Ichigo – Ela disse-me algo sobre a escuridão do coração e que se não ultrapassasse esse desafio morreria!

Ulquiorra – É basicamente isso! Mas a escuridão dela não a vai matar. Vai transformá-la!

Ichigo – Se não a vai matar, quem vai?

Ishida – Nós!

Sado – Isso é impossível para nós. Seríamos incapazes de fazer tal coisa!

Ulquiorra – Assim que ela estiver transformada, ela vai tentar matar-nos. E vai conseguir pelo simples facto de não haver ninguém capaz de a vencer!

Ichigo – Transformada em quê?

Urahara – Um demónio!

Ichigo – Urahara-san, tu sabias?

Urahara – Sim!

Sado – Então porque é que nunca nos contaste?

Ishida – Queríamos que fosse ela a contar quando estivesse preparada!

Ichigo – Tu sabias também?

Ishida – Sim! Ela contou-me.

Ichigo – Eu não percebo porque razão ela não me contou!

Ulquiorra – Porque tu és a escuridão dela. A sua maior fraqueza! Ela não te queria preocupar com tal coisa. Ela praticamente já aceitou o seu destino! Por isso quis aproveitar o máximo de tempo contigo sem se preocupar com isso.

Ichigo – Eu não vou permitir isso acontecer! Disse levantando-se e dirigindo-se ao quarto onde a ruiva estava. Entrou e sentou-se encostado à porta. Observava-a, à espera que os olhos abrissem para poder ver de novo os olhos acinzentados que tanto têm atormentado as suas noites.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Deusa Com Asas De Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.