A Deusa Com Asas De Anjo escrita por veraozao


Capítulo 13
Um jantar divertido


Notas iniciais do capítulo

Desta vez coloquei bem rápido. Hehehe! Espero que gostem. Kiss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164145/chapter/13

Havia passado uma semana desde que a Rukia voltara para a Soul Sociaty. Desde então passara a treinar todos os dias para aumentar a sua força e poder. Sentia-se uma pessoa fraca por causa da missão em Karakura. “Aquele Hollow apanhou-me desprevenida e se não fosse pela Inoue teria morrido. Como foi possível deixar uma coisa dessas acontecer contra um hollow tão fraco?” Todos os seus pensamentos estavam neste dia, quer dizer quase todos, porque o Ichigo também era prato do dia na sua cabeça. Como ela treinava quase todos os dias com o Renji, dava para dizer que estava distraída pois o amigo não se fartava de reclamar com ela. Hoje era um desses dias.

− Rukia para de viajar! Estamos a treinar e eu posso magoar-te a sério.

− Hum? Disse voltando à realidade. – Desculpa não ouvi!

− É melhor descansarmos um pouco!

Sentaram-se no chão e observaram o céu até que um deles quebrou o silêncio.

− Ainda a pensar nele? Disse desanimado.

− Estive a pensar bastante! Acho que está na altura de dar hipóteses ao meu coração para conhecer mais alguém! Deu uma pausa para respirar fundo. – Penso que confundi os meus sentimentos. Na primeira vez que vi o Ichigo algo mexeu no meu coração. Acho que foi o facto de ele se parecer tanto fisicamente com o Tenente Kaien. Com o tempo comecei a perceber que até na maneira de ser às vezes é parecido!

− Mas tu gostavas do Tenente Kaien como um irmão mais velho não é?

− Sim! É exatamente aí que quero chegar. Eu amo o Ichigo… mas como um irmão mais velho! Disse com um sorriso. – Para além disso tenho que começar a sair mais de cena para a Inoue ter uma hipótese! Falou maliciosamente.

− Tens a certeza disso? Ria por dentro. Sentia-se feliz com a revelação feita pela velha amiga.

− Sim! Agora preciso de me focar em ficar mais forte e começar a abrir mais o coração talvez? De qualquer forma acho que não existe ninguém que goste de alguém como eu!

− Alguém como tu? Mas que barbaridade estás a dizer? É claro que há alguém. Há sempre alguém, tu é que não vez o que se passa ao teu redor quando estás focada numa coisa. E antes que comeces a dizer coisas, tu és bonita, forte, inteligente, entre outras qualidades. Um homem seria parvo se não te visse como realmente és para além do nome Kuchiki!

A Rukia ficou corada e sem palavras para o que ouvira. Encarava-o como se pedisse uma resposta para aquele comportamento. O Renji ao perceber o olhar dela aproximou-se ainda mais e acariciou-lhe a face. Nesse momento o coração da morena parecia que queria sair do peito de tão depressa que batia.

− Eu acho que sou o único que te conhece bem. Afinal viemos juntos do Rukongai! Deu-lhe um sorriso e tirou a mão da face dela. Levantou-se rapidamente e dirigiu-se para o campo de treino deixando para trás uma morena confusa que nem saia do lugar. A meio do caminho parou e chamou-a.

− Rukia!

− Sim!

− Vamos treinar, quero provar-te que sou mais forte que tu e que consigo ganhar-te com uma mão atrás das costas! Disse de maneira provocante.

− Como é que é? Gritou furiosa e levantando-se rapidamente. – Eu vou mostrar-te como é que uma shinigami forte como eu te deixa no chão num instante! Dirigiram-se para o campo outra vez e começaram o treino. Pelaprimeira vez a Rukia não pensava no hollow nem no Ichigo, apenas se concentrava em ganhar ao Renji.

Entretanto na cidade de Karakura, os jovens adolescentes encontravam-se todos na escola. Como era hora de almoço o Ichigo, o Sado, o Ishida, a Inoue, a Tatsuki, o Mizuiro, o Keigo, o Ulquiorra e a Chizuru estavam no telhado a comer. Conversavam animadamente apesar do antigo arrancar manter-se em silêncio.

Ishida – Então Inoue-san, parece que ultimamente tens estado mais feliz!

Sado – Também acho!

Tatsuki – Não falem dessa maneira, até parece que não gostam de ver uma pessoa feliz e sorridente! Dizia chateada pelos comentários.

Keigo – Exatamente! A Inoue-san é a Deusa da nossa escola. Nós precisamos do sorriso dela para nos alegrar!

Inoue – Obrigada! Disse um pouco corada pelo elogio.

Chizuru – A Hime-chan fica tão bonita coradinha! Disse saltando para cima dela para a agarrar. Desta vez a Tatsuki não foi a tempo de impedir. A Chizuru agarrou a ruiva e apertou-a fazendo os peitos das duas chocarem-se.Como a Inoue tinha peitos bem acima da média, estes pareciam que iriam sair douniforme. Os rapazes olhavam desconfortavelmente para aquela cena. O Keigo babava-se, o Mizuiro sorria para esconder o nervosismo e a quentura que sentia, o Sado estava silencioso, tal como o Ishida e o Ichigo, mas dava para perceber o rosto um pouco corado. O único que não emitia emoções era o Ulquiorra.

Inoue – Chizuru-chan, estás a sufocar-me! Tentava libertar-se dela sem ter que fazer muita força mas não estava a dar resultado.

Tatsuki – O que pensas que estás a fazer? Gritou enquanto lhe dava um murro para a tirar de cima da amiga!

Chizuru – Estava apenas a apreciar a beleza da minha vénus! Disse furiosa por terem interrompido o momento. As duas olhavam-se mortalmente e já se via as faíscas a saltar.

Inoue – Acalmem-se meninas! O que aconteceu não foi nada de mais. Não precisam de lutar!

Keigo – Ah! Como eu também queria poder abraçá-la assim Inoue-san! Disse sonhando e com olhos em forma de coração para receber um murro logo a seguir.

Ichigo – Cala-te! Tem mais respeito pelas nossas colegas!

Keigo – Porque é que és tão mau Ichigo? Tenho a certeza que também gostarias de fazer o mesmo! Não podia ter dito nada pior. O Ichigo ficou vermelho de raiva por causa dos ciúmes e de vergonha pois também gostaria de a ter nos braços dele. Deu-lhe outro murro que o calou de vez.

Ishida – Podiam ter essas conversas noutro lugar. Estão aqui as meninas. Ou já se esqueceram?

Ichigo – A culpa não é minha, é deste tarado que não sabe estar calado!

Keigo – Eu não sou tarado!

Tatsuki – Apenas calem-se de uma vez! Deu um murro a cada um.

Chizuru – Os homens são um pervertidos, não achas Hime-chan? É uma boa oportunidade para experimentares coisas novas! Voltou a lançar-se para cima dela mas desta vez a Tatsuki foi a tempo de impedir.

Tatsuki – Eu já mandei parares com isso! O que há com vocês hoje? Uma pessoa não pode mais comer descansada!

Inoue – Não sejas assim Tatsuki-chan! Eu acho muito engraçado! Disse com um sorriso.

A Tatsuki ia para falar mais alguma coisa mas a campainha da escola tocou para a entrada. Levantaram-se todos e foram saindo até que ficaram para último o Ichigo e a Inoue.

− Inoue?

− Sim!

− Hoje queres jantar lá em casa? Pediu um pouco envergonhado.

− Não sei! Temos tantos trabalhos para fazer!

− Se quiseres quando sairmos daqui podemos ir para minha casa. Fazemos os trabalhos juntos e ficas logo para jantar!

− Nesse caso eu aceito! Deu um belo sorriso que deixou o ruivo encantado.

“ Que sorriso! Parece que fiz a escolha certa. Estou desejoso para colocar as minhas mãos naquela pele que parece ser tão suave e branquinha.”

“ Cala-te! Não fales assim dela.” Apesar de advertir o hollow, observava atentamente a rapariga à sua frente. Repreendeu-se quando reparou que pensava de maneira tão maliciosa quanto o seu hollow.

− Kurosaki-kun! Estás bem? Perguntou preocupada.

− Sim. Estou bem!

− A tua cara está um pouco vermelha. Se calhar tens febre! Colocou uma mão na testa dela e a outra na sua para comparar a temperatura. O Ichigo ficou ainda mais vermelho com aquele contacto e o seu hollow bastante inquieto. – Parece que não tens febre! Tens a certeza de que estás bem?

− Sim! Obrigada Inoue. Devíamos ir, já estamos atrasados!

− A professora vai-nos matar! Pegou rapidamente a sua mala que até então estava no chão e seguiu a passos largos para a sala, deixando o Ichigo para trás.

“ Mas que visão. Que maneira de andar. Adorava ver por debaixo daquela saia!”

“ Se não parares com isso, eu vou aí e mato-te!” Disse seguindo a para a sala.

“ Está bem, eu não digo mais nada!”

O dia passou rapidamente para os alunos. Assim que acabaram as aulas, foram para casa. O Ichigo e a Inoue seguiram para a clínica depois de uma conversa com os amigos. Demoraram cerca de vinte minutos para lá chegar. O Ichigo abriu a porta e deixou a ruiva passar primeiro. Só depois de ver o seu pai a saltar na direção deles é que se lembrou de um pequeno detalhe. O patriarca da família recebia sempre o seu filho da pior maneira possível. Ainda tentou pôr se à frente da Inoue mas não conseguiu fazê-lo a tempo. A Inoue ficou bastante surpresa quando viu o homem a saltar e vir na sua direção para dar um pontapé. Obviamente que ela sabia que era o pai do Ichigo e que era assim que ele o recebia. Ao ver que o Ichigo não iria conseguir parar o pai a tempo, decidiu defender-se. Colocou os braços cruzados à frente da cara para receber o impacto.

Ichigo − Inoue, cuidado!

O Isshin só reparou quem estava à porta quando ouviu o filho falar, mas não conseguiria parar a tempo. Preparava-se para o pior mas quando viu o seu ataque defendido ficou bastante surpreso. O ruivo ficou como o pai.

Inoue − O Kurosaki-kun tem mesmo a quem sair! Abaixou os braços. – Boa tarde Kurosaki-san!

Isshin − Boa tarde minha linda! Eu não te magoei pois não?

Inoue − Não! Está tudo bem.

Ichigo − Pai! Falou calmo. – Porque razão fazes sempre isso? Poderias ter magoado a Inoue! Deu-lhe um murro furioso.

Inoue − Kurosaki-kun, não faz mal! Eu estou bem, para além disso o teu pai não sabia que eu viria e pensava que eras tu!

Isshin − Agora que falam nisso. Orihime-chan, porque estás aqui? Será que o meu filho finalmente vai se tornar homem! Querida Masaki, o nosso filho está a crescer! Disse agarrado ao poster da falecida matriarca da família.

Ichigo − Ela veio jantar connosco hoje! Disse furioso e envergonhado pelo comentário do pai. – Para de me envergonhar! Voltaram à discussão habitual. Murros e pontapés.

A Inoue estava ainda no mesmo sítio sem saber o que fazer. Assistia aquela situação um pouco corada por causa dos comentários do pai de Ichigo.

Karin − Olá Orihime-chan! Não ligues a esses dois, é sempre assim!

Yuzu – Karin-chan! O que está a acontecer? Saia da cozinha com a colher de pau na mão. Assim que viu a Inoue deu um grande sorriso. – Orihime-chan! O que estás aqui a fazer?

Inoue – Eu…

Isshin – Ela veio cá jantar! Assim que percebeu a conversa das meninas, deixou o Ichigo para ir ter com elas. – É uma honra receber um anjo cá em casa! Agarrou-lhe a mão e deu-lhe um beijo como se fosse um cavalheiro, deixando-a corada e pouco confortável.

Ichigo – Para com isso, bode velho! Agarrou a ruiva pelo braço e puxou-a para longe deles. – Yuzu, quando o jantar estiver pronto diz! Nós estaremos lá em cima a fazer os trabalhos da escola.

Isshin – Usem proteção! Eu não quero ser avó tão cedo.

O Ichigo não disse mais nada, simplesmente limitou-se a puxar a Inoue para o quarto. Abriu a porta e entraram. Logo a seguir veio um animal de peluche a gritar.

Kon – Minha Deusa! Como sempre tentou saltar-lhe para as mamas. No entanto ela desviou-se e o pequeno leão foi contra a parede.

Inoue – Kon, nunca mudas pois não? Nem sei como a Kuchiki-san consegue aguentar-te um dia inteiro. Seu tarado!

Kon – Não sejas assim para mim, Inoue-san! Para além disso, eu não sou tarado! Disse chateado.

Inoue – Ai não? Eu já vi que andas sempre atrás das raparigas. Principalmente com peitos grandes! Deu uma risada para provocar ainda mais o peluche.

Ichigo – Ela tem razão, Kon! Tu tentas sempre agarrar os peitos das raparigas.

Kon – Eu não tenho culpa! Para além disso, a Inoue-san é uma Deusa. Linda, poderosa, curvas belíssimas e com um estilo que arrasa os corações dos homens. Ou tu nunca reparaste na maneira como o uniforme escolar lhe assenta!

Ichigo – Cala-te! Deu-lhe um pontapé que o fez voar pelo quarto e sair pela janela. – Vamos estudar, Inoue?

Inoue – Sim!

Passou-se uma hora e já estavam com os trabalhos quase feitos. Não puderam acabá-los porque a Yuzu chamou-os para jantar. Sentaram-se todos. O patriarca na ponta da mesa. De um lado a Karin e a Yuzu, do outro a Inoue e o Ichigo. Começaram a comer em silêncio, até que o pai de Ichigo começou a falar.

Isshin – Então minha querida, já que tu e o meu filho são da mesma classe, que tal me contares como ele se porta na escola?

Ichigo – Tu sabes bem como eu me saio na escola. Não precisas de lhe perguntar essas coisas!

Isshin – Eu só queria conversar com a minha futura nora, qual é o problema nisso?

Karin – É melhor parares com isso senão o Ichi-nii vai ficar chateado!

Isshin – Já que é assim! E então tu Orihime-chan, como te dás nos estudos?

Inoue – Bem!

Isshin – Bem como? Perguntou curioso.

Ichigo – Ela é boa aluna se é isso que queres saber! Ela está em terceiro no ranking da escola.

Yuzu – Incrível!

Karin – Bem que o Ichi-nii poderia seguir o teu exemplo!

Inoue – O Kurosaki-kun também é bom aluno! Para além disso, é uma tia minha que me paga os estudos, os custos da habitação e alimentação. Por isso acho que devo me esforçar na escola.

Yuzu – Uma tia? E os teus pais Orihime-chan?

Inoue – Eles…

Ichigo – Não precisas de responder Inoue. Yuzu para de fazer essas perguntas. Estás a deixá-la incomodada!

Inoue – Eu não me importo! Eu não sei dos meus pais! Disse calmamente.

Isshin – Eu pensava que eles tivessem morrido!

Inoue – Basicamente é isso! Quando eu tinha três anos o meu irmão fugiu de casa comigo. Ele contou-me que eles eram violentos e que me queriam matar, por isso ele tirou-me de lá e criou-me até ao dia que morreu!

Yuzu – Desculpa, não devia ter perguntado!

Inoue – Não faz mal! Disse com um sorriso.

Isshin – Mas que nora me deste meu filho! Linda, inteligente, forte, corajosa, bondosa, meiga, um amor de pessoa… Uma deusa de mulher! Falou a última parte com cara de pervertido!

Karin – Vê lá se te controlas velho tarado! Deu-lhe um murro que o fez cair da cadeira.

A Inoue dava gargalhadas. O Ichigo deu um sorriso de lado por ver que a ruiva se divertia. As irmãs ignoravam, pois já estavam habituadas. A Inoue sentia-se bem ali com eles. “ Fico a pensar se é assim quando se tem uma família.” Pensou tristemente. O seu pescoço começou a doer mas para não chamar a atenção simplesmente tentou ignorar a dor.

Inoue – Kurosaki-kun podes dizer-me onde é que é a casa de banho?

Ichigo – Lá em cima, segunda porta à direita!

Inoue – Obrigada! Tentou ir o mais depressa possível para a casa de banho, sem atrair muitas atenções. Assim que lá chegou, fechou a porta e encostou-se na mesma, acabando por se sentar. Colocou a mão no pescoço numa tentativa de amenizar a dor. “ Ultimamente as dores não são tão frequentes mas quando vêm são mais fortes. É possível que daqui a três semanas talvez, o pior aconteça caso eu não consiga fazer nada. Parece que terei de falar com o Ulqui-kun acerca disto.”

Após a dor ter passado, voltou para baixo junto dos outros. O resto da noite passou calmamente e divertida. Pela primeira vez a ruiva pode sentir o que era ter uma família, depois da morte do irmão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sa-chan espero que estejas bem! Kiss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Deusa Com Asas De Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.