Destino? escrita por Aleksia Kyle


Capítulo 2
Capítulo 2.


Notas iniciais do capítulo

A narração continua sendo da Lara.
Os meninos não aparecem ainda, quer dizer eles não fazem uma participação muito especial neste capitulo *-*
Divirta-se e boa leitura :')



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Só passamos duas semanas na praia, quando retornamos a cidade era véspera do Natal, e os gêmeos Lima já haviam chegado. Alessa e Déb passaram horas trancadas dentro do quarto. Rick, de costume bebia todas e mais algumas em meio a um choro. Tentávamos consolá-lo, mesmo sem entendermos uma única palavra do que ele pensava que dizia. Quando anoiteceu, a casa e todos estavam prontos, menos Ricky, os convidados iam chegar logo. D. Margarida pediu para os meninos darem um banho nele, mas Débora finalmente saiu do quarto, dizendo que ela cuidaria dele dali em diante, a expressão de agradecimento dos meninos foi muito hilária, me segurei para não cair na gargalhada. A noite correu “super bem”, tirando o fato que Henrique não parou um minuto de vomitar. Dois dias depois embarcamos para Verona, sem os Lima’s.

Estávamos radiantes, menos Alessa. Tínhamos sentado lado a lado desde o primeiro vôo para São Paulo, onde embarcaríamos no internacional. Pude perceber, que durante o segundo ela estava mais triste do que no primeiro e isso só tinha um único motivo...

- Alessa?

- Alessa?... Alessa?

- Oi!?

- Pensando nele?

- Não tem como não pensar – observando as nuvens pela janela.

- Humm!

- Às vezes acho que há alguma coisa que empata a felicidade das mulheres da minha família.

- Hã? – Lara confusa e assustada franziu o cenho.

- É... como se alguém tenha feito algo para que nenhuma de nós sejamos felizes... tipo...

- Não diz macumba, por favor! – completamente cética em relação ao rumo que aquela conversa estava tomando

- Mas é exatamente isso, Lara – olhando para a amiga como se pedisse que ela compartilhasse de seu mesmo raciocínio – Tirando minha avó e duas tias nenhuma das outras mulheres foram felizes em seus relacionamentos...

- Não estou ouvindo isso, não estou – tampando as orelhas com as mãos.

- Lara! – chamando a atenção da amiga – Meus namoros não duram mais do que uma semana, minhas tias exceto a Lourdes e a Fátima nenhuma deram certo no casamento, incluindo minha mãe, sem falar nas minhas primas, nenhuma se casou. E agora ainda tem a Déb... – voltando o olhar para a janela novamente ao perceber que falou de mais.

- O que tem a Déb, Alessa? – intrigada.

- Meninas, desculpa incomodar vocês, mas é que o Vincenzo pegou no sono e não estou mais agüentando o ronco dele misturado como o do seu Barriga – apontando na direção da poltrona que á alguns segundos dividia com o amigo e um senhor alto com seus 120 kg – então como só estão vocês duas... pensei que me deixariam ficar aqui até a próxima escala e depois também se não for ocupada. – jogando todo o charme para as amigas.

- Tá – voltando a atenção para Rodrigo depois de ter balançado a cabeça para ver se esquecia a visão de Vincenzo com a cabeça encostada no ombro do outro homem e este babando em seus cabelos. – mas os comissários não vão brigar? – confusa.

- Não – já se colocando no meio das duas. – A não ser que vocês os chamem...

Durante o restante do vôo, não falamos mais nada sobre as maluquices que ela comentara antes ou sobre Déb. Os comissários só perceberam Rodrigo entre nós quando já íamos pousar em Verona, não conseguimos evitar uma crise de risos com as desculpas que ele inventava para permanecer conosco, mas por fim eles o levaram para a antiga poltrona. Depois disso, um silêncio assustador reinou entre mim e Alessa. Ela não parava de pensar nele, era visível pela expressão de confusão mental que ela tinha no rosto. Mordendo o lábio superior, como sempre faz quando está lutando consigo mentalmente.

Nunca gostei de viajar de avião, mas a sensação ali estava pior do que nunca. Era como se mil beija-flores voassem dentro do meu estomago, a bile ia e voltava. Aquela sensação estava comigo desde o primeiro vôo e só estava piorando, mas não era um enjoou comum do medo de avião e sim como se estivesse pressentisse que algo de ruim fosse acontecer.

Quando desembarcamos, estava com uma vontade enorme de vomitar e acho que Alessa também, a nossa fisionomia estava nos entregando. Só não caímos quando saiamos do avião, porque os meninos perceberam o nosso mal estar e foram nos aparando. Quando passamos pela alfândega italiana Alessa estava melhor aparentemente, estava até mesmo sorrindo com as palhaçadas que o Rodrigo fazia. Sinceramente, não entendo porque cargas d’água os dois nunca namoraram ou mesmo ficaram. Enquanto isso eu não parava de ficar cada vez pior, Vincenzo e eu caminhávamos juntos mais atrás, ou melhor, ele me arrastava pelo braço.

- Lara? – parando e chamando-a. – Acho melhor irmos direto ao banheiro. – com o olhar preocupado, levantando o rosto dela com cuidado para, olhá-la direito. – Você esta com cara de que vai vomitar a qualquer momento.

- Nã... não... pre... cisa. – fechando os olhos e respirando fundo. – Es... tou... bem...

- Vincenzo Tredesci, como sempre o pega...

- Eca! – todos fazendo cara de nojo.

- Piacere de conoscerti[1] – um garoto com cabelos espetados e com quase dois metros de altura, fala olhando dos pés sujos de vomito para a garota que parecia que iria desabar no chão a qualquer momento.

- LARA!


[1] Prazer em te conhecer.


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Notas finais do capítulo

Mereço alguma reviwe?
8)



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