Bem Vindos À Imortalidade, Rapazes... escrita por kslittlebear


Capítulo 4
Sobrecarga (Literal) de Informações.


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada um super obrigado pra Allice Delcrox que fez a capa dessa fic e está junto comigo nessa empreitada louca que se tornou Sempre Irmãos, dando opiniões e sugestões aqui e ali, sempre com bom humor apesar do desafio que é seguir minha linha de raciocínio sempre caótica. Rsrs...
Mana, está aí o capítulo com a dedicatória especial muito obrigado messsmoooo...



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Eu estava travando um duelo contra minha própria mente. Era como se de repente ela se dividisse em três pólos, minha consciência e dois subconscientes. Um deles me mostrava a imagem de um bando de ursos, que andava por uma trilha. A mesma trilha que seguíamos. O outro, estava confuso, provavelmente tentando entender o mesmo que a minha própria consciência, "De onde vinha aquela imagem?" era o que eu me perguntava.

"Eles passaram por aqui três horas atrás." Reconheci a voz de Ks.

"O que você está fazendo na minha cabeça, Little?"

"Eu que pergunto o que vocês dois estão fazendo na minha cabeça, irmãos." - Era a voz de Kn.

- Okay, isso foi muito estranho. O que é que tá pegando aqui? - Perguntei em voz alta diminuindo a corrida.

- Ao que parece, estamos descobrindo nossa "ligação". - Comentou Kn meio irônico fazendo movimento de aspas com os dedos. Ks, numa atitude tipicamente sua, mordeu o nó do dedo médio e eu pude ver sua linha de raciocínio se formando, mas não consegui assimilar nenhuma idéia aparente, antes que ele próprio a verbalizasse.

- Faz sentido! Calisto comentou algo sobre a singularidade de nossa ligação. Unidos pelo nascimento, unidos pelo sangue! - Ks andava de um lado para o outro. Sua mente fervilhava. Eu podia ver isso. Literalmente. E conhecendo meu irmãozinho como eu conheço, eu imaginei que o corpo não pararia quieto. E seus olhos brilhavam, eu captava cada idéia, uma mais mirabolante do que a outra para tentar justificar ou explicar o que estava acontecendo entre a gente. - Vocês fazem alguma idéia da repercussão que isso pode ter? Isso explicaria a preocupação de Calisto, o porquê de ela não querer que os que estão atrás dela descobrissem sobre a gente. Qual será a distância máxima que ainda “sentimos” uns aos outros? O que conseguimos transmitir? Isso é um movimento consciente ou inconsciente?

- Little! Relaxa, cara. Respira! - Exclamei impaciente segurando Ks pelos ombros.

- Mas eu não preciso respirar... - Murmurou ele com um bico.

- Eu sei que não precisa. Nenhum de nós três precisa. Mas seria legal se você deixasse eu e Kn assimilarmos a idéia de que nossa já parca privacidade foi pro espaço de vez.

- Mas... - Começou ele.

- Sem “mas”, Pirralho. - Cortou Kn impaciente. - Eu sei o que você está pensando. Literalmente. Não adianta nada você bolar mais um de seus mirabolantes monólogos reflexivos ou teorias caóticas pra tentar nos explicar algo por que dessa vez a gente não vai poder deixar a mente vagar, já que vamos acabar te ouvindo por lá também!

- Na verdade... Acho que o elo não é tão invasivo quanto parece. - Começou Ks cruzando os braços e adquirindo uma expressão pensativa. - Quando o Kn sentiu o cheiro do esquilo eu fui invadido por diversas sensações. Elas eram incompletas e vagas, mas tiveram o impacto que tiveram exatamente por não terem tido origem em meu subconsciente. E sim de um “subconsciente externo”, por que meu consciente demorou muito para assimilar aquela quantidade de informações.

- Se for vermos bem, faz sentido. Mas por que nós sabíamos sobre a trilha que os ursos que você viu tomaram, se nós sequer os vimos realmente? - Questionei colocando as mãos no bolso.

- Excelente pergunta, Kl. - Disse Ks se aproximando de uma árvore e encostando nela. Foi então que tudo ficou muito confuso.

“- Vão! Vão! Vão! Eu quero a cabeça daqueles ianques para o jantar!

- Sim, senhor!”

Tiros eram ouvidos, barulhos de tiros, corpos feridos caindo sobre a relva, sangue vermelho maculando o verde da grama. A quantidade de informações era assustadora. De repente eu comecei a sentir pontadas geladas na minha cabeça, como se alguém estivesse espetando meu cérebro. Por alguma razão eu sabia que estava naquela mesma clareira no passado. E estava com um pé na lembrança e outro no presente, e de relance vi Kn também abalado com a enxurrada e informações. Mas o que mais me preocupou foi Ks que estava com as costas apoiadas na árvore e as mãos segurando a cabeça. Parecia que quanto mais eu tentava me aproximar para ajudar o Sam, mais as lembranças me invadiam.

“Cavalos relinchavam ao nosso redor...Estávamos cercados. Eram 10 homens para cada um dos nossos.

- Lutaremos até o último suspiro, rapazes. Com toda certeza morreremos, mas mandaremos para o inferno junto conosco o máximo de nortistas que conseguirmos! Estão comigo?!

- Yeah!! – Foi o coro que se seguiu à declaração daquele homem.”

Era como se eu realmente estivesse naquela clareira à sabe-se lá quantos anos atrás em plena guerra civil americana.

“Um grupo de soldados irrompeu pela clareira atirando indiscriminadamente nos sulistas que ali se agrupavam, e que já estavam preparados para o ataque que veio, pois revidavam a saraiva de tiros, cumprindo a promessa que fizeram de levar consigo quantos conseguissem.”

Eu me vi na linha de fogo desse combate e senti, eu realmente senti as balas passarem por mim. Foram três. Uma em meu ombro direito, outra em minha coxa esquerda e a última passou de raspão pela minha têmpora esquerda. Mas por algum motivo as balas não me atingiram realmente, e, olhando para trás vi os verdadeiros alvos das balas caindo.

“- Se morrermos hoje, morreremos pelos nossos ideais!

- Se morrerem hoje, será por terem escolhido o lado errado! Morram ianques!

- Morram nortistas!

Alguns soldados desembainharam as espadas, outros se mantiveram atirando e o corajoso grupo de soldados sulistas se manteve firme, até o último homem.”

O último soldado sulista coincidentemente fora cercado na árvore onde Ks agora estava apoiado.

“- Cessar fogo, homens. – Disse um soldado de alta patente saindo do meio dos nortistas  com seu sabre empunhado.

- Fará um refém hoje, general? – Perguntou o remanescente com escárnio.

- Sabe que isso não faz meu estilo, bastardo. – Retrucou o general.

- O que está esperando então, irmão?

- Só quero que você mande um recado meu para o Withlock, caso encontre com ele no inferno.

- Não reconhece mais a família? Matará seu irmão mais novo esperando que ele encontre seu irmão mais velho no inferno? Você sempre soube surpreender, Max.

- Família? Você e Jasper não passam de bastardos desertores, Peter.

- Mas o bastardo aqui detonou um terço do seu batalhão.

- Soldados que serão enterrados com honra. – Disse o General Withlock segurando seu irmão pelo colarinho. – A vocês dois foi dada essa escolha. Alguma última frase de efeito, Peter?

- Sim, Max. Eu e Jasper ainda participaremos de seus piores pesadelos. – E dizendo isso cuspiu na cara do general.

- Morra insolente! – E dizendo isso cravou a espada bem no meio do peito do rapaz, a retirando logo em seguida e jogando o garoto para morrer.”

No momento em que eu vi Peter Withlock ser jogado para o lado, vi Ks também cair, gritando, como se não pudesse suportar a enxurrada de informações. E assim como Peter, Samuel caiu um pouco afastado da árvore, e lá ficou, imóvel.

- Ks! – Foi o grito de Kn quando percebeu que as memórias que não eram nossas tinham finalmente parado de jorrar.


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Notas finais do capítulo

Cogitando seriamente a possibilidade de os Kirkland encontrarem os Cullen. Mas uma participação especial dos irmãos Withlock foi o suficiente por hora. Quem sabe para onde essa linha de raciocínio pode me levar? Heim? Vou me especializar em passado alternativo... kkkkk
É isso aí galera... Quem descobrir o que rolou aqui ganha um trecho do próximo capítulo e o direito de dar 1(um) palpite...
Até o próximo capítulo... ;)



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