Nonsense - Uma História Sem Noção escrita por Boneco de Neve


Capítulo 2
Capítulo 2 - Metrô




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Tava lá o gordinho no metrô, quietinho e cabisbaixo como sempre, sentado, comendo o lanche que ele deveria comer no recreio. Tava com um pouco de sono ainda. Mas o pouco de sono que ele tinha foi-se embora por culpa de uma movimentação estranha...

Havia uma menina de pé, perto dele, que era da escola do gordinho. E ela estava sendo apalpada por um tarado da ralé. Ela demonstrava medo, mas ela não tinha a menor coragem de reagir. O gordinho até que queria ajudá-la. Ele cogitou várias possibilidades de salvar a menina:

1º) Gritar pra chamar a atenção
2º) Partir pra cima do safado
3º) Puxar a garota pelo braço e levá-la para um local seguro

Mas, ele começou a considerar os riscos que ele correria: Ele mesmo poderia se machucar, ela poderia se machucar, alguém que não tinha nada a ver com a história poderia se machucar... E o mais grave de todos os riscos, o mais certo de ocorrer: Levantar a cabeça. Isso não. Nunca.

Realmente a coisa parecia não ter saída. Mas ele começou a sentir que as coisas poderiam terminar bem. Um sentimento revolvente dentro dele, cada vez mais intensamente, a ponto de extravazar dele... E...

~FRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRT~

Um peido de som grave e quase 5 segundos de duração ecoou pelo vagão inteiro, resultando em dezenas de olhos arregalados mirando assustados o gordinho, inclusive os da menina e os do tarado. O tarado então começou a ter uma sensação urticante penetrando suas narinas e se enterrando nos seus pulmões...

- @$%@$%#$@%$#, QUE FEDOR!!!

Um princípio de tumulto de formou no vagão daquele trem. A coisa ficou tão insuportável que, logo na próxima estação, os passageiros correram de lá como se tivessem fugindo de uma bomba. Por fim, naquele vagão, restou apenas o gordinho, sentado e quieto como se nada tivesse acontecido. Ele, olhando a sua lancheira, pensou...

- (Mamãe tem pedra nos rins...)

Horas depois, o gordinho sai da escola e senta num banquinho e fica lá, de cabeça abaixada. Minutos depois disso, aquela menina aparece e fica de pé na frente dele. Ela ficou sem dizer nada por alguns segundos, apenas olhando pra ele. Por fim, resolveu falar:

- Foi você que soltou aquele... Pum... Não foi?
- ...
- Aquilo foi nojento...
- ...
- Sem contar que eu perdi 2 aulas por causa daquilo...
- Desculpa...
- Tudo bem. Graças àquilo, eu me livrei de uma encrenca. Por isso, obrigada.
- De nada.
- ...
- ...
- Você não vai levantar a cabeça?
- Não.
- Por que?
- Porque o cacto tem espinhos.
- E?
- E o violão tem 6 cordas.
- ...
- ...
- Bom... Tem alguma coisa que eu possa fazer pra retribuir o favor?
- Não precisa.
- Por que?
- Porque a Jabulani é sinistra.
- Também acho.
- ...
- Mas eu insisto. Quero fazer algo por você.
- Disponha.
- Já sei. Posso sentar no seu colo?
- Pra quê?
- Pro meu hamster passar a comer linhaça.
- Ah... Tá bem.
- Obrigada.

Então, a menina sentou no colo dele e os dois ficaram lá até o pôr-do-sol...

Moral da história: A menina passou a...






















































Comer cebola crua no recreio...


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