Stefano Mitchel e o Cajado Ômega. escrita por Butterfly


Capítulo 25
Capítulo 24: Sede, bem vindo a Winterville.




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Os vermes atacaram aos herdeiros, apenas a um cair na vasta areia para criar uma tempestade cegando aos quatro e os ventos o separavam, o que complicaria mais a situação deles. Aléxia foi lançada longe arrastando as costas na areia.

–Ah não. –Sentiu um tremor e a areia se abrindo a suas costas, rolou pro lado as pressas e o verme surgiu ao seu lado, conseguiu escapar de ser devorada, mas foi lançada pro alto caindo em direção a boca do bicho, seria devorada.

–Hoshi no Ame (Chuva de estrelas)

Uma chuva de flechas prateadas cairam dentro da boca do verme e num rápido movimento Tâmara pegou Aléxia segurando-a pousando na areia, mas rolaram no chão por causa da altura e a herdeira de Artemis não conseguiria ficar de pé, pra isso precisaria soltar Aléxia.

–Tâmara...

–Não fica parada com essa cara de besta e ajud...

A cauda do verme bateu na direção das duas, Tâmara conseguiu desviar, mas foi surpreendida por outro verme que rodeou a morena a prendendo que pra pouca sorte dela ainda estava sem os espinhos.

–Gyaaaahhhh. –A morena de cabelos prateados estava sendo apertada e sufocada tentava se soltar.

Stefano pulou rapidamente na cabeça de um dos vermes saltando dando um mortal no ar erguendo a espada fazendo um pequeno corte na cabeça do verme que prendia Tâmara, não teve efeito, foi como uma fraca pancada para o bicho causando apenas uma leve dor se enfiando novamente na areia soltando Tâmara.

–Akai Kitte (Selo vermelho).

Mandy saltou dando um giro no ar invocando sua Daylight cor lilás e criando uma imensa massa no ar com a mesma cor o levando na direção de dois vermes o prendendo num imenso cubo que tomava a forma de um cálice selado com um imensa fita vermelha o que representaria os laços do matrimônio, o bicho se debatia até o cálice ser destruído e a herdeira de Héstia foi lançada longe pelas ondas do impacto rolando na areia.

–Claro, não esperava que isso segurasse, eles são grandes demais. –A ruiva resmungou.

–Não adianta prender, não adianta atacar então o... –A alemã viu através de um último buraco que os vermes fizeram uma leve areia umedecida. –Água é claro, é a Mandy tem razão, o Kaede realmente faz falta. -Aléxia começou a cavar, se a areia estava umedecida o que quer dizer que teria água no subsolo do deserto.

–O que ela tá fazendo?-Stefano desviou do verme invocando chamas na lâmina da espada contra atacando. –O que acabaria com eles?Se nenhum dos... É isso, Mandy.

–To meio ocupada agora. –Mandy com duas fitas vermelhas que surgiram em sua manga se defendia e batia nos vermes, as fitas de Mandy tinham o mesmo efeito de um chicote ou dependendo de sua vontade, o mesmo efeito de uma lâmina de espada.

–Pode usar seu ataque mais uma vez?O da jarra gigante.

–É um cálice, seu idiota. –Mandy respondeu enquanto desviava do verme, invocou sua daylight mais uma vez lançando a massa em direção ao verme o prendendo com seu cálice, antes da ruiva o selar Stefano aproveitou a pequena abertura invocando sua daylight incendiando a lâmina de sua espada ao máximo tão forte quanto o calor do deserto enfiando a espada no cálice que começou a pegar fogo e o bicho a gritar ali dentro. Uma imensa poça cor de cinza surgiu pintando a areia e o cálice que estava derretendo desapareceu e o verme se encontrava na mesma situação, tentou avançar, mas estava fraco sumindo na vista dos herdeiros até derreter completamente.

–Recomponham-se, não precisamos de baixa agora. –Tâmara rolou pra frente passando perto de ser devorada. –To ficando cansada disso. –A morena invocou sua daylight atirou mais uma chuva de flechas dentro da boca do verme cerrando o punho inchando por dentro a barriga do bicho que cresceu mais e mais até explodir e os espinhos de metal voar para todo lado. –Tsuki Tate(Escudo Lunar). –A daylight prateada de Tâmara rapidamente rodeou a morena se transformando em um grande campo de força a protegendo dos espinhos.

–Valeu hein Tâmara. –Stefano e Mandy se defendiam dos espinhos com a lâmina da espada e seu laço, um dos espinhos atingiu de raspão o rosto de Stefano e o sangue escorreu por sua bochecha até o canto da boca, o garoto passou a língua de leve ali sentindo o próprio gosto de seu sangue.

–Tâmara mantenha-se desse jeito. –Stefano desviou mantendo-se fora do alcance cravando sua espada na areia concentrando sua daylight abrindo os olhos. –Oni senshis (espíritos demoníacos)

Fumaça negra surgiu de Stefano tomando a forma de espíritos negros e uma boa quantidade avançando dentro da boca dos vermes, o rapaz de cabelos negros abriu os olhos emitindo um brilho cheio de fúria e ao mesmo tempo prazer por ver seu exército de almas explodirem os vermes bem a sua frente, desviou rapidamente dos espinhos vendo-se aos olhos das herdeiras apenas borrões, um imenso jato de sangue gosmento explodiu ao ar sujando os herdeiros, apenas um dos vermes ficou de pé e perfurado pelos espinhos dos outros vermes, um grito de pavor foi ouvido da criatura. Stefano viu que alguns espinhos perfuravam-lhe o corpo, mas caminhou na direção do verme tranquilamente como se não sentisse dor.

–Ha. –Stefano retirou um dos espinhos de metal em seu ombro lambendo a ponta ensaguentada com seu próprio sangue, um sorriso malicioso brotava em seus lábios. –Medo?Dá não é?Descobrindo que está de cara a cara com a morte.

–Stefano. –Aléxia via os olhos dele brilhar diferente enquanto retirava os espinhos de seu corpo os jogando no chão.

–Dói não é?-O garoto de olhos vermelhos lançou um dos espíritos demoníacos na direção do verme o queimando como numa pequena tortura. –Doera muito mais, afinal de contas eu sou a morte.

Os espíritos demoníacos foram invocados e lançados novamente contra o verme que caiu na areia gritando de dor, as herdeiras mal conseguiam se levantar ao sentir a daylight de Stefano. A arachne de Tâmara saiu de seu casaco indo até seu ombro caminhando até a direção do garoto filmando tudo aquilo, Stefano retirou o último espinho em sua perna caminhando com ele e sua espada, o verme mal conseguia se levantar e estava com dor e enfraquecido, o garoto de cabelos negros pôs o espinho de metal na boca segurando o cabo de Ken Yami fazendo um corte na cabeça do bicho.

–Isso é tão excitante não é?Hahahahahahaha. –Stefano arrancou uma das presas de metal da criatura e tirando a se sua boca enfiando as duas na ferida feita com a espada, subiu no verme ajoelhando-se em sua cabeça esfaqueando a ferida com os dois espinhos, em seguida se levantando enfiando a espada partindo em dois a parte superior da boca.

–Mandy arraste aquele bicho até a água. –Aléxia apontou pro buraco que tinha cavado uma imensa lagoa.

–Deixa, o Ste...

–Não cavei esse buraco a toa, anda logo.

–Chata.

Fitas surgiram dos braços de Mandy enrolando em volta do corpo do bicho o arrastando, enquanto isso Stefano retirava os espinhos um por um perfurando a ponta no corpo do verme, o buraco onde estava o espinho, pois era o único exposto sem o metal na pele dura, o garoto de olhos vermelhos fazia isso lento e torturante, adorava ver o verme gritar de dor, era como música para seus ouvidos. Pulou na areia quando percebeu o bicho ser engolido pelo buraco e cair na água, fumaça negra surgiu da daylight de Stefano tomando a forma de Oni Seinshis que imediatamente pegaram fogo avançando pra cima do bicho grudando no metal duro o esquentando ao máximo enquanto a água fria da lagoa o resfriava petrificando o verme totalmente.

–Akai Ken(Espada Vermelha). –A ruiva lançou as fitas em direção a estátua do verme a destruindo totalmente e as fitas vermelha voltaram pro seu pulso.

–Pelo menos acabou né?-Aléxia olhava o buraco com o verme destruído.

–Você. –Stefano pegou a alemã pelo pescoço apertando-o fortemente, o sorriso em sua face desapareceu transformando em um olhar sério e raivoso. –Estragou minha diversão e vou deixar por isso mesmo?Sua maldita pequena, Herdeira de Deméter.

Mandy tentou surpreende-lo por trás, mas sem nem mesmo se virar Stefano segurou as fitas a puxando em sua direção em seguida as soltando pegando a ruiva pelo pescoço.

–Então, qual das duas quer participar do banquete de Hades hein?-O garoto de olhos vermelhos apertava fortemente o pescoço das duas meninas que em menos de pouco tempo estavam sufocando e ficando azuladas pela falta de ar. Sangue foi jorrado e o brilho do olhar de Stefano desapareceu voltando ao seu normal derrubando as duas herdeiras no buraco, Mandy lançou a fita pro alto e Tâmara a pegou puxando as duas pra superfície com dificuldade.

–Tâmara pode soltar. –Mandy falou do buraco e Tâmara soltou a fita, a ruiva segurando Aléxia tomou impulso numa parede saltando pra cima dando um mortal aterrissando na areia. –Acho que falo por todas nós quando digo que Erva encapetou geral. –Fitou o garoto desmaiado na areia com uma flecha prateada nas costas.

–O-O que pode ter causado isso. –Aléxia respirava aos poucos.

–A Daylight provavelmente, mas se foi isso vamos descobrir. –O arco voltou a ser o bracelete que automaticamente se enrolou em seu pulso se abaixando e a arachne subindo por seu braço entrando em sua jaqueta. –A cidade mais próxima fica a cinco kilometros da estrada que não está muito longe, quando chegarmos lá a gente compra água e comida.

–Água?

–Vocês não vão querer daí né?-Saiu andando, se referia ao buraco onde estava o verme juntamente com aquela água gosmenta.

–Eca. –Mandy e Aléxia falaram quase que ao mesmo tempo por ver aquilo.

Passaram alguns minutos e as herdeiras caminhavam com dificuldade por causa da tempestade de areia que iniciou no deserto, Mandy carregava Stefano nas costas enquanto os três estavam com óculos escuros e tiraram a jaqueta branca pesado ficando só com a camisa branca que usavam por baixo, com exceção de Mandy que apenas o abaixou já que a jaqueta era costurada com a parte de baixo e um cachecol branco protegendo o rosto.

–Tá vendo alguma coisa?-Aléxia perguntou abafada pelo cachecol.

–Só areia. –A ruiva respondeu. –Quanto tempo pra chegar, hein?Quero descarregar a bagagem (Se referia a Stefano em suas costas)

–Estou vendo água ao longe. –A alemã falou.

–É só uma miragem, continue andando. –Tâmara respondeu. –Afinal de contas não tem água na mochila não?

–Se pegar aqui agora o cantil vai sujar de areia.

–Tâmara, não acho que seja miragem. –Mandy viu as pedras umedecidas e atrás dela uma nascente com água raza que caia molhando as rochas atrás dela, finalmente em meio todo aquele deserto uma bela visão e um momento pra refrescar e descansar.

–Uhuuu. –Mandy deu um pulo de bomba na água a fazendo espirrar nas duas.

–Ai Mandy, tome cuidado. –Aléxia reclamou com o uniforme todo molhado. –Afinal de contas por que a diversão?Vamos ter que sair daqui de qualquer jeito, e agora molhadas.

–Eu não ligo, vamos ter que fazer o resto do caminho pela água. –Tâmara apontou o rio até o horizonte. –Será mais rápido e não tem como dar a volta, estão prontas?

–Se não tem outro jeito né?-A alemã pulou na água juntamente com Tâmara. –Realmente...

–O Kaede faz falta. –Tâmara e Mandy falaram quase que ao mesmo tempo sabendo que a alemã falaria aquilo.

As três fizeram o caminho pela água e Stefano ainda sendo carregado, o abutre continuou a segui-las cuidadosamente e despercebido.

–Qual das noticias você quer primeiro?A boa ou a má?-Tânatos perguntou enquanto ainda observava as herdeiras.

–O que quer dizer com isso, pastel?-Nêmesis perguntou. –Vamos a má.

–A má noticia que eles destruíram os “Metal Worms” (Vermes de metal)...

–Claro, claro... O que podia esperar, imbecil?-A deusa menor esbravejou. –Se nem os Deuses menores puderam contra eles que chances teriam os Metal Worms?Só sendo muito idiota mesmo.

–Tem moral pra falar de ninguém.

–O que você resmungou aí?

–Na moral pra derrotar os herdeiros não tem alguém?-Disfarçou mandando outra resposta no lugar daquela.

Os quatro herdeiros conseguiram chegar numa cidade ali, Winterville, receberam olhares estranhos e não só por causa de seu uniforme, mas sim porque estavam todos molhados e também por causa dos olhos e cabelos de Tâmara, e também dos olhos de Mandy. Precisavam descansar e foram pra um hotel, a recepção parecia ser de luxo, o imenso lustre de ouro no teto iluminava o lugar, os sofás de cor branca, desenhos no piso do chão, uma mesa no centro, nos cantos duas escadas e no fundo do centro do lugar onde tinha uma estátua de uma mulher com um bebe no colo e de mãos dadas com uma criança, um elevador, as pilastras eram de cor branca.

–Fiu fiu. –Dois rapazes passaram assobiando pra Mandy olhando pras pernas dela.

–Se eles fizerem isso mais uma vez eu...

–Gostosa. –Gritaram.

–Já chega. –Mandy queria chutar o saco deles, mas foi segurada por Aléxia.

–Não liga não. –Aléxia falou.

–Então são dois quartos, um triplo e errr um individual?-A recepcionista olhava assustada Stefano inconsciente nas costas de Mandy. –Como pretendem pagar.

–Com um socão na sua cara. –Tâmara falou. –Quié, acha que não temos dinheiro?

–Bem vocês... Errr parecem tão. –A recepcionista encarou as três herdeiras, ainda estavam molhadas e sujas de areia e suor com uma cara de, “quem deixou esse pessoal entrar?”.

–Pobres?-Tâmara tirou do bolso um saco de moedas de ouro o jogando em cima da recepção. –Qual é o andar?

Depois de tudo aquilo as garotas saíram do corredor, a luzes automáticas acenderam revelando as paredes brancas com desenhos em entalhes dourados, o chão tinha um tapete vermelho caminhando até o quarto com o número 171.

–Esse quarto seria perfeito pro Barry. –Mandy falou rindo juntamente com as outras duas meninas que não conteve uma risada, ao entrar viu três camas forradas com edredom de cor branca, uma janela com vista pra cidade, um abajur no centro entre duas camas em cima de uma mesinha e ao lado um telefone pra chamar serviço de quarto. Abriram a porta do banheiro e viram uma imensa banheira, uma suíte de luxo, com certeza aproveitariam aquilo.

Stefano ainda inconsciente foi deitado na cama do seu quarto individual, Aléxia limpava as feridas dele o que não havia nem necessidade, pois já haviam cicatrizado, lágrimas umedeceram seus olhos escorrendo por seu rosto ao lembrar daquilo no deserto, aquele não era Stefano e não conseguiu conter o medo que sentiu naquela hora.

–Por que chora?-O garoto de olhos vermelhos acordou e viu a herdeira em lágrimas.

–N-Nada não. –Disfarçou virando o rosto, o que não adiantou, pois Stefano levou o dedo ao rosto dela secando uma lágrima. –Você está bem agora?

–Só um pouco cansado. –Respondeu. –Onde estamos?

–Num hotel em Winterville. –A alemã conseguiu secar as lágrimas. –Você derrotou os vermes. –Suspirou. –Stefano, aquele lá não parecia ser você. E-Eu fiquei com medo, achei que você iria nos matar, fiquei com muito medo.

–Não precisa ter medo agora, isso não é bom. –Stefano falou. –Eu não me senti como eu mesmo, só que ainda temos uma batalha pela frente. Não sinta medo está bem.

–Tá. –Assentiu com a cabeça.

No quarto das garotas, Mandy estava com um roupão branco do hotel secando o cabelo com uma toalha, Tâmara estava ajoelhada no chão terminando de olhar as imagens que a arachne dela gravou na televisão de tela plana.

–Tâmara a suíte é toda sua. –A ruiva se sentou na penteadeira arrumando seu cabelo.

–Num minuto. –Tâmara pegou sua aracne a pondo no casaco e entrando no banheiro trancando a porta, a retirou de novo a pondo no ombro. –Kaede, preciso de um favor seu.

–Do que precisa?-Kaede perguntou do outro lado da linha.

–Vou te mandar umas imagens, mas preciso que você faça o seguinte. –A morena num tom baixo no qual somente Kaede poderia ouvir e que não ficaria complicado já que tava do outro lado com sua arachne.

–Virei moleque de recados agora?

–Faz o favor pra mim que te pago uma inteira torta de floresta negra. –Tâmara falou.

–Isso eu consigo de graça aqui. –O garoto de cabelos azuis deu uma risada ao ouvir aquilo.

–Só que não uma inteira, vai fazer o favor ou não vai?

–Vou, né? –Kaede respondeu.

–Como eu disse vou mandar umas imagens pra sua arachne, mande-a pra Hades, entendeu?-A morena de olhos prateados deu as instruções. –Não mostre pra ninguém, nem pra Orfeu, direto pro Hades.

–Está bem.

–Te devo uma Kaede, desligo. –A garota desligou a Arachne, suas deduções seriam que se Hades visse o Stefano naquela hora do deserto, talvez ele soubesse responder, ele poderia contar ou não. Mas, não custava nada tentar.



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