Stefano Mitchel e o Cajado Ômega. escrita por Butterfly


Capítulo 19
Capítulo 18: Missão Holanda.


Notas iniciais do capítulo

Texto em itálico e entre aspas quer dizer lembranças



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Em God Academy, no salão das estátuas, estavam Stefano e Tâmara, falando com as estátuas de Artemis e Hades, que pela situação sentiram outro cristal.

–Holanda?

–Isso mesmo, Holanda. –Hades falou. –Mas não se preocupem que já mandaram um herdeiro pra lá.

–E quem mandou?-Stefano perguntou.

–O Christopher, ele mesmo se ofereceu pra fazer essa missão. –Artemis falou. –Já ele mesmo vindo da Holanda achamos melhor ele ser selecionado pra isso.

–Está bem. –Tâmara se levantava e saiu andando, Stefano foi logo atrás e os Deuses deixaram as estátuas.

Tâmara mantinha a postura, mas não a expressão, o garoto de olhos vermelhos percebeu que a morena fazia uma expressão de duvida, olhava pro chão enquanto andava o que provavelmente alguma coisa estava a incomodando e com certeza aquilo tinha haver com a conversa que ela teve com os Deuses.

–O que foi Tâmara?-O garoto de olhos vermelhos perguntou curioso.

–Hã o que?-Tâmara respondeu distraída. –Ah desculpe eu só... Nada não eu tava pensando numa coisa... Será que foi mesmo uma boa idéia mandar o Christopher?-Pensou se perguntando várias vezes.

–Pensando no Christopher, nessa missão na Holanda. –Stefano falou. –Tá bom Tâmara o que está me escondendo?

–Por que acha que estou escondendo alguma coisa?

–Te conheço, sua expressão está estranha...

–Está bem vou te contar. –Tâmara suspirou. –Mas tenho que garantir que não isso vai ficar entre nós dois, e não vou contar aqui...

Na Holanda...

Christopher estava com uma mochila e seu uniforme olhando pra todos os lados não com a cara mais contente do mundo.

–Tsc, mudanças. –O loiro fitou a ferroviária por um tempo e saiu andando. –Quero logo achar esse cristal e cair fora daqui o quanto antes.

As baladas do relógio da Ferrovia foram ouvidas, aquelas baladas para o garoto loiro eram tão profundas e penetrantes que o próprio fechou os olhos as ouvindo, aquilo para ele era bem relaxante.

“Muita neve caia, as pessoas se preparavam naquela época para o dia de Natal. Na ferroviária uma criança que trajava um casaco verde, calça azul, uma blusa de manga quente por baixo, botas de neves pretas e luvas vermelhas, usava um cachecol vermelho e touca da mesma cor, de mãos dadas com outra pessoa, não se podia ver quem era as pessoas que passavam pelo local eram muitas e mal davam pros pais das crianças ver os dois... O garoto nada disse, apenas encarava o relógio que badalava 9:00 horas.”

Christopher imediatamente abriu os olhos balançando a cabeça com afastando esses “pensamentos” da cabeça e voltou a andar pelas ruas procurando o Cristal, nem mesmo tendo idéia de onde ele estava. Um choro de criança foi ouvindo e o loiro se deu conta de que estava num bairro suburbano, Christopher seguiu a voz do choro o que parecia ser de uma menina e conseguiu confirmar isso quando viu uma menina loirinha de cabelos cacheados, olhos azuis e usava um vestido simples, estava suja e cheia de feridinhas e o braço ralado com as pernas presas num monte de entulho.

Nada disse, apenas tirou os entulhos até a menina conseguir sair. Secou as lágrimas encarando Christopher um pouquinho assustada com tudo que ela passou, mais ainda com os olhos dourados do garoto, a mãe dela surgiu do nada puxando a filha correndo com ela pra longe do herdeiro de Apollo que apenas ficou olhando a mãe se afastar com a menina que o encarava mesmo de longe.

Num Fast Food no leste de Nova York.

Tâmara e Stefano ali agora se passavam por pessoas comuns, nem uniformes estavam usando, Tâmara trajava um colete preto que deixava a barriga de fora, a gola era de cor vermelha, atrás tinha um desenho em cor branca de um emblema de uma caveira com um cartola em cima escrito “Tâmara” e em baixo “Kennedy”, calças jeans claras e tênis all star preto, Stefano usava um colete Headbanger com uma camisa preta escrita Guitar duel com desenhos de guitarra flamejantes, calças jeans rasgadas e com correntes e tênis all star também preto, o garoto de olhos vermelhos nunca percebeu por Tâmara sempre usar jaqueta, mas ela tinha os braços todos tatuados.

Mesmo trajando roupas normais não adiantaria de nada, os cabelos e olhos prateados de Tâmara chamavam atenção sem contar os olhos vermelhos de Stefano que toda pessoa no lugar ou que entravam e saiam, os olhavam, uns com medo, outros com caras de “Que visual mais entranho.”

–Não foi mesmo uma boa virmos aqui. –Stefano reclamou com o rosto apoiado na palma na mão e o cotovelo na mesa.

–Isso pra mim não faz a menor diferença. –Tâmara nem ligava para o pessoal que os encaravam e tomava seu Milk-shake. –Mas, viemos aqui pra discutir o assunto que você tanto me enche não é?-Stefano deixou os hambúrgueres de lado prestando atenção atentamente a conversa de Tâmara.

Voltando a Holanda, no Suburbio.

O herdeiro de Apollo caminhava distraído, nos próprios pensamentos e lembranças que lhe viam a cabeça, parou em uma calçada olhando profundamente um garoto loiro que usava uma bermuda azul e camisa laranja, este fazia embaixadinhas com uma bola de futebol que depois escapou de seu pé rolando pra rua, o garoto foi atrás correndo sem notar Christopher ali apenas pegou a bola parada na rua. Um carro em alta velocidade buzinava para chamar a atenção da criança que quase foi atropelada se Christopher não saltasse rapidamente salvando a criança.

–Tome cuidado pirralho. –O mais velho pôs a criança no chão. –Você está bem?Ei trata de me responder.

A criança encarou Christopher, os olhos eram dourados como o dele e o rosto bem jovem, Christopher estava cara a cara com ele mesmo estava olhando pra ele quando criança.

–Mas o... –Christopher sentiu uma energia estranha e saltou pro lado rolando e caindo no chão, viu garras imensas cravadas no chão e que o portador imediatamente as tirou deixando pequenas crateras no chão, a criatura era imensa com presas amareladas e ensangüentadas, era gigante com pelos pretos e esfumaçados e olhos brancos e na cabeça tinha quatro chifres, dois grandes e dois pequenos. –O que raios é isso?

A criatura pegou a criança pela cintura que se desintegrou em fumaça negra se fundindo a besta, sedenta de sangue avançou pra cima de Christopher que imediatamente desviou dando um chute na cara da criatura e girou com as pernas no ar similar aos movimentos de capoeira rolou pra trás tirando o broche escondido debaixo da gola do uniforme que imediatamente se transformou em seu arco e flecha dourado, avançou pra cima do loiro que atirava flechas e desviando das investidas da besta.

Não gosto de levar sustos. –Christopher subiu no peito da criatura rapidamente chutando o olho dela impulsionando o corpo pra cima chutando pra baixo fortemente a cabeça da besta que tirou o loiro e o jogou brutalmente no chão.

–Seu insolente como se atreve?-A besta urrou de dor.

–Que ótimo, ele fala. –Christopher pôs a mão no chão saltando pra trás escapando de ter o peito perfurado pelas garras da criatura que agora estavam presas no chão.

–Eu te amo herdeiro de Apollo. –A besta gritou tirando as garras do chão.

Christopher saltou fugindo da criatura, saltando e tomando impulso entre agora os prédios que já se encontrava em um bairro urbano, corria entre uma cobertura saltando pra outra correndo a toda velocidade, olhou pra trás a criatura já não mais lhe seguia, mas o que não impediu dele continuar correndo, pois viu uma sombra rápida no chão que lhe seguia, uma mão negra com unhas vermelhas surgiu da sombra tentando pegar o loiro que desviou atirando flechas no não, flechas que ao tocar a sombra explodiam.

–Não me deixa em paz, não?-Christopher parou.

–Finalmente resolveu parar. –A besta se materializou em fumaça negra em sua frente. –Já tava cansado desse joguinho de pique pega... Ei to falando com você. –A criatura percebeu que Christopher estava distraído olhando pro céu azul e ensolarado, fechou os olhos deixando-se levar pelo canto dos passarinhos. –Não se distraia numa luta.

A criatura avançou pra cima de Christopher que nem se mexer ele fazia, apenas ficava parado ali, parou as garras perto de suas costas não por que quis, mas forçado devido ao forte calor que o paralisou ali o fazendo suar encharcando os pelos, as garras derretiam. Não percebeu aquilo, mas a Daylight do Holandês estava ativada e ele estava aumentando a temperatura.

–Arf arf e-eu não v-vi arf arf a Daylight. –A besta arfava não suportando o calor. –C-Como arf conseguiu manter arf arf Daylight...?

–Camuflada?-Christopher chutou a criatura que caiu no chão e o loiro pisou em seu braço. –É a coisa mais simples do mundo, básico e como você não conseguiu perceber?

–Haha arf d-do que adianta arf arf a-aumentar a temperatura s-se vai matar as p-pessoas...

–Eu não sou idiota. –Cravou uma flecha em um dos pulsos do monstro enquanto pisava no outro. –Mesmo que seja a céu aberto eu posso fazer isso onde eu quiser sem atingir outros lugares, então a frente quente está somente aqui. –O loiro sorriu cravando outra fecha no outro braço levantando o pé deixando a besta ali cravada no chão. –Não estou nem um pouco afim de bater um papo, então vamos acabar logo com isso.

A criatura percebeu que a temperatura ali começou a esfriar e a refrescar dando uma parada naquele calor que lhe torturava muito, o suor dos pelos escorria pelo chão da cobertura.

–O que vai fazer?Matar-me com essas flechinhas?-O monstro riu.

–Não, mas bem que eu poderia. –Christopher se irritou com o comentário daquele monstro e esquentou somente as flechas queimando os pulsos daquele demônio que urrou de dor e o loiro o soltou pulando do prédio sendo seguido pelo monstro. –Não teria graça nenhuma e afinal você já conhece minhas flechas.

Caindo de pé no chão e com a palma da mão aberta os raios de sol que iluminavam toda a Holanda se concentraram em só em um único ponto, ou seja, o relógio da ferroviária refletindo em direção ao demônio queimando o peito. Urrando de dor não suportou aquilo fugindo, Christopher nem se deu ao trabalho de ir atrás desativando a Daylight fazendo tudo voltar ao normal e ao seu devido lugar, fitou novamente o relógio ainda inteiro, pois só os raios foram refletidos e não faria mal algum pra redoma que protegia o objeto.

A besta já estava longe, a ferida no peito se regenerava aos poucos mesmo assim ele ainda estava mal e sangrando, parou em um beco encostando-se à parede até se recuperar completamente.

–Vejo que não conseguiu matar o fedelho. –Uma fumaça negra se materializou dando forma a Nêmesis que segurava a sua espada. – E eu pensando que você me traria boas notícias.

–Não me apresse, eu vou matá-lo eu prometi isso há muito tempo não é?

A besta se materializou em uma forma humana, os cabelos eram loiros iguais ao de Cristopher só que de corte mais curto, os olhos eram azuis claros, pele branca, trajava uma camisa vermelha xadrez, calças jeans e botas pretas.

–Pra que eu te dou um poder se você não sabe como usa-lo?-Nêmesis deu de ombros. –Não dê brechas, o pivete é esperto.

–Poder?Você me deu poder?-O garoto pega Nêmesis pelo pescoço. –Esse humano já tinha esse desejo de morte dentro do coração dele, fui eu quem deu o poder para ele realizar seus maiores desejos.

–Não precisa me lembrar. –Nêmesis se soltou. –É por uma dessas razões que detesto trabalhar com humanos, mas você se esquece de que fui eu quem enrolou as bruxas e te dei esse novo corpo... Acabe com o garoto, afinal você odeia seu irmão não é Charlie Baldwin?-Nêmesis se dispersou em fumaça negra desaparecendo.

–Só temporariamente. –Charlie sorriu enquanto olhava uma poça d’água no chão. –Não importa em que corpo seja, eu Aquiles vou destruir Apollo completamente.

Nova York.

–O que?-Stefano se impressionou. –Não é possível.

–É a mais pura verdade. –Tâmara tomou um gole de Milk-shake.

–Mas, quem é essa pessoa que Christopher estaria procurando?-Perguntou o garoto de olhos vermelhos curioso. –Mas se bem que as vezes eu ouvia Christopher falando dormindo, quando eu passava no corredor, ele dizia “Tenho que te encontrar, onde está você.” Ele já falou dessa tal pessoa pra você?

–Não nunca, ele até mesmo ocultava esse assunto. –Tâmara terminou de beber o Milk-shake. –Mas saiba que eu estou te contando isso porque você não ia parar de me torrar a paciência.

–Me conhece bem.

–Isso não é pra sair daqui, é só entre nós dois entendeu?

–Relaxa nervosinha. –Stefano levantou a sobrancelha. –Não conto pra ninguém... Você. –Suspirou. –Não é com isso que você está preocupada não é?-Tâmara fez “não” balançando a cabeça. –O que sugere que façamos?Que viajaremos pra Holanda?

–Talvez. –Tâmara olhava pela janela. –Parte de mim diz que devemos ir atrás dele, mas, conhecendo ele, o Christopher não ia querer nossa intromissão.

–E você, vai decidir ficar parada aqui sem tomar uma atitude?-Stefano fitou Tâmara. –O que você acha que deve fazer?Agora eu que pergunto.

–Não sei. –Suspirou. –É a primeira situação que me encontro sem saber o que fazer, não devemos fazer coisas com pressa, vamos esperar com calma e ver o que dá, eu acho que é a melhor coisa a se fazer.



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