Cada vez mais Deuses menores estavam sendo derrotados pelos herdeiros, Circe, Hebe e agora Anfitrite... Mas, a vantagem deles é agora estavam com três cristais e seus adversários até agora nenhum.

–Crianças, perderam para crianças. –Esbravejou Nêmesis andando de um lado pro outro nervosa. –Como isso pode ser possível?

–Nêmesis eu...

–Foraaa... –Gritou Nêmesis lançando magia em Hipnos que rapidamente correu. –Idiota... Minha senhora Pandora, perdoe-me pela incompetência desses idiotas... Ah como vamos te trazer de volta se eles não fazem nada direito.

Na verdade Pandora estava transformada em estátua de pedra, com o olhar assustado como se fosse atacada por alguma coisa.

Em God Academy.

–Tâmara olha a bola. –Alertou Álvaro.

A bola de futebol foi em direção de Tâmara que lia um livro e sem tirar os olhos dele parou a bola com uma mão só a segurando.

–Olhem pra onde chuta isso. –Tâmara jogou a bola de volta pro campo.

–Tâmara eu não entendo porque não joga um pouco. –Falou Ami-Hai sentando ao seu lado. –Você adora esportes.

–Tsc. –Voltou a ler o livro ignorando Ami-Hai.

–Você viu isso Aléxia?-Ami-Hai fechou a cara não gostando da ignorância da garota de cabelos prateados. –Que mal educada.

–Liga não a Tâmara é assim mesmo. –Riu Aléxia. –Kaede você está bem?

–Estou sim, só estava pensando um pouco. –Kaede estava sentado longe de todos assistindo os garotos jogando futebol.

–Se precisar de...

–Só quero ficar um pouco sozinho. –Kaede cortou Aléxia.

–Então tá, se é o que você quer. –Aléxia se afastou tristemente sentando perto de Tâmara.

–Não foi um fora tá. –Tâmara virou a página do livro.

–Eu sei disso, mas... Eu vou ver como a Gracielle na enfermaria. –Aléxia se levantou e saiu andando.

–Esse gol não valeu, Barry sabe que não pode usar as armas divinas no jogo. –Reclamou Martin que era o goleiro.

–Que não vale o que, você que é mão furada e não sabe agarrar. –Barry entrou na discussão.

–A culpa é sua e desse juiz ladrão.

–Ei, juiz ladrão é a vovozinha. –Álvaro reclamou quando escutou isso.

Os garotos discutiam em campo a ponto de dar uma briga com pancadaria incluída, as garotas que estavam na arquibancada, algumas gritavam para eles parar outras estavam assustadas apenas olhando.

–E você ainda me pergunta por que eu não jogo?-Tâmara fechou o livro.

–Entendi. –Falou Ami-Hai chocada.

–Ei ei se não dá pra se comportarem é melhor pararem por aqui. –Orfeu separou Martin e Barry que quase caiam no soco. –E além do mais o que fazem aqui, não deviam estar na aula?

–Se mete não Raul Seixas. –Martin tentava avançar pra cima de Barry.

–O que Raul Seixas?Olha aqui senhor Carter eu...

–Francamente, vocês não se comportam não?

Surgiu uma garota de cabelos ruivos presos num rabo de cavalo, olhos vermelhos mais claros do que o de Stefano, tinha o corpo que aparentava ser de uma modelo, pele branca usava o uniforme preto e branco na parte baixa aberta dos lados deixando às pernas a mostra como se fosse uma cigana, em cima do ômega estava escrito Héstia e em baixo Deusa dos Laços Matrimoniais. Mandy Wernecz.

–Mandy. –Os olhos dos garotos no campo brilhavam. – A cada dia mais bonita.

–Ninguém merece. –Tâmara revirou os olhos.

–Quando não é a Mandy é a Gracielle, qual é a desses garotos?-Ami-Hai levantou a sobrancelha.

Mandy sorriu olhando o lugar fitou os olhos na arquibancada, vendo Tâmara que conversava com Ami-Hai avançou pulando em cima da garota de olhos prateados tão rápido que quase ninguém viu, e é claro o belo chute na cara que Mandy levou da morena que nem desviar o olhar fez.

–Não vem não.

–De longe pude ver os lindos olhos prateados da Tâmara, brilham tanto como a luz da lua. –Mandy pegou as mãos de Tâmara que levantou a sobrancelha. –Sem duvidas você é uma Deusa da lua...

–Isso é estranho demais. –Tâmara tirou as mãos. –Hã se quer um seja bem vinda então que seja.

–Ela é tão linda. –Mandy pensava se virando com o rosto vermelho. –Lindaaaaa... –Olhou de lado pra Tâmara com um sorriso malicioso. –Ficaria mais bonita se desse um sorriso.

–Vai encher outro. –Tâmara virou a cara.

–Mandy. –Kamilyana abraçou a amiga. –Finalmente, eu estava preocupada.

–Desculpe, a missão na Espanha demorou mais tempo que devia. –Mandy coçou a cabeça colocando a língua pra fora rindo. –Vamos deixar isso pra lá, vamos nadar um pouco por que o calor tá demais.

–Eu topo.

–Nadar?Vocês não tem aula não?-Orfeu estranhou.

–É que Zeus liberou a gente hoje por causa das lutas, ele acha que um dia de folga vai fazer bem a gente. –Sorriu Kamilyana puxando Mandy que era seguida pelos garotos.

–É roubada, bem que uma missão cairia bem agora. –Tâmara deitou na arquibancada olhando pro céu.

Enquanto isso no monte Olimpo.

No salão no templo monte Olimpo no meio havia uma fonte que mais parecia um chafariz, lá podia ser observado toda God Academy e os herdeiros e é claro seus alfazeres.

–Não acharam. –O grito de Zeus foi ouvido juntamente como barulho do trovão que surgiu no céu.

–Relaxa aí extressado. –Atena resmungou sentada em seu trono.

–Os Deuses menores tem três cristais, três e a nós?O que temos, nada.

–Ora essa pare de reclamar, os garotos estão fazendo o máximo que podem. –Deméter se levantou do trono, trajava uma armadura esmeralda com alguns entelhas dourados que representando os trigos e gramineas, o peitoral cobria não só ali mas também todo o tórax, as ombreiras eram caídas cobrindo o ombro e parte do braço revelando os tecidos de transparente de cor branco e os braceletes dourados(nenhum dos deuses usavam luvas de armaduras e sim braceletes), a parte de baixo do cinto revelava a saia branca mostrando a meia calça branca e as pernas da armadura cobrindo até a canela e ligando do tornozelo até o cinto uma liga dourada com vásomente nas pernas revelando. –Lutas não são brincadeiras.

–É to vendo o melhor deles. –Zeus fitou a fonte, sarcástico. –Afinal o que eles estão fazendo.

–Eu dei um descanso pra eles. –Hera falou, os cabelos negros estavam presos num coque deixando apenas algumas mexas soltas também usava uma coroa só que um pouco mais detalhada e maior que a de Atena deixava cair um tecido branco e transparente sobre a cabeça como se fosse um véu, a armadura era feita de ouro a parte de cima tinha a forma de um rabo de pavão cobrindo seu colo e os ombros mostrando os entalhes com o desenho de um pavão, as penas de outro ligavam as ombreiras que eram arredondadas e curvadas, os braços tinham braceletes dourados e também nos pulsos, em seguida vindo o peitoral deixando o vestido branco transparente mostrando a barriga e o cinto losangular que cobria o umbigo, a parte baixa vinham um tecido não transparente por cima cobrindo parte do transparente que mostravam as pernas da armadura cobrindo a canela com a tornozeleira em forma da cabeça de um pavão com uma pequena forma da cauda do animal em cor na batata da perna. –Eles estão precisando.

–Você fez o que?

–Não dá só pra ficar em combate, combate e combate. –Hera falou cruzando os braços. –Viu o que aconteceu por eles estarem o tempo todo nisso...

–Gracielle acordou por sorte. –Hades estava debruçado no parapeito olhando a vista de todo o Olimpo. –Mas o Stefano...

–Preocupado Hades?-Atena provocou.

–Atena você parece que não sabe fazer outra coisa a não ser encher o saco né. –Perséfone falou, estava com o cabelo castanho solto e usava um vestido branco grego com detalhes dourados e luvas azuis a mostra pelo tecido transparente das mangas e da saia mostrando o tecido azul de cetim por baixo. –Se você pensa que...

–Perséfone chega. –Ordenou Deméter.

–Sim mamãe.

–Sorte?Gracielle perdeu a voz por tentar salvar o seu herdeiro, Hades. –Afrodite falou nervosa se levantando de seu trono, tinha os olhos azuis claros e os cabelos negros cacheados iguais ao de Gracielle, trajava uma armadura feita de diamantes entalhada com várias pedras preciosas, , as ombreiras eram triplas, uma em pé e outra deitada e a de baixo curva, o peitoral apenas cobria a parte de cima e as costas deixando a barriga de fora ligando a parte das costas até a parte baixa como se fosse um maiô de diamante por cima o cinto com vestes gregas transparentes, as pernas da armadura cobriam toda a coxa deixando apenas uma pequena partezinha de fora, só que as pernas da armadura de Afrodite são um pouco maior que as pernas da armadura de Atena. –Não quer dizer que os Deuses menores não atacaram de novo tiveram sorte de não morrerem...

–Não morrer?-Poseidon saiu batendo o pé, os cabelos azuis estavam arrepiados, a armadura era de cristal com alguns entalhes de pérola, o peitoral cobria todo o tórax e o cindo era algo semelhante a um "V" só que a ponta um pouco mais pra cima e a parte de baixo da armadura cobria as laterais e a parte de trás e havia entalhes como se fossem escamas a calça era verde, as pernas da armadura cobriam a canela com a torzoleira em forma da cabeça de um cavalo e entalhe nas pernas como se fosse o corpo e as patas. –Como Anfitrite fica nisso tudo?

–Pro inferno essas leis, pelo que estou percebendo a gente mesmo é que não faz absolutamente nada. –Artemis se levantou farta de tudo aquilo. –São eles que arriscam em nosso nome e você é quem tem menos direito de reclamar Zeus.

–Ora sua...

Zeus invocou um raio parando com ele bem perto na cara de Artemis que apenas ficou parada ali com o olhar desafiador sem medo do Rei do Olimpo, fecho a palma da mão sumindo com o raio em seguida abaixando-a virando-se de costas pra Artemis.

–Não faça caso Zeus, sabe que estou certa.

–Sinto. –Apollo levantou o olhar. –Avise aos herdeiros, sinto um cristal. -Dionísio arrotou trazendo o mau cheiro de vinho ao lugar.

-Que futun do cachaceiro. -Ares falou tapando o nariz.

-Cachaçeiro é a sua avô. -Dionísio apontou pra Ares tonto ainda falando com a voz tropeça, a armadura era também feita de esmeralda e com uns entalhes de pedras preciosas roxas representando uvas, as ombreiras eram triplas com duas da parte de cima reta e uma da parte de baixo que era curva, o peitoral cobria todo o tórax, as pernas da armadura cobriam a canela ligando os fios de cor verde que representavam as videiras enrolando-se nas coxas de dionísio ligando até o cinto. O Deus do vinho de tão bêbado que estava caiu do trono. -Hahahahaha, caí... Sinistro... Ihc...

Londres, The Big Bang.

Já era noite, a lua estava no céu iluminando-o juntamente ao brilho das estrelas, o relógio badalava 8:00 da noite e uma coisa caia, tão rápida que não se via o que era, mas o que caiu e fincou no chão era apenas um imenso machado, de um Minotauro que estava lutando ao que parecia ser um herdeiro, a sombra da noite não o deixava ver quem era. Caíram no chão os dois, a criatura imediatamente se recompôs pegando o machado cravado no chão avançando pra cima do adversário que fez a mesma coisa, a besta tentou acertá-lo com seu machado, mas ele deslizou no chão levantando as pernas ficando de pé bloqueando os braços do Minotauro o impedindo de usar seu machado atravessando com a lâmina cortando-lhe a cabeça.

–Não esperava que isso fosse fácil. –Cravou a espada na cabeça decepada do Minotauro. –Obrigado, eu fico com isso. –Sorriu Stefano pegando um cristal amarelo.

No salão das estátuas.

–Sentimos temporariamente um cristal, mas depois parou. –Alertou Deméter. –Tenho medo dos Deuses menores terem chego primeiro.

–Não vamos saber nada se não tentarmos. –Kamilyana falou. –Eu vou atrás dele.

–Vou também. –Kaede se preparou.

–Não Kaede, você acabou de sair de uma luta, deixe comigo, Mandy, Tâmara me acompanhem.

–Tava afim de uma luta mesmo. –Tâmara estalou os punhos.

–Com a Tâmara eu vou até o fim do mundo. –Mandy falou animada com os olhos brilhando. –Beleza, essa é a minha chance. –Encenou movimentos de luta animada pra sair em missão com o olhar ardente chamuscando por ansiedade. –Vamos nessa.

–O que ela tá fazendo?-Tâmara estranhou.

–Fantasiando, só pode. –Kamilyana cruzou os braços. –Mandy depois você entra em Bambuluá, agora temos uma missão pra ir.

–Sim vamos. –Com tanta empolgação Mandy escorregou caindo no chão.

–Fala sério. –Tâmara levantou a sobrancelha.

–Você é tão desastrada. –Kamilyana ajudou a amiga se levantar que também ria do próprio tombo.

–Achamos melhor vocês ficarem aqui. –Atena falou. –Se os Deuses menores já pegaram o cristal ou não nós vamos descobrir, enquanto isso fiquem aqui e aguardem.

Os Deuses desapareceram dando lugar a apenas estatuas vazias, sem outra escolha eles não podiam fazer nada a não ser esperarem até terem respostas, cada um foi pro seu lado.

–Droga era a minha chance. –Mandy choramingava.

–Não chora você vai ter outra. –Kamilyana sorria e ao mesmo tempo estranhava.

–Se ela gostasse de caras seria mais fácil. –Pensou Martin.

–Os Deuses me torturam não me deixando ficar perto dela, daqueles belos olhos de prata e a vontade que eu tenho de tocar aqueles lábios, ah ela é a visão do p... –Mandy foi ao chão, não por cair de desastrada, mas sim por esbarrar em alguém.

–Desculpe, não vi você. –Stefano ajudou Mandy a se levantar que estava encantada com os olhos escarlates do garoto.

–Stefano. –Kamilyana olhou impressionada. –Você...

–É. –Sorriu. –Eu estou de volta.

–Bem vindo a realidade garoto. –Martin bagunçou o cabelo de Stefano.

Somethimes I need some time... On My own (As vezes eu preciso de um tempo... Pra mim mesmo)

Somethimes I need some time... All alone (As vezes eu preciso de um tempo... Totalmente sozinho)

Don’t you know your need some time... All alone? (Você não entende que precisa de um tempo… Totalmente sozinha?

Tâmara estava sentada na grama, com seu violão no colo adorava fazer isso pra passar o tempo e principalmente quando estava sozinha, tinha uma boa voz, mas não gostava de mostrar isso aos outros.

And when your fears subside (E quando seus temores se acalmarem)

And shadows still remain (E as sombras ainda permanecem)

I know that you can love me (Eu sei que você pode me amar)

When there’s no one left to blame (Quando não sobrar ninguém para culpar)

So never mind the darkness (Então não se preocupe com a escuridão)

We still can find a way (Nós ainda podemos encontrar um caminho)

‘Cause nothin’ last forever (Porque nada dura para sempre)

Even cold November Rain (Nem mesmo a chuva fria de Novembro)

Não era a voz de Tâmara que se virou e viu Stefano parado ali, se virou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

–November rain. –Falou Stefano sentando ao lado de Tâmara. –A música.

–Você não é tão Mané quanto pensei, mas já que conhece as músicas que gosto. –Tâmara voltou a tocar.

Don’t ya think you need somebody (Você não acha que precisa de alguém)

Don’t ya think you need somebody (Você não acha que precisa de alguém)

Everybody needs somebody (Todos precisam de alguém)

You’re not the only one (Você não é a única)

You’re not the only one (Você não é a única)

–A propósito obrigada. –Stefano levantou uma das pernas dobrando um dos joelhos pra cima.

–Pelo que?

–Pensa que eu não sei?-Stefano tinha em mãos a rosa que Tâmara deixou quando ele estava em coma. –Silver Rose (Rosa de prata), Ela fica vermelha quando a alma de um herdeiro volta ao corpo, mas a questão é... Por quê?

–Tsc, estava irritante quando você estava inconsciente. –Tâmara resmungou.

–Você mente tão mal, claro que essa não foi a razão. –Stefano deu uma risada baixa. –Também não ligo, estou aqui agora...

–Mas, por que está me agradecendo?-Tâmara virou a cara.

–Por ter me trazido de volta, estou aqui agora graças a você. –Stefano abraçou a garota de olhos prateados. –Obrigada, Tâmara.

–Tsc, v-você demorou demais pra acordar. –Tâmara disfarçou soltando um muxoxo surpresa com a reação dele.

–Ih. –Stefano sentiu um pingo de chuva atingir sua mão. –Tá começando a chover, vamos voltar?

–Vamos sim. –Tâmara se soltou de Stefano dando um soco em seu ombro e se levantando. –Bem vindo de volta, Haxixe. –Saiu andando.

A chuva aumentava, Stefano se levantou voltando pra God Academy com um sorriso besta no rosto correndo pra alcançar Tâmara deixando pra trás a rosa caída na grama, a chuva caia sobre a grama e o vermelho das pétalas daquela rosa sumia substituindo pela cor prata natural.