Stefano Mitchel e o Cajado Ômega. escrita por Butterfly


Capítulo 14
Capítulo 13: Especial de Natal(Parte 1)




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Stefano Mitchel: Especial de Natal


Era época de inverno em Rodes, melhor dizendo, época de natal e God Academy também estavam incluído nisso, mesmo sendo uma academia para “herdeiros Deuses” não significa que eles também não podiam comemorar o Natal, exceto pra Stefano que olhava o mar concentrando sua Daylight de olhos fechados e sua Ken Yami em mãos.

–Oni senshin(espíritos demoníacos)

Um monte de espiritos negros surgiu rodeando Stefano que tentava se manter em pé e o mais importante, tentando concentrar a Daylight por mais tempo, era um ataque bem poderoso e difícil de dominar... O garoto forçava os olhos fechados e apertava o cabo da espada Os espíritos explodiram desintegrando-se em fumaça negra que se dissipava aos poucos até desaparecer completamente.

–Cara que difícil. –Stefano socou a areia. –Já é a quinta vez que acontece...

Fechou os olhos pra se concentrar novamente, Stefano é um pouco infantil e detesta perder, não sairia dali tão cedo até melhorar nem que seja pelo menos um pouco sua técnica.

The pine Christmas (o pinheirinho de natal)
That its branches are beautiful (que lindos são seus ramos)

A voz de Gracielle ecoava ao longe, juntamente com a bela melodia do piano que lhe acompanhavam... O garoto de olhos vermelhos ignorou soltando um muxoxo e voltou a treinar.

The pine Christmas (o pinheirinho de natal)
That its branches are beautiful (que lindos são seus ramos)

Their flowers are borne in summer (suas flores nascem no verão)
And in winter they will (e no inverno elas se vão)
The pine Christmas (o pinheirinho de natal)
That its branches are beautiful! (que lindos são seus ramos!)

–Tsc não acredito nisso. –Uma veia saltava da testa de Stefano. –CALA A BOCA GRACIELLE, TÂMARA CALE ESSE PIANO...

A melodia foi substituída por outra e mais uma música de Natal que ecoava da academia e irritava o garoto que tentava ignorar... Tentativas falhas, a música era mais alta que sua vontade.

–Nossa, mas já está de noite. –Stefano olhou para o céu. –Passei tanto tempo aqui, na boa queria que o pessoal visse o quanto é ridículo essas coisas natalinas.

Stefano materializou sua espada de volta no anel de caveira que se encaixou em seu dedo, o garoto de olhos vermelhos andou em passos largos de volta pra God Academy, uma estrela cadente passou pelo céu estrelado de Rodes... Stefano percebeu que na entrada do lugar estava tudo decorado com luzes de Natal.

–Depois reclamam porque tanto invadem aqui. -O garoto de olhos vermelhos abriu a porta e viu o salão todo decorado, o pessoal correndo pra tudo que é lado apressados com tigelas, bandejas, pisca piscas e enfeites... –Tem gente aqui que precisa parar de ver desenhos, é sério.

–Rápido mais rápido senão vamos nos atrasar. –Disse Kaede. –O Natal não tem hora pra chegar.

–Bom se é meia noite então ele tem sim hora pra chegar. –Falou Martin.

–Que roupas são essas?-Stefano tentava prender o riso. –Vocês têm noção de quanto estão ridículos?

Martin trajava um terno estilo mordomo todo preto e branco e Kaede uma camisa branca, calça preta, colete azul e botas...

–Senhorita Bella não vimos quando entrou. –Martin falou. –E que roupas são essas?

–Ora essa, meu uniforme de combate.

–Essa roupa não fica bem para uma dama. –Kaede falou. –A madame Closet dará um jeito em você.

–Nem vem vocês não reclamaram tanto pra eu usar o uniforme?-Stefano tentou saltar fora. –E que história é essa de Bella?Eu sou Stefano... Martin, Kaede vocês não tão regulando bem da cabeça.

–Martin?Eu sou o Lumiere.

–E eu Horloge. –Falou Kaede.

–Bella-kun. –Um sussurro foi ouvido atrás dele.

–Esse sussurro. –O suor escorreu pelo rosto de Stefano. –Ah não.

Stefano foi pego por Graciele e rodopiou com ele como se dançasse valsa, o garoto tentava se soltar, mas ela o abraçando com força e ainda rodopiando, o garoto não levava o menor jeito com dança, muito menos com valsa e dando cada pisão no pé de Gracielle que finalmente aquietou e parou de rodopiar, seu vestuário era composto por um vestido branco com rendas.

–Madame Closet como sempre empolgada. –Kaede riu baixo.

–Mas essa roupa não lhe cai bem. –Gracielle falou. –Nada do que eu possa dar um jeitinhooooooooo... –Cantarolou com voz lírica.

–G-Graciele. –Stefano falou com o rosto corado de surpresa tapando a visão quando a garota levantou os dois lados da saia do vestido revelando a renda azul transparente.

–Que tal?-Gracielle girou fazendo um vestido rosa estilo Lolita com laços brancos e botões peludos aparecer em sua mão preso em cabide.

–Eu não vou usar essa coisa. –Falou Stefano. –É ridículo.

–A senhorita Bella tem razão, não chega a ser ridículo mas é exagerado.

–Para de me chamar assim. –Stefano olhou de canto do olho pra Kaede.

–Já sei o que cairia bem pra senhorita Bellaaaaaaaaa. –De novo a voz lírica.

Gracielle puxou Stefano para o quarto, o quarto todo começou a tremer como quando o personagem de um desenho estivesse tentando fugir, só parou depois de se ouvir o som de uma cassetada, como aquele sino que toca no seriado Chaves quando alguém leva um supapo.

–O-O que é... Stefano se olhou no espelho, trajava uma camisa branca com capuz, um macacão azul semelhante ao personagem Nhonho do seriado Chaves, meia branca, sapato escolar feminino e uma presilha com um laço azul preso em seu cabelo. –Tão de zoa com a minha cara.

–Agora sim está vestida adequadamente. –Falou Martin. –Ainda tem-se tanto pra se fazer, ajude-nos senhorita Bella.

–Para de me chamar assim. –Choramingou o garoto de olhos vermelhos.

–Com a sua ajuda é mais rápido, decore a árvore de natal juntamente com a Fifi e seu irmão.

Stefano foi empurrado para perto da árvore de natal onde ela estava sendo decorada por Aléxia que usava uma roupa preta e branca estilo Lolita de empregada e Chistopher usava também o mesmo uniforme só que no lugar de saia usava um short.

–Tefany vem cá isso é a Bela e a Fera ou Vocaloid. –Stefano perguntou confuso.

–Senhorita Bella que bom que você está aqui. –Aléxia entregou uma caixa de bolinhas de natal pra Stefano. –Pode pendurar a bolinhas na árvore por favor.

–Mas eu...

–Quanto mais gente isso acaba mais rápido. –Falou Christopher.

Sem outra saída o garoto de olhos vermelhos tinha que encarar aquela situação começou a pendurar as bolinhas na árvore de má vontade e com a cara amarrada, pendurando de qualquer jeito resmungando palavrões no qual só ele podia escutar.

–Ei cuidado com minhas folhas.

–Disse alguma coisa Christopher?

–Me chamou de que?-Perguntou Christopher.

–Deixa pra lá. –Stefano pendurou outra bolinha.

–Isso dói cuidado aí. –Um dos arbustos do pinheiro se mexeu e deu um tapa na cara de Stefano depois o jogando no chão.

–Aquele pinheiro... Eu apanhei de um pinheiro.

–É pra você aprender a não me machucar...

–A-Alvaro...

Alguns arbustos do pinheiro se afastaram dando lugar ao rosto de Álvaro que surgiu ali, os braços começaram a se mexer, braços não e sim galhos com arbustos com enfeites de natal pendurado.

–Que foi?Nunca viu uma árvore de natal?-Perguntou Álvaro impaciente.

–Existem árvores baitoladas...

–O que?-Álvaro gritou.

–To desconfiando ...

–Todo corno é desconfiado. –Martin e Kaede caíram na risade.

–Mais corno é você. -Stefano se levantou zangado e ao mesmo tempo assustado. –Martin foi você.

–Eu o que?

–Pôs drogas no meu café.

–E por que eu faria isso?-Martin perguntou confuso.

–Te conheço, no outro dia você me deu coca cola com laxante. –Stefano cruzou os braços.

–Está se sentindo bem senhorita?-Aléxia pôs a mão na testa de Stefano. –Deve ter pegado uma friagem lá fora, pois seu rosto está quente, nada que uma xícara de chá não resolva.

–Deixa isso comigo. –Álvaro pegou Stefano pelo vestido que estava pendurado em seus galhos.

–P-Peraí o que vai fazer...?

Álvaro tomou impulso e lançou o garoto de olhos vermelhos longe que voou por todo a academia, gritando por causa de tanta velocidade caiu com grande impacto batendo numa cadeira, mas conseguiu cair sentado direitinho... Se deu conta que estava sentado em uma mesa daquelas que se tem numa mansão de ricos, e um monte de guloseimas, salgadinhos, doces e copos com água e é claro para chás que estavam vazios.

–Até que enfim Bella, estava te esperando.

Stefano viu que do outro lado da mesa estava Tâmara, com uma xícara de chá na mão, trajava um vestido Lolita branco e longo com detalhes e rendas dourados, o chapéu branco com uma fita dourada amarrada e o que parecia ter a forma de um bule de chá na cabeça.

–T-Tâmara...

–Madame Samovar se não se importa jovem?

–Minha mão. -Stefano de repente sentiu sua mão esquentar levemente como se alguém estivesse pegando nela, o calor de uma mão.

–O que foi?-Tâmara perguntou.

–Minha mão, está quente. -Respondeu. -Vai ver que é por causa do vapor desses chás.

–Jovem?O que aconteceu com o drogado da porteira, trouxinha de haxixe e esses apelidos que você me põe?-Perguntou Stefano perplexo.

–Eu?Que é isso?-Tâmara levou uma xícara de chá a boca. –Nunca faria uma coisa dessas, bebe uma xícara de chá pra se acalmar. –A garota de cabelos prateados empurrou uma bandeja com uma xícara até Stefano que empurrou de volta.

–Me garante que não tem nada nesse chá.

–Acrescentar algo a mais acabaria com o sabor doce.

–Detesto coisas doces. –O garoto revirou os olhos pegando a xícara e levando a boca. –Mas já que tem isso mesmo, poderia ter acrescentado menos açúcar.

–Como você é chato hein.

Stefano do nada soltou a xícara de chá sentindo um enjôo que vinha ao seu estômago, a visão a sua frente estava ficando turva, na mesa ele via o que surgia das xícaras de chá, pareciam ser fogos de artifício, tudo estava rodando, não melhor dizendo se mexendo na sua frente, parecia que talheres, bolinhos, até as xícaras estavam dançando na sua frente.

–O que você botou no meu chá mulher?-Perguntou assustado e tonto.

–Ervas. –Respondeu secamente.

–Ervinha do capeta a sua hein. –Stefano girava a cabeça.

–Camomila faz isso com as pessoas?-Se perguntou.

–Camolila?E eu pensando que era maconha.

–Eu lá sou louca pra colocar isso no chá?

–Pra colocar não sei, mas louca...

O garoto de olhos vermelhos se sentiu bambo, tudo além de se mexer agora sim estava rodando, aquilo era nauseante e suas pálpebras estavam ficando mais e mais pesadas até se fecharem completamente, a última coisa que conseguiu ver foi Tâmara sentada ainda tomando chá sem ao menos se mexer como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, deitou a cabeça na mesa e sentiu tudo escurecer completamente até cair no mais profundo sono.

Continua...





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Notas finais do capítulo

Essa história foi baseada no desenho "A Bela e a Fera"
Lumiere: Castiçal
Horloge: Relógio.
Madame Samová: Bule de chá.
Fifi: Espanador.



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