Stefano Mitchel e o Cajado Ômega. escrita por Butterfly


Capítulo 10
Capítulo 9: Risco sentimental.




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Em Paris.

A catedral notre dame desmoronava, a maior parte do lugar estava todo destruido e pequenas massas de poder sumiam no ar deslocando-se e mesmo tão pequena era suficiente para destruir uma parede ou abrir uma cratera no chão.

–Koori no Saikuron (ciclone de gelo)

Uma mulher de cabelos castanhos e olhos cor de mel, vestia um vestido azul aberto exibindo as pernas e colado ao corpo escultural de modelo, Circe, Deusa da feitiçaria... Tinha em mãos um cetro em forma de uma planta que lançou uma ventania gelada e com flocos de neve em direção a uma gárgula que foi congelada e destruida.

–Onde você foi?

–Sora Raito (Raio dos céus)

Um monte de raios em cor azul surgiu atingindo Circe que tentava desviar, correu pra ficar fora do alcance dos raios, mas não conseguiu desviar de todos e a maioria da parte de seu corpo estava banhada em sangue que escorriam por seu corpo.

–Maldito... Arg...

Circe foi atingida por um relâmpago que desceu do céu atingiu as suas costas a derrubando no chão, depois disso ela não mais se mexeu...

–Realmente, achou que eu não conhecia seus truquinhos?-Falou uma voz misteriosa.

A "pessoa" se dirigiu até a torre do sino abrindo a porta revelando Aléxia Wolfang que estava presa junto ao objeto, um raio foi lançado e a menina foi solta acordando aos poucos.

–Você está bem, Aléxia?

–Mas você...?

A visão de Aléxia foi voltando ao normal revelando o salvador dela, um garoto de olhos azuis bem claros, cabelos loiros e pele branca, usava o uniforme preto e branco que lhe caiam como uma jaqueta de motoqueiro.

–Rafael Arman. -Aléxia sussurrou. -Você é o Herdeiro de Zeus.

Enquanto isso em God Academy.

–O que vocês fizeram?-Gritou Lucius.

A espada de Tâmara e o escudo de Martin estavam na mesa destruídos por causa da batalha no Egito contra aquela esfinge gigante.

–Ainda bem que não dei motivos. –Pensou Stefano.

–Ei tenta lutar contra... –Kaede sentiu uma mão tocar seu ombro, que era de Tâmara que o olhava com uma expressão de “deixa ele falar”.

–Tâmara como você conseguiu fazer isso?-Lucius estava com o que sobrou da espada na mão.

–Acho que a batalha contra Nêmesis já causara grandes danos a ela. –Falou Tâmara. –Mas o que importa?Quanto tempo pra consertar?

–Sua espada não tem mais jeito. Mas, o escudo de Martin levará muito tempo, ele sofreu grandes danos...

–Então nesse tempo você poderia consertar minha munhequeira?

Havia surgido uma voz misteriosa, o portador dela entrou na sala revelando seus cabelos loiros preso num pequeno rabo de cavalo, os olhos azuis claros, Rafael Arman que mantinha Aléxia Wolfang em seu colo, os dois estavam sujos com algumas feridas e arranhões.

–Aléxia.

–Kaede poderia leva-la até a enfermaria?-Pediu Rafael.

Kaede pegou Aléxia no colo a caminho da enfermaria, Stefano percebeu quando virou seu rosto encarando os olhos claros de Rafael que o olhava de cima embaixo como que se tivesse estudando o herdeiro de Hades... Estranha atitude para Stefano, só não foi mais estranho quando Rafael virou-se para Tâmara a admirando.

–Tâmara estou de volta. –Rafael sorriu beijando a mão de Tâmara.

–De meia volta e saia de novo. –Tâmara limpou a mão na roupa, pois estava sem as luvas.

–Ainda não muda seu jeito né?-Riu Rafael. –Você fica linda com raiva.

–Não estou com raiva. –Disse Tâmara secamente apontando pra Stefano. –Um chatolino já é ruim agora dois já é demais.

–Chatolino?

–Ih não vai prestar. –Resmungou Martin.

–Ainda derreto esse seu coração de gelo. –Segurou o queixo da morena olhando em seus olhos prateados.

–Já vi que é melhor deixar o “casal”sozinho. –Stefano saiu da sala.

–Não abaixe sua guarda. –Quando Rafael menos esperou levou um chute no saco sendo empurrado por Tâmara que também saia da sala.

–Aaaaaaaiiiii que mulher difícil. –Falou Rafael deitado rolando de dor.

–Ih acabou com os futuros herdeiros de Zeus. –Riu Martin.

Na enfermaria Aléxia acordava e Kaede estava ao seu lado debruçado sobre a cama esperando alguma reação.

–Kaede?-Sussurrou Aléxia.

–Bem vinda de volta Aléxia. –Kaede segurou a mão dela.

–É. –Aléxia olhava em volta a enfermaria. –É, eu voltei... Estou feliz por ver que Nêmesis não conseguiu o que queria. –Ela acariciava os fios azuis dele. –Sinto muito, ela conseguiu me emboscar a caminho daqui.

–Não foi sua culpa. –Kaede sorriu. –Você está aqui e é o que importa.

–Tudo bem senhor Kaede, mas a senhorita Wolfang precisa descansar. –Alertou Esculápio.

–Fique bem Aléxia. –Sussurrou e saiu da enfermaria.

Do lado de fora na arena de treinos de God Academy, Álvaro e Ami-Hai treinavam combate com espadas, não era de nenhuma aula nem nada, era mesmo para passar o tempo... Defendendo com seu escudo empurrou Álvaro para trás avançando pra cima dele chocando as duas lâminas a ponto de sair faíscas, encarando um nos olhos do outro e um sorriso confiante. A chinesa tentou surprende-lo por baixo chutando a canela, mas esse pulou pro lado defendendo o ataque dela voltando novamente a tentativa de empurrar um ao outro para derrubá-lo.

–É mesmo uma garota forte Ami-Hai. –Sorriu Christopher sentindo o suor escorrer em seu rosto. –Não me conformo de você ter tudo isso ter perdido pra Tâmara.

O olhar da chinesa mudou que se abaixou dando uma banda em Álvaro e cravando a espada ao lado do rosto dele arrancando só alguns fios de seu cabelo finalizando o golpe.

–Você também não luta de todo o mal. –A chinesa estendeu a mão ajudando o garoto a se levantar.

–Hahaha. –Deu uma risada enquanto se levantava. Ei o que é aquilo?

Álvaro apontou para um vulto rápido que passava pelo céu de God Academy, não se sabia o que era, mas para aparecer assim na ilha coisa boa não seria.

–Eu vi também. –Falou Ami-Hai. –Avisamos aos outros?

–Nada do que a gente não possa dar conta. –Álvaro respondeu puxando Ami-Hai. –Tive uma idéia.

Álvaro subiu no telhado de God Academy esperando para que o vulto parasse, o problema seria como para-lo, ele era muito rápido e tinha uma energia muito forte também, com uma pedra na mão a jogou no campo de videiras fazendo um barulho atraindo aquele vulto para lá.

–Shokobutsu(Plantas).

Não podia ser ver nada a não ser as videiras se mexendo pelo ataquei do garoto, Ami-Hai percebeu mais coisas além daquele ataque, parecia que o “invasor” estava tentando fugir então atirou uma lança que se destruiu no ar abrindo uma rede caindo no meio das videiras ouvindo nada mais nada menos que um grito, mais ou menos como um “Uou.”

–Ami-Hai pegamos?-Álvaro pulou do telhado caindo de pé no chão.

Os dois adentraram o campo das videiras seguindo os fragmentos da lança que se arrebentou da rede revelando um rapaz de traços irlandeses, cabelos vermelho acastanhado, olhos pretos quase cinzas, moreno usando o uniforme preto e branco a parte de cima como uma túnica e carregava uma bolsa e em suas botas, pequenas asinhas... Barry Floyd, o herdeiro de Hermes.

–Caraca viu o que você fez?-Falou Ami-Hai soltando Barry.

–Eu?Foi você quem atirou a rede... Afinal de contas onde você estava Barry?

–Zeus me mandou destruir o Dragão que subiu no Cristo Redentor. –Falou Barry coçando a cabeça. –Os estragos que ele fizera foi enorme, quem estava perto pensou que 2012 chegou mais cedo... Mas mudando de assunto, soube da invasão de Nêmesis e do cajado...

–Temos dois cristais até agora. –Comentou Ami-Hai. –E tudo isso graças a ajuda do Herdeiro de Hades.

–Como?O herdeiro de Hades já está aqui?-Barry pegou Ami-Hai pelos ombros a balançando bruscamente. –Onde ele está?Preciso conhece-lo.

–Ai me solta... Peraí, eu acho que ele tá com a Tâmara, os dois vivem andando juntos.

–Desculpe. –Barry soltou Ami-Hai a derrubando no chão sem perceber socando a própria mão num sinal de que se lembrara de algo. –Tenho que fazer uma entrega.

Nos corredores de God Academy, a própria Tâmara andava impaciente e batendo o pé tentando ignorar Stefano que andava atrás dela falando e falando.

–Tâmara volte aqui, enquanto você não falar comigo não vou parar de te seguir.

Quanto mais ela tentava ignorar mais ele insistia até não agüentar mais e perder a paciência de vez.

–Ei Tâmara. –Chamou Stefano.

–Grr Quié C@§%lho...

–Tâmara não precisava gritar um palavrão aqui. –Falou Stefano. –E eu já te pedi desculpas, quantas vezes mais eu terei que fazer isso até você aceitar.

–Até você falar tanto que a sua garganta exploda e suas cordas vocais voem pra fora. –Falou secamente.

–Eu já te pedi desculpas, poxa eu quero ser seu amigo e você me dando patadas... Eu não queria nem ter falado aquilo pra você mesmo sabendo que você...

–Cale a boca. –Tâmara dá um soco na cara de Stefano. –Você acha que é o que...?”Tâmara eu não devia ter falado essas coisas”, “eu sou um idiota, quero ser seu amigo”... –Imitava em falsete. –Para de tentar se aproximar de mim, você me irrita...

Stefano caído não chão sem entender porque tomou um soco de Tâmara, mas não pretendia deixar de jeito nenhum aquilo barato, se levantou e chutou a cara de Tâmara que também caiu no chão.

–Qual é o seu problema?Desde o começo eu tentei conversar numa boa pra te conhecer melhor você me... Não só a mim, mas maltrata todo mundo. –Falou Stefano irado. –Qual é?Se acha melhor que todos?

–Não me acho melhor. –Tâmara se levantou limpando o filete de sangue da boca. –Você que é chorão demais, em todas as batalhas eu ou o Martin temos que segurar a sua mão, se não fosse assim você não derrotaria nem a Gracielle.

–Deixe a Gracielle fora disso. –Stefano se segurava. –O assunto aqui é entre mim e você.

–Own eu magoei a namorada dele. –Tâmara provocou. –É tão besta que não sabe nem reconhecer uma mercenária de perto.

–Cala essa boca.

Stefano socou Tâmara e sentou em cima do seu corpo socando a sua cara. A garota de cabelos prateados com os braços cruzados em frente ao rosto defendendo os socos do garoto de olhos vermelhos o chutou e segurou sua cintura ficando de ponta a cabeça o derrubando de cabeça no chão, Tâmara rolou pra frente ficando de pé, Stefano também já se levantara.

–Que barulho é... Ah não acredito nisso. –Martin suspirou. –Aqueles dois não tem limites.

– Porque a Tâmara e o Stefano vivem brigando.

–O que?-Gritou Rafael. –Se ele encostar num fio de cabelo da minha Tâmara...

–É provável que só um fio que ele arranque o Stefano já está careca...

Tâmara e Stefano lutando no meio do corredor, uma sessão de socos e chutes que já tirara sangue dos dois e aquela batalha no Egito ajudara um pouco, os dois estavam cansados e ainda lutando desse jeito, Stefano tacou Tâmara na parede e tentou soca-la, mas ela rolou pro lado e chutou a barriga de Stefano e em seguida o rosto, mas isso ele não deixou passar então agarrou a jaqueta dela enquanto caia a derrubando em cima de si, os dois já estavam preparados pra socar um ao outro, mas foram segurados por Martin e Christopher.

–Pro seu quarto Tâmara está de castigo. –Falou Martin tentando acalmar a garota que se debatia tentando se soltar.

–Se acalma Stefano. –Christopher segurava Stefano. –Vocês tem que parar com isso.

–Você só pensa em você mesma Tâmara. –Stefano gritou tentando se soltar. –Bem que o título de Artemis cai bem em você, nenhum homem iria querer você mesmo.

Stefano percebeu que falou demais e pisou no calo de Tâmara que parou de se debater e ficou parada de cabeça baixa se soltando de Martin.

–Tâmara eu...

–Você é irritante, eu te odeio. –Tâmara gritou e saiu andando derrubando a todos no caminho, "aquele eu te odeio" pode ter sido apenas da boca pra fora, mas tocou fundo o interior de Stefano.

–Realmente Stefano você tem que parar de falar tudo que te vem a cabeça. –Alertou Christopher.

No quarto de Stefano, Gracielle batia, mas ninguém atendia e soube da briga queria ver se ele está bem, mas como ninguém atendia entrou no quarto na esperança de ele estar lá, vazio.

–Stefano, está no banheiro?-Gracielle chamou, mas não teve resposta. –Ahn ainda deve estar na enfermaria.

Iria sair do quarto, mas uma coisa lhe chamou a atenção em cima da cômoda tinha um bilhete cor negro, a espanhola o abriu vendo inscrições gregas escritas com tinta branca.

–Mas isso é... –Arregalou os olhos.

Na enfermaria.

–Ai ai ai, pega leve no álcool. –Gritou Stefano de dor.

–Ei calma, isso é álcool e não ácido. –Falou Esculápio com um cotonete limpando as feridas de Stefano.

–Não dá pra dormir com isso. –Resmungou Aléxia.

–A Tâmara pegou pesado por você, isso parece rasgões e não mordidas...

–É que ela usa aparelho. –Resmungou o garoto de olhos vermelhos.

–Stefano, os Deuses estão querendo falar com a gente. –Chamou Lucius.

No salão das estátuas, todos os herdeiros e os olhos das estátuas brilhavam, todos os Deuses estavam reunidos naquele lugar juntamente com seus guerreiros.

–Um aliado de Nêmesis?-Perguntou Barry assustado.

–Sim e está atrás de um de vocês. –Falou a estátua de Poseidon. –Quer recuperar os cristais a todo custo...

–Sentimos que ele já tem em mãos um dos cristais. –Disse a estátua de Hera. –Onde está Gracielle?

–Também procurei em toda God Academy e não achei. –Avisou
Álvaro. –Ela não está em missão?

–Ávaro, Ami-Hai, Christopher, Stefano, façam uma nova busca em God Academy. –Ordenou a estátua de Zeus.

Os quatro herdeiros desapareceram vasculhando em todos os cantos, perto da praia, na enfermaria, na sala de música, na arena de treinos não a acharam em lugar nenhum, até que Stefano parou em frente ao seu quarto vendo a porta entreaberta, estranho, não entrou em seu quarto momento nenhum pelo que se lembrava... Abriu a porta devagar andando em passos leves pensando ser uma pegadinha do Martin para assustar o garoto(E não é a primeira vez que o ruivo faz isso)Nada, estava tudo como deixou, fora um papel preto no chão, o pegou lendo o que estava escrito.

–Gracielle o que você foi aprontar?-Resmungou.

Em algum lugar no Grand Canyon.

Gracielle estava no lugar e carregava uma bolsa de couro sentada numa pedra, estava frio e o silêncio da escuridão assustava um pouco, o uivo dos coiotes surgiam ao longe, um barulho foi ouvido atrás de si, mas virou-se e não tinha nada, mesmo assim levantou-se as pressas, no ar ecoava uma risada gélida e assombrosa... Para espantar isso a espanhola começou a cantar e o tal portador dessa voz seja quem fosse seria hipnotizado.

–É com certeza uma bela voz. –Surgiu uma voz masculina misteriosa.

Uma fênix de fogo surgiu atacando Gracielle e a derrubando no chão e derrubando junto com ela os dois cristais que os herdeiros conseguiram recuperar, que foram rapidamente pegos por um cara de cabelos negros e olhos vermelhos como de Stefano, só que usava uma roupa totalmente preta.

–Obrigado. –Sorriu o homem. –Poupou meu trabalho.

–Tânatos. –Resmungou Gracielle inconsciente.

Stefano fugiu de God Academy para ir atrás dela, montado em seu pégaso sem ninguém saber de sua fuga, queria apenas salvar Gracielle... Pois, o suposto bilhete era uma carta de desafio de Thanatos para ele... Tarde demais, os herdeiros já estavam sabendo de sua fuga e acharam a tal carta de desafio.

–Tem certeza?-Perguntou Tâmara lendo o bilhete.

–Sim, não está em lugar nenhum e esse bilhete estava
na praia. –Avisou Kaede.

–Não acredito nisso, só faz merda.




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