Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 4
Terça, 9 de setembro.


Notas iniciais do capítulo

Curtam!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/163712/chapter/4

Acordei com meu celular tocando feito um louco, olhei e o visor e lá estava: Alexia.

-Alô? – Falei grogue.

-Você quer me matar de susto?! – Gritou.

-Ãh? –Falei coçando os olhos. – Não, eu acabei dormindo. Desculpe.

-Não podia ter atendido minhas primeiras cinqüenta ligações?!

  -Dormi, eu já disse. – Falei de mau humor.

Como eu já disse, eu não sou uma ótima pessoa de manhã...

-Tá, você está bem?

-Tô. –Resmunguei.

De repente senti um cheiro de queimado invadir minhas narinas.

-Alexia te ligo depois. – Fechei o celular e corri pra cozinha.

Papai estava lá apertando todos os botões do micro-ondas e o xingando sem parar. Sem falar nada, desliguei da tomada e tirei o prato de alumínio que ele tentava fazer explodir, pondo na pia.

-Porque você fez isso? –Reclamou.

-Por que eu quero viver pelo menos nos próximos dez minutos. –Retruquei.

-Onde você estava?  Procurei você por todo o canto, garota!

-Como se você ligasse. –Murmurei.

-Ei, você é minha filha, é claro que eu ligo pra você.

-Quando, na primeira ou na segunda garrafa?

Filho, se um dia eu souber que você bebeu, eu juro que será a última coisa que fará na vida.

-Respeite-me garota, eu sou seu pai!

-Jura?! –Falei me levantando.

-Como foi nos exames?

-Não sei, só vão chegar no próximo mês.

-Ah, tá.  Tchau.

-Posso pelo menos saber que dia você volta? –Perguntou.

-Algum dia.

Falei e fui para o meu quarto batendo a porta.

Filho, se você algum dia for tão malcriado quanto eu fui, você está ferrado.

Pelo menos, seu avô colocou todas as sacolas de roupa no chão ao lado da minha cama. Peguei a primeira sacola que vi e vesti.

Era um vestido branco curto branco de renda. Não fazia muito meu estilo, mas até que era bonitinho.

Vesti uma sapatilha rosa que estava em outra sacola, que eu acho que combinava.

 Mais uma coisa sobre mamãe, meu senso de moda sempre foi pifado...

Saí e dei de cara com Melody saindo do banheiro só de roupas intimas.

-Nossa, quem te deu essas roupas?!

-Não te interessa!

-Parecem caras pra porra. Deve ter sido aquela sua amiguinha milionária...

- E se for, o que você tem com isso?

-Nada. –Deu de ombros e entrou no quarto.

Filho, por tudo que é mais sagrado, jamais, chegue perto dessa prostituta!

Você deve estar falando, pô, mas ela é minha tia. Digo-lhe, não, ela não é. Ela é só a filha da centésima esposa do papai que fugiu com um mexicano deixando a filha para trás, ele então, resolveu criá-la por compaixão... Só isso.

Saí e peguei um ônibus. Assim que eu saltei tive uma louca vontade de voltar para casa.

Todos me encaravam e riam.  

     Quis colocar todos os meus livros sobre o meu rosto e saí andando, mas algo me dizia que eu devia entrar.

Sério, por que eu fiz isso?

Assim que pus os pés na escola, uma enxurrada de papéis foi jogada na minha direção. Peguei um da pilha no chão e li. Eu quase caí pra trás. Botei a mão na boca para não gritar, horrorizada.  

Fizeram uma terrível montagem com uma foto minha e de Matthew, onde eu estava de lingerie devassa fazendo poses para Matthew que me observava com os olhos esbugalhados. Em cima da foto havia escrito: Santa ou pecadora?

Matthew estava ao longe, me observando!

Seu pai é um filho da mãe, desgraçado e tudo de ruim!

Eu quis matá-lo, naquele momento...

Poxa, eu sabia que ele era idiota e que era mega estranho ele me querer, mas me ridicularizar em publico era demais!

Quis arrancar aquelas esmeraldas de suas órbitas, porém não conseguir me mover nem um milímetro em sua direção. Senti meu estômago dar cambalhotas.

Corri para o banheiro e vomitei todo o meu café da manhã.

É, eu sei que foi muito nojento.

Fiquei lá suando frio até que alguém bateu na minha cabine:

-Anna? – Matthew me perguntou.

-Morreu. – murmurei, botando tudo pra fora novamente.

-Você tá bem?

-Hum Hum. –Falei saindo.

-Gente, você tá mal. – Ele falou me abraçando.

Aquele perfume caro me fez ficar enjoada de novo.

-Matthew, seu cheiro é horrível! –Falei tentando parar de respirar.

-Você não reclamou ontem né? Até gostou.

Saí correndo para não vomitar novamente.

Infelizmente ele me seguiu. Entrei num taxi o deixando para trás. Cheguei ao Plaza e Greg, o porteiro, pagou a corrida.

Subi e encontrei Alexia deitada no sofá. Passei por ela e fui direto para o banheiro, não sei mais o que eu tinha para botar para fora.

Ela chamou Gabriel que me carregou até o quarto e me pôs na cama.

-O que foi que aconteceu amiga? – Ela me perguntou pondo a mão na minha testa.

 Desamassei o papel que eu segurava firmemente nas mãos e mostrei a ela.

Ela olhou e deu um gritinho dramático, mostrou ao namorado que até tremeu a mão.

-Gente, esse cara merece uma surra! – Ele falou, irado.

-Você segura que eu bato, faço questão! –Alexia gritou. – Esse garoto tá morto, fez Anna virar uma piada?!

Assenti.

-Descanse querida, deixe que a gente cuida disso.

Eu realmente precisava descansar, eu apaguei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

por favor, deixem reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mom s Diary" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.