Sam já os esperava na porta.

–Deixei Emily descansando, ela bebeu muito.

–Ele já está aqui. Vamos. - disse Dean.

Então, os três foram para o pátio. Antes fizeram uma parada no carro para pegar as armas que iriam utilizar.

–Dani, tome!– Dean entregou uma arma de porte médio. - Isso vai te proteger caso precise, ou caso eu não consiga chegar a tempo até você.

– Dean, eu confio em você.

Dean sorriu e logo voltou a atenção para o trabalho.

– O que faremos?– Sam perguntou ao irmão.

–Primeiro, vamos atrás daquela coisa.

–Mas como vamos atrai-lo?– questionou Sam novamente.

–Não sei.– admitiu Dean.

–Vamos usar a Daniella– sugeriu Sam.

– Não, de jeito nenhum. Nem pensar.

–Dean, me deixa ajudar!– pediu Daniella

–Você não vai ser uma isca. Não vou permitir isso.

– Por que tem tanta dificuldade em aceitar minha ajuda Dean?– perguntou Daniella, fitando-o seria.

–Quer mesmo saber? Tudo bem. Tínhamos uma colega, uma caçadora. Ela nos ajudou em uma caçada, e ela... ela se machucou.– O tom de voz de Dean ocultava um pesar que não queria demonstrar. Não ali.

–Ela se machucou Dean. Até você se machuca.

–Ela morreu Dani. O ferimento foi mais grave do que pensavamos. Ela se sacrificou. - Dean hesitou por um momento - Perdemos duas pessoas nesse dia. Era quase insuportavel olhar para ela, sabendo que a perderia. Quando Sam e eu saimos e deixamos, tudo explodiu. Já sofri muitas perdas, e naquele dia não pude ocultar minha dor. Minha vida é baseada em perdas. Não quero que pessoas importantes pra mim morram. - Dean olhou para o além por um breve momento.

–Dean, confie em mim dessa vez. Como eu confio em você. Não vou morrer, tenho vocês por perto.

–Joh também tinha.

Daniella, de um modo gentil e delicado, tocou a face de Dean, fazendo-o olhar para ela.

–Confie em mim.

Apesar de relutar por alguns segundos, Dean acabou assentindo.

–Você não terá o mesmo destino de Joh. Eu te prometo isso.

Daniella sorriu, mas logo mudou suas feições.

–O que eu tenho que fazer?– perguntou.

–Absolutamente nada. Só tem que ficar parada, esperando. Nós estaremos escondidos. Nada vai te acontecer.

–Ficar parada. Ok.

–Não se mexa, a não ser que nós digamos.– acrescentou Sam.

–E, por favor, fique calma.– pediu Dean.

–Tá.

–Vamos Sam.