Os dois sairam e foram para o ginásio. Na porta, Sam e Emily esperavam. Quando passaram pela porta enfeitada, Daniella começou a rir. Estava tudo tão enxagerado, enfeitado demais e colorido. Porém, tinha um lado que Daniella adorou. Estava enfeitado de prata e branco, como a lua.

– Vamos?– perguntou Dean.

– Claro.

Os quatro entraram e foram até o lugar que Daniella adorou. Lá estavam todas as meninas da fraternidade. Agora já era dez horas, e as músicas começaram a tocar.

– Vamos dançar Sam? – perguntu Emily.

– Com certeza.

E os dois foram para a pista. Daniella se sentou em uma das cadeiras e chamou Dean para se sentar ao seu lado.

– Me fale alguma coisa sobre você. Como começou a caçar essas coisas?

– Nossa mãe foi morta por um demônio, e nosso pai ficou obsecado em matar aquele desgraçado. Ele me ansinou dede cedo a atirar. E sempre que saia para caçar, deixava Sam aos meus cuidados. Esse demônio destruiu nossas vidas. Toda coisa ruim que existe, a sua maioria conhece os Winchester. - Dean fez uma pausa. – quando Sam era pequeno, não sabia de nada. O pai queria que ele tivesse uma vida normal.

– Como os anjos entraram nessa história?

– Quando Sam e eu caimos na estrada, muitas coisas já odiavam nossa familia. Sam estava irado com o demônio de olhos amarelos. Ele matou a namorada dele, Jess. Nós fomos atrás dele e o matamos. Tudo o que encontramos pelo caminho, que queria fazer mal, nós destruimos. Mas o demônio tinha planos para Sam. Ele o sequestrou, por assim dizer, e o levou a um antigo vilarejo fantasma. Lá ele teve que lutar para sobreviver. Matar ou morrer. Mas Sammy não é assim, e foi por ser... bom, ter um coração de ouro... que ele morreu naquele dia. Um dos caras que estavam com ele o apunhalou pelas costas com uma faca, ele conseguiu acertar em cheio e... - Dean parou, respirou fundo. Dani segurou sua mão e o estiomulou a continuar. Ele sorriu e prosseguiu. - Vê-lo morrer em meus braços, foi pior do que pensei. Sabe, vê-lo morto... sem vida, era torturante. Eu não podia continuar vivendo sabendo que meu irmão estava morto. Eu devia cuidar dele. Então fiz um trato com o demônio da encruzilhada. Ela me ofereceu um ano de vida em troca da vida de Sam, traze-lo de volta. Eu aceitei e não me arrependi disso. Quando ele descobriu o que eu havia feito, tentou de tudo para me tirar dessa, mas era inevitavel.

Dean parou por um momento. Estava explicando sua vida aquela garota, que só olhando em seus olhos, conseguia tudo o que desejava. Dean não conseguia esconder nada de Daniella.

– Eu sei o que ele sentiu, mas ele estava vivo. Era só o que importava. Foram quatro meses de tortura, a pior coisa que já passei ou senti. Ser despedaçado todo sia e depois remontado, se é que está me entendendo. Sempre faziam a mesma proposta, se eu aceitasse torturar outras pessoas, eles não fariam mais o mesmo comigo. No inferno, cada mês aqui, é como dez anos lá. Fiquei trinta anos recusando, mas chegou um dia em que eu não aguentava mais. Eu torturei pessoas e gostava. MAs antes de me tornar um deles, um anjo me tirou do inferno.

Seu nome é Castiel. Ele me tirou de lá e desde então, tem nos ajudado. É claro que nem sempre ele aparece. Porém o estrago já estava feito. A primeira pessoa que eu torturei foi uma mulher, ela era o primeiro selo dos 66 que abria a porta para Lúcifer. Eu quebrei o primeiro selo, e Sam o ultimo. Fomos idiotas em acreditar naqueles anjos. Eles não ligam para a humanidade, libertaram Lúcifer. Caimos direitinho.

– A culpa não é sua, nem de Sam.

– É sim.

– Não, não é. Escute, você pode ser assim durão, machão, mulherengo, mas , por dentro, tem um coração de ouro. Eu sei ler uma pessoa, e você não é mais aquele Dean. Eu confio em você, e sei que Sam também.

– Você é boa, enxerga a positividade das pessoas. Não tem maldade no coração apesar do seu passado.

– Você também lê as pessoas?

– Não, mas podemos reconhecer pessoas boas. – Dean sorriu

Daniella sorriu, sentindo suas maças do rosto se avermelharem.

– Quer dançar comigo? Você está me devendo. - brincou Daniella.

– Olha só que gananciosa!– Dean levantou, segurou uma das mãos de Daniella e a conduziu até a pista de dança.– Agora está sobre os cuidados de Bond, Dean Bond.

Daniella começou a rir.

Preparados para dançar, Dean passou o braço pela cintura de Daniella. A musica era calma, nem muito lenta mas, também, nem muito agitada. Eles conseguiram avistar Sam dançando com Emily.

- Sabe, até que você não dança mal Sr. Bond. - sorriu Daniella.

- Então sou um bom dançarino?

- Eu disse que você não dançava mal, não mencionei dançar bem. - provocou Daniella.

- Nada convencida né? - revidou Dean, sorrindo.

- Falando sério Dean, você ja se apaixonou?

- Todo mundo se apaixona.

- Você já amou alguém de verdade?

- Amor é uma palavra forte. Não posso afimar. E você Daniella, já amou akguém de verdade?

- Não, apenas atrações. Mas amor, nunca.

- Bom, é um ponto a meu favor...

- Como assim?

- Quando você disse que eu havia mudado, você estava certa. Antes qualquer uma que se abrisse, sabe como é, se jogasse em cima de mim, era facil. Eu  já fui muito mais mulherengo. Agora penso bem, antes de atacar. - Dean sorriu.

Daniella começou a rir.

- Por que você me contou isso hoje?

- Eu confio em você, não sei bem o porque, mas confio. - ele olhou nos olhos de Dani antes de continuar. - Algo em você me fascina. Viemos investigar um caso, coisa rotineira sabe. - sorriu. - Fomos falar com a garota que foi atacada, quando vi você pela primeira vez. Não vou negar, o velho Dean surgiu mas, logo foi embora. Porém fiquei ancioso, queria vê-la. Quando viemos para o baile, eu estava evitando olhar paravocê. Pois eu sabia que sentiria alguma coisa. E só o Sam acreditaria em amor a primeira vista. - Dean riu nervoso.

- Foi um belo discurso. Posso falar agora?

Quando Dean assentiu, o ritmo da dança começou a desacelerar. Daniella respirou fundo e prosseguiu.

- Eu não notei no hospital. Foi só quando você apareceu na fraternidade que eu comecei a enxerga-lo. Pude notar o que eu não via. Toda garota sonha com um amor sincero e verdadeiro. Não acho besteira se apaixonar a "primeira vista" ou amar, ou o que for. Eu sempre pensei nisso, mas sempre senti que era algo inacessivel para mim. Achar alguém como você é dificil. Familia, lindo um coração de ouro...

- Você acha demais. Não sou assim...

- Eu sei o que sei, e sempre tenho razão.

Dean sorriu, ainda olhando-a nos olhos. Daniella retribuiu o olhar.

- Você é uma garota incrivel.

Dean aos poucos foi se inclinando. Uma de suas mãos foi até o rosto de Daniella. A espectativa do beijo que logo se seguiria, deixou a respiração de Daniella entrecortada. Ela desejera aquele momento a noite toda. Quando os lábios de Dean estavam quase enconrando os dela, as luzes começaram a piscar. Dean fechou o solhos e suspirou.

- Me desculpe, acho que me precipitei. Está na hora.

- Claro, sem problema - Daniela escondeu sua decepção. Não deixaria transparecer sua tristeza. Tinham trabalho a fazer.