Bonds escrita por frozenWings


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Me diverti escrevendo esse capítulo. Espero que também se divirtam tanto quanto eu. kk
Boa leitura. ♥



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            Eu nunca soube bem o que queria. Acho que não poderia dizer que estava satisfeito com a minha vida, porém, conformado parecia ser uma boa colocação.

Sempre tirei conclusões rasas.

Até mesmo quando conheci a Rukia... Eu não a imaginei além de minha imagem idealizada. Muitas pessoas cometem os mesmos erros... Talvez não percebamos que às vezes as pessoas são bem mais do que achamos que são.

Será que hoje em dia eu conseguiria te ver como realmente é, Rukia? Essa é uma pergunta que me faço todos os dias...

— Hey Toushirou, por que demorou tanto? — perguntou um homem em tom fogoso, sentado a beira de uma calçada mal iluminada. Ele sondou atentamente o pequeno baixista que se aproximava às pressas e olhando para os lados, como se estivesse com medo de ser seguido ou espionado, embora a rua estivesse completamente deserta.

— Idiota. Por causa desses seus cigarros inúteis eu quase fui descoberto pelo gerente da loja. Da próxima vez que quiser comprar essas porcarias, vá você mesmo. — resmungou Hitsugaya, desgostoso com a situação de outrora. Ele jogou descuidadamente o maço de cigarros por cima do colo do homem, estalando a língua com impaciência, enquanto cutucava o piercing próximo à sobrancelha.

O homem apanhou o maço rapidamente, abrindo-o com e puxando um dos cigarros com destreza. Ele parecia estar necessitado daquilo para poder enfim continuar o diálogo.

Pegou o isqueiro e acendeu. Tragou com vontade. As baforadas formaram desenhos na escuridão quando ele as soprou.  

Hitsugaya revirou as orbes por trás das lentes negras. Se perguntou como alguém conseguia ser viciado em cigarro.

— Pare de reclamar. E também, qual seria o problema se soubessem que você na verdade é o “fantástico Hitsugaya Toushirou?” Você age como se fôssemos os procurados número um do FBI. Que paranóico. — deu mais uma tragada, tedioso. — Bem, apenas relaxe. Não causamos mais tanto estardalhaço quanto antes. — suspirou ele, levantando e dirigindo-se até o pequeno garoto que permaneceu na parte mais iluminada da avenida. — Sem falar que esse seu disfarce está ridículo. Você consegue chamar mais atenção do que se estivesse com uma melancia amarrada no pescoço. — deixou escapar uma risada maldosa.  

 — Me poupe do seu péssimo senso de humor, Grimmjow. — murmurou seriamente, começando a caminhar.

Grimmjow Jeagerjaques era guitarrista dos Thunders. Um homem ousado em tudo o que fazia, inclusive nas roupas que mais pareciam punks. Era do tipo impulsivo e debochado, facilmente dominado por qualquer sentimento, principalmente ira e luxúria. De todos os integrantes, era de fato o mais egocêntrico e mulherengo. 

Grimmjow seguiu seus calcanhares. Ele era quase duas vezes mais alto que Toushirou.

E ao contrário do pequeno, ele possuía até músculos ligeiramente salientes. 

Tinha a tonalidade dos cabelos tão estranha quanto a do baixista. Estes eram de uma coloração azulada, agindo em contraste com seus olhos também azuis que eram levemente tingidos por um rimel esverdeado.

— O que foi? Eu consigo fazer muitas piadas e trocadilhos com o fato de você ser baixo e tocar baixo... Quer ouvir? — provocou ele, arqueando uma das sobrancelhas.

— Não seja ridículo. — suspirou Hitsugaya, colocando as mãos nos bolsos.

— Hey, pra onde estamos indo? — questionou Grimmjow, cansado com a caminhada sem fim desde que chegaram à Karakura.

— Você saberá quando chegarmos lá. Agora ande mais e fale menos. — falou o grisalho de modo autoritário.

Grimmjow ignorou, maneando a cabeça. Desde que conhecia Toushirou, ele tinha essa mania de querer controlar situações, sendo autoritário ao ponto de se dispor voluntariamente como líder. Uma coisa o azulado tinha de admitir. De todos, o garoto era o mais responsável e centrado.

O guitarrista limitou-se a apenas jogar o resto de seu cigarro, substituindo-o por outro com agilidade.

— Você realmente gosta de coisas inúteis, não é? — comentou Toushirou, soprando o ar gélido da noite.

               Não tão distante dali, Rukia enfim tinha terminado de tocar a melodia.

Ela abriu lentamente os olhos, fitando o teto por alguns instantes. Ichigo afastou a cortina para o lado. Ainda a observava num misto de curiosidade e uma leve admiração.

A pequena não se demorou em pensamentos. Levantou, e com cautela, pousou o violão por cima da cama. 

— Ichigo, desista de me espiar, você é um desastre tentando ser discreto. Já é a segunda vez que eu te descubro. — proferiu ela, cruzando os braços enquanto virava em direção à varanda do ruivo.

Ele corou. Pensou em se esconder por trás da cortina, mas seria muito ridículo.

Maldita! Não era possível que pudesse ser tão perspicaz. No fim, ela sempre conseguia constrangê-lo.

— D-Do que está falando? Até parece, sua idiota! Quem perderia seu tempo espionando você?! Eu só ia... — ele olhou pra todos os lados do quarto, procurando algo que lhe servisse como uma desculpa esfarrapada. Encontrou o sapato que ela tinha arremessado. —... Eu só ia devolver esse seu sapato fedorento que você jogou na minha cara! — exclamou com um sorriso forçado ao tempo em que erguia o sapatinho marrom.

— Ah, se era só isso você não precisava se dar ao trabalho de entregar hoje. Que problemático ser a sua vizinha. De repente me sinto em algum tipo de reality show. — resmungou Rukia, ainda sim parecendo estar só de provocação.

— Bem, acho que vou vestir meu pijama e ir dormir. — ela lhe deu as costas, se dirigindo até seu armário. Quando o abriu, uma avalanche de chappys atacou-lhe de maneira devastadora, cobrindo seu corpo por completo.   

— Rukia! Ei, Rukia! Você está bem? Responda! — esbravejou o ruivo, rapidamente correndo para a ponta de sua varanda.

Não houve resposta. Ichigo apertou a barra de ferro que limitava a varanda, decidindo fazer algo imprudente.

Ele recuou, mantendo certa distância e então tomando impulso, ele saltou por cima da divisão metálica, alcançando facilmente a varanda da morena não tão distante.

Caiu de cara no chão, por pouco não quebrando o nariz.

— Droga! — reclamou com uma careta atônita, pondo uma das mãos no nariz avermelhado e latejante. Seus olhos lacrimejaram com a dor, porém, ele não viu necessidade de lamentá-la agora.

Engatinhou comicamente até a montanha de coelhos, jogando-os furiosamente para os lados.

— Rukia! Agüente firme! — exclamou, parecendo estar em uma verdadeira missão de resgate.

Ele enxergou uma das delicadas mãos da morena, abrindo um pequeno sorriso de satisfação.

— Ru... — iniciou, mas fora brutalmente interrompido por essa mesma mão que se ergueu de modo violento, de súbito lhe acertando com um soco na cara.

Ichigo caiu por cima de alguns chappys, segurando a bochecha sem compreender porque tinha sido atacado.

— Seu idiota! Como ousa arremessar meus chappys dessa forma?! — perguntou ela com as têmporas a pulsarem, emergindo no meio dos inúmeros coelhos de pelúcia.

Sim, ela estava mais preocupada com o estado dos chappys do que com o estado do próprio rapaz.

Quando o ruivo escutara o motivo, quase a chutara de novo para dentro dos coelhos, porém, decidiu restringir-se a discutir novamente com ela... Como eram cansativos.

— Como assim?! Eu pulei da minha varanda só pra ver se você estava bem e é assim que me trata? Quer saber? Dane-se você e essas suas porcarias de coelhos! — gritou até suas pregas vocais arderem, ameaçando romperem.

— Porcarias?! — berrou ela, aproximando-se e puxando-o pela gola da camisa.

De repente a porta do quarto se abriu com força, mostrando a bela mulher que tinha entrado na casa momentos atrás.

— Olá, Kuchiki! Eu cheguei, e... — anunciou a também ruiva com um entusiasmo exagerado, saltando e agarrando a pequena sem nenhum pudor. — Desculpe. Eu não sabia que estava com o namorado. — acrescentou ao finalmente ter percebido a existência de Ichigo.      

— Matsumoto-san... Que surpresa! — proferiu Rukia, surpreendida com a sua presença inesperada.

— Sim, eu cheguei quase agora. — informou com um sorriso manhoso ao tempo em que seus fartos seios se espremiam no decote. 

Ichigo sacudiu a cabeça, tentando não ser seduzido. O que aquela ruiva tinha de peituda, tinha de burra... Afinal, não existia coisa mais absurda do que dizer ele era namorado de Rukia.

— Ei, peituda! Pare de falar bobagens! Não sou o namorado da Rukia! — ressaltou o ruivo em um timbre zangado, achando importante deixar esse fato bastante claro.

— Vejo que Kurosaki Ichigo não costuma ter respeito pelos pertences alheios. — murmurou outra pessoa que surgiu silenciosamente no quarto de Rukia.

Ichigo girou a cabeça, vendo o dono daquela voz indiferente.

Era Kuchiki Byakuya. Ele permaneceu parado à porta do quarto, segurando um pesado livro enquanto sondava o estado em que o quarto se encontrava. Ele não parecia nada feliz com o que estava acontecendo ali.

O ruivo se perguntou como ele sabia seu nome completo... 

— Oh, nii-sama! — exclamou Rukia.

“Eu já vi essa mesma cena acontecer em algum lugar...” Pensou Ichigo, arqueando ambas as sobrancelhas.

— Byakuya veio se juntar a nós! — comemorou Matsumoto, batendo palminhas.

“Byakuya, então esse é o seu nome...” Pensou novamente, encarando-o.  

— O que os chappys que eu dei a você estão fazendo espalhados por todo o quarto? — perguntou, já acusando Ichigo com os olhos.

O rapaz sentiu um arrepio na espinha, achando mais seguro retirar-se.

— Bem! Chega disso. Eu vou voltar pra minha casa! Vocês são loucos! — resmungou o ruivo, livrando-se da mão da garota.

Ele caminhou rapidamente até a varanda, sendo impedido pela pancada de alguma coisa na sua cabeça.

— Mas o que... — ele se voltou, indignado.   

No mesmo segundo, suas pernas fraquejaram com uma rasteira, sucumbindo-o ao chão.

— Eu não sei o que um impertinente como você procurava no quarto da Rukia, mas eu não deixarei fugir. Levarei você até seu pai pra que ele tome algumas atitudes relativas a isso. — informou Byakuya, arrastando-o facilmente pelas pernas.

— Nii-sama é faixa preta! Ele é tão incrível! — falou Rukia com as maçãs ruborizadas, enquanto os olhos brilhavam de admiração.

— Hey Byakuya, está havendo um mal entendido aqui! Eu só estava ajudando a sua irmã! — protestou o ruivo, sendo arrastado com mais força por chamá-lo pelo primeiro nome. Ele tinha comprovado o que a pequena falara segundos atrás. Estava imobilizado. — Rukia, sua maldita! Diga a ele! P-pare de mostrar essa expressão feliz! Não é hora pra isso. Eu estou sendo arrastado por sua causa! — berrou, inconformado e cheio de hematomas.

Saindo do quarto, Byakuya fez questão de arrastá-lo inclusive pelas escadas; degrau por degrau.

— Ah cara! Isso dói! Espera só quando você me soltar... Eu vou bater tanto, mais tanto em você que ninguém vai te reconhecer quando passar pela rua! — ameaçou, não conseguindo se decidir de quem tinha mais raiva.

Quando Byakuya alcançou a porta, abrindo-a, deu de cara com Hitsugaya e Grimmjow que estavam prestes a tocar a campainha.

— Então viemos parar na casa do Byakuya, afinal. Uau, já estou começando a gostar desse lugar. O que é isso, Byakuya? Novo saco de pancadas? — questionou Grimmjow, desviando os olhos para Ichigo que não conseguia fazer o mesmo.

— Só estou colocando o lixo pra fora. Se acomodem, quando eu retornar, discutiremos onde vão ficar. — retrucou ele.

— Que tipo de casa é essa? Uma espécie de bordel?! — rosnou Ichigo, buscando soltar-se, mas fora em vão.             

Hitsugaya ficou em silêncio, apenas adentrando à residência. Grimmjow o seguiu, sendo parado por uma das mãos de Byakuya que tomou com ousadia o cigarro em sua boca.

— Qual é? — resmungou.

— Se fumar na minha casa, farei com você o mesmo que fiz com isso. — rebateu friamente, partindo o cigarro ao meio.

Grimmjow engoliu em seco, bagunçando os cabelos para disfarçar a tensão em sua expressão.

— Como queira. — disse, por fim entrando.

Ichigo pôde vê-lo pelas costas. Ambas as fisionomias, tanto do mais baixinho, quanto do mais alto eram familiares para si...

“Impossível, será que eles são...?!” Refletiu Ichigo, de olhos arregalados.

               Sendo entregue a sua casa, Ichigo se viu em uma situação que nunca sequer pudera imaginar. Estavam ele, Isshin e Byakuya sentados na mesa da cozinha, acompanhados por suas xícaras de chá devidamente preparadas por Yuzu, discutindo sobre a suposta tentativa de abuso.

—... Então quando eu cheguei ao quarto de minha irmã, lá estava o seu filho, tratando os meus presentes com total desrespeito e é claro, havia invadido o quarto de Rukia pela varanda. Não entendo qual motivo possa ter levado este ser a tomar uma atitude desesperada como aquela, mas creio que ele seja um perigo eminente para minha irmã. Ele está tentando deturpar sua inocência. — explicou Byakuya, erguendo a xícara até os lábios, tomando o chá como um verdadeiro aristocrata.

Ichigo bateu a mão na mesa, furioso com o que ele presumia ser um abuso.

— Como se eu quisesse abusar daquela tábua da sua irmã! E mesmo se ela não fosse uma tábua! Ela simplesmente não faz o meu tipo! — resmungou, continuando a bater a mão com força. — Ei, velho! Por que você não fala nada? Você precisa defender o seu filho!

Isshin estava calado. As lágrimas rolavam avidamente por sua bochecha. Ele estava visivelmente emocionado com algo.

— O que houve, pai? — questionou Ichigo, fitando-o juntamente com Byakuya.

— Eu estou tão feliz... Kuchiki-dono, essa foi a melhor notícia que você me trouxe... Eu já estava começando a achar que meu querido filho fosse gay. — choramingou como uma criança, enxugando as lágrimas com o braço.

— Do que está falando?! EU NÃO SOU GAY! — gritou, puxando os próprios cabelos. Ichigo definitivamente já tinha chegado ao seu ápice de raiva.

Byakuya juntou as sobrancelhas. Esse era um tipo de reação que nunca esperaria de um pai normal. Estava incrédulo com aquela revelação.

— Está decidido! Rukia-chan será minha querida nora! Tudo bem, Ichigo! Não precisa se conter! Você pode ter até dez filhos com ela, mas nas primeiras relações lembre-se de usar camisinha! Vocês estão muito jovens e quero que se torne um pai tão responsável quanto eu! — gesticulou de forma hilária, corando com suas próprias palavras.

— CALE A BOCA! — mandaram Ichigo e Byakuya em uníssono, acertando um soco duplo na cara do pobre pai.

               No dia seguinte, Ichigo tinha acordado de mais mau humor ainda. Quando Rukia gritara do outro lado da varanda pedindo seu sapato, ele por pouco não acertou na sua cara quando o jogou. E não foi por falta de vontade. Ele realmente tinha errado a mira. O ruivo decidiu por ir só ao colégio, não fazendo menção em esperá-la.

Esse ano sem sombra de dúvida tinha começado como um dos piores para Ichigo. Era seu último ano no colégio... Quando pensava nisso, sentia seu corpo estremecer um pouco. Essa era sua última chance de declarar-se a Orihime, embora esse fato parecesse cada vez mais distante e fora de cogitação.

               Ele se sentou na cadeira de sempre, apoiando o queixo, como de costume. Devia pensar nisso o quanto antes. Era a última chance... Última.

— Nossa, Kurosaki-kun, o que aconteceu com o seu rosto? Parece estar um pouco inchado. — perguntou Inoue com preocupação, sentando-se a frente do garoto.

Ichigo ficou surpreso com a aparição da ruivinha, afinal, ela não puxava assunto com o mesmo desde que Rukia chegou.

Quando pensou em Rukia, uma onda de raiva o invadiu, fazendo-o trincar os dentes.

— Ah, isso? Não é nada, Inoue! Foi só um esquilo super-poderoso que me atacou. Um dia eu ainda o esmago com um só golpe. — mentiu, fazendo sinais violentos com as mãos.

“Nem um pouco romântico.” Pensou ele.

— Esquilo? Que perigoso, Kurosaki-kun. Eu espero que logo esse inchaço melhore. — murmurou ela, não achando nem um pouco estranha a história do rapaz. Ela tocou a ponta dos dedos na bochecha dele, fazendo seu rosto queimar de vergonha.

Ichigo repuxou um sorriso sem graça, empregando meios de não mostrar o quanto sua respiração estava descompassada.  

               Naquele momento, Rukia tinha entrado na sala, se deparando imediatamente com aquela cena. Ela paralisou. Seus olhos eram diferentes dos de Ichigo. Conseguiam ver além. Eles puderam ver o quanto Ichigo gostava de Inoue. E esse sentimento era recíproco.

“Você tem um belo sorriso, morango. Eu quero vê-lo mais vezes.” Pensou Rukia, rindo de seus próprios pensamentos.

A pequena apenas andou até seu lugar, reflexiva.

Desviou o olhar, vendo Ishida os fitarem e logo depois sair da sala, levando um livro como sua única companhia.

Eu tinha esquecido quão dolorosos são os amores platônicos. Apesar da maioria das pessoas acharem um símbolo de romantismo, para mim não é nada mais que uma tragédia. Uma angústia no peito sem ter alguém pra aliviar.

Ei Ichigo, as pessoas continuam a se apaixonar descuidadamente... Mas eu sei um pouco mais... Eu sei como um verdadeiro amor platônico pode ser dilacerador... É por isso que não quero ver esse triste fim. 


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