Os digiescolhidos começam então a caminhar pela praia. O vento uivava e WereGarurumon havia dito que não poderia levá-los até a praia onde fora a batalha de SkullGreymon contra Dragomon, mas que podia dizer o seu nome: "- Praia do Caos".

Depois disso ele se vai, deixando os digiescolhidos no Mar de Dragomon, onde fora erguida a fortaleza daquele que um dia havia acabado com MarineDevimon, descendente de Devimon.

– Ahhhh - disse Davis se espreguiçando, V-mon fez o mesmo e na mesma hora os dois falaram. - Tô com fome.

– Bem, o pior é que nós não temos nada para comer. - Disse Anne e então sua barriga também roncou, eles continuaram a caminhar afundando os pés na área da praia até que dois seres humanos apareceram cercados pelas sombras dos altos rochedos.

– Quem são vocês e o que vocês querem? - Perguntou Cody olhando para os dois estranhos que saíram da sombra, um garoto era loiro e vestia-se todo de preto, o outro moreno vestia-se todo de branco.

– Eu sou quem sou. - Disse o garoto loiro que se vestia de preto, todos então deram um passo para trás. - Meu nome é Gabriel e vim aqui a pedido de WereGarurumon, peço, por favor, que escutem o relatório.

– Me desculpem, - começou o diga escolhido que se vestia de branco - se me esqueci de algo, mandarei Matthew e Gabriel para que eles possam levar a comida, eles fazer parte do Grupo dos Maiores do Canadá, quando puder estarei aí novamente, esperando que vocês me compreendam, WereGarurumon. Bem, esse é o recado e a comida está aqui. - Então eles viram que Matthew o garoto de branco usava uma mochila branca que jogou a Davis e Gabriel jogou uma mochila preta que estava escondida pela sua roupa.

– Agora temos que ir, digiescolhidos do Japão, o Mundo da Fantasia nos aguarda. - Disse Gabriel.

– Que Mundo da Fantasia? - Perguntou Davis.

– Quase com o Mundo dos Sonhos, vocês não sabem que são infinitos os mundos, e apesar de nos concentrarmos apenas em três há mundos onde o mal poderá ter mais poder, bem eu devo ir. - Disse Matthew eles então ligaram os seus digerisses e desapareceram daquele lugar.

Todos ficaram em silêncio, enquanto o céu cheio de nuvens parecia triste, o mar estava agitado.

– Pelo menos agora temos comida! - Disse Catherine.

– Pelo menos não tem chuva. - Disse V-mon, mas logo depois duas nuvens provocaram o primeiro ronco, o barulho do trovão foi enorme e em seguida, veio à chuva que parecia não ter fim.

– Vamos à caverna! - Disse Davis.

***

A chuva que caia tinha o irritante barulho de uma gota de água caindo da torneira da pia até parte metálica que a levaria ao cano e por fim para o esgoto. Podre era o cheiro da caverna e depois de Davis e V-mon conseguirem pegar o mínimo de lenha eles fizeram uma fogueira.

– Hm... Até que WereGarurumon tem bom gosto - disse Catherine pequena um grande cacho de uva.

– Cavalo dado não se olha os dentes. - Disse Davis.

– O-o que é isso? - Perguntou Anne começando a soltar gostosas gargalhadas, e então Davis ergueu uma sobrancelha.

– Quando eu fui jogar com o meu time no Brasil eu aprendi esse ditado, humf! - Fez Davis pegando um bolinho.

A noite foi alegre, Davis ficou falando das primeiras aventuras deles dentro do Digimundo e Anne também foi falando, de como havia conhecido (ocultando a parte de Will), quando tivera um acidente de trem e Leomon a salvou.

Depois de se satisfazerem, eles estenderam poucos cobertores que haviam dentro da mochila e se acomodaram naquele mesmo lugar, cara um, porém com os seus pensamentos.

***

– Há... Ai mais só mais um minuto... - Ia dizendo Davis antes de sentir uma água nojenta e marrom entrando em sua boca, acordou com Anne em cima dele, enquanto Catherine arrumava a mochila, Cody era o único que continuava quieto.

– Ei Cody, o que você acha de nós dois conversamos? - Perguntou Catherine.

– Hã... Eu e você? - Perguntou Cody um pouco assustado.

– Sim Cody, eu e você. - Disse Catherine e o puxou pela mão deixando Davis e Anne sozinhos por um momento. Anne então sem querer esbarra em uma rocha e cai em cima de Davis que não aguenta o peso dela e os dois acabam caindo.

– Hã... Me desculpa Davis, eu não vi e eu... - Ela não queria continuar, olhou os olhos de Davis fitando os seus, sentiu o seu perfume silvestre, queria estar com ele, sentiu os lábios dele se entre abrindo e naquela hora ela não quis mais pensar em nada, se não em como seria bom estar junto de Davis, mais próxima, e mais próxima.

Sentiu a língua de Davis invadindo a sua boca e começando a explorá-la devagar a principio, depois mais rápido, Davis não queria se lembrar de Kari naquele momento, o que lhe importava era Anne. O beijo foi ficando mais intenso e Davis sem perceber coloca sua mão na cintura dela e ela adverti.

– Ainda não Davis, mas como namorados eu...

Ele não a deixa falar, compreende o que ela quer dizer e então continua a beijá-la, depois largar a boca dela com muita dificuldade, vê V-mon e Armadillomon parados de boca aberta os olhando.

– Vocês... Vocês nunca viram alguém se beijar? - Perguntou Davis irritado e ruborizado.

– Para ser sincero... - Começou V-mon.

– ... Não. - Continuou Armadillomon.

Enquanto isso...

Catherine segurou a mão de Cody e o levou para fora da caverna e o fez se sentar em uma pedra, ele a olhava surpreso, ela o olhava apreensiva, o dia estava nublado e o rochedo onde estavam reencostados tinha uma decida íngreme, terrivelmente perigosa.

– Cody, o que é que está acontecendo? - Perguntou Catherine.

– É que... É que, Cathy, você já teve um irmão? - Perguntou Cody.

– N-não - respondeu a garota não entendendo - Por quê?

– O que você diria se eu fosse o seu irmão, se acontecesse de eu não estar em casa e sua mãe preocupada e você morrendo de medo - o garoto começou a soluçar - mas o responsável não vai ficar impune, não mais, sinto alguma coisa angustiada, a verdade é que eu tenho raiva daquele que está fazendo isso, eu só queria mostrar que o meu digimon é tão forte quanto Patamon, mas...

– Mas você não está acreditando em si mesmo! - Disse Catherine o chamando atenção. - Poxa Cody, você está e sempre esteve no meio de pessoas destemidas, pessoas que deram a sua vida e que provaram que iriam até o fim pelos seus sonhos, pessoas que lutaram para o bem dos nossos mundos, Cody, acorda, cada um tem o seu próprio papel nessa estória, chame de destino, ou de caminho da vida, não fique com medo se eu fosse sua irmã eu o apoiaria como eu faço com o TK, ele enfrentou os seus medos com sete anos - o garoto olhou-a surpreso, depois do que havia falado, não esperava essa reação. - Você não vê o que Matt sentiu, e pense, você acha que eu não acho Floramon fraca perto de Agumon, Gabumon, eu acredito em mim Cody, acredite em você.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, Catherine se sentou e abraçou Cody e começou a chorar compulsivamente.

– Eu tenho ódio, tenho ódio de todos eles Catherine e eu juro para você que eu vou sim virar esse jogo, vamos procurar a Praia do Caos, eu preciso mais do que nunca encontrar o Elo Perdido.

Mas naquele exato momento uma pedra enorme rolou lá de cima do morro, eles então se levantaram assustados e um grande digimon de três cabeças apareceu na frente deles, era Cerberusmon, um digimon do nível perfeito, incrivelmente forte.

– O... O que você quer? - Perguntou Catherine.

– Chame todos os outros primeiros, ordem do atual governante desse mundo. - Disse Cerberusmon, e então Cody foi chamar Davis e Anne que olhavam para V-mon e Armadillomon sem resposta.

– O que aconteceu? - Perguntou Cody, todos ficaram em silêncio e ele também.

– Aqui... Nada e lá, o que aconteceu? - Perguntou Armadillomon.

– Aconteceu que um Cerberusmon veio. - Disse Cody, os quatro ainda o olhavam surpresos quando Davis tomou a palavra.

– E... E o que Cerberusmon quer? Quem é Cerberusmon afinal? - Perguntou Davis correndo para fora, ao mesmo tempo Cody e Anne juntos dos digimons foram até onde Catherine estava junto de Cerberusmon.

– Ali estão eles. - Disse Catherine e então um vento leve passou aparentando varrer todo o mau que estava ali, até o céu se abriu, mas Cerberusmon não havia se ido, nem iria.

– O quê você quer exatamente? - Perguntou Davis encarando Cerberusmon que olhava o digiescolhido como se ele não fosse nada.

– Daisuke Motomya, sabia que a sua irmã está morta? - Perguntou Cerberusmon.

– É mentira! - As lagrimas começaram a encher a cara de Davis.

– Pena digiescolhido, sinto pena de você, mas é a mais pura verdade, a sua irmã morreu enquanto visitava Estados Unidos, assistir o show de uma banda que ela muito apreciava, quando Daemon e os três lordes demônios chegaram aos Estados Unidos para poderem conquistar o Mundo Humano. Daemon acertou o seu ataque nos pés da Estátua da Liberdade, sua irmã estava em baixo, recém havia saído de um cyber café com uma amiga sua americana e a dona da loja.

– Você está mentindo! - Uma aura negra começou a encobrir o corpo de Davis.

– Se você não quiser acreditar, mas eu venho fazer um proposta a vocês, o governador do Mundo das Trevas Wizardmon está querendo ver vocês, mas ele sabe que vocês não irão enquanto não lutar, então eu desafio vos, Daisuke, e seu digimon, V-mon para me enfrentarem, em uma batalha justa, eu deixarei ele super-digievoluir. Concordam?

– Eu quero enfrentar essa batalha! - Disse Cody.

– Oh, vejo que o pequenino é corajoso, ou não muito sábio, mas bem, vocês o autorizam? - Perguntou Cerberusmon, todos assentiram confiante para Cody. - Começou.

O vento uivou, Cerberusmon se postou de um lado, suas cabeças se mexiam loucamente, e ele latia sem parar, como se desse uma ordem para o vento, embora parecesse que ele não quisesse lhe obedecer.

Cerberusmon então rosnou para Armadillomon que olhou para Cody, o garoto pegou o digivice e disse:

– Espero que tudo der certo, por que se não der... - Suas lágrimas voltam a cair, tinha ouvido o que Cerberusmon falara sobre a irmã de Davis, mas preferia não acreditar, não que ela tivesse... Morrido. Não era esse o futuro que queria para si, nem para sua família, o seu digivice então começou a brilhar.

– Armadillomon super-digivolve para Brachiomon!

O dinossauro era grande e todos ficaram surpresos de vê-lo, o brilho que ele imanava era maior que as trevas de Cerberusmon, mas logo Cerberusmon percebeu o que tinha que aquele Brachiomon não tinha e ele sabia o que era, e iria usá-lo como sua principal arma.

– Então esse é o meu inimigo, dou-lhe a honra de me atacar. - Disse Cerberusmon, como se quase fosse gentil.

– Bach... - Ia começar Brachiomon quando de repente Cerberusmon já estava ao seu lado, correndo com muita velocidade.

– Chama Esmeralda! - Atacou Cerberusmon das suas três bocas, o que fez com que Brachiomon ficasse um pouco tonto, Cerberusmon então mordeu com as suas bocas com força a cauda de Brachiomon que ficou furioso e usou de sua força para jogá-lo em um rochedo.

– Vai Brachiomon! - Disse Cody.

– Homer Head! - Atacou Brachiomon usando sua cabeça como um martelo e atacando Cerberusmon sem parar, até que ele lançou o seu ataque sem falar, e Brachiomon acertou o seu último golpe em um grande rochedo.

– Você me paga, brinquedinho. Chama Esmeralda! - Agora Cerberusmon deixa de brincar e ataca com mais força que o primeiro, a chama, chega a demorar para ser lançada e quando atinge Brachiomon esse se depara com o rochedo e com a força esmigalha as pedras, comprometendo a estrutura das árvores lá em cima e caindo desmaiado até voltar a ser Armadillomon.

– Desculpa Cody eu...

– Você fez o que pode - disse Cody recolhendo o seu digimon do chão e o colocando no seu colo, Davis então gritou:

– Você acha que isso é justo, mexer assim com...

– Cale-se! - Diz WereGarurumon se aproximando de Davis - tire toda essa aura ruim que te persegue e você Cerberusmon, deveria estar mais preocupado em proteger o Castelo de Anubismon, afinal se você morresse seria lá que você pagaria conta.

– Você sabe que eu não devo mais nada a Anubismon, ele reencontrou a sua mestra depois de muito tempo e...

– Fogo da Raposa! - Ataca WereGarurumon e uma gigantesca chama azul é lançada de sua boca indo em direção de Cerberusmon que logo se transforma em dados. WereGarurumon então olha para os digiescolhidos e diz: - Crianças, não brinquem com que vocês não conhecem, Cerberusmon pode derrotar todos vocês fechando os seus olhos, mas eu trouxe mais dois acompanhantes comigo. - Disse WereGarurumon e do portal saíram Floramon e Leomon.

– Que bom que você está aqui! - Disse Catherine abraçando seu digimon.

– Leomon, pronto para a justiça? - Perguntou Anne.

– Só se for agora! - Disse o digimon.

O pequeno anjo estava sentado, em uma grande cadeira recostado, enquanto SkullGreymon se apoiava em um alto pilar, Lucemon disse:

– Você sabe que um grupo, um desses da profecia quer muito achar o Elo Perdido, que eu mesmo escondi? - Perguntou Lucemon.

– Sim, mas Dragomon o encontrou, prendeu em uma das suas garras...

– O que Dragomon encontrou e anunciou a todos não é verdade, sabe por quê? Por que eu vejo ele daqui. - Disse Lucemon.

– Mas como, meu senhor? - Perguntou SkullGreymon entediado, quando Devimon voltasse e ele parece de fazer esse papel, tudo estaria acabado.

– Eu o escondi em um pé de árvore do Mundo das Trevas, pus a minha mente, adivinha o que eu vi? Sim era ela, a Chave tão ambicionada, eu vou mandar um digimon seu para lá, quero fechar o Mundo das Trevas enquanto posso.

– M-mas, você não vai mandá-los para a dimensão de Jogokudou, da onde eu tive que ficar por tantos...

– Cale-se verme! - Disse Lucemon, apesar de ser um digimon do nível rockie, sabia que SkullGreymon não o destrataria como ele queria, Lucemon era a mistura de Angemon que o havia projetado e de Devimon que o havia criado - eu faço o que eu quero, se eles vão lutar na Guerra do Grande Reino, quando seus nomes forem convocados aqui eles virão para cá! Você não pensa, acho que é o único que não pensa! - Os olhos de Lucemon ficaram escuros e tempestuosos de repente - eu não os posso colocar lá, sendo que logo eles voltarão.

– E... E o que você vai fazer? - Perguntou SkullGreymon tremendo, não de medo e sim de raiva, ódio.

– Eu vou até lá imbecil, vou fechar o Mundo das Trevas com a Chave do Destino. Com o meu Elo, Angemon me deixou essa função - riu Lucemon debochadamente - e eu tenho que cumprir com a ordem do meu criador.

Lucemon sorriu e virou-se, foi até uma cela e chamou BlackMetalGreymon, após falar algumas coisas para ele, resolveu ir junto, como seria ver a felicidade tão perto?

Depois do ocorrido, os digiescolhidos começaram um grande marcha até se encontrarem na Praia do Caos, praia aonde Dragomon havia sido derrotado e com isso perdido o Elo Perdido em suas patas.

Começa então uma busca insaciável pelo local onde havia acontecido a batalha de Dragomon com SkullGreymon, mas não havia nada por ali, e então pensando que com a explosão o Elo Perdido poderia ter voado se dividiram em duas equipes.

– Eu e Anne iremos pelo lado esquerdo, assim poderemos procurar por aquele lado inteiro e vocês vão pelo lado direito, vasculhem todo, se não encontrarem nada até nós nos vermos de novo, nós vamos subir e procurar pela mata, se acontecer algum ataque, avisem-nos pelo D3. - Disse Davis.

– Certo! - Disse Cody.

– E se não encontrarmos o Elo Perdido? - Perguntou Catherine.

– Chamamos WereGarurumon e voltaremos para o castelo - disse Anne.

Todos assentiram e se separaram, Catherine e Cody, Davis e Anne, mas embora buscassem por lugares diferentes nada encontraram, nem de um lado nem do outro, apenas viram pedras, pequenas árvores e um grande mar, negro e com imagens terríveis de um puro caos.

Se encontraram em um outro ponto da ilha, e com os olhares frustrados, Davis olhou para Catherine e Cody e perguntou:

– Nada? - Perguntou.

– Nada. - Responderam os dois em uníssono.

Davis olha para dentro da densa mata e diz:

– Acho que vamos ter que subir.

Porém no primeiro passo que ele da, ele cai em uma armadilha, os digiescolhidos vão o ajudar, mas também acabam caindo na armadilha e então olham para baixo e se veem cercados de seres estranhos.

Estavam em um amplo salão com mais de cem mil seres estranhos, por mais grande que fosse tanto de altura quanto largura, tinha um único problema, haviam passado por um túnel estranho e quando acharam que iriam encontrar uma parede havia parado ali, por outro lado acima deles havia uma cobertura de terra sustentada por pilastres e então Catherine desceu com a bunda no chão e se levantou, havia sido a última.

– Q-quem são vocês? - Perguntou um daqueles seres estranhos.

– Nós somos os... Digiescolhidos e vocês? - Perguntou Anne.

– Eu acho que eu sei quem vocês são, vocês são os seres das trevas que certa vez chamaram a Kari aqui? - Eles olharam confusos Davis, mas assentiram. - Eu sou Davis, amigo de Kari, todos nós somos, mas o que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou Davis.

– Bem, acontece que Wizardmon nos prendeu aqui e sabe que nós não podemos sair, a Luz é maior e nós como seres das Trevas, temos que ficar aqui, soaria menos estranho se eu falasse que nossos ataque não adianta? - Perguntou um dos seres.

– Não, não soaria, afinal eu entendo, mas como nós podemos sair daqui? - Perguntou Cody.

– Bem, se vocês perceberem bem, isso não é uma pequena armadilha, - disse um dos seres - meu nome é Höad, Mago das Trevas, primo distante dos duendes, - tinha um barrigão e poucos dente e usava um machado nas suas costas muito diferente de outros, que apenas tinham formato vago. - Fui enviado para libertá-los, mas não consegui por vários motivos, primeiro que não é uma pequena armadilha, há um sistema que um de vocês ativou fazendo liberar uma carga de energia explosiva, não para destruí-los e sim o que está em baixo, o que nos ilumina é uma candeia e isso tira muito as nossas energias, a subida é por aquele tuno, mas acontece que há uma candeia por ali, não podemos explodir simplesmente, mas vocês desceram por aquele túnel através de um sistema de magia digital, como um portal, infelizmente nós não podemos usar.

– Mas nós podemos. - Disse Leomon.

– E eu já tenho a solução. - Disse Catherine.

– Já? - Perguntaram Davis e Anne.

– Sim, Armadillomon como Digmon poderá cavar um buraco, depois disso, Lighdramon poderá nos tirar daqui! - Disse Catherine.

– Bem, isso pode dar certo. - Disse Cody.

– Não vai dar certo se você não tentar - disse Armadillomon sorrindo para Cody.

– Vai Digi-Ovo! - Disse Cody.

– Armadillomon hiper-digivolve para Digmon "A Sabedoria Profunda!"

Os seres meio que reclamaram da luz que a digievolução causou, mas nada de mais aconteceu, eles apenas ouviram o que Cody dizia para Digmon, dando as recomendações até que ele começou a cavar sem resultado.

– Bem, tente um ataque - sugeriu Floramon.

– Broca de Ouro! - As brocas atingiram o teto e com a sua explosão um grande buraco foi causado.

– Yeh! - Gritaram todos, aqueles milhares seres agora estavam cada vez mais diferentes, como se cada um deles tivessem a sua própria origem, Digmon usou então sua técnica " Broca Escavadeira" para cavar cada vez mais fundo o buraco, subindo então e fazendo um buraco até o final.

– Vai DigiOvo! - Disse Davis.

– V-mon hiper-digivolve para Lighdramon "A Força da Amizade". - O digimon então começa junto de todos a primeiro auxiliar os seres das trevas e por fim os Digiescolhidos.

– Muito obrigado pela ajuda. - Disse Höad, - que as forças das trevas protejam vocês, lembrem-se sempre digiescolhidos, as trevas só vieram para que a luz pudesse surgir, afinal, o quê seria a luz no fim do túnel se o túnel não fosse escuro. Esses digimons que mexem com o poder das trevas, mal sabem o que fazem, mesmo sabendo que fazem o mal. - Ele mudou a atenção e se dirigiu aos seres das trevas - Dragomon caiu e com ele o seu mundo, Wizardmon nos prenderá de novo se continuarmos a habitar esse local, então vamos ao Mundo das Energias das Trevas, SubMundo e núcleo central do Mundo das Trevas, - ele virou-se para os digiescolhidos e disse: - Mas uma vez, muito obrigado.

Então todos eles desapareceram e os digiescolhidos olharam entre si mesmos.

– Bem, pelo menos ajudamos à eles - disse Catherine.

Armadillomon e V-mon já haviam voltado ao normal e eles já se preparavam para enfrentar a mata escura, naquele mundo onde nem o dia nem a noite existia, o céu começava a ficar em um tom de cinza mais escuro, quase preto, mas não o suficiente para o deixá-lo dessa tonalidade.

Foi aí que Davis percebeu algo estranho e olhou para o céu.

– O quê é aquilo? - Perguntou surpreso Davis.

– Hã... Não sei. - Disse Catherine.

– Mas vocês conseguem ver? - Perguntou Davis.

– Sim! - Disse Anne.

Um movimento esquisito começava no céu, as nuvens se reuniram e então um trovão surgiu, um portal se abriu logo atrás dele e BlackMetalGreymon apareceu, o digimon era alto e grande, a forma de MetalGreymon só que com algum vírus, algo que o impedia de ser o que realmente era.

– É um digimon! - Disse Cody.

– É BlackMetalGreymon! - Disse Catherine, se lembrou de um ano atrás, quando sonhava sem parar que estava sozinha em uma praia deserta e escura, e Floramon não conseguia digievoluir, tudo parecia conspirar contra ela, e um BlackMetalGreymon a atacava até que em uma hora, Floramon super-digievolui, só que isso nunca havia acontecido até agora, realmente.

O digimon desceu, rugia, babava-se e queria destruir a todos, sem ao menos dar a chance deles digivolverem.

– Leomon! - Disse Anne - Ajude-os.

– Vai digiovo! - Disse Davis.

– V-mon hiper-digivolve para Flamedramon "A Coragem Flamejante".

O digivice de Cody e Catherine foram os únicos que por conta própria brilharam fazendo um luz intensa surgir no meio daquela praia, mas mais nada aconteceu, Floramon e Armadillomon continuaram do mesmo jeito, só que não conseguiam digivolver.

– Eu... Não sei o que está acontecendo - Disse Cody um pouco desanimado.

– Pois eu sei! - Disse Catherine - não é a nossa hora, espera, para cada coisa, há um determinado tempo, para cada tempo há uma determinada vitória, se não foi agora, espere até amanhã, a conquista virá.

– Punho do Rei das Feras! - Atacou Leomon.

– Punho de Fogo! - Atacou Flamedramon.

O ataque de Leomon teve a cabeça de um leão saindo de seu punho e a energia centrada ali dentro, enquanto o punho de fogo de Flamedramon se juntava com o ataque de Leomon fazendo então uma mistura deixando aquilo em forma de fogo que atingiu o corpo de BlackMetalGreymon.

Causou uma grande explosão, um nuvem de poeira e de fumaça subiu deixando todos cegos por um momento, logo depois ouviram o ataque de BlackMetalGreymon.

– Giga Tiro! - Dois mísseis saíram do peito de BlackMetalGreymon que atingiram a Flamedramon e Leomon que caíram no chão completamente feridos até regredirem para a forma de V-mon e Elecmon.

BlackMetalGraymon se virou para os digiescolhidos, mas dessa vez o brilho que aparecera certa vez no digivice de Catherine e Cody surgiu novamente, deixando além de todos maravilhados, Floramon e Armadillomon brilhantes.

– Parece que o nosso amanhã surgiu hoje. - Disse Cody fitando Catherine que sorriu.

– Armadillomon mega-digivolve para Cannondramon. - Um imenso digimon dinossauro apareceu além de ter partes mecânicas.

– Floramon mega-digivolve para Lotusmon. - Um digimon em forma de planta apareceu, muito parecida com Lilimon só que maior e com mais graça.

O céu não clareou, mas o cinza forte foi diminuindo, deixando as coisas mais claras e então Davis olhou para cima de uma árvore, uma simples chave só que de ouro que reluzia sem parar.

– Eu já volto! - Disse Davis, mas mesmo assim para ter segurança V-mon foi ao seu lado.

Enquanto Davis subia, em poucos segundos BlackMetalGreymon se viu em uma grande enrascada.

– Granade Storm! - Atacou Cannondramon, várias bombas foram disparadas em direção de BlackMetalGreymon.

– Sétima Fantasia! - Atacou Lotusmon, disparando um raio com sete cores de seu mastro em forma de flor acertando BlackMetalGreymon ao mesmo tempo que o ataque de Cannondramon.

A poeira na praia se ergueu novamente, só que dessa vez, veio muito vento acompanhado da costa marítima, o que deixou os digiescolhidos sem conseguir ver nada e por fim, quando já estava quase baixo, Pyokomon e Upamon apareceram deitados e os dados de BlackMetalGreymon flutuarem.

Enquanto isso...

Davis subia a montanha até que por fim encontrou a mata densa, entrou e depois que viu a beira, foi até ela, faltava pouco, foi caminhando, caminhando a chave estava logo ali, a árvore estava cada vez mais perto.

– Só mais um pouco V-mon. - Disse Davis.

– Certo, eu já estou indo. - Disse V-mon.

– Onde vocês acham que vão? - Perguntou Lucemon.

Pegasusmon olhava a moça que estava ao seu lado, seus cabelos descoloridos em um branco reluzente, claro, o jardim tinha milhares de digiovos e as nuvens no céu eram brilhantes.

– Vejo que vocês não cumpriram a promessa. - Disse a garota.

– Kiara, você não entende, ninguém prometeu aquilo, só por que eles nos organizaram...

– Eles disseram para o Mundo Humano ser destruído, por que os digiescolhidos não foram destruídos? - Perguntou Kiara.

– Você não sabe? Se acabar o Mundo Humano e os digiescolhidos, como vão ficar os outros mundos e os submundos? E o Digimundo!?

– Era uma ordem e ordens têm que serem cumpridas. - Disse Kiara, apertou o primeiro botão.

– Dobermon mega-digivolve para Anubismon!

– Destrua-o!