A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 8
Capítulo 7 - Witchcraft


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas *w* nesse capitulo eu coloquei alguns feitiços de minha autoria, tudo bem? boa leitura ^-^



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- Xeque-mate – anunciei com um sorriso presunçoso nos lábios.

- Minhas congratulações – disse Tom Riddle educadamente afastando o tabuleiro de xadrez que estava entre nós – Um acumulo de três vitórias seguidas está bom para você?

- Excelente – respondi – Vou ignorar o fato de que você me deixou ganhar, tudo bem?

Riddle não negou, apenas abriu um sorriso e levantou seus olhos para mim. O mal era encantador por trás daquele olhar.

- Você me pegou – confessou ele sem um pingo de ressentimento – Como fui descoberto?

- Alguém me contou sobre suas medalhas das competições de xadrez – dei de ombros.

- E esse suposto alguém seria nomeado por...?

- Malfoy – respondi.

- Ah, meu caro Abraxas... – Tom balançou a cabeça – Não sabia que vocês dois andavam conversando. – Riddle disse de forma tão convincente que eu quase fui obrigada a acreditar. Quase. Claro que Abraxas falava comigo a pedido de Riddle, digo, as ordens de Riddle.

- Ele só está sendo legal... Diferente de toda a Sonserina. – a grande verdade era que os velhos hábitos nunca mudam, e o fato de eu ser nascida trouxa, ou o suposto fato disso, me levou a ser a garota menos aceita na Sonserina da história. Embora houvesse o pequeno incidente onde eu sem querer colocara toda a escola a par de uma “desconhecida” habilidade ofidioglota. Isso diminuíra pela metade os insultos e azarações dirigidos a mim. E andar com Riddle tinha suas vantagens, assim como ser vista jogando xadrez com ele, as pessoas pareciam o temer e não ousariam mexer com alguém que o próprio Riddle respeitava, mas isso não fazia eles serem legais comigo, nem um pouco.

- Não de toda – corrigiu ele – As irmãs Black te acolheram formidavelmente – ele queria dizer Dorea e Cass.

- Elas são legais. – encolhi os ombros.

- Quanto a mim? – bom, eu estava esperando esse momento chegar.

- Me perguntou por que se deu ao trabalho de me defender e acusar suas amigas – confessei.

- Não são minhas amigas – não, claro que não, eram suas aliadas.

- Mas...?

- Mas você tem algo no qual eu me interesso, devo confessar.

- Que seria?

- Veja bem, Annabelly, quando cheguei a Hogwarts eu mal sabia que era um bruxo. Mal sabia quem eram meus familiares, e sozinho descobri coisas bastantes convenientes de mim mesmo, das quais eu não fazia ideia.

- Explique melhor.

- Sabe quantos bruxos são ofidioglotas por aqui? – dei de ombros, como se não soubesse.

- Dois – respondeu ele - Eu e você.

- Ainda não entendi.

- Salazar Slytherin era o único ofidioglota de sua época. E a herança de poder se comunicar, e controlar as cobras foram passadas apenas para seus descendentes.

Ótimo. Tom Riddle sabia somar dois mais dois. Ótimo mesmo.

- Impossível! – respondi – Não volte a pensar uma coisa dessas, meus pais eram trouxas Riddle, apenas isso.

- Não há outra explicação. Você pode muito bem ter sido adotada Annabelly.

- Eles me contariam – tudo bem, o que eu estava dizendo?

- Por favor – bufou Tom – Quais são as chances de eu estar errado?

- Tom...

- Não sou apenas eu que acha isso Annabelly. Toda a escola também pensa o mesmo, inclusive o diretor Dippet. Soube que ele até abriu um processo para pesquisar mais sua vida e descobrir suas origens.

- O QUÊ? – exasperei me levantando – Não... Não, isso não!

- Qual o problema? – indagou Riddle se levantando, alguns olhos nos fitavam pelo Salão Comunal, mas Tom parecia não se importar com eles.

- Isso é exagero!

- Você é uma descendente de Salazar Slytherin – afirmou Riddle.

A onde estava minha máscara quando eu precisava dela? E meu disfarce? Eu queria correr, me enfiar no primeiro buraco que aparecesse e me enterrar, pois aquilo não estava certo.

- Por isso você se interessou... Em me ajudar... – não estava na cara Annabelly? Sim, eu sabia que ele tinha algum interesse em mim por algum motivo, mas pensei que ele queria... Não sei, qualquer coisa, menos jogar em minha cara que ele sabia quem eu era, em parte.

- Você não vê o quanto temos em comum? – Por um momento eu cogitava a possibilidade de acabar o que viera fazer agora mesmo, me esconder em algum lugar e esperar que o vira–tempo de Richard me levasse de volta ao futuro em alguns meses, mas sua pergunta me desconsertara, e eu não fazia ideia do que estava ouvindo.

- O que? – minha voz falhou.

- Annabelly – disse Riddle calmamente segurando minhas mãos e me fazendo sentar de volta no tapete de veludo verde – Veja bem, ambos somos órfãos, mal sabíamos do nosso passado, em Hogwarts descobrimos que somos muito mais do que parecemos ser. Somos parentes por sangue Annabelly.

- E se formos? Não vai fazer diferença alguma em nossas vidas – contestei.

- Claro que vai... Mas isso não é um assunto a se tratar agora, depois de você digerir e pensar bem nisso... Digamos que tem algo maior a sua espera.

- Tom, Belly – cumprimentou uma conhecida voz se jogando em cima do sofá de couro ao qual nos encostávamos.

- Tenho que... – Tom se interrompeu – Cumprir meus deveres de monitor. Abraxas lhe fará companhia a ela, certo? – Tom se levantou, e cordialmente vez uma mesura com a cabeça. Quão cavalheiro ele era.

- Tenho treino de quadribol – contestou Abraxas, mas Tom já não o ouvira, ou ao menos fingia isso – Ótimo – murmurou o loiro passando a mão por entre os cabelos de forma a bagunçá–los.

- Você não é obrigado a me fazer companhia, sabe disso – falei arrumando as peças e desmontando o tabuleiro.

- Não? – perguntou ele soltando uma risada – Tudo bem... Se importa de ir ao campo de quadribol comigo?

- Na verdade sim... – murmurei sem prestar muita atenção enquanto uma ideia me ocorria. Eu não tinha lá muito tempo para conseguir cumprir meu objetivo, e talvez, só talvez um plano estivesse se formando em minha mente. Mas ele ainda estava bruto e precisava ser moldado – Tenho coisas a fazer – expliquei.

- Que pena, pois você vai comigo – retrucou ele se levantando e me olhando de cima.

- Tom pode mandar em você. Mas nem você e nem ele mandam em mim. – retruquei me levantando. Abraxas abriu um sorriso que formou covinhas em suas bochechas.

- Você tem um gênio forte... Entendo porque Tom se interessa em você.


Dorea andava de um lado para o outro no dormitório, procurando o que quer que fosse. Cassiopeia já dormia, e pelo visto, sonhava, murmurava coisas inteligíveis.

- Dorea?

- Hm? – perguntou se enfiando dentro do closet e jogando várias vestes para fora.

- Tudo certo aí?

- Certo... Dorea?

- Fala Belly – disse ela colocando a cabeça para fora do closet

- Você também acha que eu sou herdeira de Salazar? – por favor, não, por favor, não, por favor, não.

- Não – respondeu ela caminhando até sua cama e se sentando.

- É que...

- Eu sei – disse ela – Mas Belly, e se for? Tudo bem, qualquer um de nós aqui pode ser, afinal ele viveu há mil anos. Apenas não deixe isso te incomodar, certo?

- Certo. – concordei agradecida.

- O que é isso? – perguntou ela apontando para o vira–tempo enfeitiçado em minhas mãos.

- Uma lembrança. – dei de ombros o apertando firme entre os dedos. A cada dia que se passava, a saudade de casa aumentava. Às vezes eu fitava a areia correndo tão lentamente pelo vira–tempo que eu mal tinha certeza de que ela corria. Mas já havia se passado mais de um mês, o tempo estava indo, e eu ainda não sabia como lidar com Riddle.

Eu poderia matá-lo, mas e seus seguidores? Seriam capazes de conseguir sozinhos? Deveria haver uma forma, primeiro destruir eles, deixar Riddle sozinho, e aí sim acabar com ele. Mas era muita coisa para se fazer, muita coisa para se pensar.

Naquela noite, pela primeira vez eu sonhara com Teddy. Ele estendia as mãos para mim, mas eu não conseguia alcançá-las. Algo me puxava, impedindo-me de chegar a Teddy. Tom me puxava.


Não havia muitos alunos do sétimo ano que prestavam NIEM's para Defesa Contra as Artes das Trevas. Esse fato favorecia a elaboração das aulas pela professora Merrythought. Ela gostava te ensinar seus alunos de forma prática, não só teórica, e isso a tornara uma das professoras preferidas não só dos alunos do sétimo ano, como principalmente os da Sonserina. E quando digo os da Sonserina, quero dizer Tom Riddle e seus seguidores.

- Bom dia a todos – professora Merrythought disse – Resolvi colocar em prática todos os feitiços de defesas que apreendemos em sala de aula em formas de duelo. Quero que formem pares, vamos ver o que vocês realmente sabem.

Acabei terminando em uma dupla com Druella. Isso não era nada legal.

- Vocês sabem todas as regras, não pode feitiços permanentes ou prejudiciais, somente desativar seu único adversário. Pela primeira rodada, vocês vão duelar no mesmo tempo. Na contagem de três. Um ... dois ... três! – Merrythought bradou.

Não foi fácil conseguir desarmar Druella, ela bloqueava um feitiço em primeiro lugar, e logo falhou em um Estupefaça,no qual ela não foi difícil se esquivar. Os olhos de Druella diziam o que ela não podia falar. Por ela, eu estaria de joelhos gritando sobre um Crucio.

Do outro lado da sala, Tom Riddle tinha abatido Abraxas com um impedimenta, logo usou um Accio na varinha de Malfoy. Por um momento a atenção que eu deixei sobre Riddle me custara um Accio, mas que no último segundo consegui bloquear e usar o Expelliarmus. Era fácil demais. No meu quarto ano eu praticava duelos mais acirrados.

Foi um duelo muito curto. No segundo ataque, Malfoy lançou um feitiço de sufocar em Riddle.

Hora de trocar de dupla. Não foi surpresa alguma Tom ocupar o lugar que fora de Druella.

- Um, dois, três! – bradou a professora.

Tom sorriu, ele sempre sorria. Por um segundo me perdi em seu sorriso e mal consegui murmura Protego contra um feitiço que ele disparara.

Não era surpresa saber que Riddle era mestre em feitiços silencioso. Mas eu era capaz de responder a altura. Um por um, os alunos foram percebendo. Um duelo silencioso não era algo que se via todos os dias. Logo a sala estava em silêncio, apenas os estalos que os feitiços liberavam ao cortar o ar eram audíveis.

Depois de vários feitiços bloqueados, Tom conseguiu apanhar minha varinha, me tirando toda a defesa. Devo ter apresentado ficar tão surpresa quanto o Tom quando Dorea me jogou sua varinha. Sim, ela odiava Riddle tão silenciosamente como eu.

Ele não gostou disso, nem um pouco. E pela primeira vez ali não vi rosto de Tom, mas sim de Lord Voldemort, o rosto que inspira medo. Tom tinha um ar assassino, os olhos brilhando com um sorriso maligno. Por um momento realmente pensei em terminar o que viera fazer. Eu poderia fazer a coisa toda parecer acidente. Poderia dar um fim a tudo que ele começara bem ali, com a varinha de Dorea.

- Comsumption skuggar! – gritei. Uma luz azul escura saiu da varinha, mas antes de atingir Tom, ele gritou.

- Autem mortales! – Uma luz amarelo claro saiu de sua varinha e se encontrou com o raio de luz azul que saíra da minha, fazendo ambas se colidirem e explodirem no ar. Agora não eram mais feitiços silenciosos e simples.

- Denique aciparentium!

- Lessiun balastes.– contrapôs Riddle.

- CHEGA! – bradou a professora. Tanto eu, quanto Riddle ofegávamos. Seu rosto não transmitia alguma emoção ou qualquer informação, e eu poderia jurar que por dentro ele se contorcia por não conseguir extrair nada de meu rosto ou minha mente – Dispensados. – anunciou a professora.

Joguei a varinha de Dorea de volta para ela, e Riddle jogou a minha bruscamente em minha direção. Os alunos iam saindo em silêncio da sala quando a professora disse:

- Riddle, Tonks. Vocês ficam.

Depois de todos saírem ela fitou cada um por um momento antes de começar a falar.

- Os feitiços que vocês estavam usando eram feitiços das Trevas. Não ouso imaginar onde aprenderam, muito menos você senhorita Tonks. Nunca, em todos esses anos vi algo assim em sala de aula. Eu realmente espero que tenham uma boa explicação a oferecer ao diretor.



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Notas finais do capítulo

ficaram paias os feitiços, mas não julguem isso, pf. E bom, pessoas tem me perguntado: "E o Teddy?" então pra geral saber, já adianto que ele terá uma boa participação nos capitulos que estão por vir, ok?