A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 9
Capítulo 8 - Chipped


Notas iniciais do capítulo

A minha diva ((minha, só minha)) H_S fez uma recomendação, super fofa, então um muito obrigada ela, de verdade, eu amei muito, obrigada ♥ Desculpe pela demora pessoal, mas tanto eu, quanto a Natália [beta] estamos bem enroladas ultimamente, mas enfim, eis o capitulo.



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Eu não sabia se eu estava certa ou errada, mas eu tinha quase certeza de que Tom Riddle nunca, em todos seus sete anos em Hogwarts, pegara uma detenção. Talvez isso justificasse seus constantes olhares assassinos dirigidos a mim, eu mal imaginava os tipos de tortura que ele estava imaginando contra mim nesse exato momento.

A professora Merrythought nos dera um grande sermão antes de nos fazer passar pelo diretor Dippet e nos jogar na enorme sala de troféus, para limpar todos os troféus, medalhes e prêmios que a escola recebera, que professores receberam e que alunos receberam. Hogwarts já atuava há mais de mil anos no mercado, era de imaginar o quanto de troféus e afins que teríamos de limpar.

- Tom Riddle, serviços especiais prestados à escola. – li em voz alta um troféu que segurava em minhas mãos. – Uau, quem diria que Riddle é bonzinho, ajudando Hogwarts.

Tom se virou para mim, e fitou o troféu por um segundo em minhas mãos, antes de bufar.

- Não é grande coisa.

- Não, com certeza não – respondi, ao que eu sabia não fora um prêmio tão merecido, era o prêmio por Riddle ter revelado qual era o monstro da Câmera Secreta, e quem foi que o comandava. Mas não era uma aranha, e muito menos era Hagrid.

- Você irá me contar a verdade ou terei de arrancá-la a força? – perguntou Riddle para minha surpresa. Não esperava que ele fosse tão direto.

- Que verdade seria essa?

- Nem Abraxas que é sangue puro e estuda magia antes mesmo de eu saber que ela existia, conhece os feitiços que você mostrou ter conhecimento hoje. – Tom Riddle se virou para mim – Você já provou mais de uma vez que é tudo, menos nascida trouxa, pois bem AnnaBelly quero ouvir a verdade.

Por um momento eu não sabia o que falar, não havia como negar, Tom me pegara com a boca na botija e não me deixaria em paz até eu confessar a verdade a ele, não duvidava que ele poderia até usar seus métodos preferidos para isso.

- O fato de você estar usando Oclumência constantemente para me impedir de entrar em sua mente só aumenta minhas certezas.

Pega outra vez.

- Quem é você AnnaBelly, uma auror infiltrada? Dumbledore te mandou nos vigiar? – não pude deixar de notar o nos em sua frase, e só continuei ao ouví-lo. – Você conseguiu passar por provas das quais teve apenas dois dias para estudar, enquanto alunos que tiveram sete anos para estudar não passam. Você duelou usando feitiços das Trevas, que bruxos passam a vida inteira sem ter conhecimento deles. O que você faz aqui?

Eu não sabia como, mas eu tinha a certeza de que ele saberia se eu estivesse mentindo, embora não tivesse a certeza de como ele agiria diante disso.

- Estou procurando destruir um bruxo que se entregou à arte das trevas – confessei.

- Por quê?

- Ele machucou pessoas que amo. – respondi com a imagem de Teddy em coma na cabeça.

- Gerardo Grindelwald? – sugeriu Riddle, e eu nem ao menos me lembrava de que em 45 Gerardo era considerado o maior bruxo das Trevas de todo tempo, vulgo arqui-inimigo de Dumbledore. Não respondi, não iria mentir, não poderia arriscar que ele me pegasse na mentira, mas não foi preciso mentir. Nos olhos de Riddle vi que ele decidira que eu estava dizendo a verdade, mas eu realmente estava. A diferença era que eu não estava atrás de Gerardo e sim do próprio Riddle. – Por que aqui em Hogwarts?

- Preciso estar preparada para quando a hora chegar, não há melhor lugar para isso do que aqui. – admiti.

- Você tem razão. E é esperta.

- Quem são seus pais de verdade? Afinal, duvido que seja filha de trouxas que morreram em um bombardeio de Hitler.

- Eles morreram, mas não em um bombardeio. Eu era nova demais para me lembrar deles, mas minha tia me criou.

- E por que esconde isso?

- Quanto a isso, duvido que sou a única a esconder coisas. – admiti. Riddle abriu um sorriso presunçoso.

- Você é esperta. E tem potencial, muito na verdade. Então você não é uma nascida-trouxa. – confirmou ele parecendo falar mais consigo mesmo do que comigo. – Mal me pergunte AnnaBelly, mas qual sua opinião sobre os nascidos trouxas. – abri um enorme sorriso por dentro, essa era a hora de conquistar a confiança de Riddle.

- Sinceramente acho que não são dignos de aprenderem a arte da magia, mas não me julgue por isso.

- Não, longe de mim te julgar. – Riddle se aproximou. – Gostaria de ir a uma pequena reunião entre amigos?

- Se você não for me fazer mais perguntas. – assenti.

- Ótimo.


Abraxas havia me seqüestrado, segundo as palavras dele, de Dorea e Cass no meio de uma acirrada partida de xadrez bruxo. Ele estava muito animado, devido a isso mal consegui discernir o que ele estava falando, era algo sobre saber de “minhas habilidades”, de “saber que isso iria acontecer”, e juro ter ouvido “boas-vindas ao grupo”. Subimos até o sétimo andar, e pelo caminho eu tinha certeza de que iríamos para a Sala Precisa.

Dito e feito, Abraxas segurou minha mão, fechou os olhos. Também fechei os meus, e quando abrimos uma enorme porta trabalhada em madeira clara e detalhes especiais se materializou em nossa frente.

- A Sala Precisa. – anunciou Abraxas ainda segurando minha mão e entrando na sala.

A Sala parecia um covil. Era escura, luzes bruxuleantes formavam sombras confusas e assustadoras pelas paredes. Eu sabia que seria um encontro de Riddle e seus Comensais, sabia sem nem mesmo ninguém falar, eu esperava no máximo ver Riddle, Druella e suas amigas, Abraxas e mais outros amigos. Em suma, eu não espera ver mais de dez pessoas, mas o que eu via ali, era mais de cinquenta. A perplexidade provavelmente se fez estampada em minha cara. Como em seu sétimo ano Riddle já tinha tantos seguidores?

- Estávamos ansiosos. – falou Riddle a ponta da mesa.

- Sente-se ao lado dele. – cochichou Abraxas em meu ouvido, soltando minha mão. Eu tinha vaga consciência de que todos me fitavam, alguns conhecidos, mas em sua maioria completos desconhecidos. Minha maior surpresa foi ver Cassiopeia e Marius em meio dos tantos que estavam ali. Eu dormia ao lado de uma Comensal? Indaguei incrédula.

- Caros companheiros. – começou Riddle. – Não dirijam esse olhares rancorosos para nossa convidada, garanto a vocês que não há motivo. Já devem ter notado o quanto ela é poderosa e valiosa, e que essa história de nascida trouxa é baboseira. Eu digo que suas habilidades são capazes de sobrepor a qualquer um de vocês, e que se ela aceitar incorporar em nossa seita, teríamos uma grande arma.

- Seita? – perguntei.

- Nos chamamos Comensais da Morte, e temos o objetivo de purificar a raça bruxa. – uma coisa impensável passou pela minha cabeça, Riddle fundou os Comensais com o objetivo de purificar a raça bruxa na mesma época em que Hitler começou a guerra para purificar a raça Alemã. Ironia ou coincidência? – Você me deu sua opinião sobre os sangues-ruins, e seria com prazer que vos convidamos para se unir ao nosso pequeno grupo. Tem a escolha de aceitar ou não, se não aceitar, apagaremos sua memória e você esquecerá essa reunião. Se aceitar você terá a chance de crescer aqui dentro, a chance de se tornar mais poderosa do que já é, a chance de ser conhecida, e um dia te agradecerão por ter ajudado o mundo bruxo. Seu nome fará parte da história, e com o tempo, nos tornaremos tão poderosos que não teremos de esconder nossa existência dos trouxas, e sim eles terão de esconder a sua de nós.

Era um fato geral, que todos os bruxos se sentiam incomodados por ter de se esconder dos trouxas e ocultar a existência de nosso mundo. E era um fato geral que muitos gostariam que isso se revertesse, muitos também gostariam de ser reconhecidos.

Seria este o discurso usado por Riddle para converter seus seguidores? Eu não duvidava. Agora, era a hora de começar a por meu plano em ação.

- O que faço para entrar? – indaguei.

- Só diga sim, e o resto deixe conosco que iremos auxiliá-la.

- Tudo bem... Eu aceito.

Riddle abriu um grande sorriso, um a mais para seu grupinho.

Alguém em meio ao grupo soltou uma bufada de escárnio, e mesmo Riddle me fitando ele se virou e soube dizer quem era.

- Algum problema Rosier? – indagou ele fitando Druella.

- Eu tinha confiança em nossa seita, acreditava que iríamos longe, mas veja só quem veio fazer parte, isso com certeza é des... des... – Druella se engasgou e começou a tossir desesperadamente, seus olhos começaram a lacrimejar, e mesmo na pouco luz era possivel ver seu rosto adquirir um tom vermelho. Lysandra que estava ao lado se colocou a ajudar, mas logo parou:

- Deixe-a – ordenou Tom, e assentindo Lysandra voltou ao seu lugar – Ousa se rebelar contra minhas ações, Rosier? – perguntou ele, era visível a agonia no rosto de Druella que já não tinha ar em seus pulmões – Aceitarei suas desculpas assim que pedir.

- P... Pe... Perrrdão – pediu Druella, e no mesmo momento pareceu desengasgar.

- Alguém mais tem algo para me contradizer?

Ninguém respondeu.

- Pois bem, Abraxas pode a acompanhar de volta? Tenho ainda pendências aqui.

Abraxas se levantou e fez uma mesura antes de caminhar até a porta. Resolvi imitar seus gestos, me levantando, fazendo uma mesura e indo até a porta.

Eu conseguira conquistar o mínimo da confiança de Riddle, e agora estava completamente infiltrada. O primeiro passo para destruição de Riddle começara.

- Você foi bem – admitiu Abraxas quando já tínhamos saído da sala.

- Acho que sim.

- Não, você com certeza foi bem. Normalmente as pessoas correm atrás de Tom para entrar, e ainda precisam provar sua lealdade. Ele a convidou diante de todos, isso nunca aconteceu.

- Fico surpresa...

- Eu também.

- O que terei de fazer?

- Ele irá marcá-la – disse ele me puxando para um canto e levantando a blusa para mostrar a tatuagem em forma de caveira e cobra. Engoli em seco – É a ferro, mas você aguenta.

Abraxas se jogou no sofá do Salão Comunal da Sonserina, eu fui direto para o quarto.

Ele estava vazio, Cass estava com os outros Comensais e Dorea provavelmente estava agarrando o Potter.

Como ele poderia me marcar como Comensal? Me joguei na cama. Há anos eu já fora marcada. Como eu iria explicar isso?

- Você já era AnnaBelly – falei a mim mesma.



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Notas finais do capítulo

Bem o próximo capitulo já esta pronto, eu realmente acho que ele está melhor, muito melhor, devo postar no inicio do mês, tem de revisar e tals, e eu já disse, Natália ta tão enrolada quanto eu também, então se demorar um pouco vocês já sabem, escola está comprimindo a gente, é. De qualquer jeito, eu esperto que tenha gostado do capitulo. A Belly se enrolando cada vez mais, coitada. Espero reviews *-* besos.