A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 24
Capítulo 22 - Utopian dream


Notas iniciais do capítulo

Notas finais importantíssimas!
Capítulo não betado, substituo ele logo.
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*Capítulo substituído 29/11.



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         – Eu diria que você está vacilando. – comentou Tom presunçoso. – E diria que você pensou em tudo, menos no mais importante. Então me diga Annabelly Marvolo Lestrange, o que vai ser? –          Riddle levantou uma das sobrancelhas e logo levantou o indicador, como se pedisse para que eu escutasse o som.

         Os Comensais de Riddle estavam a caminho, estavam apenas lidando com o empecilho de conseguir pronunciar a ordem em ofioglossia para que a passagem se abrisse.

         – Sabe Annabelly, você mudou. Pude ver quem você foi e o que você fez, você realmente mudou e isso é no mínimo triste, porque já vi você em ação e você tinha potencial de ser muito mais do que isso.

         – Mudei. Mudei muito. Às vezes sinto falta de quem eu era, mas outras vezes acho que foi um alívio. Você deveria se dar a chance de mudar também Tom... Eu juro que não queria fazer isso, afinal, você é meu pai, mas você pode mudar e ser conhecido por uma boa coisa, afinal. – falei por fim, sem saber o motivo.

         Tom soltou uma gargalhada.

         – Sério Annabelly? – ele balançou a cabeça. – Vamos acabar logo com isso, você decide quem vive e quem morre, seja no presente, no passado ou no futuro.

         E foi o suficiente para eu estourar.

         – Você ao menos se importa? – perguntei. – Se importa com alguma coisa?

         – Na verdade não, mas fico feliz de você ter vindo me avisar, e quando eu pensar em ter filhos eu reconsidere essa ideia. Você me matando ou não eu vou garantir que você não nasça nesse mundo.

         O barulho de uma explosão ao longe indicou que seus Comensais haviam conseguido atravessar a barreira para penetrar diretamente na Câmera Secreta e o sorriso astuto de          Riddle se tornou mais presunçoso ainda.

         – Tic-tac. – fez Tom Riddle.

O que eu estava esperando? Por que eu não conseguia o matar? Era tão simples, tão fácil, tão necessário.

         Por fim os passos dos Comensais indicavam que eles estavam bem próximos a nós, e que eu teria de encarar todos eles sozinhos, por reflexo baixei minha varinha para a varinha de Tom Riddle e aticei para dentro da água.

Tom pareceu não se importar e a água a nossa volta começou a oscilar cada vez mais violenta.

         – Fique calmo, descanse, durma, quando acordar terei um banquete para você. – ordenou Tom Riddle a seu monstro imerso na água. Fiquei agradecida por isso, afinal, eu não conseguiria lutar com um bando de Comensais e um monstro de milhares de anos ao mesmo tempo.

         – Vocês demoraram. – censurou Tom, e através das sombras, uma dezena de pessoas materializaram a nossa frente. Mas o sorriso presunçoso de Tom desapareceu, aqueles não eram seus Comensais, mas sim aminha Ordem.

         – Desculpa a demora Belly. – pediu Minnie a frente de todos os membros parciais da Ordem e eu nunca ficara tão feliz de ver aqueles rostos. Charlus Potter, Dorea Black, Septimus Weasley, Gregorius R. Lupin, Otto Wood, Augusta Longbottom, Muriel Prewett.

         Meu coração vacilou quando os vi parado as minhas costas. Não éramos muitos, é verdade, mas eles estavam ali por mim. Eu não fazia ideia se eles tinham noção do perigo que estavam enfrentando, mas eu sabia que a partir daquele momento o mal Tom Riddle estava começando a ser combatido.

         Ofegante, Comensais chegaram com varinhas às mãos logo atrás da Ordem.

         – O que estão esperando? – perguntou Riddle de forma casual, como se não fossemos começar um duelo.

         E havia cinco comensais, talvez seis, para cada membro da Ordem, incluindo eu. E cinco foi o número que veio para cima de mim, enquanto Tom caminhava calmamente em direção a sua varinha, disposto a recuperá-la.

         – Ela é minha! – berrou Druella com sua voz esguichada, sem olhar para os outros a sua volta.         – Vão se divertir com o resto.

         Cassiopeia rosnou para Druella, e se recusou a sair de seu lado.

         – Quero minha vingança tanto quanto você. – justificou ela com duas navalhas em punho.

         – Vingança? Por ter divido o quarto com ela? Por favor. – bufou Druella.

         Isso levou as duas a iniciar uma discussão sem fundamento algum, o que me deu a oportunidade perfeita para petrificá-las ali mesmo.

         Olhei para os lados tentando encontrar Riddle, mas antes que pudesse encontrá-lo vi Minerva duelando com Abraxas, Avery e Cygnuss, ela realmente estava em desvantagem contra aqueles três.

         – Estupefaça! – ordenei direto para Avery que voou para a água que nos cercava.

Isso distraiu Abraxas e Cygnuss mas com rápidos movimentos Minnie os desarmou se aproveitando disso, e logo pude petrificá-los ali. Minnie estava pronta para correr para auxiliar os demais, quando segurei seu braço.

         – Professora McGonagall, me ouça. – falei alto para que ela pudesse me entender, por um momento ela me fitou confusa, mas logo pareceu entender. – Há um diário, está Hogwarts, nas coisas de Riddle, essa é a primeira Horcrux. Há o diadema perdido de Ravenclaw que será escondido na Sala Precisa. Uma taça Hufflepuff, que será escondido no cofre de minha mãe...         Mas por enquanto ele é herança de alguma descendente de Hufflepuff ou algo assim. O medalhão de Slytherin que está à venda em algum lugar da Travessa do Tranco. E outras duas que você não poderá destruir, mas você entendeu?

         Minerva assentiu.

         – Diga que entendeu Minnie, diga que vai destruir.

         Minnie engoliu e falou um tom mais alto:

         – Eu entendi Annabelly, prometo fazer o possível e o impossível.

         – Lestrange! – trovejou Tom Riddle se materializando as minhas costas.

         Enquanto me virava para encará-lo, seus Comensais instantaneamente pararam de duelar, e assim também fizeram os membros da Ordem.

         – Você é uma covarde. – falou ele. – Eu estava desarmado, eu não possuía ajuda, e você hesitou. Acha que haverá outra oportunidade?

         Apertei a varinha entre os dedos, e a apontei diretamente pra Riddle.

         – Não haverá outra chance. – avisou ele. – Porque eu não permitirei que você viva para que a consiga.Avada Kedavra!

         – Expelliarmus!

         Feixe de luz verde contra feixe de luz vermelha, se encontraram violentamente numa explosão no espaço que havia entre nós.

         – Annabelly! – era a voz de Dorea gritando.

         Mas eu não podia desviar a atenção, eu não podia me dar ao luxo de perguntar o que era, eu tinha que conseguir equilibrar ambos os feitiços no ar, ou a maldição de Riddle me atingiria.

         – Annabelly! – Charlus gritou.

         Eu não podia dar ouvidos, mas não conseguia responder isso a ele.

         – Annabelly o portal! – Minnie gritou.

         Foi o suficiente para que eu perdesse a concentração e não conseguisse equilibrar a maldição de Tom para longe. Ele sorriu enquanto o feixe de luz verde se aproximava de mim.

         Os acontecimentos que se seguiram aconteceram em uma sucessão rápida demais para que minha consciência conseguisse apurar todos eles de uma vez.

         De repente eu fora jogada para o lado, trombando com o chão,  por um segundo imaginei que a maldição de morte lançada por Tom Riddle havia me acertado, mas fora o contrário. Em um ato de covardia, Charlus acertara Riddle por trás – era considerado covardia intervir em duelos, principalmente quando a vitima não o via se aproximar, mesmo que a vitima no caso fosse Riddle – e Minerva assumira meu lugar, com a varinha apontada para Tom, preparada para aguentar o que quer que ele mandasse a ela que fosse dirigido a mim.

         – Ande Belly. – Dorea estava me puxando pelos braços, numa vã tentativa de que eu ficasse em pé. – Você precisa ir.

         – O que? – balbuciei piscando rápido demais para colocá-la em meu foco.

         – O portal! – exclamou ela.

         Meu coração tamborilava violentamente de encontro ao meu peito, tão forte que chegava a doer, e nesse momento eu percebi que não tinha esperança de um dia voltar para casa, que eu perdera toda a fé dessa possibilidade em algum lugar às escuras de Hogwarts e agora o portal estava ali, há passos de distância.

         Casa significava Teddy, Alice, Cory, Richard, Scorpius, Draco, Astoria, futuro e passado.

         – Annabelly! – quem berrou dessa vez fora Riddle, tirando de meu torpor e devaneios.

         – Belly! – Dorea dera um belo de um tapa em meu rosto para me acordar, minha bochecha formigava. – Ande logo. – suas mãos tremiam sobre as minhas, ela estava com medo.

Olhei em volta e percebi que todos estavam com medo, amigos e inimigos.

Eu tinha de ajudá-los, afinal eu os metera nessa.

O vira-tempo queimava de encontro minha pele, não como das outras vezes como já queimara, mas de uma forma quase insuportável que apenas se comparava à dor que a marca negra causava em meu braço.

         – Eu não posso... – murmurei por fim, levando a mão direita até o vira-tempo.

         – Lestrange! – um raio verde brilhara em minha direção, mas fora interrompido por um feitiço de Minerva.

         – Claro que pode, você deve! Você fez o que devia ter feito aqui, agora deixe por nossa conta e aproveite sua vida depois de arriscá-la tanto.

         Olhei para Dorea, um sorriso se encontrava em seus lábios.

         – Obrigada por ter sido minha amiga. – agradeceu ela.

Assenti.

         – Despeça dos outros por mim. – falei conseguindo me levantar, finalmente.

Dorea abriu a boca para responder, mas tudo o que saiu dela foi um grito que chegou mudo aos meus ouvidos.

         De repente o vira-tempo parou de queimar, e olhando para ele vi que a toda areia havia caído, e assim como o vira-tempo, o próprio tempo parou. Minhas pernas fraquejaram e de novo fui ao chão.

         Sabe quando você mergulha, o mais fundo que consegue em uma piscina ou lago e de repente você já não consegue se ouvir, ou ouvir o que falam com você mesmo sabendo que estão falando? Eu estava assim.

         Dorea se ajoelhou ao meu lado, com a vista embaçada podia ver seus lábios se mexendo sobre meu rosto, logo o rosto de Augusta estava ao lado dele, Dorea colocou as mãos sobre meu peito enquanto falava comigo, logo as levou ao meu rosto para tirar mexas de cabelo que estavam soltas nele, mas o que era aquilo em suas mãos, sangue?

          “O que está acontecendo?” eu queria perguntar, mas a voz não saia.

         De repente não era só a voz que não saia, mas o ar também já não entrava, e logo minha mente foi se afastando. Quando tudo já estava escuro que tomei a vaga consciência de quem estava perdendo a batalha, o portal e talvez a vida.

         Queria abrir os olhos e protestar quanto a isso, mas eu não conseguia e logo o sopro de consciência que ainda restava em mim se foi em uma lufada.




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Notas finais do capítulo

E o que aconteceu com a Belly? MUAHAHAHA. Bom pessoal, muito feliz por vocês estarem comentando. Eu terminei de escrever o epilogo ontem, se vocês continuarem comentando assim eu posso postar o último capítulo e o epílogo essa semana ainda! E bom, ainda da tempo de mudar algo se alguém me soltar uma super ideia nos comentários e tals, e eu queria saber o que vocês esperam do fim, por isso não deixem de comentar, viu? E como está acabando, se alguém quiser recomendar me fazendo super feliz, eu fico feliz -q kk beijão.