A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 19
Capítulo 17 - I want to help you


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, o capítulo ainda não está betado, pois ainda não falei com a natália, mas assim que ela me mandar o capítulo betado eu substituo aqui, por isso relevem quaisquer erros ortográficos. Fiquei muito feliz com a aprovação do último capítulo, então obrigada a todos que comentaram (:
*CAPÍTULO RESPOSTADO.



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No café da manhã fui saudada com uma edição d'O Profeta Diário vindo das mãos de um       Tom Riddle bastante frustrado em um dos corredores das masmorras.

      A capa da edição em suas mãos estava enfeitada com uma enorme manchete com o título de “Gellert Grindelwald é preso por Albus Dumbledore na própria prisão, Nurmengard”

      - Sinto muito – falei por falar, imaginando que era isso que Riddle queria ouvir. Afinal,      Grindelwald era o maior bruxo das trevas de todos os tempos até 1945, um exemplo para Tom se espelhar.

      - Não sente. – rebateu ele puxando o jornal de minhas mãos. – Lembra o que me contou quando dividimos uma detenção?  

      Minha cabeça latejava, devido à noite não dormida, mas ela doeu mais ainda quando me esforcei para me lembrar do que Tom falava.  Tive de buscar um tanto afundo na memória, em um de meus primeiros dias de estadia nesse tempo do passado que agora era meu presente.            Foi após minha primeira aula de Defesa Contra Artes das Trevas, em que eu e Tom duelamos com feitiços proibidos e fomos mandados para uma detenção, tendo de passar uma boa e longa tarde limpando troféus, quando Tom me pressionou contra a parede me fazendo inventar outra mentira, de que a verdadeira razão de eu ter vindo para Hogwarts era para aprender o suficiente para me vingar de Gellert Grindelwald que supostamente matara meus pais. Eu havia me esquecido completamente disso, pois nunca mais pensara no assunto.

      - Não vou comemorar na sua frente. – falei, tentando passar por Riddle para seguir para o       Salão Principal, na esperança de que um bom café da manhã pudesse repor minhas forças e aliviasse minhas dores.

      - O fato é que: – começou Tom se colocando novamente em meu caminho. – destruímos uma vila trouxa, dezoito pessoas foram mortas. Desde o primeiro ataque dos meus Comensais eu sempre esperei uma mísera matéria nesse maldito jornal, mas o Ministério sempre nos ignorou. Embora eu tenha certeza de que sempre abafaram ou jogaram a culpa para cima de Gellert.

      De tudo que Tom estava falando, a única coisa que ficara na minha cabeça era o número.      Dezoito pessoas foram mortas, ele dissera, e eu tinha certeza que metade ou mais desse número fora por mim.

      - Dumbledore pegou Gellert há três dias, atacamos há dois. Eu consegui conjurar nossa marca, consegui criar a maldição, para ter certeza que o Ministério soubesse que não fora Gellert. – Tom se referia ao bruxo das trevas pelo primeiro nome, como se fosse alguém muito próximo e íntimo de sua pessoa. – Mas eles abafaram.

      - Uma hora não vão poder ignorar. – Falei. Riddle me olhou, parecendo que agora era a primeira vez que me via de verdade desde que jogara o jornal em minha cara.

      - Não. – murmurou ele. – Não vão. – suas palavras soaram um tanto sombrias em meus ouvidos, e Riddle me deu passagem.

      A mesa da Sonserina estava tomada por um silêncio mais frio que o habitual, enquanto na mesa das outras casas uma espécie de comemoração estava sendo levantada. Charlus Potter e       Septimus Weasley conjuraram bandeiras com a face de Albus Dumbledore estampadas que pendiam do teto.

      Antes de sair do Salão Principal, Abraxas incendiou discretamente uma das bandeiras, o que causou um pequeno alvoroço e colocou um fim temporário na comemoração por um tempo curto demais.

      No primeiro tempo, na aula de História da Magia, professor Binns estava um tanto excitado demais para conseguir explicar a matéria, ele apenas conseguia dizer: “Gravem bem essa data crianças, para contar para seus filhos e netos, gravem bem.” “Dumbledore, grande bruxo Albus Dumbledore, ele será lembrado eternamente por isso” “Ah... Esses bruxos das trevas, todos se acham imortais, mas uma vez a cada geração aparece um bruxo como Dumbledore para colocá-los no lugar. Porém, acho que não teremos mais nenhum bruxo assim, como foi Grindelwald.”

      No segundo tempo na aula de poções, o roliço professor Slughorn presenteou a todos com pontos extras:

      - Vejo umas carinhas um tanto descontentes. – disse ele, olhando diretamente para Tom Riddle e seu grupo. – Pontos para que todos possam comemorar por algo!

      Porém, quando saímos da sala Charlus disse uma sentença alta e em bom som, fazendo com que vários olhos se voltassem para ele.

      - Nenhum bruxo é páreo para Dumbledore, não senhor. Quero ver qual vai ser o próximo que vai ousar desafiá-lo.  

      - Ninguém vai desafiá-lo. – assegurou Dorea entrelaçando suas mãos. – Não depois do que houve com Grindelwald, não há bruxo mais poderoso que ele, e ainda assim Dumbledore o derrotou.

      - Havia. – corrigiu Minnie. – Mas temo que apareça outro mais rápido do que imaginamos. – e posso jurar que vi o olhar de Minerva se cruzar com o meu e passar por Riddle por um momento. Eu me perguntava se ela havia contado meu segredo para alguém, e amaldiçoava a mim mesma por tê-la deixado impune depois de extrair todos meus segredos.

      Após o almoço fomos liberados de qualquer atividade que estivesse planejada para o dia. Já que todo o corpo docente precisou abandonar o interior do castelo para despachar os repórteres do Profeta Diário que queriam entrevistas sobre Dumbledore e com o próprio.      Alguns professores como Horácio Slughorn não conseguiu se segurar e se esgueirou pelos portões do castelo para ser fotografado e falar de uma relação muito amigável que mantinha com Dumbledore.

      Próximo as masmorras algumas crianças do primeiro ano se divertiam falando de Dumbledore com orgulho e de Grindelwald com escárnio.

      Cygnuss queria amaldiçoá-las, e o teria feito se não fosse por Riddle.

      - Deixe-as. – ordenou Tom.

      - Mas Milorde... – começou Cygnuss a contestar.

      - Vocês têm de aprender a não me contradizer. Você acha certo quando os Comensais que eu mesmo criei e instruí me contradizem Annabelly?

      Eu levei alguns segundos mais que o necessário para entender que Riddle estava falando comigo. O grupo de Comensais da Morte que o seguia me fitava, e fora Abraxas, nenhum fitava amistosamente.

      - Não Milorde. – respondi.

      - Exatamente. Vou ter de ensinar boas maneiras a você, Cygnuss. Com certeza isso é influência de sua noiva, Druella.

      Druella fechou as mãos em punho, mas nada disse.

      - Milorde? – chamou Abraxas, baixo demais para que nenhum ouvido alheio o escutasse.

      - Estou ouvindo. – respondeu Tom.

      O resto do grupo havia se dissipado assim que entramos no Salão Comunal da Sonserina, sendo que por qualquer motivo continuei ao lado de Riddle.

      - Acho que devíamos nos reunir. Planejar os próximos passos e discutir de que forma a prisão de Grindelwald vai se refletir na gente. – murmurou o loiro.

      - Meu amigo Abraxas. – Riddle se virou para ele com um grande sorriso. – É exatamente por isso que você é o meu preferido.

      Aquelas palavras pareceram contentar Abraxas, que abriu um grande sorriso que deixou exposto todos seus perfeitos dentes brancos.

      - Aguarde um pouco, certo? Se misture com as outras casas e me traga notícias, mas tarde nos reuniremos.

      Abraxas assentiu e saiu de perto. Continuei seguindo Riddle em silêncio, e passamos por duas colunas de mármore que davam entrada à uma escadaria que levava mais para o fundo das masmorras: o dormitório masculino.

      Apenas uma vez eu tinha estado lá, quando Riddle me convocou perguntando a mim sobre o nome que eu tanto sussurrava ao dormir: Teddy Lupin.

      Entramos em seu dormitório, que estava estranhamente organizado para ser um quarto de homens.

      - Dumbledore não é um santo como todos os vêm. – cuspiu Riddle se despindo da capa e a jogando na cama. – Um tanto injusto foi essa vitória dele sobre Grindelwald, uma vez que já foram melhores amigos, e boatos dizem que até mais do que isso.

      - Já ouvi dizer qualquer coisa assim. – falei sentindo as palmas de minhas mãos começarem a sonhar.

      - Ele conhecia as fraquezas de Grindelwald, e as usou para ganhar dele. – Riddle afrouxou a gravata e massageou as têmporas. – É como diz o ditado, mantenha seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda.

      Riddle andou até mim, que ainda estava parada de mal jeito próxima a porta, me olhando com um olhar sugestivo.

      - É por isso que me mantém por perto? – perguntei, mordendo a língua por não conseguir me segurar.

      - Você é minha inimiga Annabelly? – perguntou ele arqueando as sobrancelhas, e soltou uma fria e sinuosa risada. – Admito que no começo foi por isso que a mantive por perto, eu não sabia quem era você, ainda não sei. Mas você se provou digna de minha confiança.

Sorri incerta, torcendo para que me sorriso não tivesse se tornado uma careta.

      - Fico grata por satisfazê-lo. – aprendi tais maneiras com os outros Comensais, que sempre o respondiam da forma mais submissa possível. Riddle se aproximou mais e passou os dedos de leve em minha bochecha, o anel negro em seu dedo anelar me roubando sua atenção. Uma horcrux. Sempre que prestava atenção nela um fogo se ascendia dentro de mim, e eu me colocava prontamente e automaticamente mais alerta.

      - Você é um enigma Annabelly. – murmurou Tom. Ele estava tão próximo que eu podia sentir o seu hálito. – E como tal, eu adoraria desvendá-la.

      As últimas palavras me pegaram de surpresa, e mais surpresa fiquei quando senti os lábios de Tom Riddle se grudarem aos meus. Eram quentes e macios, mas eu não iria ceder. Ele pressionou seus lábios com mais força contra os meus, mas eu não iria ceder. Eu não iria ceder, eu não poderia ceder. Porém, quando me dei conta, eu percebi que a pressão era forte demais. E não encontrei forças para tirá-lo de cima de mim, então eu cedi. Deixei que encaixassem suas mãos em minha cintura e abri os lábios em um convite. A mão de Riddle subiu por cima de minha blusa enquanto a outra se entrelaçou na minha. Foi um beijo rápido, quente e suave.

      Ainda com uma das mãos entrelaçadas na minha, Riddle se afastou, me fitava nos olhos quando eu abri os meus. Um sorriso brincava em seus lábios, mas antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, ele puxou minha mão que segurava, e a com a mão livre levantou a manga de minha blusa, pressionando a marca negra tatuada em meu braço.

      A marca se contorceu, e eu senti meu braço queimar. Tão insuportável quanto das vezes anteriores meu braço ardeu.

      - Estão nos esperando minha Lady. – disse ele.

      - Eu... – minha mente rodava e eu não encontrava as palavras certas para colocar pra fora. – Eu te encontro lá.

      Cambaleando em meus próprios pés, saí de seu quarto, e logo saí do Salão Comunal. Subi as escadarias para sair das masmorras sem saber para onde seguir, corri para o primeiro lugar onde eu sabia que encontraria ar livre.

      Eu precisava do frio do inverno que estava chegando, e precisava do vento em minha cabeça, para levar as sombras e clarear minhas ideias.

      Meu estômago revirava, e em parte eu sabia que era pela dor que a marca negra me causava, mas também sabia que era pelo que eu acabara de fazer.

      Eu beijei Riddle. Eu beijei Tom Riddle. Eu traí Teddy com um beijo. Um beijo de Riddle. Um beijo de meu pai.

      A ideia era tão nojenta quanto atordoante.

      Saltei no lugar quando senti uma mão em meu ombro.

      - Calma. – pediu a voz. – Sou apenas eu.

      Me virei e dei de cara com Minerva.

      - Não me toque. – pedi, Minnie afastou a mão relutante. – O que você quer?

      - Te ajudar Annabelly. – revirei os olhos.

      - Vá antes que eu faça algo do qual me arrependa. – falei.

      - Apenas mais um arrependimento para sua longa lista. – rebateu Minerva, e aquilo realmente me atingiu. – Annabelly, desculpe. O que eu fiz foi errado, não deveria ter batizado sua bebida... Mas eu quero ajudar. Você viu como todos estão aliviados e felizes pela prisão de       Grindelwald, já imaginou essa sensação de alívio e felicidade permanecer por mais tempo do que irá se tudo que me disse for verdade?

      - Você batizou minha bebida e ainda duvida do que eu disse? – perguntei incrédula.

      - Desculpa, é verdade. Por mais absurda que seja, é tudo verdade. – a última parte Minnie falou mais para si mesma do que para mim. – Deixe-me ajudá-la?

      - Minerva...

      - Annabelly você não tem escolha! Se as coisas continuarem por sua conta como estão, você vai falhar como já está falhando. – sábio, quem disse que a verdade dói.

      - Eu não sei... – murmurei.

      - Deixe me ajudar, certo? Eu tenho um plano.



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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado :D e não me batam pelo que aconteceu u_u Não deixem de comentar viu? Beijão :**