A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 15
Capítulo 13 - Ruining my life


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, mais um capítulo para vocês. Os próximos já estão nas mãos da Natália, por isso assim que ela já me mandar eu já posto. Eu admito que não gostei do capítulo, mas ele é muito importante para os acontecimentos que vão se desenrolar. Boa leitura potterheads.



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“Querida Alice...

Assim como você, também não faço ideia de se algum dia você lerá minha carta. Mas ainda assim... Não sei por que escrevo. Encontrei um feitiço que desloca quaisquer objetos de pequeno porte pelo contínuo espaço de tempo, talvez você realmente a leia... Mas por que raios estou escrevendo isso?

Sonho com vocês todas as noites...

Se você ler, saiba que estou bem. O plano está... Indo bem. Tudo está perfeitamente bem.

A areia mágica da ampulheta do vira-tempo já passou da metade, então... Logo estarei de volta. Amo vocês, não se esqueçam disso – Annabelly L.”

– Não se esqueçam de mim. - sussurrei dobrando o pergaminho e o jogando na lareira a minha frente, eu nunca saberia se o feitiço deu certo.

Fiquei ali ajoelhada por mais tempo do que era necessário, vendo as chamas diminuírem e o pergaminho desaparecer, não consumido pelas chamas, apenas transportados com ela. Continuei observando as faíscas vermelhas, enquanto minha mão direita estava pousada sobre minha blusa, sentindo o vira-tempo dentro dela, de encontro a minha pele, emitindo um calor maior do que o comum.

Eu não fizera um bom acordo com Riddle, mas o importante é que minha garantia para voltar para casa estava em minhas mãos, e eu apenas tinha certeza de que era meu vira-tempo – e não uma cópia exata dele – pois ele formigava de encontro a minha pele, o que eu descobri recentemente que ocorria devido à um feitiço de ida e vinda. Ele me mantinha no passado, mas em algum lugar do futuro estavam tentando o puxar de volta – me levarem de volta.

– Annabelly - chamou Dorea, atrás de mim, que apesar de falar comigo, não olhava diretamente para mim. - Aula de astronomia.

Dorea estava realmente aborrecida comigo, embora fosse a pessoa mais doce que se poderia encontrar na casa de Slytherin, Dorea possuía os dotes de um verdadeiro sonserino, e eu ferira seu orgulho ao escolher não responder suas perguntas e deixar de explicar o que realmente se passava comigo, mas eu sabia que nunca se deveria ferir o orgulho de uma serpente.

Peguei meus livros sobre uma poltrona ali perto e subimos até a torre de Astronomia lado a lado, mas sem pronunciar uma única palavra. Eu queria conversar com ela, sentia falta de conversar com alguém, pois Dorea era a única que se dispunha a falar comigo sem realmente sentir terror ou aversão.

– Argh - emiti um som disfuncional enquanto meus livros caíam todos de minha mão.

– Belly... - murmurou Dorea incerta, pela primeira olhando para mim. - Você... Você está bem?

Eu queria responder que sim, que era normal eu deixar os livros caírem e depois ficar pressionando meu próprio braço com minha mão e morder os lábios para não ter de soltar uma exclamação de dor, porém apenas consegui assentir com a cabeça.

Meu braço esquerdo ardia.

E só havia um coisa que o queimava dessa forma insuportável. A marca negra.

Porém, havia anos e anos que isso não me incomodava.

– Vamos até a enfermaria. - disse ela, parecendo aflita.

Balancei a cabeça em negativa.

Dorea falou mais alguma coisa, porém eu não ouvi, pois descia aos pulos escada abaixo direto para as masmorras.

– Tonks! - uma voz me chamou alta e enérgica, forte o suficiente para me fazer parar.

Era Riddle. Maldição, maldição, maldição. Soltei meu braço instintivamente o colocando para trás e tentei assumir a melhor máscara que eu poderia conseguir enquanto me forçava a usar Oclumência.

– Estava procurando por você. - disse ele semicerrando os olhos para mim, como se tentasse descobrir o que havia de errado comigo. - Está tudo bem? - perguntou olhando de baixo para cima.

Assenti, sentindo a dor insuportável passar e deixar lugar por um formigamento mais suportável.

– Chegou a hora. - anunciou ele.

– Me desculpe? - perguntei a mim mesma se ele referia a hora da aula de astronomia, a qual ambos estávamos atrasados.

Riddle abriu um sorriso.

– A hora de escolher os novos membros para nossa seita. - não deixei de notar o ênfase que ele deu ao “nossa”, pois afinal, eu não era um Comensal ainda. - Foram todos convocados, e em nossa reunião cada um dos membros honorários indica uma nova pessoa da lista e decidimos entre nós, através dos atributos de cada pessoa, se ela deve ou não entrar. - lembro de ter ficado surpresa ao comparecer a uma reunião dos Comensais e descobrir que tantos já seguiam Riddle, mas o que mais me assustou foi descobrir que havia uma forte e secreta competição para novos membros poderem entrar.

– Por que está me contando isso? - perguntei.

– Irei indicar seu nome. - isso soava um tanto irônico, pois se Riddle dissesse o nome de alguém, ninguém poderia fazer objeção. - Mas quero que você tenha certeza sobre onde está se metendo Annabelly. Não somos apenas um grupinho que gosta de brincar de ser mal. - disse ele sério. - Nossos planos são grandiosos, e os objetivos devem ser alcançados. Vamos purificar a raça bruxa e trazer o respeito que perdemos há séculos atrás de volta, vamos tirar os fracos do poder e eliminar quem quer que se oponha a nós. E como esse é meu último ano em Hogwarts, tenho que deixar seguidores aqui para recrutar novos alunos, assim como tenho que deixar seguidores em cada órgão bruxo do país, para garantir que a chama que eu ascendi não se apague, pois tenho alguns planos para depois da escola.

Eu não conseguia deixar de comparar o discurso de Riddle, com o discurso de Hitler, que a pouco fora assassinado. Me perguntava de onde Tom se inspirou no quesito “purificar a raça”.

– Eu tenho certeza Tom. - respondi, tentando esconder a excitação que as palavras dele me traziam. Tentei lembrar a mim mesma que eu não era mais assim, que não queria mais essa vida das trevas para mim.

Porém era difícil dizer isso a mim mesma, ao ver Riddle se aproximando de mim, com um olhar que transmitia certo orgulho e um sorriso satisfeito. Algo que por anos desejei que ele sentisse por mim, ele estava sentindo agora. E a sensação era incrível.

– Annabelly... - murmurou ele a centímetros de distância, colocando uma mecha de cabelo atrás de minha orelha. - Você será meu objeto mais preciso. - Tom beijou o topo de minha cabeça, e se virou pelo caminho por onde veio.

Eu fiquei ali, no meio do corredor, parada, olhando sua sobra desaparecer por entre os corredores, sorrindo. Satisfeita comigo mesma por ter conseguido agradar Tom Riddle. Eu tentava fingir para mim mesma que eu estava feliz por agradar ele, porque agora ele confiaria em mim e seria mais fácil destruir todos seus planos, mas a verdade era que eu estava satisfeita porque no fundo, os laços de sangue sempre falarão mais alto que laços mundanos.

De uma forma ou de outra eu estava ligada à Tom Riddle, e eu apenas tinha que ter certeza que isso não seria o motivo para meu fracasso.



Não sonhei naquela noite, e eu não sabia dizer se isso era ou não era um bom sinal.

Quando me levantei nem Dorea e nem Cass estavam no quarto, e já tinha se passado da hora do café da manhã. Só algum tempo depois quando notei o castelo estranhamente deserto, me lembrei que estava tento uma partida de quadribol.

– Ora, ora se não é a Belly adormecida. - murmurou um Abraxas bastante sorridente, encostado sobre uma coluna de mármore, bem arrumado e humorado. - Estive esperando-a pela manhã inteira.

Meu humor não estava dos melhores, de forma que apenas me dei o trabalho de fuzilá-lo com os olhos, que eu tinha certeza que estavam inchados devido ao pouco tempo de sono que tive durante a noite.

– Sempre amarga... - disse ele balançando a cabeça ainda sorrindo. - Não gosto de ser babá, mas ambos teremos de passar o dia um aguentando o outro, sinto muito.

– Por quê? - perguntei contra gosto.

– Hoje será sua cerimônia de iniciação. Você tem que passar por alguns testes antes de ser marcada, e fui designado junto com Druella para supervisionar você em seus testes.

De repente eu me sentia mais atenta e acordada.

Eu queria falar que não, que ainda não estava pronta, afinal, como iria explicar minha marca? Como iria explicar tudo? Mas a voz me abandonara.

– Mesmo eu não confiando em você, Tom confia, e se ele confia, tenho de confiar. Se ele a quer como uma de nós, o que posso fazer? Você o impressionou para valer, então meus parabéns.

Continuei parada, com os olhos arregalados para Abraxas.

Abraxas riu.

– Eu sei, inacreditável não é? Vá se trocar, temos muito, mas muito o que fazer hoje.

Eu queria virar e sair correndo, me esconder em algum lugar até poder voltar para o futuro, mas automaticamente minhas pernas se viraram e desceram de volta as masmorras, e quando dei por mim novamente, estava trajada de negro, e sobre tudo, parada ao meio da Floresta Proibida entre Abraxas e Druella, aparatando para Merlin sabe a onde. Ferrando com minha vida.



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Notas finais do capítulo

Esperto que apesar de tudo tenham gostado, por favor não deixem de comentar, favoritar, recomendar, reviews sempre alegram meu dia. Beijos ♥