Eu ainda estava dormindo, eu estava meio agitada por causa da noite anterior. Tentei ao máximo não demonstrar pânico, mesmo que na noite anterior Koyama estivesse perto de mim, não pude escapar do pânico de ficar sabendo que havia samurais lá... E que eu poderia ser morta em questão de minutos. Ainda dormia, tentando acreditar que aquilo tinha sido apenas um pesadelo.

Tezen: Senhorita Narumi, acorde. – tentava me acordar.

Narumi: Ah, Senhor Samurai... Pode deixar, já acordei.

Tezen: Deve estar com a cabeça confusa pelos acontecimentos da noite passada, mas...

Narumi: Estou bem, mesmo que samurais sejam o meu maior trauma de infância... Eu estou bem... , - me levantava, arrumando o quimono -,... Vamos, Senhor Samurai?

Tezen: Ah, sim. – saía do prédio, olhava Koyama que permanecia sentado do lado da porta.

Koyama: Já está mais do que na hora de irmos, não acha? – Olhava para Tezen com ar irritado.

Tezen: Como meu irmão caçula é fofo, não consegue mesmo andar com garotas...

Koyama: Cale-se!!

Tezen: Tire essa cara fechada! Não é por que estamos em estado de guerra que temos que andar com esse ar de velório!

Koyama: Sabia que eu realmente detesto esse seu jeito de ver o lado positivo em tudo...?!

Narumi: Vamos?

Koyama: Tezen, o que você tem na cabeça? Pra quê ir para casa agora?

Tezen: Chegando lá acho que esta guerra poderá ser parada de modo mais civilizado. Mas, por enquanto vamos nos concentrar em ir para a cidade de Nagoya. Vamos. – começava andar seguido por Narumi e Koyama.

Depois de um tempo, acabamos chegando a Tóquio. Tezen continuava calmo apesar de estar ciente da guerra que estava acontecendo.

Tezen: Koyama, por que não vai comprar comida?

Koyama: Mas..., - Olhava para Tezen que aparentemente continuava calmo, suspirava e saía -,... Volto em dois minutos.

Narumi: Senhor Samurai, como consegue ficar calmo sabendo que está acontecendo uma guerra?

Tezen: Quando se encontra um conflito, um problema... Devemos manter a calma, o desespero é o pior aliado.

Narumi: Tem razão. – olhava ao redor, via uma barraca de brinquedos onde crianças riam. Lembrava-se de que nunca tinha brincado quando criança por causa de seu trauma.

Tezen: Às vezes tenho inveja das crianças. São tão inocentes, nem sabem o que é uma guerra.

Narumi: Tem razão. – olhava as crianças rirem e continuarem a brincar. As pessoas começavam a ficar agitadas, um grupo de samurais chegava perto das crianças, chutando a barraca de brinquedos.

Narumi: Senhor Tezen...! Os samurais...!

Tezen: Permaneça calma. – colocava a mão na cabeça de Narumi, observava os samurais que logo percebiam que ele levava uma espada.

Nori: É um samurai! – o samurai desembainhava a espada indo para a direção de Tezen.

Tezen: Merda...! Por que eles tinham que aparecer logo agora?! – corria puxando Narumi pelo braço, invadia um restaurante, a deixava atrás do balcão.

Narumi: Senhor Samurai, O Senhor Koyama ainda foi comprar comida, o que eu faço?!

Tezen: Senhorita Narumi, peço para que permaneça calma! Não fique apavorada, protegerei você e o Koyama! Tome assim se sentirá mais segura. – entregava uma adaga á Narumi e desembainhava a espada observando os samurais.

Nori: Então é mais um samurai nesta guerra... – falava e logo entravam mais três samurais no local.

Tezen: Por que não cala a boca e luta de uma vez? – golpeava um dos samurais, atingindo o braço. Via que outro vinha com a intenção de atacá-lo pelas costas e defendia o golpe enquanto vinha outro para golpeá-lo. Nori, discretamente andava para atrás do balcão onde via Narumi.

Nori: Ora, ora vejo que não é uma mulher samurai... Muito perigoso ficar sozinha, não acha? – se aproximava de Narumi, a imobilizando.

Narumi: Não...! Me solta...! TEZEN!