Visitas Inesperadas escrita por Janus


Capítulo 8
Capítulo 8




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Rini voltou com um espeto de aço que achou largado em um canto logo na entrada da casa. Encaixou este na fresta da porta e, fazendo força, finalmente abriu a porta do banheiro. No mesmo instante, uma cachoeira de água e garotas desabou pelo corredor, a assustando.

- Cof! Finalmente.

- Meu cabelo esta horrível!- chorou Serena.

- Que nada – disse Lita - está ótimo. Bem melhor que o meu.

- ARGH! – gritou Ray – querem esquecer os seus cabelos? Temos trabalho.

- Onde está o meu broche? – perguntou Serena.

- Ali – respondeu Rini apontando para o meio do corredor.

- Perdi minha pena! – disse Amy

- Eu também! – Falou Ray.

- Todas nós as perdemos – concluiu Lita – a água deve te-las carregado pelas escadas – disse ela olhando a água ainda fluir para o porão da casa.

- Serena, vá na frente, assim que nos transformarmos, vamos atrás.

- Sozinha?

- Eu vou com ela – disse Rini.

- Há não! Você recebeu ordens de não se transformar – disse Serena.

- É uma emergência – disse Rini.

- Mas..

- Ela tem razão – disse Amy – no momento, não há escolha. Boa sorte – e saiu correndo pelas escadas abaixo atrás das outras.

Serena olhou para as escadas com os olhos amendoados. Não esperava por aquilo.

- Vamos? – disse Rini lhe entregando o seu broche. Na sua outra mão, ela já estava com o broche dela, que não era igual ao seu não, como Mina tinha dito na véspera. Era mais bonito!

- Tá bom – disse ela pegando o broche.

- Poder cósmico Lunar, transformação – disseram ambas ao mesmo tempo. Serena ainda teve tempo de olhar impressionada para Rini, quando percebeu que ela tinha a mesma forma de transformação que ela.

Assim que a transformação terminou, Ambas saíram correndo, mas em direções opostas.

- Ei!!! Onde você vai? – perguntou Serena().

()PS: Gente, tem duas Sailor Moon aqui, por isso, vou chama-las de Rini e Serena, senão fico maluco!

- Ver o meu cabelo – respondeu ela – tive um trabalhão para arruma-lo e quero descobrir se... OBA!!! – gritou ela assim que se viu no espelho que ficava no banheiro agora arrombado – ainda está do mesmo jeito! Assim como o seu!

Assim como o meu? Uma Sailor Moon sem odangos? – pensou Serena – essa não!

- Vamos embora! Disse Rini a agarrando pelo braço e a arrastando em direção ao jardim.

O demônio não perdoava nada. Do espelho preso ao seu braço esquerdo, lançava lascas de vidro contra tudo e todos. Estas lascas retalhavam tudo o que tocavam. Ela procurava pelas sailors, exatamente como Eudial tinha ordenado para fazer, mas não as achava em parte alguma. Sendo assim, estava aterrorizando as pessoas, para ver se elas apareciam.

Viu um grupo de pessoas tentando pular o muro para fugir. Com um sorriso cínico, começou a correr na direção deles quando algo caiu a sua frente. Era a churrasqueira. Ela se arrebentou no chão e espalhou carvão em brasa para todos os lados, bloqueando o seu caminho. De fato, algumas brasas atingiram os seus pés, fazendo-a recuar e pular assustada.

Olhou para a sua frente, cujo caminho agora estava totalmente tomado pelas brasas e viu, atônita, uma figura pairar flutuando em cima destas. Era uma menina, com asas!

- Você é um anjo? – perguntou surpresa.

Aquela figura disparou uma lembrança pré programada em sua mente, e ela comentou logo em seguida:

- Você é o Enviado do Bem?()

() Enviado do Bem é a tradução da BKS, no original seria Messias.

- Tirando as asas – respondeu a figura flutuante – de anjo eu não acho que tenho muita coisa não...

As sailors Moons saíram da mansão e, após uma curta pausa tentando se orientar, seguiram para onde Rini tinha visto o demônio pela última vez. Assim que contornaram a fonte, viram Joynah, flutuando acima do chão cheio de cinzas – as brasas não estavam mais visíveis, pois estavam cobertas pelas cinzas. Correram até onde ela estava e cada uma ficou ao seu lado. Joynah olhou com surpresa para elas.

- Deixa que eu falo! – disse Serena rapidamente assim que Rini abriu a boca – é a minha época lembra?

- Certo – respondeu contrariada.

- Como se atreve a perturbar a feliz comemoração de um pai orgulhoso de do primeiro grande trabalho artístico de seu filho? As tradições devem ser preservadas – Joynah olhou para Rini, que fingia estar assobiando – para o bem de todos! Eu sou Sailor Moon, que luta pelo amor e justiça – Joynah já estava olhando para o seu relógio impaciente – Sailor Moon punirá você...

Rini não resistiu mais e imitou Serena neste ponto, causando um curioso eco.

- ... em nome da Lua!

- ARGH!!!!!- Berrou Serena quando percebeu ela na mesma pose.

- Achou que eu ia perder a chance? – disse ela mostrando a língua.

- Agora sei de onde você pegou esta mania de matraquear – comentou Joynah para Rini.

- Chega de conversa e vamos entrar em ação – comandou Serena.

- Certo! – disseram ambas e assumiram posições para o ataque.

Foi quando Rini, já curiosa demais, perguntou.

- Joynah... por que você está flutuando?

Joynah olhou para ela com cara assustada e, com a mão direita, apontou para o chão.

Ambas as Sailors Moons olharam para o chão e viram, horrorizadas, as brasas que Joynah tinha espalhado para deter o demônio. Suas botas já estavam começando a pegar fogo.

- AIEEEE!!!! – gritaram as duas ao mesmo tempo e pularam em cima de Joynah. Esta, surpresa pela ação inesperada delas, perdeu a concentração e suas asas sumiram, o que a fez também tocar as brasas com os seus pés. Os sapatos que estava usando podiam muito bem suportar o calor até que saísse daquela área, mas, com as duas no seu colo, ela acabou perdendo e equilíbrio e as três acabaram caindo sentadas nas brasas. As saias das duas Sailors imediatamente pegaram fogo, o jeans de Joynah resistiam um pouco mais. Não que fizesse diferença, assim que perceberam o fogo nas roupas, cada uma delas saiu correndo. Serena e Rini debandaram imediatamente para a fonte, enquanto que Joynah levantou vôo de novo e, com as mãos, esfregava freneticamente o seu traseiro, para tirar qualquer possível brasa que ainda estivesse ali.

- Ainda acha que não são incompetentes? – Perguntou Urano para Netuno. Ambas observaram a cena de cima do telhado vizinho.

- Bem... a Sailor Terra estava fazendo tudo certo até aquelas duas aparecerem sem ver onde estavam pisando...

- Mas ficou esperando elas. Devia ter atacado de vez e acabado com o inimigo.

- Longe de mim defende-la, mas... eu tenho de ser justa. Ela recebeu ordens para isso, Urano...

- Humpft! – Disse ela – se eu não estivesse tão curiosa para ver o que Titã pode fazer, já tinha ido embora.

- Pensei que era para ver como sua queridinha Joynah iria agir...

- Vamos parar com isso?

Tuxedo Mask estava correndo em direção ao centro do jardim. Era só dobrar a fonte a esquerda e já estaria lá. Não sentia que Serena precisasse de ajuda, mas queria ver como as duas (mãe e filha) iam lutar juntas. Só esperava que fosse contra o inimigo, e não entre si.

Assim que ia fazer a curva, percebeu um grito desesperado e, quando olhou na direção da origem deste, viu as duas Sailors Moons correndo como loucas e com suas saias em chamas. Ambas pularam sentadas na fonte, extinguindo o fogo.

- Ahhhhhhh!!!! - disseram elas por sobre o vapor decorrente do apagamento do fogo.

- Sua tonta! – começou Rini – não viu onde estava pisando não?

- EU?!?!? – retrucou Serena – você também foi junto.

- Eu estava apenas lhe acompanhando – respondeu de cara amarrada.

- Deixa isso para lá... o que vamos fazer agora?

- Sailor Moon?

- AI!!!! – gritaram ambas e olharam assustadas para ele.

- O que.. o que houve com vocês?

- Bem.... um problema de olhar aonde se pisa. Mas já apagamos o incêndio – Serena sorriu encabulada.

- Então, vamos ao trabalho.

- Err.. – Rini riu sem graça – não podemos.

- Porque?

- Não foram só as saias que ficaram queimadas... – disse Rini vermelha de vergonha – a gente não pode se levantar daqui!

Tuxedo ficou vermelho de vergonha e não sabia o que fazer.

- Tuxedo Mask.. arrume alguma coisa para a gente vestir – pediu Serena – E não deixe ninguém vir para cá!

- Err.. certo! Não vão embora. Eu já volto.

Elas entreolharam-se.

- Não ir embora? – perguntou Serena – aonde ele pensa que vamos assim?

- Não olhe para mim – respondeu Rini – ele é o seu namorado, lembra?

Joynah finalmente ficou convencida de que não tinha nenhuma seqüela do incidente "quente" que tinha sofrido. Também percebeu que estava voando muito alto. Olhou para baixo e pôde ver o demônio já lutando com as outras sailors, mas estas não pareciam estar se dando muito bem contra ele. Quando se aproximou mais, viu as duas sailors moons na fonte, e, do ângulo em que estava, sabia porque estavam lá. Não pode deixar de rir da situação. Olhou ao redor e avistou um shoping. Pegou o seu comunicador e chamou pela sailor Titã.

"- Estou ouvindo, Terra"

- Eu não estou vestida assim – ralhou Joynah – segure o demônio um pouco. Vou ver se faço uma das Sailors Moons ir até ai.

"- Segurar o demônio??? Com o que? Se eu usar o anel de destruição aqui vou causar um prejuízo enorme!"

- Prenda-o com o anel de defesa, sua boba.

"- Não vai durar muito." – respondeu ela preocupada – "ele não é muito bom para prender criaturas..."

- Só preciso de dez minutos – e desligou.

Voou para o shoping imediatamente. Agora cabia a sailor Titã segurar o demônio até que uma daquelas duas estivesse em condições morais de enfrenta-lo.

Sailor Vênus recebeu um choque violento pela sua Corrente de Vênus e foi catapultada contra a parede. Ficou inconsciente com o impacto. Sailor Marte e Júpiter atacavam em conjunto, mas aquela criatura era muito rápida. Ninguém tinha acertado um único golpe nela, até então.

Não tinham achado Sailor Moon quando chegaram, nem Joynah, muito menos Anne. Começaram a atacar a criatura e perceberam que ela podia revidar todos os seus golpes, através de um espelho que ela tinha em seu braço esquerdo.

Foi quando sentiram uma energia muito grande sendo concentrada próximo dali. Mercúrio olhou em direção da origem e viu Sailor Titã, em cima do teto da mansão com as mãos para o alto, invocando alguma coisa brilhante.

- Anel de Defesa de Titã – gritou ela, ao mesmo tempo que um anel de energia na cor azulada se materializava em suas mãos elevadas.

Como se fosse um aro, ela o lançou na direção do demônio. Este tentou fugir, mas o anel cresceu e o envolveu, deixando-o confuso. Assim que tocou no chão, o anel brilhou e um escudo cilíndrico de energia subiu até os céus, isolando a criatura lá dentro. Não importava o quanto atacava, o anel não cedia.

- Incrível – disse Sailor Júpiter a Titã assim que esta pulou para o lado delas – o que é isso?

- Um escudo de defesa – disse ela.

- Defesa? – perguntou Sailor Marte.

- Sim. Mas também pode prender os inimigos. Mas não vai durar muito, especialmente comigo do lado de fora. Mas vai nos dar tempo.

- Tempo para o que?

- Para cuidar de Vênus – disse ela a encarando friamente.

Sailor Mercúrio já tentava acordar a amiga ferida. Júpiter e Marte olhavam para o demônio preso, lutando para se libertar.

- Alguma idéia de quanto tempo isso vai durar?

- Mais uns cinco minutos – disse ela – e eu não posso fazer outro enquanto este não se extinguir.

- Bem – disse Júpiter – pelo menos você nos deu uma chance de descansarmos – e a minh... Joynah, como está?

- Me disse que ia tentar trazer as sailor Moon para cá, mas não me perguntem o que aconteceu com elas.

- Se bobear, elas erraram o caminho – comentou sailor Marte.

- Bem.. o que acha de Titã agora? – perguntou Netuno.

- Confesso que estou... um pouco impressionada.

- Com licença? – disse uma voz acima delas que claramente estava se aproximando – podem me emprestar alguns trocados?

Olharam para cima e viram Joynah se aproximando. Ela pousou ao lado delas.

- O que está fazendo aqui? – perguntou Netuno nervosa.

- Fique com ciúmes depois Netuno – disse ela sem paciência – pode me emprestar ou não?

- Desculpe – disse ela – mas os bolsos estão no meu outro uniforme.

- Há é.. esqueci. Bom, vou ter de fazer um assalto. Tchau!

Saiu voando novamente.

- Assalto? – perguntou Netuno para Urano.

- Sei tanto quanto você. Mas estou achando que devíamos trazer pipoca.

- O escudo está enfraquecendo! – gritou sailor Mercúrio.

Sailor Titã tocou o lado direito de sua tiara e um visor apareceu – idêntico ao de sailor Mercúrio, mas este era da cor laranja. Podia sentir que as sailor Moons estavam próximas, mas achava curioso elas ficarem no mesmo lugar. Acionou o seu visor para tentar descobrir o que estava ocorrendo.

- Esse visor é igual ao meu! – disse Mercúrio para ela.

- Veio junto com o uniforme, assim como o seu. Você é a integrante especialista das sailors planetárias, eu sou a das sailors... – oras, porque não? – lunares – disse Anne, afinal, lunares é melhor do que juniores - O que diabos aquelas duas estão fazendo?

- Quem?

- As duas Moons – disse ela “apagando” o visor - elas estão ali – apontou com o dedo – há uns trinta metros. Mas não saem do lugar já faz quinze minutos. Espere! Elas estão vindo agora.

- Como sabe?

- Posso sentir a energia das sailors – respondeu ela – de qualquer sailor, menos a de Joynah.

- Nunca imaginei que alguma sailor teria esse poder – comentou Marte.

- E não tem – disse Titã olhando em direção de onde estavam vindo as sailors Moons – ele nasceu comigo.

- Será que todas as novatas do futuro vão nascer com alguma coisa de especial? – perguntou Júpiter, mas era mais em tom de retórica.

- Desculpem o atraso - disse Serena se aproximando. Tuxedo Mask  estava logo atrás.

- Mas?! – começou Mercúrio – O que é isso?

Ambas as sailors Moons estavam com uma toalha de mesa enrolada na cintura.

- Não pergunte Mercúrio – disse Rini – já é muito embaraçoso para nós.

O escudo desapareceu, e o demônio começou a lançar os pedaços de vidro na direção das sailors. Tuxedo tentou usar suas flores, mas estas foram feitas em pedaços quase que imediatamente após deixarem suas mãos. As outras rapidamente se esquivaram, mas, mesmo assim, receberam alguns cortes superficiais. Felizmente o demônio não se incomodou com sailor Vênus, ainda desacordada próxima a parede.

- Ai! – gritou Marte – uma de vocês duas, façam alguma coisa!!!!

- Deixa comigo – disse Serena pulando a frente do demônio.

Assim que ela começou a fazer o seu golpe, a toalha de mesa se soltou. Ela rapidamente a segurou e ficou vermelha.

- Acho melhor deixar isso com a outra sailor Moon – disse ela.

- ah-ah – disse Rini – só se a platéia se mandar.

Tuxedo olhou ao redor e viu que ainda haviam muitas pessoas por lá, embora distantes.

- Mas você não queria entrar em ação? – perguntou Serena.

- Acho que você tinha razão – disse ela sorrindo – afinal, é a sua época, certo? CUIDADO!!!!

Serena saiu correndo com a toalha quase esvoaçando para longe de sua cintura, para escapar dos cacos de vidro que o demônio lançou em sua direção. Pulou ao lado de Rini e Tuxedo Mask, que se protegiam detrás de um banco de jardim. O banco foi impiedosamente cravado com cacos de vidro.

- Gente, que vergonha – disse Rini.

- Você está com vergonha? - Disse Serena – eu que quase fui convidada a posar para a playboy.

- Mas você é bem mais desavergonhada que eu – disse ela.

- Eu?!??!

- Opa! Isso ainda vai ser mais para a frente – murmurou Rini baixinho – esquece!

- Ei, sailors stripers!!!

Olharam para cima e viram Joynah jogar algo para elas. Eram dois shorts.

- Peguei! – disse Rini dando um pulo, e se abaixando desesperada ao notar que a sua toalha também estava se soltando.

- Tuxedo.... dá pra fechar os olhos um pouquinho? – pediu Rini.

- Vamos logo com isso – disse ele fechando os olhos.

Sailor Júpiter viu que o demônio ia pular por cima do banco que protegia os três e resolveu distrai-lo.

- Centelha de Júpiter! – disse ela lançando o seu ataque.

O demônio rapidamente usou o espelho em seu braço e refletiu o ataque em direção de Joynah. Esta mal teve tempo de perceber o que estava acontecendo. A bola de energia de Júpiter a atingiu na barriga, jogando-a em direção a piscina.

- Joynah!!!! – gritou Júpiter indo em sua direção.

Do outro lado, protegendo-se por detrás de uma parede, estavam Titã e Mercúrio.

- Joynah pode sobreviver a um golpe destes? – perguntava Mercúrio preocupada.

- Provavelmente sim – respondeu Titã – mas vai ficar dolorida. Bem dolorida, na verdade.

Ouviram o barulho de água. Joynah devia ter acabado de cair na piscina.

- Com a densidade do corpo dela – disse Mercúrio – ela pode acabar se afogando.

- Não se preocupe – disse Titã – Joynah flutua como qualquer pessoa. Na verdade, flutua até mais fácil.

- Como isso é possível?

- Não tenho a menor idéia. É como se a água a carregasse. Alias, ela costuma dizer que a água a carrega no colo.

Mercúrio acionou o seu visor e procurou por Joynah. Logo a viu flutuando na piscina e sendo ajudada por sua mãe, que demonstrava surpresa pela dificuldade em tira-la de lá.

- Que som é esse? – perguntou Sailor Marte que estava se protegendo dos estilhaços de vidro detrás de um poste próximo a elas.

- Acho que Joynah ficou irritada com o que a água deve ter feito na sua maquiagem... – disse Titã sorrindo.

Era mesmo a voz de Joynah, em um grito gutural e assustador. As sailors Moons já tinham se vestido e estavam prontas para atacar. Só precisavam de uma chance.

- Eu te mato sua desgraçada! – ouviram Joynah gritar do alto.

- Joynah – gritou Júpiter – cuidado!!!!

As mãos de Joynah brilharam, ao mesmo tempo em que suas asas desapareceram. Logo, duas bolas de energia foram emitidas. Uma foi refletida pelo demônio, a outra passou por ele e explodiu abaixo de seus pés, lançando-o no ar.

- Agora! – gritou Joynah enquanto caia.

Serena – já devidamente vestida com os shorts - se preparou e lançou o seu ataque, gritando cetro espiral do coração lunar. Mas a criatura tinha conseguido girar no ar e usou o espelho para refletir o golpe, em direção a Rini e Tuxedo Mask!

Rini gritou de susto, e Tuxedo a agarrou pela cintura e saltou com ela nos braços. A ataque refletido destruiu o local em que estavam, momentos antes.

- O-obrigada – disse ela assim que pousaram.

- Essa não! – murmurou Marte – e agora? Nem o ataque de Sailor Moon adiantou...

- TITÃ, TERRA – gritou Rini – manobra dois!

- Entendido – disseram ambas.

Joynah, que já tinha aterrissado – alias, umas das poucas aterrissagens que não foi sentada no chão – novamente invocou duas poderosas bolas de energia em suas mãos. Titã correu em direção a Rini, e suas mãos também começaram a brilhar. Rini, por sua vez, começara a seu próprio ataque. Apesar de muito similar do de Serena, este era invocado com as palavras ataque do cetro da Lua rosa. As outras observaram, surpresas, àquele ataque coreografado. Joynah disparou uma bola de energia, logo seguida por outra.

O demônio se preparou para refletir a primeira, mas a segunda bola tinha mais velocidade que esta, de forma que ambas colidiram a quase um metro da criatura, causando uma forte explosão cegante.

Ao mesmo tempo, Titã gritava Anel de Poder de Tit, e um anel da cor amarelada surgia em suas mãos. Como se fosse um bambolê, ela colocou o anel na frente do golpe de Rini. Este, assim que atravessou o anel, ficou muito mais brilhante, e emitia raios por todos os lados. Parecia-se com um coração – só o contorno – atravessando nuvens de gás.

O demônio mal teve tempo de ver o ataque. Ainda cego pelo brilho do ataque de Joynah, não pôde se defender. O coração o atingiu em cheio, causando uma impressionante explosão, e, posteriormente ao show de luzes, uma cratera onde estava o demônio. Tudo o que sobrou foi um espelho de mão quebrado e pedaços de semente espalhadas.

Do alto do prédio próximo, Urano e Netuno estavam de bocas abertas.

- Eu não acredito – murmurou Urano – isso teve quase que o dobro de nosso ataque!

Netuno não disse nada. Estava pensando no que sua filha tinha lhe dito na véspera, sobre que só tinham enfrentado demônios fracos...

Joynah voou em direção a suas colegas e espalmou suas mãos nas delas, comemorando.

- Conseguimos!!! – disse Titã.

- É isso ai!!! De novo! – falava Rini.

Vênus finalmente despertou, e ficou muito contrariada de ter perdido o melhor da festa. Serena, apesar de se mordendo de inveja, deu os parabéns a Rini.

- Sö não entendi uma coisa – falou Mercúrio – o seu ataque foi muito mais forte do que o que fez ontem.

- Foi culpa de Titã – disse Joynah – o anel do poder pode triplicar o ataque de qualquer sailor.

- Mas cansa muito – disse Titã ofegante.

- Sei como se sente – comentou Joynah, também respirando forte – ai o meu cabelo! Minhas roupas! O cloro da piscina vai acabar com elas.

- Esqueceu de sua maquiagem – disse Titã sorrindo – seu rosto está uma desgraça!

- Ahhh!!!!

Joynah pegou a saia de Titã e começou a limpar o rosto.

- Ei!!!! Minha saia não é toalha não! – gritava ela tentando inutilmente se livrar de Joynah.

- Meninas – disse Tuxedo Mask – acho melhor irmos embora. Estou ouvindo sirenes e, pelo estado que as coisas ficaram por aqui, vão fazer muitas perguntas.

Olharam ao redor e viram a devastação que atingiu o jardim, em especial as duas crateras – a menor feita por Joynah e a maior, causada por Rini – e acharam melhor mesmo darem o fora.

- Para de se enxugar na minha saia!!!! – gritava Titã.

Observando eles partirem, estava Eudial, com seus binóculos. Ela observava atentamente a menina que podia voar com asas brilhantes. E se indagava sobre o que isso poderia significar...


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