Following The Life escrita por MariSB


Capítulo 13
O que aconteceu...




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Ele respirou fundo, a cabeça doía ainda e ele falou:

- Alguns desses remédios, me ajudam a controlar o cérebro, não sei te explicar exatamente o que, se eu não os tomar corro o risco de não controla-lo, e eu perco a noção de tempo, lugar e de quem está por perto, eu só me esqueci de tomar duas vezes, contando com essa, e da outra vez eu estava sozinho e foi bem pior.

- Descanse                    

- Não se preocupe.

Ele puxou-a para perto dele e ela deitou a cabeça sobre seu peito, ele acabou dormindo, ela não quis sair dali a principio, mas depois pegou um livro e seguiu lendo ao seu lado, um aperto doía no peito dela por vê-lo tão frágil, de tão cansado que ele estava o seu corpo parecia sem vida. Quando ele acordou a viu lendo ao seu lado, já eram cinco horas, a porta foi aberta no andar de baixo, quase que automaticamente, Mary pulou da cama, Lucas pediu que ela fizesse silêncio e saiu seguido por Mary atrás dele, quando ele viu Pedro falou:

- Vim ver como você estava e lhe trazer os arquivos.

- Obrigado Pedro. – disse ele pegando o pen-drive que Pedro lhe oferecia.

- Você está bem?

- Ótimo – disse sorrindo

- Vou lá então, tenho que terminar de fazer os orçamentos.

- Certo, e obrigado mais uma vez.

- Não por isso.

Pedro saiu e Lucas voltou para o quarto largando o pen-drive em cima do computador,  foi até a biblioteca e lá estava ela procurando um livro, ele foi por trás dela e a abraçou, ela largou o livro e beijou-o, ele olhou para janela e percebeu que estava anoitecendo, ele puxou ela para o andar de baixo, pegou outra chave que tinha dentro do frasco, que ela acreditou ser do Jeep, ele olhou para ela e falou:

- Vamos sair?

Ela riu e falou:

- Sério?

- Sim, sério.

Ele foi até o quarto colocou uma calça jeans e uma bata, ele colocou uma blusa e uma calça jeans, eles pegaram casacos e foram para a garagem, ele tirou a capa e ela riu ao ver a película escura que tinha nos vidros, era impossível de ver quem está dentro por fora, ele pegou uma capa preta que estava em cima da estante e entrou no carro ela entrou no carona, ele apertou em um botão a garagem se abriu e eles saíram. Ele ia dirigindo uma sensação que fazia tempo que não tinha, ele olhava para tudo como se fosse uma joia preciosa, ela sabia que isso era porque ele não saia de casa quase nunca, eles passearam pela cidade, ela olhou para ele com um sorriso e falou:

- Estou com fome, vamos parar em algum lugar que eu desço para comprar algo para a gente comer, ou vamos pra casa.

Ele sorriu e parou em um Mc Donnald’s, ela desceu e voltou com hambúrguers, Batatas Fritas e refrigerantes, eles comeram, e seguiram, já era muito tarde e eles estavam passando pela praia, não tinha ninguém, ele entrou com o Jeep na areia, um carro desses não tem problema de andar pela areia e dependendo do lugar nem na água, ele entrou quando ele tinha certeza que ninguém poderia vê-los, ele parou o carro, tirou a capa e os sapatos e desceu, ela tirou os sapatos e desceu também e foi até ele, ele a abraçou e andaram até a beira da água, ele sentiu as ondas quebrarem e baterem em seus pés, ele sorriu e falou:

- Eu precisava disso, faz tanto tempo que eu não sinto o mar, e esse era uma das coisas que eu mais gostava, não ficava nem duas semanas sem chegar perto do mar.

- Que bom então, que você está se permitindo sair.

- Na verdade é você – ele abraçou-a com mais força – me faz ver as coisas de modo diferente.

- Que bom então, se isso te faz bem...

Ele levantou ela no colo e correu em direção a agua se jogando com ela, eles riram e se beijaram, após alguns minutos saíram, totalmente encharcados e se jogaram em cima de umas toalhas que Lucas tinha no carro, olhando o mar, passaram algumas horas e o sol começava a nascer no horizonte e eles perceberam que haviam ficado tempo de mais fora, suas roupas já estavam secas, ele se levantou e ajudou-a a se levantar, indo até o Jeep e entrando, ela entrou também e ele falou:

- Acho que temos que ir.

- Podemos sair outro dia? – perguntou ela querendo tirá-lo de casa

- Talvez – ele disse e ela percebeu não ter uma resposta

Eles voltaram para casa e eles foram para o quarto de Lucas, eles dormiram, Lucas se viu novamente naquela noite fria, eles estavam acampando ele e seu melhor amigo:

Ele me chamou para se aproximar da beira, e quando eu cheguei uma mão me empurrou me fazendo cair, enquanto eu caia, meu corpo ia batendo nas pedras do penhasco então o tombo foi inevitável e eu apaguei, acordei horas depois já estava bem mais escuro a noite fria chegava junto com a chuva que molhava o pouco que restava do corpo, fora a parte que estava dentro da água,  tentei me mexer, mas não consegui, a agua do mar batia no meu corpo, a minha sorte foi que eu cai em uma pedra, sorte ou azar, pois sei que as pedras agravaram meu estado, a agua me traria a morte, meu sangue está em tudo que eu consigo ver e eu me sentia fraco demais e doía demais, nunca senti tamanha dor, estava fraco demais para chamar por socorro, eu não entendo o porque, mas ele me empurrou o meu melhor amigo me jogou do alto do morro, eu não consigo abrir um de meus olhos, sinto um corte nele, meu outro olho eu tento manter aberto tenho medo de fechá-lo e não abrir nunca mais, vejo que era verdade, Pedro e Marta sempre me avisaram dos dois, mas eu era apaixonado por ela e ele era meu melhor amigo eu nunca desconfiaria deles e esse foi meu maior erro, a sonolência começou a bater e eu me entreguei. Acordei horas depois com o sol alto, me doíam os olhos, a dor era quase insuportável e a fome e a sede me consumiam mais do que meu corpo quebrado, esse lugar é único, pouca gente vem aqui, e foi ai que o desespero me bateu, eu sentia as pedras grudadas em minha coluna e sei que estou morrendo aos poucos, não consigo entender como estou vivo, o sol parece cada vez mais forte, assim como minha dor e eu desmaiei, acordei de noite com um barulho forte e luzes, abri o olho e vi um helicóptero e havia um barco bem próximo de mim, ouvi alguém me tranquilizar e dizer que tudo ficaria bem, e então mexeram em mim, a dor era tamanha que eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora
Espero que gostem
Comentem por favor
Beijos MariSB



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