A muito tempo, antes mesmo do Chronos, quando tudo era sem forma e vazio, a única coisa que existia era uma grande consciência e suas criaturas de luz.

Um dia essa grande consciência entoou cânticos, alguns falavam de grandes extensões de terra, outros de mares e o mais bonito deles falava de criaturas fantásticas. Obedecendo aos cânticos o vazio moldou-se, até se tornar um planeta.

Esse lugar era tão perfeito e seus habitantes tão amados pelo criador que alguns dos seres de luz ficaram enciumados, entre eles o maior de todos, o mais próximo ao Criador, Lúcifer.

O anjo sentindo-se rebaixado diante de tais criaturas resolveu rebelar-se contra seu Senhor.

O embate entre as forças durou um tempo indeterminado, o anjo de luz foi então derrotado, ele foi expulso do paraíso levando consigo a terça parte dos anjos.

O mesmo tramou por muitos anos formas de vencer o Criador, mas todas foram em vão, foi quando percebeu que a melhor forma de atingi-lo, seria corrompendo o que ele mais amava, suas pobres e inocentes criaturas, as quais ele considerava tão insignificantes, mas que eram tão lindas aos olhos do pai.

Pensando em como os corromper extraiu de si sete de suas mais terríveis essências dando forma e consciência aos sete pecados.

Deus através de sua onisciência acompanhou todas as artimanhas do anjo caído, temendo que sua nobre criação se perdesse ele forjou com o poder dos elementos e da luz cinco anéis, eles permitiriam que seus filhos lutassem contra os sete pecados.

Entregou a posse dos anéis ao homem mais justo sobre a face da terra, o nome dele era Ériol.

Um dia quando Ériol estava só, ouviu uma voz forte e diferente de tudo que já havia escutado. — Ériol, meu maior orgulho entrego-lhe a posse desses artefatos, para que você seja o primeiro mestre e que guie os meus até o dia da grande vitória, instituo agora sete cidades que serão solo sacro e de lá hão de vir os seus pupilos, que a minha paz seja convosco.

Quando a voz cessou Ériol viu um feixe de luz dourada descendo do céu sobre o holocausto que estava a sua frente e lá se encontrava uma caixa toda feita de ouro e dentro dela estavam os anéis sagrados, assim deu-se inicio a trajetória dos guardiões da existência.

*Nota Chronos não se refere ao titã grego, mas sim a uma forma de diferenciar o tempo, onde Chronos representa o tempo sequencial ou seja o tempo humano e o Kairós designa o tempo divino uma medida não-física.