The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 9
I'll do what I want 'cuz I can


Notas iniciais do capítulo

Mais um meninas.



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Mariana.

                    

                    Eu estava deitada, pensando quando me bateu um vazio, como se estivesse faltando alguma coisa... eu precisava de droga, isso eu precisava cheirar. Sim, eu havia mentido pro Pedro, eu tinha sim me viciado e não sai de Utah por causa do casamento eu já havia sido explusa porque acharam 3 cones transparentes de cocaína no meio das minhas coisas, e na verdade, quem me ensinou a cheirar foi a minha irmã. Peguei o telefone e liguei pro único que podia me ajudar. Chamou três vezes até ele atender:

                        -Alô, Moisés?- Eu perguntei

                        -Mariana... quanto tempo. O que pede pra hoje?

                         -O de sempre. Onde eu te encontro?

                        -No mesmo lugar de sempre. Em frente aquela balada. Vê se não demora, os tiras estão fazendo blitz.

                        -Chego em meia hora.

      Corri pro closet e vesti uma roupa, quando voltei Pedro já tinha saído do banheiro

                       -Aonde você vai?- Ele perguntou secando o cabelo na toalha

                      -Hoje é aniversário de uma amiga em uma balada.... ela me ligou agora.- Eu menti- Você não se importa não é?

                      -Não, claro que não. Quer que eu vá junto?

                      -Não precisa. Lá só vai ter meninas- Menti de novo.

                      -Quer pelo menos que eu te leve?- Ele perguntou indo pro banheiro estender a toalha

                      -Também não precisa, eu pego um táxi.

                       -Tudo bem, mas não volte tão tarde - Ele disse e eu sorri. Minhas veias pulsavam e pediam por droga, minha apesar do batom estava ressecada, e eu tremia.

                   Cheguei na porta da balada e Moisés estava parado lá, cheguei perto dele

                        - Ora donzela, achei que ia ter que mandar te buscar. Demorou hein?

                        -Foda-se Moisés, eu tô aqui agora não tô? Me passa essa porra aqui.- Eu falei desesperada e ele riu.

                         -A mocinha tá estressada é?- Ele gargalhou e eu entreguei o dinheiro a ele.- Bem melhor...- Ele disse fazendo as cédulas de leque.- Bom gata,  tenho mais o que fazer, se precisar de mais, sabe onde me encontrar.- Ele deu um beijo no canto da minha boca e eu limpei com a mão fazendo cara de nojo.

               Segui pra um beco onde eu sempre costumava ir, lá tinha tipo uma praça abandonada. Me sentei em uma das mesas, peguei a dorga e fiz duas carreirinhas em cima da mesa, olhei pro dos lados pra vê não tinha vindo ninguém e cheirei uma das carreirinha, me senti tonta e ao mesmo tempo reconfortada, comecei a rir e cheirei a outra carreirinha mais rápido, meu nariz coçou e eu senti a cola melar meu nariz, funguei e levei toda aquela dorga pro meu organismo, comecei a chorar e a rir ao mesmo tempo, tinha outros drogados por ali , eles começaram a se aproximar e um deles, um loirinho dos olhos azuis me ofereceu uma garrafa cheia de vodka, eu aceitei e bebi, eles olharam pra minha cara e começaram a rir,  ri também jogando a vodka que estava na minha boca na cara de um deles, rimos mais e de repente eu comecei a pensar em Pedro, do jeito que ele estava tentando me proteger e de como eu estava fodendo tudo. Em meio as minhas gargalhadas eu comecei a chorar, ai eu agora chorava e ria, todos os dois sem motivo nenhum.

               Depois de tanto chorar e rir, os outros foram embora e só sobrou eu e o loirinho, nem eu nem ele falava nada com nada e tanto eu como ele bebíamos, lembrei que ainda tinha dois cones na minha bolsa e despejei eles na mesa, cheiramos e eu já estava com o coração palpitando e a respiração acelerada, fui ficando cada vez mais tonta e só o que eu senti foi o baque do meu corpo contra a mesa.

      Pedro.

           Já eram 3 da manhã e Mariana não tinha chegado ainda, o celular dela chamava chamava e não atende, aquilo já estava me dando nos nervos e me deixando preocupado pra caralho. Eu já ia ligar pra ela de novo quando o telefone fixo tocou

                  -Alô?- Eu atendi

                  -Você é o....- A pessoa parou como se estivesse lendo alguma coisa- Pedro Lanza?

                   -Depende, quem é?

                    - Quem é não te interessa, mas dá pra você vim buscar sua esposa aqui na frente da Dolce? sabe como é se a polícia passa e pega ela desmaiada, eles fodem todo mundo.- Perae...policia?

                    -Na Dolce? que Dolce? aquela balada que só da drogados?

                     -Pô boy, existe outra? Escuta, se você não vier buscar ela, a gente dá um jeitinho de entregar ela pra você no caixão falô?- Ele disse e desligou. Peguei a chave do carro e corri até lá, tinha um mar de gente amontoado e eu deduzi que era ali que ela estava. Fui até lá me esquivando de alguns bêbados que estavam vomitando e vi ela, desmaiada sobre uma mesa, tinha uma garrafa de bebida perto dela e um pó branco perto dela...droga.

                  Peguei ela no colo, com uma raiva tremenda e coloquei ela no banco de trás deitada e tentei acordá-la

                  -Mariana...Mariana...?- Eu chamava e sacudia ela

                -hum.....- Ela gemeu de olhos  fechados

                 -Abra os olhos por favor?- Eu disse e ela negou coma  cabeça

                  -Não que você vai me bater- Ela disse infantil e começou a rir. Eu suspirei e fui pro banco da frente. Amanhã quando ela acordasse ia ouvir de mim. Ah se ia. Porra, eu estava fazendo TUDO pra ela ser feliz, e ela se auto destruindo. Eu estou quase desistindo.


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