The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 10
Like made of glass.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, espero que gostem. xx @cocaineandblood



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Pedro.

      Passei a noite em claro, do lado dela caso acontecesse alguma coisa...Meu Deus, eu sou MUITO otário, ela é uma drogada...uma doente e eu aqui me preocupando por nada. Suspirei e olhei pra ela de novo que dormia ao meu lado, sabia que não ia conseguir dormir mesmo e resolvi descer pra comer alguma coisa. Fui pra cozinha, abri a geladeira e fiquei procurando o que comer, por fim peguei uma caixa de morangos e um pote de nutella e fui pra sala.

         Liguei a televisão e o relógio dela marcava 4h30 da manhã, passei o canal pra Disney e fiquei assistindo qualquer merda que tava passando lá. Meia hora depois mais ou menos, eu estava comendo o último morando quando eu ouvi um gemido :

            -Pedro....-Eu virei pro fim da escada e Mariana estava lá, com uma cara terrível

             -Fala- Eu disse com desdém

              -Me ajuda....- Ela disse um pouco baixo e eu levantei bufando do sofá e fui até ela.

              -O que é?- Eu disse indiferente

              -Eu...eu tô passando mal, meu estômago tá embrulhando, minha cabeça parece que vai explodir e eu tô tonta- Ela disse baixinho.

             -Também depois da merda que você fez, queria estar bem?- Eu disse com raiva e ela me olhou. - Vem, deixa eu te ajudar a tomar um banho- Eu a segurei pelo braço, com raiva, mas com cuidado pra não machucá-la. Seguimos pro banheiro e eu a ajudei a tirar a roupa, ela tinha realmente um corpo lindo. Ela tinha também nas costas, uma tatuagem linda.

           -Eu vou sair pra você terminar de tirar a roupa e tomar banho.- Eu anuciei e ia saindo quando senti as unhas dela apertarem de leve meu braço.Suspirei.- Que foi?

           -Não...não me deixa aqui.- Ela disse manhosa

           -Caso você ainda não tenha percebido, nós não temos tanta intimidade pra eu ver você nua. Agora tome banho logo enquanto eu vou procurar um remédio pra você.- Eu larguei o braço dela do meu e saí do quarto. Procurei feito doido no quarto e nada. Era hora de acionar o serviço Leni de emergência. Liguei pro celular dela duas vezes até ela atender:

              -Fala Pedro..- ela disse sonolenta

              -Oi pra ti também mãe...-Eu disse- Aonde fica a caixa de remédios e que remédio é bom pra curar uma puta de uma ressaca causada por cocaína e vodka?

              -Cocaína Pedro ?você não.... ah droga, Mariana! A caixa tá lá na cozinha, em um armário perto de dispensa. Pega qualquer merda que cure essas coisas. Beijo, deixa eu dormir- Ela disse e desligou. Fofa.

 Peguei a caixa na cozinha e peguei um remédio que minha mãe costumava me dar quando eu ia às premiações e voltava bêbado, enchi um copo com água e voltei pra cima. Mariana estava com dificuldade pra fechar o sutiã e eu bufei colocando a água e o remédio em uma mesa e fui ajudá-la.

        -Obrigada- Ela disse fraca e sorrindo. Apenas me limitei a fechar a cara e voltar pra pegar o remédio.

          -Toma aqui seu remédio, e, por favor, volta a dormir. Você atrapalha menos a minha vida. - Eu disse e praticamente joguei a água em cima dela. Peguei meu travesseiro e meu edredom e desci de novo. Eu me arrependeria disso amanhã de manhã.

          Mariana.

                 Eu queria discutir com ele sobre o que ele disse mas não tinha força suficiente pra isso. Não força só físico – o que também estava atrapalhando- mas força nos argumentos, eu sabia de toda história dele, sabia que ele tinha perdido a mulher que amava por... minha culpa, ele estava tentando me proteger e eu só fazendo merda, como sempre. Joguei meu corpo contra a cama e remexi um pouco até o remédio fazer efeito e eu  finalmente conseguir dormir. Eu não queria de jeito nenhum ficar brigada com Pedro, porque ele me ajudava e me tirava da lama, se ele ficar puto comigo vai ser como se eu estivesse em casa. Eu teria que mudar minhas atitudes ou quem sofreria seria eu.

          Pedro.

   Saí do quarto e bati a porta, fingi descer as escadas e depois de uns 10 minutos eu voltei, ela já dormia. Sentei-me em uma poltrona do lado da cama e fiquei cantando baixinho, eu não tinha sono e não me permitiria dormir até ter certeza que ela estava bem. Eu e a minha mania ridícula de proteção Eu sabia que o que eu tava fazendo por Mariana era absolutamente ridículo levando em consideração a falta de interesse nela por mim. Não que eu queira me envolver emocionalmente com ela, porque é do que menos preciso agora, mas é que ela precisa de ajuda, ela não tem ninguém pra apoiá-la, ninguém pra fazer ela se manter viva, é por isso que eu quero fazer de tudo pra ver ela feliz. Ela tem um sorriso lindo, ela É linda.  Pela manhã eu marcaria a consulta com a psiquiatra de novo, já que eu esqueci que era hoje. Mas eu não daria o braço a torcer. Eu continuaria evitando-a, não deixando ela só, porque sei as conseqüências que isso traria. Mas assim como hoje, eu iria protegê-la na calada da noite, até que ela se mostre interessada em mudar.


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