The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 8
I don't want this moment to ever end.


Notas iniciais do capítulo

Olá. xx @cocaineandblood



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Mariana.

 Eu estava no banheiro sentada ao lado do vaso sanitário prestes a enfiar o dedo na garganta e jogar fora tudo que eu comi quando meu coração apertou e eu senti culpa, culpa pela merda que eu ia fazer, depois de comer eu estava incrivelmente bem e Pedro se esforçou horrores pra me ver daquele jeito e além do mais, eu não dançava mais, não tinha que ser perfeita, mas .... ser gorda me incomodava, pesar 48kg é beirar a obesidade, mas fazer o esforço de Pedro ir pro água abaixo -literalmente- era magoá-lo e apesar de apenas 2 dias de casados ele estava fazendo por mim o que ninguém fez, pelo menos até meu pai morrer. Levantei decidida a não miar tudo e fui deitar um pouco, antes me olhei no espelho, eu já não parecia tão morta como antes. Deitei e fiquei assistindo qualquer coisa que passava na tv até umas 15h quando Pedro entrou no quarto com uma menina linda no colo, eu lembrava dela, era sobrinha ou qualquer coisa do Pedro, reconheci a irmã e a mãe dele vindo atrás dele e me levantei pra ir falar com elas.

               -Olá querida.- A mãe dele falou simpática- Acho que você sabe quem eu sou mas não fomos apresentadas, meu nome é Leni, e essa é a Michelle irmã do Pedro e a pequena é a Duda, minha neta.

             -Olá, acho que todos sabem meu nome não é?- Eu disse dando um meio sorriso e elas sorriram também.

             -Sei lá, seu nome é meio grande, posso te chamar de Mari né? Ótimo, vou te chamar de Mari, ai eu amo esse nome, escuta, eu vou ser uma ótima cunhada, vamos fazer compras com as meninas todas e....

           -Calma Micha, ela vai se assustar- Pedro interrompeu a irmã que desenfreou a falar e eu ri- Mari, tem umas amigas minhas e de Mi lá embaixo, elas trouxeram brigadeiro, disseram que no casamento você parecia que ia sumir de tão magra- ele fez bico e eu fiz uma careta fazendo dona Leni e Michelle rir.

      -Eu vou descer, deixa eu procurar a porcaria do meu chinelo que some o tempo todo.

Eu desci e tinha além de Michelle, tinha uma meio morena, tinha outra abraçada a morena, parecia namoradas, e por último uma loira com cara de mal-encarada. Passamos o dia nos divertindo muito, dei boas gargalhadas com as meninas e descobri bastante coisa, tipo que a Mô e a Lu são casada, as duas são um amor, só não me dei bem com a loira, uma tal de Bruna, ela discordava de tudo que eu dizia e me olhava torto. Não gostei dela. Eu fui à cozinha pegar alguma coisa pra aquele povo todo comer e voltei pra sala sentando do lado de Bruna, eu estiquei meu braço pegar um pouco de pipoca e Bruna viu meus cortes, ela segurou meu braço com força e fez cara de nojo.

        - Que é isso garota? Quantos anos você tem? 12, se cortar é coisa de adolescente mal comida- Ela disse e. Poxa, aquilo doeu pra caralho. Sai de lá batendo o pé e rápido, mas consegui ouvir Pedro dizer \"Pegou pesado hein Bruna, puta que pariu você sabe de tudo\". Fui pra varanda e sentei em uma cadeira de balanço, eu queria chorar, só isso. Senti alguém sentar do lado e olhei, era Pedro.

            -Perdão por Bruna, ela é uma otária- Ele disse

            -T-Tudo bem...- eu disse com dificuldade por causa  do nó na garganta, e ele se aproximou de mim

            -Não tá “tudo bem”, vem cá, deixa aquela filha de uma puta lá. - Ele me abraçou confortavelmente em seu peito e eu chorei. Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas foi o suficiente pra escurecer, Michelle foi pedir desculpas por Bruna, e o mesmo aconteceu com as outras meninas, depois elas se despediram e eu subi de novo, dessa vez sendo seguida por Pedro, que foi tomar banho, eu voltei pra cama onde estava deitada pouco tempo antes e me deitei, pouco tempo depois meu celular tocou, atendi.

            -Alô?- Alguém falou do outro lado da linha

            -Alô, quem fala?

            -Mari? Oi, sou eu, Tio Renato

            -Oi tio, que saudade- Eu disse, Renato era meu tio e advogado da família

            -Eu também linda, tenho uma notícia ótima pra te dar.

            -Fale.- Eu disse curiosa

            -Parece que temos uma pista de onde seu pai deixou o testamento

            -Isso parece ótimo...

            -E é, talvez com a conta que ele tem na Suíça, poderemos pagar a dívida sem ajuda dos Lanza Reis. - Ele disse e eu fiquei triste, se eu voltasse pra casa, na certa morreria

            -E aonde está?

            -Ainda não sabemos ao certo, seu pai deixou um tipo de enigma, estamos tentando decifrar. Mas como anda a vida de casada?

            -Bem.

            -Cuidando de aumentar nossa família?

            -Tio!- Eu o repreendo.

            -Ok, desculpa, olha princesa vou ter que desligar, estou cheio de processos, torça pra nós acharmos o testamento.

            -Tudo bem, tchau tio, beijo

            -Tchau princesa. - Ele desligou. Eu honestamente não queria que ele achasse a droga do testamento, primeiro, eu sabia que meu pai havia deixado tudo pra mim, segundo, eu sou menor de idade, minha mãe tem todo poder sobre mim, e terceiro, eu estava curtindo o Pedro, digo, não curtindo...de gostar, mas ele tentava me fazer feliz, e eu gostava, não queria voltar pra minha casa, não mesmo.


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