The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 11
Don't make me change my mind.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu ia postar só amanhã, mas hoje a ula de geografia me rendeu 1 bom capítulo.



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Pedro.

         era por volta do meio dia quando Rô entrou no quarto a ponta de pé e sorriu ao me ver acordado, sentado na poltrona.

      -Não vai descer pra almoçar querido?- Ela disse baixinho, chegando perto de mim.

      - Eu vou. daqui a pouco. Vou tomar um banho e acordá-la.-Eu disse no mesmo tom e ela sorriu maternalmente e beijou o topo da minha cabeça, ajeitando minha franja com os dedos. Ela saiu fechando a porta e eu fui pro banheiro. Abri o chuveiro o mais forte que pude, reclamando mentalmente quando a água morna  tocou o machucado da minha testa.

 Deixei a água escorrer por meu corpo por uns 40 minutos até tomar um banho de verdade. Saí do banheiro e meu corpo estremeceu quando senti o frio que estava fazendo, fui pra minha parte do closet e peguei um moletom confortável e um par de meias, calcei meus chinelos e fui escovar os dentes. Qualquer fã que me visse daquele jeito, não me acharia nada sexy.

              Aproximei-me devagar da cama me agachando pra chamá-la.

            -Mariana....- Eu a chamei baixinho, sacudindo seus ombros, ela abriu os olhos devagar e se espreguiçou.- Levanta, passa uma água no rosto e desde. O almoço tá na mesa.

             -Eu não tô com fome. -Ela chiou com a cabeça enterrada nos travesseiros.

              -Mas você precisa comer. -Eu disse.

               -Achei que você não se importava. -ela disse e me olhou com a sobrancelha arqueada.

               -Eu não me importo. -Menti. -É só que se você passar mal, eu terei que chamar um médico, os fotógrafos irão ver, irão atrás do médico, ele irá dizer o que você tem, vão fazer investigações, irão descobrir o transtorno e conseqüentemente sobre a bulimia, você vai virar assunto, é isso que você quer? Não né? Agora você, por favor, levanta e vai comer. - Eu disse e ela suspirou derrotada levantando.

               O almoço que seguiu foi de um silêncio perturbador. Nenhum de nós falava nada e vez ou outra ela limpava uma lágrima que teimava em cair. era lógico que doía em mim vê-la daquele jeito, mas ela teria que mudar, que não fosse por mim, mas por ela própia. eu não suportava ver ninguém daquele jeito, ainda mais se fosse minha culpa.

            Ela limpou as lágrimas que agora caiam sem parar e eu senti uma vontade terrível de abraçá-la e dizer que estava tudo bem, que eu não estava com raiva dela, que era só pressão, aparência. Mas ao invés disso, eu apenas levantei e coloquei o prato na pia saindo da sala de estar e indo pra sala. Liguei pra clínica pedindo mil desculpas por não ter ido ontem e consegui remarcar a consulta pra semana que vem, ou ela iria por bem, ou ela iria por mal. Nem que eu tivesse que forçá-la.

        A nossa tarde, assim como o almoço, foi quieta, nenhum de nós pronunciávamos nada, apenas fitávamos a televisão, se ela estava prestando atenção eu não sei, eu sei que eu não estava.

         19:30, exatamente esse horário, meu celular tocou, na tela tinha escrito "Chefe", droga, o que ele queria. Atendi.

           -Alô?

            -Pedro, cadê você?- Ele disse aflito

            -Na minha casa, era pra eu estar em outro lugar?

            -Era pra você estar aqui no aeroporto em meia hora, esqueceu?

             -Puts Chefe, eu tinha esquecido.-Eu disse batendo na minha própria testa.- Que horas começa a premiação?

             -Amanhã de noite. Ah, traga sua mulher, ela é o assunto do momento.

             -Pode deixar. Pego o vôo amanhã cedo.

              -Beleza então, falô Pedro.

               -Até amanhã.

               -Até.- Ele desligou.

 Eu olhei pra Mariana e nessa mesma hora ela virou o rosto, como se não estivesse prestando atenção.

           -Vamos ter que viajar.- Eu disse.

           -Pra onde?- Ela se pronunciou, depois de horas sem dizer nada.

          -Rio. Vai ter uma premiação. Nós iremos juntos, parece que você é a atração principal.

         -Ótimo.-Ela disse debochada (n/a Tá de deboche? ahauhauha n)

          -Sairemos amanhã bem cedo. Arrume suas coisas. qualquer coisa a gente compra um vestido lá mesmo.

          -Tudo bem.- Foi só o que ela disse e subiu, creio eu pra arrumar as coisas.

             A noite caiu, ela não voltou pra sala, esperei até dar umas 23:30 pra subir, pra cuidar dela. Subi e ela estava dormindo. Sentei na poltrona e lá fiquei, olhando-a soluçar, mesmo dormindo, mas dessa vez não fiquei acordado muito tempo, logo dormi. Amanhã seria um longo dia.


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