Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 42
Capítulo 42




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- Mãe... - Isso foi a ultima coisa que Liz conseguiu dizer para mãe, naquele exato momento o caminhão veio com toda a velocidade para cima delas, atingindo bem ao lado do passageiro com tudo, fazendo com que o carro capotasse três vezes antes de conseguir parar. O carro que vinha logo atrás o de Alice também foi atingido, mas não aconteceu muita coisa com o motorista. Ao ouvir o estrondo, os moradores das casas, aos poucos, foram saindo para saber o que aconteceu.  Assim que avistaram o acidente uns ficaram desesperados, outros voltaram para dentro para ligar para a emergência, enquanto alguns curiosos chegavam mais perto para verem quem estavam nos carros atingidos.

            Dentro do carro, Alice dera seu último suspiro ainda consciente, suas vistas estavam embaçadas e não entendia o que estava acontecendo, simplesmente a dor que sentia era tão forte que não conseguia pronunciar nem uma letra se quer. Ao olhar para o lado e ver Liz desacordada Alice apenas pensou no pior, mas ainda para ela havia uma breve chance de sua filha estar bem, apenas desacordada, então abatida pela dor e um pouco confusa deixou completamente que a escuridão tomasse conta do seu corpo e de sua mente.

            Um dos moradores dali saíra da casa assim que ouviu sirenes sendo soadas perto de sua casa e assim que saiu viu toda aquela confusão, três ambulâncias paradas ao meio de uma batida violenta, se haviam sobreviventes ainda não sabiam ao certo, mas alguns ali ainda tinham fé. Assim que chegou mais para fora e avistara aquele porsche amarelo lhe veio logo na cabeça o nome de seu amigo e colega de trabalho. Foi em direção o mais perto que conseguiria para ver o rosto da pessoa que dirigia este carro. Os policiais estavam rigorosos e não deixavam ninguém se aproximar.

            - Por favor, senhor não se aproxime. - Disse um dos policiais não gostando da presença daquele homem perto da cena.

            - Eu conheço as vítimas daquele carro, só tenho que ter certeza para avisar ao marido da vítima. Por favor. - Ele pediu, o policial ainda era muito turrão, mas deixou que aquele homem entrasse na cena do acidente e se aproximar dentro do carro. Assim que viu aqueles cabelos escuros na altura do ombro teve a certeza e arregalou os olhos e assim que viu a filha dos dois ele não tinha mais como fugir da verdade ele sabia quem era e teria que avisar ao amigo. – Meu Deus.

            - Você as conhece?

            - Sim as conheço. - Ele disse um pouco fora de si, não querendo acreditar que teria que dar esta notícia para Jasper, praticamente seu irmão de coração. – Vou ir avisar ao marido dela, logo ele estará aqui.

            A caminhada até a casa de Jasper pareceu longa demais, como se tivesse andando quarteirões, mas assim que chegou perto da campainha também desejou que isso tivesse demorado um pouco mais, pois não era todo dia que dava uma noticia dessas para uma pessoa que você ame muito. Chegando à porta principal ele chegou à mão perto da campainha, mas receou tocá-la, mas teria que fazer aquilo de qualquer maneira.

            Assim que o som da campainha ecoou pelo ambiente as pessoas que estavam naquela casa escutaram, Eric foi o que estava mais perto no momento enquanto Jasper conversava com alguém pelo telefone. O garoto de doze anos fora atender a porta e assim que viu de quem se tratava deu um pequeno sorriso.

            - Oi Paulo, quer falar com meu pai? - O menino perguntou ainda não entendendo a cara séria do amigo de seu pai, mas deixou passar a curiosidade, pois não gostava de se intrometer na vida dos outros, já que para ele é cada um com seus problemas.

- Por favor, Eric. - Ele ainda continuava sério o menino fugiu um pouco com o olhar vendo de longe um acidente que ocorrera logo ali perto. Ele apenas observou e foi chamar se pai que ainda se encontrava ao telefone, mas assim que ouviu o nome de seu amigo ele foi rapidamente para a porta e sorriu ao vê-lo ali, logo se despediu de sua irmã do telefone e foi conversar com seu velho amigo.

            - Oi Paulo, o que lhe trás aqui? - Jasper disse em um largo sorriso enquanto Paulo permanecia em sua expressão séria, o que Jasper não sabia era que algo horrível havia acontecido com parte de sua família. – Aconteceu alguma coisa? Porque você está com essa cara? Diga homem está me deixando preocupado. - Jasper disse em disparado com seu sorriso sumindo aos poucos, não estava entendendo o que estava acontecendo, Eric naquele momento saíra de casa e parou ao lado do seu pai, observando melhor a cena do acidente e assim que parou para observar melhor viu uma parte do carro que estava de um lado completamente destroçada. Assim que vira o único porsche 911 amarelo do bairro o menino ficou perplexo.

            - Jasper a Alice e a Liz elas...

            - Não pode ser... Pai, diga que não é verdade... - Neste exato momento o menino interrompeu o Paulo assim que percebeu o que havia acontecido. O menino abraçou o pai já chorando, Jasper não estava entendendo nada até olhar para a cena logo a sua frente. Ele ficou perplexo com a multidão e ficou pior ainda quando viu aquele carro muito bem conhecido por ele.

            - Meu Deus... Paulo fique com Eric. - Jasper disse já correndo pela rua a fora e muito menos notou quando uma moto teve que frear bruscamente para não pegá-lo. Para ele aquela caminhada estava demorando tanto, mas quando chegou lá se arrependeu de ter chegado, viu naquele momento Alice ser levada para ambulância desta vez acordada. Jasper sentiu suas pernas ficarem bambas e suas mãos trêmulas, nem percebera que naquele momento havia falhado sua respiração e só deu por si quando lhe faltou o ar. Alice antes de ser levada para dentro da ambulância conseguiu vê-lo, Jasper tentou ultrapassar a linha para ir falar com ela, mas um policial lhe impedira naquele exato momento. – Me solte, eu quero falar com minha esposa.

            - Se acalme rapaz. Ela é sua esposa? - Perguntou o policial novato, estava ainda em treinamento o que fazia Jasper ficar ainda mais irritado, mas sua salvação estava logo ali do lado.

            - Pode deixar Pablo eu converso com ele. - Disse o chefe de polícia Charlie, amigo da família e um policial respeitado por todos. – Jasper pode entrar. - Disse Charlie levantando a fita de não ultrapassa para Jasper. – Eu realmente sinto muito, se você quiser vá falar rapidamente com Alice e saber para onde as levarão.

            - Obrigado Charlie. - Ele disse chegando na porta da ambulância onde Alice recebia seus primeiros socorros, um dos enfermeiros tentou barrá-lo, mas Jasper já estava farto daquilo e simplesmente empurrou o enfermeiro entrando na ambulância. – Alice, meu Deus o que aconteceu? - Ele disse pegando na mão dela cuidadosamente, como se ela fosse uma bonequinha de porcelana.

            - Jaz... Jazz... A... Li...Liz. - Ela tentou dizer antes de ser impedida por Jasper.

            - Fique calma eu vou ir ver como ela está. - Ele lhe deu um sorriso confortante e logo atrás dele aquela mesma ambulância fora fechada indo em direção ao hospital. Enquanto isso outros para médicos tentavam juntamente com os bombeiros retirarem a outra vítima no meio das ferragens, Liz estava com as pernas presas nas ferragens do carro e o corpo de bombeiro estava tendo um problema muito grande para retirá-la dali, sem contar que a cada segundo que se passava era um risco para sua vida. Os paramédicos estavam preocupados pois a garota estava desacordada e ela se encontrava mais ferida, pois o caminhão acertara em cheio exatamente o lado onde ela se encontrava. Ela estava perdendo sangue e sua pulsação estava fraca e a cada movimentar do ponteiro do relógio que passava sua vida corria mais risco.

            - Charlie o que aconteceu aqui? - Perguntou Jasper desesperado ao ver a imagem da filha nem sequer podia se aproximar e estava com medo de perdê-la.

            - Bem Jasper, pelo o que tudo indica no momento em que o sinal abriu e Alice arrancou com o carro aquele caminhão veio com tudo para cima dela, pelo simples motivo dele estar embriagado, com o nível de álcool que ele esta no sangue não era possível que ele não conseguisse desviar, então, estamos achando que ele havia cochilado no volante. Eu realmente sinto muito Jasper, você sabe o quanto gosto de vocês, principalmente da Alice que sempre vivia lá em casa desde pequena, eu a considero como uma filha, você sabe disso. -Charlie disse isso com um nó na garganta se debatendo com seus sentimentos  para não chorar ali, na frente daquelas tantas pessoas, ele estava em seu trabalho e era ali o único lugar que ele não se permitia se emocionar, mas quando chegasse em casa ou em algum lugar que estivesse sozinho ele se lamentaria pelo ocorrido.

            - Eu entendo Charlie e obrigado pela preocupação. Eu... Eu tenho que fazer alguma coisa... Ir para o hospital... - Ouve uma breve pausa ali, Jasper estava completamente desnorteado, não sabendo mais o que fazer olhou para os lados, e colocou a mão na cabeça. Estava confuso e sua cabeça não estava processando as coisas muito bem. – Eu não sei o que eu faço... - Ele disse baixo, mas Charlie foi capaz de escutar.

            - Eu sei isso é difícil Jasper, entendo que esteja confuso, mas temos que lutar, você sempre soube que há tristezas e felicidades e derrotas e vitórias, precisamos sempre de uma para conseguir a outra. E sabe por que eu lhe digo isso Jasper? Pois eu vi você crescer, vi você superar todos esses obstáculos, as dificuldades da vida foram feitas para testar nossa paciência, você já venceu tantos não vai ser agora que você vai desistir, não é filho? - Charlie disse relembrando toda aquela história do garotinho excluído que brincava no canteiro de sua casa sozinho, seu vizinho irmão gêmeo de uma garotinha também extraordinária, e Charlie sempre se perguntava como é que podia duas crianças tão novinhas poder ser tão independentes? Desde sempre donos do próprio nariz, foi assim que os viu crescer, normalmente tinham amigos apenas na escola e quando chegavam em casa para não morrerem de tédio os dois se permitiam ficar juntos pois eles se consideravam mesmo uma família, cuidavam um do outro e faziam companhia um para o outro. Eles eram companheiros, amigos e acima de tudo irmãos.

            Ele viu aquele garotinho crescer e a cada dia que se passava ele admirava a atitude do garoto, mesmo na crise de adolescência ele nunca deixava sua irmã de lado e quando assim chegaram à faculdade ele finalmente pode conhecê-lo melhor, um garoto inteligente e espontâneo, sempre gostando de interagir com os outros e sempre super protetor, esse podia ser para alguns um defeito, mas para outros uma grande virtude, ele protegia quem amava e assim ele demonstrou quando resolveu se casar com Alice sem a benção de sua mãe, pois ele estava disposto a perder tudo, tudo mesmo para ficar para sempre com a mulher de sua vida. E quando isso se tornou um grande problema ele soube ainda mais dizer em poucas e simples palavras o quanto e como amava Alice.

            Charlie conhecia todos ali muito bem e considerava esses garotos parte de sua família, era muito amigo de Carlisle e assim se aproximou mais da família dele. Viu-os crescerem, se apaixonarem e em fim formarem uma família, mas como a vida é cheia de altos e baixos viu também eles brigarem, discutir muito e sofrerem por peça do destino. Mas também à medida que o tempo se passava ele percebeu que eles amadureciam cada vez mais e mais. Mostrando preocupação com os filhos, correndo atrás de objetivos era com isso que a vida deles se formava em uma emocionante história e era pelo fato de a cidade ser tão pequena o bastante para conhecê-los tão bem, de amigos inseparáveis a família.

            - Não, não vou Charlie. - Ele disse desta vez mais confiante em si, pois ele tinha que lutar para conseguir cuidar delas, como ele dizia antigamente as duas mulheres de sua vida. – Tenho que lutar... Por elas. - Ele se permitiu dar um sorriso e naquele momento os paramédicos conseguiram como em um milagre retirar Liz no meio das ferragens, rapidamente eles a levaram para a ambulância fazendo-lhe os primeiros socorros, Jasper já sabia em que hospital as duas iriam, então se permitiu apenas rezar e tentar controlar os ânimos, ainda teria que arrumar um lugar para que Eric ficasse não gostava muito de ver seus filhos em um hospital, a não ser que fosse preciso. Ele se despediu de Charlie, percebeu que algumas pessoas também voltavam aos seus afazeres e deixavam aquela cena drástica. Logo que voltou para casa viu que seu amigo ainda continuava lá, cuidando de seu filho.

            - Pai... Para onde as levaram? - Pelo visto Eric já sabia de toda a historia, Paulo havia lhe contado. Jasper apenas abraçou o filho durante algum tempo.

            - Elas foram para o hospital filho, vou ir para lá, mas antes tenho que arrumar algum lugar para você passar esses dias.

            - Mas pai. Eu quero ver a mamãe. E a Liz? Elas estavam muito feridas? - Ele perguntou rapidamente esquecendo de puxar um pouco de ar, ele por um segundo sentiu falta de respirar, mas isso para ele não importava, não naquele momento e naquela situação que se encontravam. Jasper ficou ressentido em dizer não para o menino, além do mais ele estava preocupado com o que havia acontecido, pois ele entendia o que o filho estava passando.

            - Olha filho, me escute, vou ligar para sua tia e perguntar se você pode ir para lá. Mas eu lhe prometo que assim que a sua mãe acordar eu lhe busco para que você possa vê-la. Está bem? - Ele perguntou olhando profundamente nos olhos de seu filho, que lhe faziam lembrar os de Alice, o que fazia com que ele ficasse ainda mai preocupado.

            - Você promete? - O garoto perguntou sem querer discutir com seu pai, no momento ele sabia que o que seu pai estava lhe pedindo era o certo a se fazer.

            - Prometo. - Jasper disse ainda sem tirar o olho do filho e logo em seguida, ele foi ligar para Rose para saber se Eric poderia ficar na casa dela durante alguns dias.

            - Pai, você quer que avise aos meus avós? Você não deve estar preparado para fazer isso, eu acho. - O menino perguntou inocentemente apenas querendo ajudar o pai que pelo o que ele percebera, já estava perdido a muito tempo sem saber por que coisa fazer primeiro.

            - O pior que não estou mesmo, mas você não precisa fazer isso...

            - Pai, eu quero ajudar e além do mais você não vai dar conta de falar nada do jeito que está. - Jasper apenas sorriu para o filho, um sorriso fraco. Ele percebeu que seu filho já estava crescendo virando um homem e conseguindo dar conta das coisas antes mesmo do que ele planejava, assim também ocorreu com Liz apesar de ter demorado um pouco mais, mas para ele eles envelheceram precocemente e tinha saudade de quando eles ainda gostavam de ir para o lado de fora da casa para brincar de esconde-esconde.

            Enquanto Jasper explicava para Rose o que acontecera, Eric fazia isso calmamente com seu avô que atendera ao telefone, ele havia pedido com toda força do mundo que fosse mesmo seu avô que atendesse, pois não saberia como sua avó reagiria e provavelmente não saberia se teria forças para lhe dar uma notícia dessas. Carlisle recebeu a notícia um pouco perplexo, não estava aceitando que isso teria mesmo acontecido, mas havia ouvido na radio um pequeno trecho do acidente e nunca, jamais imaginaria que fosse com sua filha e neta que isso ocorrera.

            Já Rose ficou aflita, recebendo a notícia ficou um pouco nervosa se permitiu chorar e Ryan ao ver a mãe assim ficou preocupado, Rose já não conseguia mais falar nada e Jasper ao perceber o estado de sua irmã ao receber aquela drástica noticia lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Ryan pegou o telefone da mão de sua mãe e voltou a conversar com o tio. Assim que soube ficou perplexo sem reação apenas respondendo tudo que seu tio lhe perguntava e concordou em deixar Eric passar quanto tempo precisasse em sua casa, ele logo lhe pediu que lhe desse noticias e que avisasse quando já pudesse visitar as duas no hospital.

            Assim que tudo estava organizado Eric foi rapidamente arrumar algumas coisas e seu pai foi para o carro. Jasper esperava o filho descer com as coisas no carro, com a cabeça baixa encostada no volante. Assim que ele sentiu a presença do filho levantou a cabeça e lhe deu um sorriso confortante, de que tudo daria certo e que acabaria tudo bem, como das outras vezes, pelo menos era o que ele esperava. Então Jasper começou a se dirigir em direção a casa de sua irmã, assim que chegou foi recebido por Emmett que estava com os olhos vermelhos, os dois trocaram cumprimentos singelos enquanto Eric cumprimentou o tio e Ryan o ajudava com as coisas para levá-lo para dentro.

            - Assim que tiver notícias delas nos avise, iremos lá lhe dar uma força. - Emmett disse tentando não chorar novamente, ele sempre fora muito emotivo, mas não gostava de demonstrar isso na frente das pessoas.

            - Obrigado, eu darei noticias sim. Tenho que ir ligo mais tarde. - Os dois se despediram e Jasper foi rapidamente para o carro se dirigindo diretamente para o hospital. Assim que chegou e estacional seu carro foi até a recepção procurar ter notícias de sua esposa e filha.

            - Por favor, queria saber de Mary Alice Brandon Cullen Hale e Elize Anne Cullen Hale, se envolveram em um acidente entre um carro e um caminhão. - Logo a mulher que estava na recepção procurou o nome das duas no computador.

            - Claro, Alice ainda está sendo atendida e Elize está sendo submetida a uma cirurgia. - Naquele momento Jasper pensou não ter entendido direito como se seu cérebro recusasse de receber a noticia.

            - Cirurgia? Para que? - Ele perguntou em disparado.

            - Ela foi atendida pelo Dr. William, ele é neurologista. Sr. Me desculpe, mas ainda não temos muitas informações. Se você quiser aguardar. - Ela disse apontando para a sala de espera ao lado, uma ampla sala de cor clara, tinha uma televisão para entretenimento das pessoas, mas quem é que iria se entreter em um hospital?! Ele foi em direção a sala de espera e se deparou com duas figuras muito bem reconhecidas por ele.

            - Carlisle, Esme...

            - Jasper. - Disse Esme se levantando para chegar mais perto de Jasper os dois se abraçaram como forma de consolo para cada um com o outro. Esme chorara desde quando recebeu a noticia, ela adora todos os filhos e os perder seria muito sofrimento para uma mãe tão apegado quanto a Esme. Só de ver os sofrimentos de seus filhos já é uma dor muito grande. – Você as viu antes delas chegarem aqui? - Perguntou em Esme tentando achar na resposta dele um pouco mais de conforto. Jasper puxou Esme para que se sentasse novamente em seu lugar ao lado de Carlisle que estava calado este tempo todo.

            - Eu estive com elas antes de virem para cá. Alice estava consciente e muito confusa, mas apenas queria saber se Liz estava bem.

            - E a Liz como ela estava? - Jasper apenas abaixou a cabeça e esfregou os olhos tentando afastar as lágrimas.

            - A Liz ela, estava desacordada desde então. Só a vi sendo dificilmente retirada do meio das ferragens, ela estava muito machucada e os paramédicos estavam muito preocupados, não me deixaram vê-la, estou preocupado, talvez ela tenha sofrido algo grave.

            - Não vamos pensar assim Jasper, tudo ficará bem. - Carlisle pela primeira vez se manifestou, ele já havia convivido muito com esses tipos de acidentes e rezava todo dia para que isso não ocorresse com sua família. – Sabe Jasper, eu, em todos esses anos que trabalhei em um hospital como médico, eu presenciei muito desses casos e até piores, às vezes podemos achar que já devemos esperar algo ruim, mas sempre haverá um milagre por trás disso tudo, você verá.

            - É o que todos nós estamos esperando Carlisle. - Ele disse enquanto tentava se aconchegar um pouco mais na poltrona, Jasper se remexia, ficava de pé, andava até que em um momento não agüentou mais, devido ao seu estado emocional ele resolveu ir beber um copo de água com açúcar ou um café qualquer coisa, deixando apenas Carlisle e Esme na sala de espera.

            - Sabe Esme eu nunca pensei que algo assim aconteceria em nossa família. Eu já trabalhei com vários desses casos e tenho que lhe confessar que tenho medo... - Ele disse entre lágrimas, Carlisle adorava a filha, em principal por ser a única filha que ele teve, sempre quisera ter uma menina e em sua ultima tentativa com Esme a sua princesa veio para alegrar a família, sempre tão alegre ele adorava brincar com os filhos e adorava mimar Alice. Às vezes se arrependia de ter a paparicado demais por vez ou outras por motivo de suas birras de quando pequena, mas dar carinho em excesso ao filho nunca é demais. - Nós lutamos para conseguir dar uma vida boa para nossos filhos, sofremos bastante com o julgamento das pessoas, mas soubemos criar nossos filhos com respeito e eles souberam a ser pessoas humildes apesar do dinheiro que a família tem. Mas às vezes eu fico pensando para que serve eu ter ensinado meus filhos a serem assim sendo que podem chegar outros e acabarem com minha felicidade, minha família? - Carlisle não se conteve e explodiu naquele momento, desabafando tudo que queria com Esme, que lhe abraçou tentando confortá-lo.

            - Meu amor, a vida está apenas nos testando, e adiantou muito termos conseguido a ensinar nossos filhos a andar direitos. Hoje eles venceram na vida e graças a nós. Carl, não fique assim, não é sempre você que me promete que vai tudo ficar bem?! Então levante esta cabeça, sei que é um momento difícil para todos nós, mas temos que ser fortes e rezar para que tudo termine bem.

            Carlisle se permitiu sorrir para a sua esposa que tanto amou e ama durante todos esses anos. Passados mais alguns minutos Jasper voltou um pouco mais calmo, havia aproveitado para dar uma volta no jardim do hospital para espairecer.

            - Alguma notícia? - Ele perguntou com um pingo de esperança ainda reinando dentro de si, mas pela a cara deles ele logo percebeu a resposta e foi se sentar.

            - Nada até agora. - Respondeu Esme um pouco sonolenta, ela não era acostumada a ficar assim em hospitais por este motivo ela estava com tanto sono, seus olhos estavam pesados e ela estava quase se permitindo dormir um pouco até que apareceu um médico dentro daquela sala.

            - Vocês são os familiares de Mary Alice Brandon Cullen Hale? - Todos ali se assustaram ao ouvir o nome de Alice, principalmente Jasper que sobressaltou na cadeira já ficando de pé para saber das notícias.

            - Sim, somos nós, como ela está? - Jasper perguntou diretamente, sem ao menos para durante um segundo para puxar o ar, ele estava apreensivo e como sempre sem paciência para mistérios de médicos, apenas queria saber como sua vida se encontrava.


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