Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 43
Capítulo 43




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- Então Dr. Diga alguma coisa. - Jasper se manifestou mais uma vez, desta vez um pouco mais sem paciência. O médico não gostara de como ele o tratava, mas ele já estava acostumado.

            - Bem senhor, Alice está bem, mas um pouco agitada, esta repetindo o nome de uma garota talvez a conheça, ela chama pelo nome de Elize.

            - Sim nossa filha, ela estava no carro no momento do acidente.

            - Ela está sedada por estar muito agitada, mas ela precisa ficar em observação, Alice está com o pulso deslocado e com uma torção na perna esquerda devido a sua perna ter ficado presa, fora isso ela está apenas com alguns outros ferimentos superficiais. - Jasper se permitiu respirar um pouco mais aliviado. Mas sua preocupação apenas passaria quando pudesse vê-la.

            - Mas Dr...

            - Henry. - Completou o médico de uma aparência de ter quarenta e tantos anos, se aproximando de seu meio século de vida.

            - Dr. Henry, podemos vê-la?

            - Claro, mas apenas um de cada vez, não queremos que ela volte a ficar agitada. - Relembrou o médico do fato importante. Mas o que o deixou mais tenso era que teria que esperar para ver Alice, claro cederia para que Esme visse a filha primeiro mesmo desacordada. – E quem de vocês será o acompanhante dela?

            - Eu serei o acompanhante. - Ele disse calmamente. – Se vocês quiserem podem ir vê-la primeira eu vou depois. Ele completou olhando para seus sogros e em seguida indo se sentar.

            - Obrigada Jasper. - Esme lhe agradeceu pela delicadeza dele. Ela foi seguida de Carlisle que lhe acompanharia até o meio do caminho, depois ela foi até o quarto ver a filha e ele se redirecionou para a lanchonete do hospital para conseguir comer algo. Enquanto isso Esme entrava no quarto vendo sua filha ligada em aparelhos. A única vez que ela ficara doente gravemente Esme ficara desesperada em ver a filha sofrendo por causa da anemia. Ela abriu um pequeno sorriso, mas não um sorriso alegre, sim triste em lembrar que este mal assombrou essa família mais vezes, aconteceu o mesmo com sua neta, e ela sabia como isso era horrível.

            Ao ver a filha ligada aos vários aparelhos, de respiração e de batimentos cardíacos ela se lembrou do momento em que Alice foi internada no hospital, pois ela ficara muito debilitada.

Flashback on

            Era um dia chuvoso em Forks, Carlisle tinha mais um longo turno pela frente saíra de manhã bem cedo não dando tempo nem mesmo de sua esposa vê-lo sair. Assim que Esme sentira sua falta tratou de abrir os olhos e logo no lado dele da cama havia um bilhete, como ele sempre fazia quando precisava sair antes que ela acordasse.

            Meu amor me desculpe me ligaram do hospital para ir mais cedo, vou ficar o dia inteiro fora e provavelmente volte apenas amanhã de manhã ou muito tarde, então não espere por mim.

         P.s: Te ligarei mais a tarde.”

                Esme leu aquele bilhete já com saudades de seu marido. Assim que resolveu se levantar foi logo tratar de se arrumar e depois foi no quarto de cada um dos filhos para acordá-los, começando pelo mais velho. Ela caminhou pelo corredor até o quarto de Emmett, assim que abriu a porta foi logo em direção a janela, abrindo completamente, deixando à pequena e curta claridade do dia invadir aquele recinto. Emmett cobriu a cabeça com seu cobertor. Esme sabia de todos os jeitos que Emmett planejava para continuar na cama então usava a mais simples.

            - Levanta logo ou vou jogar água fria em você. - Naquele momento Emmett levantou da cama em uma rapidez anormal. Esme não pode deixar de rir da cena. Emmett com sua cara de sono olhou para a mãe ainda coçando a cabeça meio confuso a única coisa que seu cérebro conseguiu processar foi, água e gelada.

            - Bom dia senhora da água gelada. - Ele disse dando um beijo em Esme e indo na direção do banheiro. Ela ria de pensar que ainda tinha que acordar seu filho mais velho, que estava cursando o último ano do colégio, sim ele já tinha dezessete anos e ainda precisava da mãe para ser acordado.

            - Bom dia bebê. - Ele olhou com cara feia cara mãe de relance e Esme permitiu que desse mais risadas daquele caso. Em seguida foi no quarto do filho do meio o estudioso e extremamente pontual. – Já está se arrumando Ed?

            - Sim mãe, estou quase acabando só um minuto. - Ele disse dentro do banheiro, enquanto já saia do banho com seus cabelos molhados e apenas de toalha. – Só falta me vestir.

            - Você viu seu pai saindo? - Esme perguntou visto que o filho deve ter madrugado.

            - Não mãe, ele deve ter saído bem cedo. - Disse o garoto indo em direção a porta de seu quarto, entrando mandou um beijo para a mãe e trancou a porta para poder se trocar em paz. Agora Esme tinha que acordar somente mais uma pessoa, que ultimamente vinha se parecendo com seu irmão mais velho, dormindo até tarde, mas Esme percebera que algo de errado acontecia com Alice, não era apenas os treinos de balé que a estavam cansando, ela nunca foi assim. Normalmente nesta hora era para ela já estar de pé, assim como Edward Alice era pontual, mas assim como Emmett ela era muito sapeca.

            - Filha acorda, já está na hora de ir para o colégio. - Ela chamava a filha caçula que era extremamente a mistura de seus dois irmãos, ela se queixou e resmungou um pouco. Se virando ficando de frente para Esme, que aproveitara o espaço na cama e deitou-se ao lado da filha bem de frente para ela. – O que está havendo com você Lice?

            - Estou cansada mamãe, eu não quero sair daqui, a cama está tão confortável. - Disse a garota de treze anos, de cabelos escuros e olhos claros, Esme passou a mão no rosto da filha checando de que ela não estivesse realmente com febre.

            - Você está sentindo mais alguma coisa, além disso? - Esme perguntou, querendo saber de alguns sintomas que a filha sentia para ver se podia ajudá-la.

            - Não apenas cansaço. Alice se queixou. Mas Esme não podia deixá-la faltar nessa altura, às provas finais eram todas esta semana e Alice estava tentando estudar bastante, mas a maioria do tempo apenas dormia.

            - Filha você não pode faltar e as provas finais? Assim que você acabar de fazer todas elas você não precisa ir ao restante das aulas.

            - Está bem. - Alice disse vencida. Assim que Esme se levantou Alice fez o mesmo em seguida, quando conseguiu ficar de pé, sentiu um pouco zonza e cambaleou um pouco. Esme foi amparar a filha que logo voltou ao normal. – Só estou com sono. Não precisa se preocupar. - Disse ela com um sorriso inocente. Então Alice entrou no banheiro que havia em seu quarto para se arrumar e Esme, não lhe restou mais nada para fazer a não ser preparar o café para os filhos.

            Não demoraram muito e eles desceram impecavelmente bem arrumados, Emmett estava com sua roupa completamente bagunçada e logo Alice fez questão de arrumá-lo, claro que Emmett odiava aquilo, mas fazer o que?! Assim que todos tomaram seu café da manhã e foram para a escola, Esme começou a trabalhar, já que era arquiteta não precisava necessariamente trabalhar fora.

            Então foram se passando algumas horas e minutos, até que uma ligação em seu celular interrompeu seu raciocínio, assim que viu que era o número do Emmett tratou de atender, mas com o coração na mão, desde que Alice ficara estranhamente muito cansada ela pedira para que o filho cuidasse de sua irmã no colégio e se precisasse ligasse para ela e nesse momento ela não esperava uma noticia ruim.

            - Oi filho.

            - Mãe se estiver fazendo alguma coisa em casa, pare e vá logo para o hospital, Alice desmaiou e o Ed não consegue acordá-la.

            - Emmett isso é jeito de dar a notícia para a mamãe? - Esme pode ouvir a voz do filho no fundo do telefone.

            - Está bem eu já estou saindo daqui. - Ela disse desligando o telefone e seu computador, apenas deu tempo de fechar a casa pegar os documentos necessários e ir direto para o carro. Indo diretamente para o hospital ela esperava que a filha não tivesse nada de grave. Desmaios, cansaço... Tudo isso passava várias vezes por sua cabeça, talvez isso estivesse ligado a alguma coisa que Alice fizesse no dia a dia e logo veio em sua mente.

            - Alice não estava comendo direito. - Ela cochichou apenas para si. Esme andava muito ocupada e Alice quase não parava em casa, era colégio de manhã, aulas de balé e uma vez por semana cursinho de línguas estrangeiras. Ela adorava fazer o que fazia, mas seu tempo ficava curto e Alice dava preferências a comer besteiras que eram mais rápidas.

            Assim que chegou ao hospital se deparou com seus filhos na sala de espera. Ela foi até eles e se sentou no lado de Edward.

            - Então como ela estava?

            - Abatida mãe, Alice vem comendo direito?

            - Acho que não por quê? - Esme perguntou assustada temendo a resposta do filho.

            - Pois o papai disse que desconfiava o que era e nos perguntou se no colégio Alice comia alguma coisa.

            - E onde ele está? - Perguntou Esme tão rapidamente, mas isso era apenas um resultado de desespero, de como seu sistema nervoso se encontrava, completamente estabilizado.

            - Foi procurar saber dela, daqui a pouco ele volta mãe. - Disse o Edward desta vez. Ele não estava com um semblante muito bom e dava para perceber uma coisa ele estava mesmo, muito preocupado com irmã.

            - Esme. - Ela ouviu a voz de seu marido lhe chamando. Ela levantou e o abraçou com toda a força que tinha. – Fique tranqüila, meu amigo disse que por sorte descobrimos a anemia de Alice sedo o bastante para fazer os tratamentos.

            - Anemia?

            - Alice não vinha comendo direito pelo o que tudo indica, ela não ingeria a quantidade de ferro que o corpo precisava e então foi o que gerou a anemia. - Carlisle terminou, ele falava como um profissional, mas o sentimento era muito maior, ele estava preocupado com a filha, anemia era sim coisa séria, ao contrário do que muita gente pensa, isso pode até mesmo levar a morte da pessoa se não for tratado. – Ela terá que passar por uma bateria de exames para confirmar e vermos a gravidade da anemia, ela terá que passar alguns dias no hospital. - Esme ainda continha em seu olhar uma expressão de medo, Alice nunca ficara tão doente assim e um descuido que lhe dão ela fica assim, tendo que ficar internada.

            - Mãe fique calma, vai ficar tudo bem. - Disse o menino de cabelo cor de bronze. 

Flashback off

            - Filha fique bem logo, sua família está preocupada com você. – Disse Esme deixando uma lágrima escapar, Alice estava aparentemente mal e ainda procuraria saber como a filha estava quando acordasse e ninguém ali ainda sabia o estado de Liz que ainda se encontrava na cirurgia. Esme por fim decidiu sair e ver se tinham alguma notícia, seu coração estava apertado e sabia que algo nada agradável estava acontecendo, mas desejava que estivesse o máximo errada possível. Depositou um beijo na testa de Alice e saiu do quarto delicadamente.

            Foi caminhando lentamente todo o trajeto feito para a chegada do quarto onde Alice se encontrava, andava pelos largos corredores devagar tentando se acalmar ao máximo essa sensação ruim em seu peito, ela parou perto de um bebedor para poder ver se acalmava. Bebeu um copo d’água, mas em nada adiantou, Esme então apressou os passos para chegar até Carlisle e Jasper para saber se tiveram notícias, quando chegou à sala de visita seu coração apertou ainda mais, um pensamento ruim passou em sua cabeça e ela a balançou tentando afastar aquele pensamento, pediu a Deus que nada de ruim tivesse acontecido com Liz não queria ver Alice daquele jeito novamente, perder mais um filho.

            Jasper estava em plantos sentado na cadeira, uma enfermeira se encontrava no local, Carlisle tentava acalmá-lo, mas suas tentativas eram em vão, qual seria a notícia que tanto abalara os dois daquele jeito?! Esme então correu um pouco mais e se aproximou deles.

            - O que aconteceu? – Ela foi direta, sem rodeios, queria imediatamente saber o ocorrido, não podia ficar nem mais um segundo por fora do assunto ou seu coração explodiria de tanta ansiedade.

            - A Liz não se encontra nada bem na cirurgia, ela perdeu muito sangue e precisa de doação, mas o estoque do hospital costuma a ficar em falta nesta época.

            - Precisamos de alguém da família com o mesmo tipo de sangue que o dela o mais rápido possível. – Completou a enfermeira que ainda não estava a pé da situação.

            - Nós... Bem eu sou pai adotivo dela... Não tem como alguém aqui ser compatível com o tipo de sangue dela, a não ser que aconteça um milagre. – Completou Jasper desiludido, já esperando o pior. Ele não sabia mais o que fazer, se perdesse mais um filho não saberia como iria ter que lhe dar com a vida, nem mesmo como contar a Alice, tinha medo de sua reação. Alice era frágil e estava em cima de uma cama de hospital para complicar ainda mais a situação.

            - Espere. Liz tem o mesmo tipo sanguíneo que o meu eu posso doar.

            - Teremos que fazer os procedimentos primeiro, se o senhor for aprovado poderá doar sangue para Elize. Então me acompanhe, por favor. – Carlisle pediu que Jasper ficasse calmo que tudo ficaria bem, deu um beijo na testa de Esme e por fim acompanhou a enfermeira, lá dentro ele fez todo o procedimento, respondeu há várias perguntas, os médicos pediram um exame rápido para o laboratório, cada segundo que se passava era a vida de Liz que se encontrava em jogo.

            Na sala de espera Jasper recordava-se de cada momento, de quando viu Liz pela primeira vez em sua vida, aquela menininha de dois anos tímida, mas sorridente, adorou Alice desde a primeira troca de olhares. Viu nela a filha ou filho que Alice e ele haviam perdido. Viu nela a salvação, a alegria para sua casa, a sua vida. Em tudo que comprava para ela pensava em seu sorriso de agradecimento. Suas gargalhadas gostosas de serem ouvidas todos os dias, seus choros de tristeza passageira, seus ‘eu te amo’ verdadeiros a cada manhã. Tudo aquilo poderia ir embora em segundos, tudo aquilo poderia se tornar apenas lembranças de seu passado, mas porque? Não conseguia entender o porquê tinha que ser Liz? Ela já não havia sofrido bastante? Perdeu os pais cedo, tinha dificuldades, os colegas riam de sua cara. Mas olhando para o outro lado, ela havia sido mais que feliz naquela família, não precisava de todo dinheiro do mundo, apenas uma família que lhe desse este carinho que ela havia recebido durante todos estes anos, ela só queria ser amada, receber carinho e perder os seus medos. Ela queria ser tratada como qualquer outra pessoa, ser como qualquer outra pessoa é.

            - Jasper fique calmo, tudo acabará bem, pense positivo e reze. – Disse Esme acariciando suas costas para que ele se acalmasse.

            - Eu não consigo viver sem elas Esme... Elas são tudo para mim, tudo.

            - Eu sei, mas Jasper você precisa ter forças, você precisa estar bem para quando as duas acordarem para que você consiga ficar ao lado delas. Não se preocupe nós estaremos sempre ao teu lado para o que precisar.

            Algum tempo havia se passado e Carlisle apareceu, sorriu levemente e foi para perto da esposa, aqueles segundos que ele permanecia calado era uma tortura.

            - Eu já doei meu sangue, se Deus quiser o restante dará tudo certo. – Jasper sentiu um alívio pequeno em seu peito, menos um obstáculo para sua filha continuar a viver, ela precisava de sair da cirurgia para que ele tivesse certeza que ela ficaria bem. Neste instante um médico chegou até eles, à noite já caia naquele recinto, Liz já estava na cirurgia algumas horas, nem Jasper sabia quanto tempo.

            - Quem de vocês é Jasper? – Perguntou um médico de idade, mas bem distinto.

            - Sou eu algum problema?

            - Alice está chamando pelo Sr. queira me acompanhar, por favor.


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