Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 2
Novas Ordens


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, nem eu aguentei esperar até amanhã!
Postado fresquinho para vocês!
Boa Leitura!



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Cap. 02

Novas ordens.

― Hogwarts terá a iniciativa de gerar um novo método de avaliação este ano, em vista que nosso Diretor encontra-se em uma pesquisa de campo, a fim de promover relações mais abertas e fluidas com as demais escolas de magia e bruxaria...

Profª. Mcgonagall falava enquanto as centenas de alunos ouviam dispostos nas longas mesas do café da manhã no salão principal. Hermione, Harry e Rony estavam sentados juntos, de mãos dadas por baixo da mesa, todos tensos.

— O que ela quis dizer com “pesquisa de campo” e “promover relações”? – Rony perguntou.

— Significa que, segundo ela, Dumbledore está em uma viagem para socializar Hogwarts com as outras escolas a partir de um novo método de avaliação, vivência, etc... – Respondeu Hermione, concentrada.

— O que nós sabemos que significa que Dumbledore está tentando abrir os olhos das outras escolas na iniciativa de promover reforços contra Você-Sabe-Quem. – Harry cochichou.

Hermione e Rony se entreolharam em concordância mental.

— O caso é que isso não explica por que ele precisou levar Filius Flitwick e Snape com ele... – Acrescentou Hermione.

— Então, de hoje em diante – prosseguiu Minerva – todos os alunos, sem exceção, estarão inscritos para participar do Torneiro Protector, que procederá da seguinte forma... – Todos os alunos se empertigaram mais, e logo se concentraram na novidade. — Grupos de alunos, com um professor orientador serão formados. Cada um desses grupos formará uma célula, e essa célula habitará uma região específica do castelo.

“Vocês serão instruídos como sempre foram, digo, sobre aquilo que sempre estudaram: magia, mas agora numa abordagem diferente. Hogwarts prezará o estudo prático, onde aprenderão de forma efetiva e mais real. Vocês passarão por provas internas, onde serão avaliados, e depois, provas entre células. No fim do ano, cada célula deverá ter uma pontuação acima de mil, em cinco competições. Os alunos formadores de cada célula devem zelar o trabalho em conjunto, aprendendo a se unir, a trabalhar firme e forte. Não haverá matanças! – Minerva se apressou em dizer em vista que um grupo de sonserinos tinha começado a ficar muito animadinho. — Além do mais, nenhum aluno menor de dezesseis anos participará desta nova modalidade”.

Houve muitos murmúrios de desgosto. Minerva teve que usar um feitiço para falar mais forte e fazê-los calar.

— Agora... Devo informar das mudanças no corpo docente. Os professores Jacques Malfoy, para Defesa Contra as Artes das Trevas, e o professor Edward Scott, para as aulas de feitiço, ocuparão, respectivamente, os cargos de Severo Snape e Filius Flitwick, em vista que estes dois professores foram solicitados por Dumbledore em seu trabalho no exterior. Uma salva de palmas para os novos professores...

Enquanto a escola correspondia ao pedido de Minerva, Ronald se virou para os amigos e perguntou:

— Vocês ouviram? Malfoy? Eu nunca ouvi falar em Jacques Malfoy!

Dessa vez Hermione não pôde dar uma resposta a Rony, e Harry continuava um ponto de interrogação.

Os dois professores se ergueram da mesa e logo se destacaram. Um era moreno e corpulento, mas tinha algo de bondoso e até mesmo ingênuo em seu sorriso jovial. Usava uma jaqueta preta que o fazia parecer maior. Devia ser Edward Scott. O outro, louro, camisa branca, casaco escuro e longo, ar sublime e ímpeto. Só poderia ser o Malfoy. Se não fossem os olhos esverdeados, seria uma prévia do próprio Draco de, talvez, trinta e poucos anos.

Hermione sentiu um tipo de vertigem ao firmar os olhos na figura daquele homem, tendo logo que desviar o olhar. Por sorte, Gina acabava de se achegar à mesa deles, deixando a companhia de Luna e Nevile. Aproveitando uma brecha entre Rolnald e Dino, a ruiva sentou-se no banco.

— O que estão achando? – Perguntou. Parecia que muita gente não tinha noção de tudo ao redor como eles tinham. Porém, naquele momento, todos os três estavam sem muita opinião. Gina suspirou antes de continuar. — Bem, se isso pode realmente significar uma barreira entre os alunos e o contato com as trevas, pode ser bom...

Gina pensava em Harry. Provavelmente Rony também pensou. Porém, outra pessoa passou pela mente de Hermione, e ela o procurou pela mesa verde e prata. Draco estava entre os outros, se destacando pela alvura entre os demais de cabelos escuros. O garoto pareceu pressentir o olhar da grifinória, e deu de cara com o par de olhos castanhos do outro lado. Ergueu o queixo e um lado dos lábios em direção a ela. Um sorriso soberbo e quase imperceptível.

Hermione juntou as sobrancelhas, desconcertada, baixando o rosto e virando-se para outra direção, enquanto Minerva retomava o posto e a oratória.

— Agora, meus queridos, eu quero, para terminar, avisá-los que a lista com os nomes das células e seus integrantes está disposta na parede do hall de entrada. Até o fim da noite queremos que cada aluno compareça ao local informado na célula a qual pertence. Dito isto, tenham todos um bom café da manhã e um prazeroso fim-de-semana.

— Um bom café e fim-de-semana? Claro, super fácil, depois de tirar todo nosso apetite e tranquilidade! – Rosnou Rony.

Contudo, mesmo ansiosos, amedrontados ou confusos, os alunos aproveitaram o que puderam e começaram a degustar o banquete que surgiu à frente de cada um. Harry e Hermione, porém, nem sentiam o sabor do que levavam à boca automaticamente, o que os diferenciava era o motivo núcleo de suas preocupações.

— Hermione me passa a manteiga, por favor! – Rony pediu. Hermione continuava com os olhos vidrados no tampo lustroso da mesa. — Hermione! Harry, você poderia...

— Hermione! – Harry cutucou Hermione com o cotovelo.

Hermione piscou várias vezes se desconcentrando da madeira.

— Desculpa gente... Eu preciso ir! – Disse ela sem se dar conta. Levantou-se e foi direto para fora do salão. Seu cérebro trabalhava mecanicamente sem pausa.

Quando chegou ao corredor do hall de entrada, não precisou procurar muito para achar dezenas de pergaminhos pregados na parece adjacente. Correu até eles e começou a passar os olhos de um por um. Havia a Célula Espírito Bravo, Célula Razão da Magia, Célula Varinhas de Fogo, Célula Magia Real.

Hermione lia um nome em um e em outro pergaminho alternadamente, procurando pelo seu e de seus amigos. Avistou o de Ronald em Espírito Bravo, mas o dela não estava lá. Começou a se desesperar quando achou o de Gina em Varinhas de Fogo, e o seu ainda não estava lá. Ela gelou.

― Se está querendo saber, você está em Magia Real. – Uma voz suave e rouca falou às costas de Hermione. Ela petrificou. ― E se olhar mais para cima, vai enxergar o meu também...

A morena ergueu os olhos e notou seu nome ali escrito. Mais acima, sem ler, apenas visualizando as letras, sem precisar esforço para fazer sentido, sabia que estava escrito ali Draco Black Malfoy. Então, lembrou do recadinho do sonserino mais cedo: “... precisamos começar a nos dar bem...”.

― Então você sabia? – Hermione perguntou sob o fôlego. De repente as coisas começaram a se encaixar na cabeça dela. ― Você não soube disso hoje... Por isso apareceu no jardim para me perturbar... Você não soube disso por acaso...

― É... Não.

― E esse seu parente estava presente na seleção das células. – Hermione não perguntou.

Draco caminhou até o lado da garota e fingiu continuar olhando a lista com ela.

― Jacques é descendente de um Malfoy da geração dos meus avós, uma família que se formou por fora do casamento. Esteve negligenciado há bastante tempo, até que voltou da Durmstrang e começou dar sinais de vida...

― E os Malfoy generosamente o recebeu de volta à família agora? É seu tiozinho então. – Hermione ironizou.

Ela estreitou os olhos encarando o sonserino, que, sóbria e vagamente falou:

― Quem disse que ele foi recebido de volta?

Draco viu Hermione fechar a cara em confusão. Ela devia estar achando que o Jacques Malfoy influenciou a divisão das células, e que dera um jeito de desmembrar seus amigos. Que ele viria para acobertar as atividades sombrias que muitos suspeitavam que Draco e outros sonserinos promovessem. Para falar a verdade, Draco estava certo: Hermione realmente pensava isso, mas pensava ainda mais: e se Jacques fosse uma maçã podre, uma fissura na barragem protetora de Hogwarts...?

― Vamos ficar na região Sul do castelo. – Draco comentou apontando no pergaminho o local onde deveriam se encontrar os da Célula Magia Real.

Hermione trincou os dentes se sentindo, subitamente, isolada e perdida. Por que estava gastando seu tempo conversando com aquele sonserino de uma figa?

― Não espere que só por que caímos na mesma Célula, eu vá acreditar que você pode ser meu colega. Tive muitos anos de experiência para saber que você não presta! – Hermione rosnou.

Draco ergueu uma sobrancelha, nada afetado pelo tom de repulsa da garota.

― Acredite, não é muito agradável para mim, ser obrigado a trabalhar com uma sangue-ruim... Mas o que eu sei é que estamos juntos nessa. – O tom de Draco teve tanto quanto ou ainda mais asco que o de Hermione. ― Você vai ver à noite o que eu digo. O que eu sei é que vou me livrar rápido dessa idiotice de Célula, e não vai ser você quem vai me atrapalhar... Entendeu?

Draco ameaçou fechando a passagem de Hermione com um braço, esticando-o contra a parede. Ele sabia de mais, devia ter espionado mais coisas que Harry, com certeza. Ou ainda ter recebido informações de fora... Mas que diabo significava isso então?

Passos apressados invadiram o silêncio que se instalou no corredor. Hermione se alinhou e Draco desfez a postura ofensiva. Logo, Harry, Rony e Gina surgiram da porta do Salão Principal.

― Hermione, o que você...? – Harry perdeu a fala. ― Malfoy?

O espanto foi triplo. Ronald ficou completamente rubro e Gina arregalou os olhos.

― Quatro-olhos? Traidores-do-Sangue? Como vão? – Draco perguntou dissimulado, dando um passo a mais em direção à Hermione.

― Sai de perto dela! – Ronald ameaçou erguendo a varinha. ― Já!

Harry e Gina o apoiaram, fazendo o mesmo. Hermione logo se assustou com a situação, indo direto ao encontro de seus amigos. Gina a abraçou e Draco rolou os olhos.

― Acho melhor irem se acostumando... Hermione e eu agora temos muitos motivos para nos falarmos. Como eu ia dizendo a ela... Precisamos começar a nos dar bem. Seria ótimo se seus amiguinhos ciumentos parassem de dar chilique. – Draco mediu Ronald e Gina dos pés à cabeça, e lançou um olhar ácido de Harry para Hermione, saindo por outro corredor logo em seguida.

O trio guardou suas varinhas e encarou Hermione esperando por explicações. A menina ainda parecia pálida e confusa.

― Eles afastaram a gente... – Começou. ― Draco e eu estamos na mesma Célula. Tem um monte de sonserinos no meu grupo, apesar de não os acharem tão perigosos.

― O QUE? – Todos os três se assustaram e correram para os pergaminhos procurando pelos nomes.

― Eu estou em Varinhas de Fogo! – Gina anunciou. ― Harry, você também!

O rapaz correu até a ruiva, e notou seu nome ali.

― Tem alguns da Corvinal conosco. Isso é bom... Temos amigos. – Harry comentou.

― Achei três da Sonserina, - Gina disse. ― Goyle está aqui, Harry.

― Eu estou em...

― Espírito Bravo, - Hermione completou por Rony. ― Eu vi. Luna está com você. Neville está na lista de Razão da Magia junto com Dino, e Simas é o único grifinório no meu grupo, eu acho. Crabbe está no seu grupo Ron... – Hermione lamentou sabendo que, depois de Draco, Crabbe era o sonserino idiota que Rony menos gostava.

Os amigos suspiraram, cansados, sem saber o que pensar daquilo tudo, além de que daria muito que falar ainda. Hermione sentiu seu coração batendo forte, mas não era exatamente emoção, era um mal-estar. Começou a sentir as pernas fracas.

― Hermione? – Gina notou a anormalidade passando o braço em volta dos ombros da amiga.

― Eu não estou muito bem... Vamos para o salão comunal.

― Tudo bem. Eu ajudo. – Rony foi para o outro lado, ajudando Gina a conduzir Hermione pelo caminho até a torre da Grifinória.

De longe, parado à saída do corredor, um par de olhos esverdeados observava tudo.


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Notas finais do capítulo

Deixem mais opiniões!
Obrigada por terem lido!
Mila.