O Ultimo Lorde Kartariano escrita por LordMark


Capítulo 5
Capítulo 4 - Parados pelo Frio


Notas iniciais do capítulo

Finalmente terminei este capítulo, estava ocupado com o final meu outro livro, Dia Ruim, que está parado desde a morte da Darcy, que foi uma grande desmotivação para mim, logo que ela estava na história, então peço perdão à demora. Logo postarei o final de Dia Ruim, estou dando os últimos toques, e agora estou escrevendo a quinta parte do Ultimo Lorde Kartariano, que a força esteja com vocês.
Att. Lorde Mark



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                          - Não acredito que estamos em terra firme! – Diz Tearbeth ajoelhado na areia da praia.

             O sete barcos sobreviventes da viajem, desembarcaram sobre aquela linda praia, que era intocada pelos homens.

            Os compridos Trirremes com sua proa de bronze, perfura as areias e atraca na praia. Os marujos se apreçavam para retirar os equipamentos para terminar antes do anoitecer, os oficiais estavam loucos, gritavam pro lado e por outro, eufóricos os homens respondiam retirando armas, barracas, cordas do barco.

           Por motivos de lógica somente um grandioso Onagro atracou na praia. Essa embarcação chamada de Onagro pelos homens de Umderd, é um grande barco de transporte usado para levar um numero elevado de tropas. Tinha quarenta e dois metros de comprimento e doze e altura, suas velas chegavam a  trinta metros, um dos barcos mais poderosos e modernos da época, o maior barco já construído na história dos Floegos.

             Uma das armas mais mortais do Onagro eram suas quatro balistas acopladas nas extremidades do barco, duas na frente e duas atrás. Elas eram usadas para perfurar o casco de navios inimigos, carregada com uma grande e longa lança de ponta de bronze, que era arremessada por um arco gigante feito de madeira.

            Diferente do Onagro o Trirreme era um barco de assalto, longo e estreito, levava mais de duzentos homens em velocidades incríveis, chegando a  7,5 nós a remo. O nariz de um Trirreme era feito de como uma grande lança, para perfurar e destroçar os barcos inimigos, feita de bronze ou ferro, era um ótimo instrumento para atracar nos litorais sem danos ao barco.

            O Onagro que estava atracado se transformou um tipo de base, sendo cordado, emendado e modificado. As velas se tornaram toldos que cobria todo o barco, e algumas partes foram quebradas para formar portas mesas e outros instrumentos para o desembarque, uma verdadeira base militar para os nobres comandantes da frota.

           Phermilios ainda estava desacordado, sua energia vital ainda não estava totalmente fortalecida, mas Aldar em nenhum momento o deixou. Enquanto isso na praia os homens tentam fazer um fogueira para passar a noite, pois eles já sentiram e provaram  que o frio nesse lugar é assustador.

         Primeiro o seu corpo parece se encher de agulhas com o clima gelado, sopros perfuram sua carne de modo que não vai mais conseguir se mexer nem seus braços e nem suas pernas. E a dor vai ser tão forte que o peso do seu corpo vai te fazer cair morto e frio no chão, e a ultimado coisa que vai sentir e o alivio de sua morte.

        Enquando isso Tearbeth, Lother e alguns homens tentam fazer uma fogueira, para tentar disfarçar o frio.

                - Nunca iremos conseguir ascender assim! Nem mesmo para ascender uma fogueira vocês servem. Alguém tem uma Pedra de Fogo?! – Pergunta Tearbeth empilhando galhos secos e jogando-os amontoados na areia.

                - Está louco Tearbeth, ninguém é biruta de trazer uma pedra dessas, ainda mais em um navio em alto mar. – Responde Lother.

         Dois marujos que estão ajudando eles não entendem do que eles estão falando, e logo um pergunta.

               - Pedra de Fogo? O que seria Pedra de Fogo? – Lother se permite explicar.

               - Pedra de Fogo, é um pedaço de rocha roxa e muito aspira encontrada nas profundas cavernas das Montanhas de Enzenor. Você pode produzir faíscas, simplesmente raspando com uma faca ou com uma outra pedra por cima dela. Por isso que Tearbeth quer uma pedra dessas, dizem que pode produzir até chamas, mas isso com certeza deve ser história.

        Essas pedras são caras e muito perigosas, quaisquer esbarram dela no barco, poderia fazer-lo ficar em chamas. Eu pelo menos tenho receio e muito cuidado com essa pedra.

               - Então não sei como vamos ascender esse fogo, se aquele imprestável do Phermilios não acordar e mandar algum tipo de feitiço aqui, vamos morrer de frio à noite. – E Tearbeth desiste de empilhar a fogueira.

               - Vamos que pensar em alguma coisa. Eu e você ainda temos que ascender mais sete dessas fogueiras. – Lother olhar para todo o desembarque visando toda a praia.

               - Lother, aquela Elfa não disse que estava aprendendo magia? Quem sabe ela não dá uma chaminha para a gente, se é que você me entende. – E olha para Lother com uma risada safada, provocando-o mas esperando um sorriso do rosto do rapaz.

              - Pare Tearbeth! Não brinque com Aldar, ela já fez muita coisa para a gente. – Ele nervoso vira as costas para  o anão, indignado com a brincadeira do amigo.

              - Fez? Acho muito estranho você sempre defender ela, não é a primeira vez. O que foi Lother? Você não dizia que os Virielfos deveriam estar extintos? – O anão fica encabulado com a reação do amigo, mas ainda fala com ele com um tom de brincadeira, esperando uma resposta que corresponda.

              - Não. – Seus olhos mudam e descreviam sua vontade, sua voz tremula e quase falha, ele não podia esconder o verdadeiro motivo de tantas “defesas”, ele não podia esconder, pois seu corpo e sua alma estavam gritando, onde até Tearbeth podia ver.

              - Com ela é diferente do resto.

              - Diferente? Mas ela é uma mestiça! O sangue dela é misturado! – Tearbeth sabia do passado de Lother, seu racismo era muito elevado, seu nojo por mestiços era bem extravagante.

              - Não fale assim dela! Ela não merece ser chamada desse jeito! Ela não! Olha para você! Não consigo ver normalidade em você! - E encara Tearbeth com fúria, desejando naquele momento enforcá-lo sob a areia da praia, pode até imaginar suas mãos no pescoço dele, mas Lother se contenta e respira fortemente para não ferir o amigo.

              - Pensei que você nunca agiria assim, voltarei quando você estiver mais calmo. – O anão caminha e se distancia de Lother, segue triste e simplesmente não entendendo o que fez, mas sabendo de todo modo.

        Os marujos não entendem o que aconteceu e encaram Lother na duvida de uma resposta, mas logo ele grita ainda com raiva.

             - Homens voltem ao trabalho! – Os dois continuam a arrumar a fogueira.

        O anão vai para longe do acampamento e senta em uma pedra na beira da praia, e fica admirando oceano de Alma.

             - Sou um idiota mesmo, onde fui encontrar esse cara, um homem de Underd, e ainda passa pela minha cabeça ser amigo dele, que idiotice. – Tearbeth olha para seu reflexo na água, e vê o tão grande estava sua barba.

            - Preciso cortá-la, tanto tempo nesse mar e só pude fazer ela algumas vezes. Essa semana eu estou meio avoado mesmo. – E tira uma adaga da cintura, e desliza o dedo sobre o gume da lamina, para sentir se estava afiada.

            - Ela está completamente cega, o sal desse mar acabou com ela, agora ela não corta nem legumes. Merda de faca! – E a arremessa na água, e a adaga afunda no raso da praia, pouco menos de três palmos de profundidade.

            - Tenho saudades, lembro de quando eu e Lother lutamos contra aquele Troll em Aldon, meu deus aquele monstro tinha quatro metros de altura. – Tearbeth começa a rir.

           - Lother é muito burro, queria enganar um Troll. E ri novamente.

           - Tenho certeza que aquele idiota deve estar tentando ascender àquela maldita fogueira até agora, nunca conseguiu nem botar o cinto sozinho... – Tearbeth vê algo brilhando no fundo da água.

           - Isso não é minha adaga, e parece ser metal, o que uma coisa de metal faz aqui... – logo devagar entra na água.

           - Ai que merda gelada! Vamos coisinha vem com o papai, quero saber de que você é feito... – E estica a braço para pegar o objeto que brilhava.

           - Olha o que temos aqui. – Tearbeth retira um colar da água, que tinha uma grande corrente prata e um pingente em forma oval bem pesado.

           - O que isso faz aqui? Muito estranho... – Logo com uma olhada melhor, ele percebe um desenho no pingente do colar, um homem de quatro braços, lembrando a um orc, um monstro, uma espécie que ele não podia identificar.

           - Isso parece alguém tipo de deus orc, mas o que isso esta fazendo tão longe dos Floegos? Será que veio com a maré, besteira, claro que não, isso é pesado demais para a água do mar levar. Alguém jogou isso aqui, mas quem? – E caminha para a areia da praia inconformado com o objeto que encontrara.

           - Será que isso é de Lorde Daysor? Mas é uma puta coincidência desembarcar na mesma praia que esse desgraçado. E essa ilha, ou continente sei lá, era para estar desabitada. - E da uma risadinha.

       A noite estava chegando o dia acabava com o por do sol, os marujos só tinha mais alguns minutos de claridade, e Lother estava desesperado para ascender logo às fogueiras.

       O frio descia com o escurecer, a floresta parecia tenebrosa com situação que se encontrava. As ordens do comandante era para não entrar na floresta sem a devida permissão, e isso causava mais medo aos tripulantes.

       Lother encontra Aldar no Onagro-base que estava atracado na praia.

            - Aldar, com licença. Queria saber se Phermilios está melhor? Pois estamos com alguns problemas – Aldar o olha e responde triste com o rosto pálido e frio, fazendo até um pequeno esforço para falar.

           - Infelizmente não. Não sei se isso é normal para os magos, ficar desse jeito depois de um grande feitiço, mas não é nada legal para mim.

           - Ele ainda esta desacordado?

           - Sim.

           - Tive algumas aulas de magia em Underd, pois meu pai queria que eu fosse um “poderoso mago”, era um sonho dele, mas não tenho Sanullas no sangue, e não pode continuar o treinamento.

           - Sanullas?

           - Sim, é um tipo contagem de células de mana no sangue, onde quanto mais você tiver mais poderoso mago você pode se tornar, porque com isso você pode controlar mais os seus poderes.

           - Mas como eles calculavam isso?

           - Alguns mestres magos podiam sentir essa mana, logo eles dão seu nível, é uma coisa bem sinistra.

           - Entendo. – Lother percebe que Aldar estava muito preocupada com Phermilios, logo ele tenta detraí-la mudando de assunto.

             - Você sabe se possui Sanullas para fazer magia?

             - Na verdade Phermilios disse que tenho essas coisas, mas ele não disse esse nome. Ele disse isso, pois minha mãe era uma Maga e tinha uma alta concentração disso no sangue. Não sabia o que era que ela tinha no sangue, até agora. Obrigada – E sorri para Lother, ele fica admirado com o lindo sorriso dela.

             - “Até rindo ela é perfeita, seus olhos são incríveis. Ela não pode ser uma mestiça de verdade, não posso acreditar.” – Ele pensa e logo disfarça.

             - Não precisa me agradecer. – Fica envergonhado e  não consegue mais olhar para o rosto dela.

        A noite estava chegando e só duas fogueiras estavam acesas, Lother sabia que poderia até perder homens em uma noite nesse lugar, ele precisava de uma solução, e seu tempo estava acabando, todos já podiam sentir o frio da terrível noite que estava a chegar.

              - Aldar, vejo que ficaremos parados por causa dessa noite, temo que o frio seja muito forte.


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Notas finais do capítulo

Agora voltaremos para "Flash back" de Aldar, gosto da batalha de Gaivotas. ^^



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