O Ultimo Lorde Kartariano escrita por LordMark


Capítulo 4
Capítulo 3 - Vida ou morte?


Notas iniciais do capítulo

" Elfos! Adoro Elfos! Amo Elfos! Ah os Elfos! "
Fiz uma pequena homenagem a uma amiga minha nesse texto, mas acho que ela não vai perceber. KKKKKk
É divertido escrever um conto de guerra! Mas com Elfos é very muito bom!
Desculpa, eu não consegui botar os mapas vou pedir apoio aqui no nyah, em breve os mapas *----*



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             O lendário centro de comércio da Aliança Elfica, a cidade do Porto das Gaivotas, está em chamas.

         As tropas de Daysor conquistaram a cidade inteira, mais de vinte mil kartarianos levantaram um cerco que durou sete meses, para tomar o maior ponto de defesa estratégica da Aliança Elfica.

        Uma chuva de fogo caiu nos oitenta e quatro mil quilômetros quadrados da cidade, com uma população estimada em duzentos e cinqüenta e dois mil, sendo que maior parte é mestiça, era considerada umas das maiores cidades dos Floegos.

        Os mestiços são chamados de ViriElfes, uma mistura de raça entre homens e elfos, sendo uma raça inferior aos olhos dos outros reinos. Existe também uma minoria de trinta mil humanos puros, que vivem aglomerados na área mais pobre ao norte, isso era longe da costa onde é local mais nobre e rico, sendo que a maioria era de elfos.

        A grande e forte corrente do rio Gulles, que atravessa toda a cidade Gaivotas, foi uma grande defesa para a elfos nessa batalha. Daysor passou pelas muralhas ao oeste, perfurando as defesas com suas catapultas e torres de cerco, mas nem mesmo seus soldados negros conseguiram atravessar fácilmente o rio.

       “Primeiro conflito no Porto das Gaivotas, entre a Aliança Elfica e a forças de Lorde Daysor.”

         Na praça principal em frente ao castelo-palácio da capital de Gaivotas, uma multidão estava aglomerada, em volta de um elevado, feito de madeira, repleto de guardas elfos com armaduras douradas. Os guardas portavam lanças estilo Tonbogiri; um longo cabo de madeira trabalhado, acoplado a uma lamina curva na ponta, semelhante a uma folha.

         Esses guardas são da elite elfica, protegiam o seu soberano com  suas vidas. Eles lutavam incrivelmente bem e ainda tinham uma grande habilidade com o arco e flecha, por tanto soldados mortais.

        Por toda praça havia bandeiras elficas, impressas com o símbolo real, logo subindo as escadas do elevado, estava Anie Telperien, o rei supremo e lorde da Aliança Elfica.

        O rei elfo usava uma armadura prata com acabamentos em ouro. A longa e típica capa vermelha que representava o mais alto cargo do poder elfo. Tinha cabelos lisos e negros, com traços grisalhos, Anie não aparentava ser mais velho do que quarenta anos de idade, mas na verdade tinha mais de três mil, sua pele era lisa e branca, como todos os elfos, criaturas aparentemente perfeitas.

         Anie Telperien por ser elfo puro era imortal e o único elfo vivo para contar sobre a grande Guerra dos Magos a que ocorreu há milênios.

        Anie estava preparado para lutar mais uma vez ao lado dos humanos, mas infelizmente tinha a febre de Ferth, uma doença que provocava dores no corpo e falta de ar, poderia matar-lo a qualquer hora, e ainda era incurável, uma das doenças mais temidas pelos elfos puros.

        Lorde Ferth, com seus cinco mil anos idade,  foi o primeiro elfo puro a falecer dessa doença. Essa doença pode ser transmitida pelo sangue, por exemplo, por ferimentos. A doença é a morte celular dos órgãos, causando muita dor e cansaço mental, em algumas situações pode ocorrer morte instantânea.

     Mas isso não era o que Anie mais temia, ele não a morte, mais sim, não poder lutar diretamente contra Daysor, isso para ele era uma desonra sendo um herói para a Aliança.

     Ao subir no elevado, ele começar a discursar sobre a grande platéia.

               - Povo de Gaivotas! Uma grande guerra se aproxima. Como Lorde dos Elfos da Aliança, aviso-lhes que toda criatura disposta a lutar, sendo homem, elfo, anão, ou o quer que seja raça, se encaminhe para o palácio e se arme para defender nossa nação dessa ameaça... – Uma forte tosse, interrompe o discurso.

        Anie sente que não é mais o mesmo e que se foram seus dias de glória, suas forças estão se acabando. Dois guardas tentam ajudá-lo, nem ele próprio pode descrever a terrível e forte dor que ele sentia, seu corpo estava se alto destruindo.

         Mesmo impossibilitado de continuar, o rei acha que seu dever é mais importante que sua saúde, e prossegue com o discurso.

              - Logo estarei morto por essa terrível doença, posso sentir minha força vital se destruída por pequenos suspiros de dor. Às vezes tenho vontade de acabar com isso e deixar que os deuses me levem logo desse mundo. Estou cansado! – A sua voz falha sobe um choro de desespero, a platéia fica em silêncio absoluto, prezando a sofrimento do rei, mas logo e continua.

              - Tento lembrar dos momentos felizes em minha vida, e quando penso, uma forte dor de cabeça começa, como uma espada entrando em minha mente. Minha memória falha, minha visão está escurecendo com o tempo, a única hora que paro de sofrer é quando durmo. Não tenho mais vontade de acordar. Acho que nem mais vontade de levantar. Para mim não importa mais se vou esta vivo ou não quando acordar, só queria que isso terminasse.

          Todos pensaram que aquelas seriam as ultimas palavras de Anie, mas incrivelmente ele torna a falar, respira fundo e com um gesto pede para o guarda que estava o segurando se afastar.

              - Pode deixar eu continuo sozinho daqui. – E vira para a platéia.

              - Não vejo uma batalha há séculos! Chega! Estou cansado dessa vida de doente, enfornado em um quarto! Meu povo, agora nem mesmo Dales irá me impedir! Nem mesmo os deuses vão me segurar! – O rei desembainha a mesma espada usada por ele há três mil anos, na Guerra dos Magos, a lendária espada forjada pela Dama de Gelo.

          Anie podia sentir a força daquela espada desembainhada, seus dedos podiam sentir agora sua honra voltar lentamente, agora uma chama de esperança queima sobre os olhos dos elfos, o rei aponta a espada para o alto e com fúria diz aos seus seguidores.      

               - Lutarei ao lado de vocês mais uma vez, e juro que para cada soldado e cada gota de sangue caída de nossas forças, oito caíram do lado de Daysor! Então homens, comam bem esta tarde, porque hoje jantaremos no inferno! – E todos deliram com a sede de sangue do rei.

         O tempo estava nublado, o primeiro dia da primavera não iria ser muito agradável para os Gaivonêses. O número de tropas elficas, que juntas dão somados vinte mil elfos, foram espalhadas por toda cidade, colocados em uma grande e alta muralha feita de pedra, que cercava toda a cidade por duzentos e quatorze quilômetros. Parecia ser impenetrável.

         As fileiras de arqueiros elfos eram infinitas, o sol está em pico, mas o tempo ainda está nublado, a correria atrás das muralhas esta caótica, soldados correndo pro lado e pro outro, montando barreiras de madeira, bloqueando passagens e organizando as defesas para a batalha.

         O portão principal ao oeste, onde seria o possível ponto principal de ataque de Daysor, foi reforçado com camadas de tabuas de madeira e placas de ferro, com intuito de segurar qualquer tipo de ataque.

         Os oficiais elfos estão dizendo que seria impossível passar no portão com um aríete normal, mas mesmo com o todo entusiasmo, nem eles estavam esperando sobreviver àquela batalha.

             - Aldar! Não quero mais esperá-la! Vamos logo! – Grita Erecus apresando Aldar que estava meio enrolada com o seu arco longo. Um suar de trombone avisa do ultimo sinal para as posições nas muralhas.

             - Vamos! Eles estão chegando! Os oficiais já estão arrumando as fileiras.

             - Ok, ok! Vamos! – E consegue equipar o arco.

       Os dois sobem a estreita escada da muralha e se ajeitam nas linhas de arqueiros com arcos longos.

              - Pronto Aldar nós chegamos. Ai meus deus, estou tão animado, é minha primeira batalha, nunca vou me esquecer desse dia! – diz eufórico.

              - Não vejo felicidade alguma em matar pessoas. – responde seriamente Aldar.

        Na visão da muralha, Aldar podia ver ao horizonte uma pequena linha escura acima do gramado verde do campo além da Floresta da Morte.

             - Aquilo são as tropas deles? Meu deus, eu posso vê-los em todo horizonte, acho que isso vai ser muito mais do que uma simples batalha Erecus. – Os olhos de Erecus se fixam assustados e impressionados com a visão de Aldar.

             - Acho que não estou mais tão feliz com essa batalha. Os livros nunca falaram disso.

       Os oficiais elfos estão passando pelas linhas nas muralhas, e gritavam para os arqueiros.

              - Esses soldados não são guerreiros normais! São kartarianos! Soldados Negros! Os Underds os menosprezaram e foram destruídos por seu poderio. Então não achem que essa guerra vai terminar aqui, isso é só o começo! Não podemos perder, se a Aliança Elfica falhar abriremos a ultima defesa para nossos aliados. Temos que os segurar até a chegada dos reforços de Faron!

              - Aldar eu acho que agora tenho certeza que isso não é uma simples batalha.

              - Arqueiros! Posições! – Grita o elfo do comando da fila.

        Logo todos se alinham e colocam o arco em descanso com a ponta no chão.

        A pequena linha escura no horizonte cresce e se aproxima, tambores já podem ser escutados de todos os lugares da muralha.

       A marcha do inimigo acelera o coração de Erecus e de todos os elfos, mas Aldar se encontrar calma, pois pensava que a morte seria melhor que a vida que ela vivia.

           - Só não vejo necessidade desses elmos, eles estragam minha visão. – E tira o elmo.

           - Para de reclamar Erecus, isso pode salvar sua vida, bote isso no lugar.

           - Certo, não precisa ficar nervosa. Olha já posso ver as bandeiras. Nossa são muitas lanças, como estão tão organizados sendo que são milares?

           - Você esta achando isso legal mesmo?

           - Sim. – E endireita o elmo.

           - Tem certeza?

           - Claro Aldar. – Responde sem olhá-la.

      Ela sabia que ele não achava nem um pouco legal estar em frente de batalha em uma muralha esperando as tropas inimigas.

      Os inimigos param de marchar, uma massa gigantesca de lanças e escudos negros pára sobe o campo verde e plano de Gaivotas, mais de quarenta mil o kartarianos rodeavam a cidade, nenhuma força de tal tamanho tinha feito isso antes.

            - Olha Aldar,  a marcha parou, acho que agora vai começar. – Aponta Erecus.

            - Os tambores também pararam. O que será que eles estão fazendo? Só sei que ainda estão fora do nosso alcance, mas por quê?

       Um agrupamento kartariano se abre em dois, deixando alguns cavaleiros caminharem para longe das tropas, em direção das muralhas. Um dos cavaleiros estava segurando um estandarte de bandeira branca, entre eles estava um que esta usando uma longa capa negra. Aldar logo ficou sabendo do que se tratava.

            - Acho que eles querem conversar. Pelo que aprendemos na academia militar, a bandeira significa; “quero termos”, acho que posso ver  Daysor daqui.

            - É uma ótima hora pra terminar esta guerra, vamos matá-lo. Ele não é o comandante principal dele?

            - Ele está protegido pelos códigos de guerra, não podemos atacá-lo. E sim, ele é Lorde Kartariano, o mais alto cargo do reino deles, e ele é o ultimo e mais poderoso.

           - Ultimo? Como assim?

            - Desde a unificação de Cirden, ele derrotou e assassinou todos os lordes que dividiam e controlavam o império de Cirden.

            - Ciren, é lá onde vivem os kartarianos?

            - Sim, dizem que são criaturas maléficas e sanguinárias, lutam a noite e destroem tudo. Algumas raças os chamam de Vampiros.

            - Vampiros?

            - Sua força é muito maior que a nossa; seu sangue é escuro como as trevas, pele branca, e aparentam ser como os elfos. Dizem que eles são frutos de Hades e que são imortais.

            - Que são imortais ou não vamos descobrir agora. – Erecus seguram firmemente o arco.               

            - Então essa ofensiva é uma expansão imperialista? – Pergunta à Aldar.

            - Não. O nosso professor da escola militar disse que ele quer muito mais do que terras, ele me disse quando ele soube do cerco.

            - Não entendendo Aldar, o que ele quer então?

            - Daysor está em busca de um pequeno objeto, que pode mudar todo o rumo dessa guerra.

            - Objeto? Algum tipo de arma mágica?

            - Não sei, mas deve ser muito poderoso para botar medo em nosso professor. – E Aldar e Erecus riem.

            - Que coisa cômica, nós estamos em frente à morte e estamos rindo. – Comenta Erecus.

       O vento aumentava, o sol estava aparecendo vagarosamente sobre as nuvens do tempo nublado.

      Só se pode escutar os galopes dos cavalos da guarda de Daysor. Ninguém consegue pensar em outra coisa, a batalha estava prestes a começar.


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Notas finais do capítulo

Não suporto quando um capítulo termina assim, parece novela da globo.... ¬¬



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