O Ultimo Lorde Kartariano escrita por LordMark


Capítulo 2
Capítulo 1 - Porto em Chamas


Notas iniciais do capítulo

O começo da história é o mais difícil, agora vamo que vamo! *----*



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-Em mar aberto, navegando sem rumo, só recebendo ordens e instruções de um “curandeiro”, era só o que me faltava. - Resmunga Tearbeth, um anão de um metro e quarenta centímetros de altura, com um grande cabelo loiro, de barba comprida, dividida em duas tranças, usando uma leve malha trançada de ferro.

       Tearbeth senta do lado de seu amigo humano chamado, Lothar Moe, vestindo uma roupa típica dos homens de Underd, armadura leve com uma malha de ferro por baixo e espada longa embainhada na cintura. Ele logo olha seriamente para o anão e comenta.  

       - Não fale assim do Phermilios, sem ele estaríamos perdidos nesse mar.

      - É verdade, ele faz diferença aqui no barco, pelo menos ele consegue falar com os ventos. – diz Tearbeth e Lothar começa a rir.

       Caminhando na direção dos dois, se aproxima Aldar Strongarm, uma elfa muito bonita de pela branca e cabelos castanhos, vestindo um sobre tudo azul elfico.

      - O que os dois mocinhos estão falando de Phermilios Meffeld? – Os dois são pegos de surpresa pela pergunta de Aldar, mas Lother ironicamente responde:

      - Nada, só estávamos conversando sobre sua “feitiçaria aguçada”. – Tearbeth prende seu riso, mas Aldar fica séria.

      - Não vejo graça em zombar de seu próprio superior.

      Um pequeno silêncio paira ao ambiente, Aldar se aproxima da borda do barco, apoiando suas mãos, olha para o horizonte, onde pode observar o sol na bruma do mar de Alma.

        A jovem elfa, fruto de um “casamento mestiço” teve muitos problemas em sua infância. Sua mãe era uma humana nascida no reino de Faron, que se apaixonou por um elfo de Vallkiry, certamente um amor proibido. Quando Aldar obteve maior idade para entrar nas tropas reais de Dales, foi julgada pela Ordem Elfica como impura, que ela era uma raça mestiça e foi excomungada por Dales.

        Um século depois, com a vinda guerra de Daysor, em uma vila em Porto Gaivotas, onde morava Aldar, foi inteiramente atacada pelas tropas kartarianas.

       Uma chuva de flechas caia por toda cidade, casas pegando fogo, as ruas estavam inteiramente cheias de corpos, o sangue escuro formava poças, pedaços de pedras vindo das casas estavam espalhados por toda rua. Tudo parecia um grande inferno, visto que as tropas de defesa dos elfos tinham falhado.

        Todos estavam desesperados para sair da cidade. Em meio a todo aquele tumulto está Aldar e um arqueiro elfo chamado Erecus. Arremessavam flechas com seus arcos-curtos em soldados negros das tropas kartarianas, que estavam usando espadas e escudos, ferindo e impedindo a fuga dos civis.

       - São milhares, parece que quanto mais derrubamos, mais surgem. Há esta hora o portão do norte já deve está tomado, não temos mais nenhuma saída. Estamos cercados Aldar! – Ele atira mais duas flechas e acerta somente um kartariano no pescoço. Uma guarnição de inimigos ainda está avançando na direção deles.

       - Minhas flechas acabaram! Rápido segure-os, vou procurar mais flechas em algum arqueiro morto aqui atrás. – Ela se vira por um instante para procurar as flechas, e o arqueiro que a ajudava, é ferido por uma flechada de um besteiro inimigo que o acerta no peito. Ele perde o equilíbrio e acaba caindo no chão em uma poça de sangue.

      - Erecus você está bem?! – Corre em direção dele desembainhando sua espada curva elfica da sinta.

     - Aldar cuidado, atrás de você! – Aponta para um soldado negro que pula na direção dela empunhando uma espada longa.

        Os dois começam a duelar, mas Aldar sente muita dificuldade em lutar com o kartariano, ele a derrubada com chute e ela acaba deixando a sua espada cair à alguns metros de distância.

     - Desista pequena elfa, resistir é burrice! – Ela tenta se afastar, mas é inevitável seu esforço, e quando o soldado levanta seu braço para dar a Aldar o ultimo suspiro de vida, um feitiço azulado, vindo de uma direção desconhecida, acerta sua mão e o desarma, salvando a elfa.

     - O que foi isso?! – Com grande medo, procura de onde veio a magia. Quando o soldado olha para a direita vê um homem segurando um grosseiro cajado de madeira, vestindo uma túnica marrom. E aparentemente parecia um mago.

     - Deixe a menina em paz, vocês já foram longe demais. – E aponta o cajado, em guarda para o combate.

     - Você é louco feiticeiro, está se intrometendo em assuntos da Irmandade Kartariana! Se ficar em nosso caminho, vai sofrer como ela. Agora saia da minha frente seu verme! – E um grupo de soldados negros aproxima-se do desconhecido.   

     - Já disse. Não quero lutar contra vocês. – E uma grande energia atravessa a roupa dele, que produz um vento azulado.

     - Pare homens! Deixe-me passar! – Uma voz sobressai por trás dos kartarianos. 

      Um lorde kartariano aparece, com uma armadura nobre por cima de túnica preta.

     - Eu cuido desse verme. – Retira uma varinha de dentro da túnica de trinta centímetros, preta de cabo prata. E aponta a varinha em direção do suposto mago.

     - Ates Topu! – E lança uma esfera de fogo no mago.

     - Hava Duvar! – A esfera de fogo estoura em um escuro de vento produzido pela magia do desconhecido, logo o bruxo kartariano se impressiona com o bloqueio de seu ataque.

     - Como pode? Quem é você seu insolente, como conseguiu bloquear meu feitiço assim tão rápido?! – Todos em volta do bruxo se afastam com receio do mago, temendo seu próximo passo.

     - Sua habilidade com o ataque do poder das trevas, é bem impressionante, mas vamos ver sua "grande" defesa. – Aponta seu cajado para o bruxo.

     - Baslatin! – Conjura um corrente de ar que arremessa o kartariano longe, deixando incapacitado. Todos os soldados negros avançam na direção dele com a intenção de atacá-lo. Aldar corre para perto do mago.

- Precisamos sair daqui, vamos pegar Erecus e cair fora. – Nesse momento o bruxo se levanta e aponta a varinha para o arqueiro, com um leve sorriso no rosto.

- Senin ruhun benim. – Uma mana negra sai do corpo do arqueiro e vai para os olhos e boca do bruxo, com um vapor escuro e frio. O corpo de Erecus inclina-se e depois cai, sem reação e infelizmente sem vida.

- Acho que seu amigo não está mais disposto para nos ajudar, agora vamos. – Os dois começam correr para longe dos soldados negros.

      Mais a frente uma guarnição elfica felizmente ataca os soldados que os perseguem e os distrai no caminho, ajudando-os com a fuga.

       Agora Aldar e o desconhecido mago, estão a um passo para sair desse inferno, mesmo com tantos soldados negros, os kartarianos ainda não conseguiram tomar a cidade. Daysor pode escolher destruir ou continuar tomando na tentativa de destruir as forças elficas, mas isso é uma questão de tempo.  


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