O quanto era difícil superar uma perda e seguir em frente? Sofrer a perda de um filho pode ser a coisa mais dolorosa do mundo, mesmo quando se é jovem, a maior parte das mulheres quando engravidam passam a viver exclusivamente para o filho. Não importa se isso virá arrecadado de recompensas ou não. Uma mãe sempre será uma mãe. Apesar dos erros que o filho comete ela sempre estará ali, zelando e cuidando dele. Para no final, ele ter um filho também, e se lembrar para sempre de sua mãe.

Elena não teve essa chance. Ela engravidou e perdeu seu bebê e com ele se foi toda sua felicidade e definitivamente sua paz, porém, ela não superou a perda, só encontrou na pequena Katherine, sua sobrinha, uma forma de lembrar-se de tudo. Sua família, seu filho e graças a ela um novo amor. Damon. Que por sua vez também teve que derrubar barreiras, sobreviver aos preconceitos e superar a “morte” de quem achava que era a pessoa mais importante de seu mundo.

Mas o que nem todos percebem é que todas essas coisas agem em sincronia. Tragédias podem existir, mas todos podem ter a certeza que tudo será recompensado. A recompensa pode ser demorada, talvez só venha no final, mas todos os males tem seus porém, todas as dores possuem uma causa e no final, elas só existem por conta de um motivo. A felicidade.

Todos os obstáculos foram enfrentados para chegarem ali, naquele momento.

20 de abril de 2012

Todo o longo salão da igreja estava ocupado. Pessoas amontoadas estavam todas a espera do dito casamento da década. Isso era normal, pelo menos na situação de Elena. Era ela uma das mulheres mais ricas do mundo e finalmente abria uma nova porta para a felicidade.

O jovem noivo andava de um lado para o outro impaciente. Seus olhos percorriam de um lado para o outro da igreja até enfim, encarar o grande relógio. Ele estava aparentemente nervoso, na verdade, em seus olhos a ansiedade estava estampada. Mas nenhum homem em sã consciência o condenaria, afinal, Damon Salvatore estava se casando com Elena Gilbert, uma das mulheres mais cobiçadas da atualidade.

- Acalme-se Damon. – Stefan, o homem da cadeira de rodas que também vestia um elegante terno murmurou ao reparar a aflição do noivo. – Elena não seria louca em fugir. – Completou dando um meio sorriso debochado, a verdade é que ele adorava ver o irmão nervoso e rir disso fazia com que se lembrasse dos velhos tempos.

- Lembre-se disso no dia do seu casamento. – Damon retribuiu o mesmo sorriso, porém com a voz trêmula, não conseguiu evitar, passou a sua mão pelo cabelo, um típico sinal de aflição.

Stefan soltou um riso baixo e disse:

- Não preciso disso. – ele deu de ombros – Minha noiva vem aí, junto com a nossa noivinha. – completou.

- Papai! – a voz fina de uma pequena garota, fez Damon despertar de sua bolha de preocupação e ansiedade. Ele buscou a dona da voz em meio aos convidados. Rapidamente a menina correu em direção ao pai e o abraçou.

- Kath me espere! – chamou Katherine correndo atrás da pequena Kath que corria em frente ao altar.

Katherine andou rapidamente em direção ao altar. Ela usava um longo vestido -vermelho, seus cabelos estavam presos em um elegante coque, quando seu olhar se cruzou com o de Stefan ambos sorriram, mas logo voltaram para a realidade quando ouviram o corpo de Kath se chocar contra o chão.

- Au. – ela choramingou.

Os cabelos de Kath estavam presos e em suas pontas havia pequenos cachos.

- Papai! Colo. – choramingou novamente entendendo suas mãos em direção a Damon que a pegou no colo rapidamente, seus braços se apertaram em torno do pescoço do pai escondendo seu rosto logo em seguida falou: - Eu vou viajar com você e com a tia Elena, não vou?

O coração de Damon se apertou ao ver o olhar triste de sua filha. O rapaz se abaixou e colocou a pequena menina no chão. Ele respirou fundo dando um meio sorriso nervoso.

- Meu amor... Não posso levar você.

- Eu... Eu vou ficar sozinha? – perguntou deixando um soluço baixo escapar por seus lábios.

- Não vai. – Katherine se abaixou em direção à filha. – Você vai ficar comigo e com o tio Stefan, o que acha?

- Mas eu quero ficar com o papai. – choramingou.

Katherine olhou para o Stefan em busca de força e respirou fundo. Ainda não estava acostumada com a “rejeição” da filha.

- O seu papai não vai poder levar você. – Stefan sussurrou colocando os cabelos da menininha por trás da sua orelha. – Ele vai cuidar da Elena e do seu irmãozinho... E eu e sua mamãe da nossa bebezinha. – ele segurou um riso.

- A mamãe Katherine vai ter um bebê? – Kath arregalou os olhos.

- Não... Nosso bebezinho é você. – Stefan riu baixo.

- Vão cuidar de mim com Barbie e tudo? – ela sorriu largamente.

- Com Barbie e tudo. – Um sorriso surgiu nos lábios de Katherine e o mesmo apenas aumentou.

- Então... Por que não vai pegar a tia Elena para mim? – Damon perguntou tentando esconder o nervosismo.

- Pegar a mamãe Elena. – corrigiu Kath sorrindo e depositando um beijo rápido no rosto de Damon.

Kath se virou correndo lentamente pelo longo corredor que ia de encontro ao altar.

- Me espere Kath! – exclamou Katherine de modo infantil.

Elena estava em um pequeno quarto cor de rosa, seus olhos estavam fixos e fitavam com ansiedade o pequeno espelho. O pequeno volume em seu ventre já era perceptível por todos e estava muito bem marcado pelo vestido (vestido - http://weheartit.com/entry/20079246 ).

No momento em que sua mão pousou em seu ventre, ela sorriu involuntariamente. Ali tinha um bebê, mas o mais importante, ali estava seu filho, fruto do amor dela e Damon.

- Mamãe Elena! – gritou à pequena Kath.

- Me desculpe por isso Elena. – sussurrou Katherine parando por trás de Kath.

- Lhe desculpar? Não há pelo o que lhe desculpar Katherine. Um dos momentos mais felizes do meu dia é quando estou com a Kath. Aliás, nem se vou conseguir ficar uma semana longe dela.

De certo modo aquelas palavras amedrontavam Katherine. E se Kath nunca conseguisse vê-la como mãe? Ela preferia não pensar nessa hipótese.

- Vamos mamãe! – Kath puxou a mão de Elena com força. – Vamos logo. Papai está com saudades.

- Saudades? De mim? – perguntou Elena abobalhada.

- Na verdade... – intrometeu-se  Katherine. – Ele está quase roendo as unhas de tanto nervosismo.

- Então é melhor irmos logo. – concluiu Elena por fim.

Kath ficou a frente das duas irmãs e começou a andar vagarosamente em direção ao altar. Elena vinha atrás de Kath com um sorriso nos lábios. Katherine estava ao seu lado sorrindo da mesma forma.

- Obrigada por estar aqui... – Elena olhou para Katherine e sorriu. – Isso é muito importante para mim.

- É meu dever como sua irmã, não é?

- Você sabe que não. – Elena sorriu de lado. – Você tinha a escolha de não vim aqui hoje.

- Fiquei muito tempo distante de você... Da minha família. – ela olhou para a pequena Kath que andava sorridente a frente, jogando as pequenas pétalas de rosa. – Não podia fazer isso... Aproposito, eu senti sua falta. – sussurrou por fim Katherine.

- Eu também senti sua falta.

 O som da marcha nupcial enfim acabou.

Elena sentiu suas pernas tremerem, mas assim que a mão de Damon tocou na sua mão todos os seus temores sumiram.

- Cuide bem da minha irmã. – Katherine falou e Damon assentiu.

Damon e Elena trocaram um olhar cumplice e sorriram um para o outro. Quando um ficou de frente para o outro, os olhares se cruzaram. E todos em volta conseguiam sentir a emoção daquele momento.

If you ever leave me, baby
Leave some morphine at my door
'Cause it would take a whole lot of medication
To realize what we used to have
We don't have it anymore

A voz do padre era ouvida por todos, menos pelos noivos que estavam presos em seu próprio mundo. Um mundo onde não havia dor nem sofrimento. Um mundo formado e construído apenas pela felicidade dos dois.

There's no religion that could save me
No matter how long my knees are on the floor
So keep in mind all the sacrifices I'm makin'
To keep you by my side
And keep you from walkin' out the door

Elena já estava cega pelas lágrimas que emundava seus olhos.

- Damon Salvatore, você aceita Elena Gilbert como sua legitima esposa, para ama-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. – Elena respirou fundo. – Até que a morte os separe?

Damon olhou para Elena e sorriu largamente.

- Aceito.

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain

- Elena Gilbert, você aceita Damon Salvatore como seu legítimo esposo, para ama-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Até que a morte os separe?

Elena repetiu o mesmo ato de Damon e sorriu largamente.

- Aceito.

I'll never be your mother's favorite
Your daddy can't even look me in the eye
Oooh if I was in their shoes, I'd be doing the same thing
Sayin' there goes my little girl
Walkin' with that troublesome guy

But they're just afraid of something they can't understand
Oooh, but little darlin' watch me change their minds
Yea for you I'll try, I'll try, I'll try, I'll try
I'll pick up these broken pieces 'till I'm bleeding
If that'll make it right

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain

-       Se existe alguém contra esse casamente, que fale agora ou cale-se para sempre.

Ao ver todos calados o padre continuou a falar.

- Pelos poderes em mim investidos eu os declaro... Marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva.

Damon tomou Elena pela cintura e a beijou como se aquele fosse o primeiro beijo.

Don't you say (don't you say)
Goodbye (goodbye)
Don't you say (don't you say)
Goodbye (goodbye)
I'll pick up these broken pieces 'til I'm bleeding
If that'll make it right

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain 

E ali, deu-se inicio há uma nova vida. Uma vida repleta de felicidade e sem sofrimentos.