PDV ELENA

Tive que passar a noite na desconfortável cama do hospital, eles queriam garantir que eu estivesse realmente bem.

A enfermeira me medicou várias vezes durante a noite, eu gemia de dor pelos ferimentos em meus braços, o médico dissera que a dor era uma coisa boa em caso de acidentes, disse que com ela era mais fácil garantir que tudo estivesse bem.

Depois de muito insistir fiz Damon ir para a casa, cuidar de Katherine. Ele ficou de vir hoje me buscar aqui no hospital, insistiu várias vezes para eu ficar na casa dele.

Eu não consegui relaxar de verdade. Klaus rondava a minha mente a cada instante que passava, eu estava apavorada, não pelo o que ele poderia fazer comigo, mas sim pelo o que ele poderia fazer com Katherine.

Respirei fundo.

- Senhora Gilbert? – perguntou a enfermeira entrando no quarto. – Tem um Sr. esperando a senhora aqui fora, na verdade veio lhe visitar e parecia estar muito preocupado.

- Como se chama? – perguntei.

- Klaus.

- Klaus? – gaguejei nervosa.

- Me desculpem senhoritas, mas eu vim te ver... maninha.

Pisquei meus olhos várias e várias vezes, tentando acordar deste pesadelo, não poderia está acontecendo isso, não poderia ser verdade. Por que ele resolvera me atormentar logo no momento que eu estava mais feliz?

- Pode me deixar as sós com a minha irmã? – perguntou olhando para a enfermeira.

- Claro. – ela sorriu.

Minha vontade era de gritar, implorar para que ela ficasse comigo.

- Só não demorem muito. O Sr. Damon irá vir pegá-la daqui a poucos minutos, terá que descansar um pouco antes de ir.

A enfermeira deu um ultimo sorriso e virou-se saindo rapidamente do quarto.

Olhei para Klaus e suspirei.

- O. Que. Faz. Aqui? – perguntei pausadamente.

-Eu apenas ver o meu amor. – ele tocou em meu rosto – Vim saber se precisa de ajuda para cuidar do nosso filho.

- Eu já disse e repito: Não existe NOSSO filho.

- Como é o nome dele? Klaus Filho? Klaus Júnior? Ah, quem sabe Elena ou Klausliana? Klausliana seria um bom nome. – ele riu e eu me aproveitei para afasta-lo de mim.

- Saia daqui Klaus. Suma da minha vista, da minha vida. – Eu sentia as lágrimas que caiam dos meus olhos fazerem meus cortes doerem.

- Shiii...Shiiii...meu amor. – falou colocando os dedos trêmulos em meus lábios. – Irei cuidar de você, do nosso filhinho.

- NÃO EXISTE FILHO NENHUM! – gritei.

- Tia Elena! – gritou Katherine entrando correndo no quarto.

Klaus virou-se em direção a pequena menina que correu em minha direção. Os olhos de Klaus brilhavam e um sorriso diabólico formou-se em seus lábios.

Estremeci.

Eu estava amedrontada. Não pelo o que poderia acontecer comigo mas sim com o que poderia acontecer com Katherine.

PDV DAMON

- Vamos logo papai! – gritou Katherine pulando em meu colo. – Preciso ver Tia Elena.

Abri meus olhos, mas os fechei imediatamente, a claridade me irritou. Resmunguei baixo.

- Só mais 5 minutos.

- Deixa de ser preguiçoso papai! – Katherine levantou-se e pulou novamente em cima de mim.

- Tudo bem, tudo bem. – Me sentei na cama e me espantei ao ver Katherine já pronta para sair.

- Já tomei banho papai. – sorriu – Penteia meus cabelos?

- É claro que sim! – exclamei fazendo cosquinhas nela.

- Para. Para. – disse entre risos – A tia Elena.

PDV NARRADOR

Damon segurava as mãos da pequena Katherine que pulava pelas ruas saltitantes, ela estava com um pequeno vestido rosa que caia perfeitamente pelo pequeno corpo dela.

Ambos pararam em frente ao hospital, Katherine estava ainda mais animada, de certo modo, sentia que a tia estava ali perto.

PDV DAMON

- Papai... A tia Elena não é linda? – soltou minha filha de repente.

- Claro que é meu amor. – me aproximei da recepção.

- Sou Damon Salvatore. – falei. – Vim buscar Elena Gilbert.

- Ela está com o irmão.

- Com o irmão? – ergui a sobrancelha.

- É, mas acho que já pode entrar.

Katherine saiu correndo na frente e de longe eu ouvi:

- Tia Elena!

Acelerei meus passos.

- Desculpa, ela estava ansiosa para lhe ver. – estanquei ao ver o homem... Klaus.

Não sei por qual motivo mas esse Klaus não me passava nem um pouco de confiança.