Blood, That Will Never Be Enough escrita por Mandoka_chan


Capítulo 17
VI (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

mais slash, pq eu sou pervs.
:3



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   -- Ha, ha ha ha! Videntizinha estúpida! Pensou que tinha se livrado de mim? Que ingênua! Como pôde achar que era capaz de eliminar o próprio Diabo? Agora, prepare-se para morrer!

[...]

   -- Amy! Amy, você está me ouvindo? -- Gustav disse, balnçando os meus ombros -- Você está bem?

   Aquela visão! Robert ainda estava atrás de mim e empoucos dias iria me encontrar. Eu precisava ser rápida.

   -- Sim...Foi só uma pequena vertigem -- eu cobri meus olhos e tentei me manter concentrada na realidade à minha volta - Quando foi mesmo que você disse que seus amigos chegariam? -- eu perguntei, sem fôlego.

   -- Em quinze minutos...Amy, se você está insegura, é melhor...

   -- Eu estou absolutamente segura! -- eu menti, interrompendo com a feição dura -- Eu não sou muito boa com o papel da mocnha indefesa...

   -- Okay, não está mais aqui quem falou. Então tá, o que você sabe sobre a caçada?

   Eu olhei ao meu redor, toda aquela clareira em meio à mata fechada -- Eu nunca participei de uma caçada e em circunstâncias normais não-vampirescas eu fugiria de uma arma.

   -- Nadinha. Nós vamos caçar alguma coisa hoje? -- eu confessei e olhei para as armas nas mãos deles.

   -- Não. Estas armas não são para matar seres vivos...São para os sobrenaturais...Servem para espíritos, succubus e vampiros. As balas são de sal-grosso e água-benta.

   Eu ergui uma sobrancelha.

   -- Isso tudo aí não está meio ultrapassado? Quer dizer, neste século temos mísseis, hiper-metralhadoras, essas coisas. Não são mais eficientes que sal e água.

   Gustav e Georg deram uma risada alta. Eu me encolhi.

   -- Ah, Amy a bobinha. Você acha que Slayers recebem pelo serviço? Imagine se todo se todo o nosso armamento fossem granadas e explosivos...Resumindo a resposta: são caras, nada discretas e ineficientes, principalmente. Não se combate forças sobrenaturais com armas de guerra -- o toque do celular dele impediu que eu perguntasse onde eles arrumavam dinheiro.

   -- Jonathan! Certo, estamos esperando -- ele falou metodicamente e depois desligou o celular -- Eles acabaram de chegar na reserva.

   -- Hm -- eu murmurei em resposta. Sentei em um tronco caído no chão -- Eu ainda não consigo acreditar que vocês estão espalhados pelo mundo...

   -- Mas consegue acreditar se forem vampiros -- ele acrescentou, em um tom de escárnio -- Eu não consigo acreditar que você negou toda a sua natureza humana para aceitar vampiors como amigos...e namorado -- ele desviou o olhar de mim.

   Eu tremi ao lembrar do Mikey.

   Ele ainda não tinha tentado me encontrar. Eu não conseguia parar de pensar se ele estava bem. Logo ele estaria com sede e passaria por toda aquela dor denovo.

   -- Ele é um pouco mais velho que você também, não é? Mil e poucos anos...

   -- O Mik...chael não é meu namorado. Nós não temos nada -- eu suspirei, olhando para os meu All Star preto desbotando. Maldita hora que eu falei sobre meus sentimentos com o Gustav.

   Ele deu um assobio curto, como se dissesse "Nossa!"

   -- Desculpe por isso...É que pelo nível da relação de vocês, eu achei que estavam envolvidos além da sua doação de sangue...

   Aquela palavra me provocou arrepios;  

   Sangue. Nunca vai ser o suficiente.

   Se fosse só por ele, o Mikey já teria me matado. Tem algo mais. Algo indefinido, mas que está entre nós. Uma conexão.

   Ou isso é só um resto do efeito da droga que injetaram em mim.

   -- Gus! -- alguém gritou das árvores. Logo dois homens entraram na clareira

   -- Hey Jon, Spencer -- Gustav os cumprimentou com apertos de mãos.

   -- Pensávamos que você tinha morrido em Lawrence -- quem eu deduzi ser o Spencer disse.

   -- Saki completou o exorcismo antes --argh, exorcismo. O que mais falta eu saber? De..capitação? Arrrrrgh.

   -- Então esta é a Amy -- Jonathan veio na minha direção, galante de mais -- Prazer, sou Jonathan Walker, pode me chamar de Jon.

   Dei um sorrisinho nervoso.

   -- Vamos ao que interessa, sim? -- Spencer cortou Jon bruscamente, e acenou levemente com a cabeça para mim. Eu vi claramente. Ciúmes. Oh.

   Ele tirou a mochila das costas e epalhou diferentes tipos de armas pelo chão -- Amy, você vai ter que escolher uma e ir tentando até encontrar uma que seja perfeita para você.

   -- Então vai ser uma versão mal-adaptada de Harry Potter? -- eu comentei baixinho.

   -- O quê? -- Gustav perguntou. Eu fingi não ouvir e me aproximei das armas.

   Peguei uma que tinha um cano médio preto, parecida com a arma da Lara Croft.

   -- Colt 66... -- Gustav falou. Ele me encarou com os olhos astutos -- Audaciosa, essa é a mais pesada.

   Eu ofeguei. Ela era como uma pluma nas minhas mãos. Será que aquilo tinha a ver com meus poderes de vidente? Eu poderia perguntar para o Bill ou o...Mikey.

   Senti denovo um nó na garganta, como se tentassem socar uma pedra. Lembrei de quando nos beijamos. E naquele momento, eu estava aprendendo a caçar vampiros.

   Que espécie de ser humano eu era?

 


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