Heróis escrita por Oceansoul


Capítulo 9
Capítulo nove


Notas iniciais do capítulo

Yoo mina, desculpem-me por ter demorado tanto.. Eu ando com muitos problemas, mas isso não quer dizer que vou parar de escrever. Então, para a alegria de vocês, o nono capitulo!
Enjoy ♥



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Assim que todos os deuses saíram, Joel bufou e pulou da cadeira.

- O que eles pensam que nós somos? – Exclamou irritado. – Empregados?

- Pense bem, Joel. – Emily falou deitando a cabeça na mesa. – Pelo menos temos uma chance de achar Barbara, e quem sabe descobrir algo sobre meu pai.

- É só por isso que eu vou. – Ele disse afagando Pegasus que estava em completo silêncio. – Só para encontrar Barbara, e ajudar você com o seu pai.

Emily sorriu, e o seguiu indo até o garanhão alado.                       

- Então, Pegs, como se sente? – Perguntou o abraçando no pescoço.

Pegasus relinchou levemente e encostou sua cabeça a de Emily. Ambos ficaram em silêncio e muito confortáveis. Era incrível como a simples presença um do outro fazia com que se sentissem bem. Joel apenas os observava com um pequeno sorriso e após alguns minutos assim, Emily se afastou de Pegasus. Havia se lembrado de sua amiga semideusa que não via fazia um tempo.

- Você sabe onde está a Liza, Pegs? – Perguntou.

O garanhão balançou a cabeça e começou a caminhar em direção as portas do salão. Emily e Joel o seguiram. Caminharam por corredores e corredores, todos parecidos, com paredes de mármore, lustres dourados com velas que brilhavam em um fogo esverdeado.

Finalmente Pegasus parou em frente a uma porta dourada com pedras brilhantes prateadas e vermelhas, e acenou com o focinho. Emily se aproximou da porta.

- Liza? – Chamou. – Liza, você está ai?

- Em! – Ouviram o grito angustiado de Elizabeth do outro lado da porta. – Em, ainda bem que você veio, me trancaram aqui!

Ouvindo isso, Joel passou por Emily e tentou abrir a porta pela maçaneta, sem sucesso.

- Saia de traz da porta, Elizabeth. – Ele avisou. – Vou tentar arrombar.

- Certo.  – Elizabeth gritou do outro lado.

Joel se distanciou um pouco da porta e logo depois correu em direção a ela. Assim que bateu com o ombro nela, o ar tremeluziu com um som alto e agudo e o lançou para longe.

- Joel! – Emily gritou assustada e correu até ele que havia caído do outro lado do corredor. – Você está bem?

- Sim. – Ele respondeu se levantando. – Estou bem.

- O que houve? – Elizabeth perguntou com uma voz aflita.

Pegasus relinchou suavemente e Emily assentiu sorrindo.

- A porta está trancada com magia. – Explicou. – Já vou tirar  você daí Liza, espere só um instante.

Ela estendeu as mãos juntas,e com um brilho dourado um livro bem pequeno com capa de couro preto e escrituras em latim douradas. Emily tocou a capa levemente com o dedo indicador, e em um instante o livro se expandiu. Abriu-se sozinho e as páginas antigas viraram freneticamente como folhas ao vento e pararam subitamente quando Emily estalou um dedo.

- Achei. – Ela falou. Apoiando cuidadosamente o livro na mão esquerda, ela se aproximou mais da porta e encostou a direita na fechadura. Observou  as páginas por um instante, e depois fechou os olhos. – Aperiesque ostium! – Murmurou.

A fechadura brilhou, e com um estalo, a porta se abriu.

Joel assoviou, e no mesmo instante Elizabeth saiu do quarto, os cabelos cacheados e castanhos, os óculos vermelhos e uma roupa simples, mas como sempre, perfeita. Um short balone preto, regata azul e sandálias rasteirinhas de couro. Emily achou que o assovio de Joel foi para Elizabeth. Ficou zangada, mas não falou nada.

- Nossa! – Elizabeth exclamou irritada. – Ainda bem que vocês apareceram. Estou trancada nesse quarto há horas!

- Os deuses te trancaram? – Emily perguntou espantada. – Sua mãe veio visitá-la? Você conversou com ela?

- Não! – Liza respondeu. – A tal da Sasha, a “Virgem Vestal”, me deixou aqui sem falar nem uma palavra e foi embora.

- Estou com um péssimo pressentimento. – Joel falou.

- Que tipo? – Emily perguntou.

- O tipo que diz que temos que dar o fora daqui. – Ele respondeu.

 Ficaram em completo silêncio por alguns minutos, até Pegasus relinchar suavemente, mas alarmado.

- Tem alguém vindo. – Emily falou.

Elizabeth sussurrou para que entrassem no quarto dela. Assim eles fizeram.

Passaram pela porta e a fecharam rapidamente. Logo os passos ecoaram pelo corredor e pararam bem em frente à porta.

- Pai! – Gritou a voz angustiada que Emily reconheceu como a de Diana. – Repense nesse assunto, por favor! Não podemos simplesmente trazer todos eles aqui e depois... Depois... – A voz da deusa falhou.

- Já foi decidido, Diana. – Falou Júpiter com sua voz firme. – Não podemos ignorar o fato de que eles são perigosos para nós. Além disso, não iremos matá-los nem algo parecido.

- Mas e Emily? – Diana continuou. – Ela não merece isso! Ela salvou nossas vidas! E Pegasus? O que será dele depois que ela se for?

- Já lhe falei Diana. – Disse Júpiter. – Eles não iram sofrer, muito menos a garota. Terão um lugar especial para eles no mundo inferior. Plutão já colocou seus servos para trabalhar nisso.

- Barbara é sua filha! – Diana insistiu. – Você não se importa com ela? 

- Já chega! – Júpiter gritou. – Isso não é da sua conta! O assunto já foi resolvido. Agora, a menos que você queira me ver realmente irritado, não toque mais nesse assunto comigo. E não se atreva a falar sobre isso com os outros deuses, você teve sorte de eu não puni-la por ouvir minha conversa com Plutão e Netuno!

- Mas pai...

- Diana! – Com o grito irritado do deus, raios e trovões ribombaram de maneira assustadora no céu fazendo o palácio inteiro estremecer e Emily se arrepiar inteira.

- Desculpe pai. – Diana falou dando-se por vencida.

Os sons de passos voltaram a ecoar no corredor, avisando-os que os deuses já saiam, ao longe, quando as vozes deles eram quase imperceptíveis, ouviram Júpiter repreender Diana por discutirem o assunto bem em frente à porta do quarto da semideusa de Venus.

Quando as vozes cessaram, Emily se endireitou e encostou-se porta, escorregando até o chão.

Observou os amigos que tinham a mesma expressão confusa, mas ao mesmo tempo perplexa no rosto. Joel assoviou quebrando o silêncio, e colocou as mãos nos bolsos da calça.

- Parece que eles têm muito que nos contar ainda.

- Pelo que me parece – Elizabeth falou. – Eles não pretendem nos contar.

- Isso é um absurdo! – Emily exclamou. – Eles pretendem fazer o que com os semideuses?

Pegasus balançou a cabeça e relinchou. Emily assentiu com um sorriso meio torto.

- Temos que falar com Diana. Ela deve ser a única que sabe. Júpiter disse para ela não dizer a nenhum dos outros deuses...

- Temos que tirar a Elizabeth daqui, Emily. – Joel falou. – Se eles querem os semideuses, vai saber o que podem querer fazer com ela se descobrirem que sabemos.

- O que nós sabemos? – Liza perguntou. – Tudo que ouvimos é sobre essa conversa, e sinceramente eu não entendi nem metade daquilo tudo.

Emily revirou os olhos parecendo muito irritada.

- Joel, - Ela falou depois de uma longa pausa. – Quero que você vá com Pegasus e tire a Elizabeth do palácio, de preferência volte para a terra com ela.

- Mas e você?

- Eu vou atrás de Diana, ou Vesta. Eles não vão fazer nada comigo por enquanto.

Pegasus e Joel não queriam concordar de maneira alguma. Mas depois de muitos argumentos e suplicas Emily fez com que eles aceitassem o plano.

Ela saiu do quarto primeiro e assim que checou o corredor disse a Joel que eles podiam sair também. Tomaram caminhos diferentes.

Ela foi para o lado pelo que Júpiter havia ido, os outros pegaram o caminho que mais se parecia com o da saída.

Depois de se separar dos outros, Emily caminhou muito pelo palácio a procura de qualquer deus que pudesse encontrar. Menos Júpiter, é claro. Ele parecia muito convicto quando o assunto era matar os semideuses. Matar os semideuses.

Por que ele iria querer fazer algo do tipo? Disse que eles eram perigosos. Perigosos de que maneira? Isso era ridículo. Um bando de crianças de no máximo 14 anos perigosos para os deuses do Olimpo.

Perdida em pensamentos, Emily não prestou atenção quando andava e acabou de cara com alguém. Com um grande susto, ela cambaleou para trás e caiu no chão.

- Ah, sinto muito, Emily. – Disse a pessoa com quem ela trombara estendendo a mão para ajudá-la.

- Diana... – Ela murmurou e pegou a mão da deusa que a puxou para cima.

- Você está bem? – Diana perguntou, e Emily não pode deixar de notar como sua expressão e voz estavam abaladas.

- Sim, estou. E você? – Perguntou.

- Sim, ótima. – Diana respondeu depois de algum tempo.

As duas puseram-se a caminhar pelo palácio juntas conversando sobre assuntos alheios. Emily ainda não tomara coragem para perguntar a ela sobre a conversa dela com Júpiter. Tinha medo de qual poderia ser sua reação e não sabia como lhe contar tudo que ouvira e fazer suas perguntas. 

Emily não notara antes, mas a deusa a levara direto para o quarto dela. Quando pararam em frente às portas, Diana começou a se despedir, mas antes que ela terminasse Emily a interrompeu.

- Diana. – Ela falou com a voz séria.

- Sim? – A deusa perguntou.

- Eu preciso saber de uma coisa. – Diana assentiu a encorajando a continuar. E assim ela fez. – O que Júpiter pretende, realmente, fazer com os semideuses quando os trouxermos para cá?

Diana a encarou completamente perplexa. Não falou nada, mas Emily percebeu que ela tentava conter o tremor nas mãos.

- Emily – Ela começou, olhando para o chão. – Fuja.

 - O que?

O rosto de Diana estava agora escondido pelas sombras de seu cabelo a deixando com uma aparência sinistra. Quando levantou a cabeça tinha uma expressão feroz no rosto.

- Fuja! – Ela gritou.

Emily a encarou assustada e viu lágrimas em seus olhos. Sem pensar duas vezes, disparou pelo corredor fazendo o caminho que lembrava ser o da saída. Olhou várias vezes para trás, mas Diana não a seguiu.

Passando por uma curva, ela viu Venus, que a olhou assustada.

- Emily! – Chamou, mas ela não parou. Não sabia mais em quem podia confiar agora. – Emily, espere. – A deusa insistiu.

 Mas sem nem olhar para trás Emily continuou correndo. Com um alívio que percorreu todo o seu corpo, ela alcançou a saída. Desceu as escadas enormes de mármore em um tempo que julgava quase impossível e para sua felicidade avistou Pegasus correndo em sua direção.

Quando o alcançou parou para respirar. O garanhão batia com os cascos no chão e balançava a cabeça bufando diversas vezes.

- Eu sei. – Emily falou ofegante. – Já estou indo.

Montou nele e deitou-se em seu pescoço para descansar.

- Joel e Elizabeth já estão a salvo?

Enquanto abria as asas Pegasus confirmou balançando a cabeça.

Um pavor intenso atingiu Emily quando ela viu Júpiter vindo em direção a ela das escadarias do palácio, e Diana, tentando inutilmente detê-lo vinha logo atrás.

- Vamos Pegs, vamos! – Ela gritou abraçando-se a Pegasus fortemente.

Ele trotou para ganhar velocidade, e em um vôo mais rápido do que todos em que Emily estivera chegaram ao céu alaranjado de entardecer da terra.


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Notas finais do capítulo

Como devem ter visto, igual ao capitulo anterior, esse ficou menor do que o normal. Mas prometo fazer o próxima maior e mais detalhado ok?
Espero não estar fazendo muita confusão em tudo, mas podem ter certeza que se tiverem muitas duvidas (duvido, sou péssima em mistério) ao longo da fanfic serão respondidas!
Mandem seu review, beijos e Ja ne ♥