Heróis escrita por Oceansoul


Capítulo 8
Capítulo oito


Notas iniciais do capítulo

Awn, sorry pessoal. Demorei muito para postar. É que eu tinha a ideia e tudo, mas foi difícil começar, e acabou ficando bem pequeno, me perdoem por isso, ok?
Sem mais demoras, o oitavo capitulo.
Enjoy!



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Após Emily chorar por um longo tempo, Elizabeth a levou para um quarto no hotel para que ela lavasse o rosto e descansasse. Ela mal parou para olhar os maravilhosos móveis, tapeçarias, quadros e roupas de cama que havia no lugar. Estava extremamente cansada e sua cabeça doía. Pegasus também não ficou melhor com a situação, e após darem a ele um pouco de mel e alguns outros doces montaram nele e se prepararam para a viagem.

Quando Elizabeth, Joel, e Emily já haviam montado, nessa mesma ordem, Paelen deu tapinhas na traseira de Pegasus sorrindo.

- Vai lá garanhão. – Ele falou. – As sandálias vão voltar em breve eu apareço lá no Olimpo.

Pegasus relinchou e Joel apenas riu.

- Você vai ficar com Mayrise?

- O que? – Paelen exclamou indignado. – De onde você tirou uma coisa dessas? Eu não...

Joel e as meninas o encaravam com uma seriedade descontraída.

- Certo, certo. Não é da conta de vocês crianças. Vai logo Pegasus.

O garanhão relinchou novamente, e começou a abrir as asas e correr. Assim que ganhou velocidade levantou vôo, Elizabeth soltou um gritinho agudo agarrando-se fortemente a Joel.

- Eu odeio altura. – Ela murmurou enterrando o rosto de olhos fechados nas costas dele.

- Acostume-se, semideusa. – Ele falou rindo.

Emily não precisou virar-se para ouvir a conversa e ver sua melhor amiga se espremendo em Joel.  Nunca imaginou que pudesse sentir tanto ciúmes de alguém.

 Pegasus não se esforçou tanto para voltar, pois mesmo dali conseguiu ir ao Olimpo. Apenas chegaram a uma parte mais distante que de costume. Elizabeth soltava vários gritinhos toda vez que passavam por algum templo enorme ou alguma ninfa que passeava como névoa verde pelos campos.

Quando chegaram ao palácio, Pegasus o sobrevoou fazendo círculos, e ao ver a escada rolante de ouro, Elizabeth soltou o mais alto de seus gritinhos, quase ensurdecendo Joel.

- O Shopping precisava de uma dessas!

O garanhão pousou no topo das escadarias comuns do palácio e logo os três desmontaram.

- Obrigada Pegs. – Emily falou o beijando no focinho.

- Argh. – Elizabeth murmurou. – Você beija o cavalo?

Joel e Emily a encararam mortalmente.

- Ele não é um cavalo. – Joel falou irritado.

Elizabeth rolou os olhos.

- Que seja. Para onde vamos? – Perguntou.

- Eu não faço a menor idéia. – Emily respondeu dando de ombros.

- Vamos procurar por Venus. – Joel sugeriu, e Elizabeth se mexeu desconfortável.

- Minha mãe?

 Emily assentiu, e Vesta apareceu der repente de dentro do palácio e parecia meio abalada.

- Minha criança... – Ela disse com um sorriso.

Elizabeth arregalou os olhos parecendo anojada.

- Você é minha mãe? – Perguntou.

Vesta parou de afagar Emily e examinou Liza de cima a baixo, também nem um pouco satisfeita com o que via e falou com uma voz rude:

- Suponho que você seja a filha de Venus.  

Joel abafou uma risada.

- Não, ela não é sua mãe Liza. – Emily falou muito constrangida.

 - Felizmente. – Vesta murmurou, e apenas Joel ouviu, tentou transformar sua risada em uma tosse sufocada, sem muito sucesso. – Emily – A deusa continuou. –, preciso que você venha comigo. Joel, você e Pegasus devem encontrar Paelen, e a semideusa, espere que uma das minhas servas venha buscar você.

Emily se despediu de Joel, Elizabeth e Pegasus, relutante, e seguiu Vesta para baixo das escadarias do palácio. Elas pegaram um caminho pelos jardins do Olimpo que Emily se lembrava muito bem aonde ia dar. O templo do fogo.

Assim que chegaram ao local, Vesta subiu dois degraus e se sentou na escada de mármore, Emily fez o mesmo.  Ficaram um tempo paradas, observando uma a outra até que a deusa deu um longo e pesado suspiro. Ela parecia muito cansada para uma imortal.

- Emily, sabe por que eu te trouxe aqui? – Ela perguntou, e embora Emily tivesse certeza que sabia o porque, balançou a cabeça negativamente. Então Vesta continuou. – Depois que você reascendeu a chama e renasceu, o coração dela permaneceu dentro de você. Sabe, o seus sentimentos, o peso negativo da dor e da tristeza como a energia positiva do conforto e da felicidade, refletem no fogo do Olimpo. – Emily apenas assentiu e continuou ouvindo.

“A cada perda sua, o fogo diminuiu e enfraquece, e a cada conquista sua, ele aumenta e se fortalece, e isso afeta a nós, os Olímpicos. Tudo que os deuses não querem é que a chama se perca e que fiquemos mais vulneráveis aos ataques novamente. Olhe para a chama, Emily, ela parece forte?”

- Não posso me forçar a ficar feliz. – Emily falou após alguns segundos, ignorando o pedido da deusa. Um nó doloroso começava a se formar em sua garganta.

- Eu sei. – Vesta agora parecia tão ferida quanto Emily. – Júpiter pediu que eu lhe dissesse isso. Mas... – A deusa derramou lágrimas e Emily ficou espantada. – Eu me preocupo mais com você do que com a chama do Olimpo, e sabendo que você se sente infeliz eu... – A voz dela falhou, as lágrimas se intensificaram junto aos soluços.

Certo. Emily pensou. Vesta está chorando por minha causa.

Sempre soube que os olímpicos se preocupavam com ela, mas aquela deusa estava chorando, mais preocupada com os sentimentos dela do que com a própria existência. Emily sentiu certo conforto, acreditando nela, mas mesmo aquilo não foi suficiente para apagar a dor de ter conversado com o pai e não saber nada de seu paradeiro, de ter uma amiga, talvez não tão amiga, mas uma conhecida, desaparecida também. Vesta agora era como Joel, e Pegasus também, aquilo que a deixava acesa, que não permitia que ela desistisse de viver, afinal, aqueles que eram os mais importantes, haviam ido embora. Primeiro sua mãe, e depois seu pai;

- O que eu faço Emily? – Vesta perguntou secando as lágrimas em meio aos soluços. – O que eu faço para lhe deixar feliz?

Emily simplesmente não sabia o que responder. Ficou sem palavras.

- Há muitos segredos. – A deusa continuou vendo que ela não responderia. – Muitos segredos no Olimpo, que com uma pequena brecha também envolvem você e seus amigos. Então por hora, não quero que force a si mesma a esquecer de seus problemas, quero que você seja forte Emily, que aguente firme, lute pelo que você quer e conquiste o direito de saber da verdade.

Confusa, atordoada, nervosa e ansiosa. Assim que Emily voltou, sozinha, ao palácio após sua conversa com Vesta.
Segredos. Segredos do Olimpo que envolvia ela e seus amigos, e que deveria conquistar o direito de saber. Já não era suficiente? Saber que pessoas que ela amava estavam desaparecidas e não fazer a menor idéia de onde estava, e agora ter de conviver com isso. A ansiedade que chegava a ser dolorosa, de querer saber esses segredos.

Passou um tempo em seu quarto no palácio, até Diana vir chamá-la para uma reunião do conselho que iria ser feita. Sua amiga deusa a encarava de uma maneira estranha, como se ela fosse um monstro muito poderoso que ela via pela primeira vez e sentia uma mistura de medo, e admiração. Emily ignorou, pois soube, que sem sucesso algum Diana tentava esconder isso em seu rosto e parecia querer ser mais simpática possível, como sempre fora, então ela fingiu que estava dando certo.

Elas chegaram ao salão do conselho, e todos os deuses já estavam presentes, inclusive Plutão, sentados nos mesmos lugares que da ultima vez. Emily caminhou e se sentou em frente a Joel, mas ficou muito preocupada vendo que sua amiga Elizabeth não estava ali. Pegasus estava postado ao lado de Júpiter, e tinha a mesma aparência abalada que a de Emily.

A reunião começou com Júpiter anunciando os últimos acontecimentos. Quando ele terminou, com a parte que a primeira semideusa perdida já havia sido encontrada, um silêncio desconfortável pairou no ar.

“Semideusa perdida...” – Emily não ouvira mais nada após ele dizer essas palavras, e quando uma breve discussão sobre o que deveria ser feito começou ela nem reparou. Até uma única coisa no meio de toda aquela confusão chamar a sua atenção.

 Joel e Pegasus. Ambos a observavam com preocupação explicita, e aparentemente dolorosa.

Ela se permitiu dar um sorriso, que Joel correspondeu ainda muito rígido. Quando voltou a sua realidade e prestou atenção na conversa dos deuses, ela pegou uma única frase que veio de Netuno:

- Não fazemos a menor idéia do paradeiro dos Nirads!

- Eu sei! – Ela gritou quase que involuntariamente. Quando percebeu que todos a encaravam, surpresos, inclusive Joel, ficou nervosa e se corrigiu. – Quer dizer... Mais ou menos... Quando Pegasus caiu no meu terraço, tinha uma grande tempestade acontecendo na terra e estávamos sem energia. Ahn, quando meu pai... – Ela fez uma breve pausa, lembrando de seu pai em casa, e tomou desesperadamente um copo de água a sua frente tentando amenizar a maldita dor em sua garganta. – Quando meu pai foi para casa ele disse que tinham pessoas relatando ter visto coisas cinza e enormes saírem dos bueiros da cidade.

Vênus riu.

- Sim, aquelas coisas nojentas só podiam estar vindo de debaixo da terra.

- Está insinuando o que? – Plutão perguntou muito ofendido.

Vênus parecia ter levado um tapa, pois fez uma expressão de medo e espanto.

- Eu não queria... – Ela começou, mas logo Minerva a interrompeu.

- Agora temos uma idéia do paradeiro de nosso inimigo. – Ela falou com uma seriedade superior. – Podemos agir. Joel e Emily, crianças, é bom que se preparem. Saíram amanhã pela manhã para irem atrás dos Nirads na terra. Um de nós irá acompanhar vocês por precauções. É só.

E com isso, sem pedirem qualquer opinião de Joel ou Emily, os deuses encerraram a reunião e desapareceram. 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Eu espero que sim. Mandem reviews com sua opinião! Beijos, ja ne ♥