Heróis escrita por Oceansoul


Capítulo 6
Capítulo seis


Notas iniciais do capítulo

Olá, tentei não demorar muito dessa vez ^.^
Não sabem como estou feliz apenas com esses 19 reviews por em quanto. Sinceramente eu tinha certeza que ninguém ia ler. Afinal nunca teve uma fic do Pegasus no site, e imaginei que ainda não tivessem muitos leitores do livro para se interessar. Mas estava errada... I'm so Happy! :D
Sem mais demoras, capitulo seis!
Enjoy!



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- Barbara McCalister? – Júpiter interrompeu. – Eu sei tudo sobre aquela garota senhorita Jacobs. Barbara é minha filha.

- Barbara é sua o que? – Joel exclamou com os olhos arregalados.

- Barbara é a minha filha. – Júpiter repetiu sorrindo.

Ouve um silêncio, até que Emily suspirou e se jogou em um dos degraus.

- Certo. – Ela disse. – Elizabeth é filha de Venus... Barbara filha de Júpiter. Qual é? Agora eu sou filha de alguma deusa por acaso?

Vesta arregalou os olhos.

- O que está dizendo Emily? – Ela exclamou. – Não pense besteiras!

Emily e encarou e ergueu as sobrancelhas.

- Senhora Vesta?

Novamente o silêncio pairou no ar. Vesta der repente interessada em suas sandálias, Joel ascendendo labaredas em seus dedos, Emily sentada completamente abalada e Júpiter os observando curioso.

- Então? – Joel falou afinal. – O que faremos agora? Barbara é sua filha...

- Deve estar preocupado com ela. – Emily continuou

- É claro que sim, mas antes devo saber de algumas coisas. – O deus falou coçando o queixo.

- Tipo? – Joel perguntou.

- O que os Nirads iam querer com sua filha? – Vesta falou arqueando as sobrancelhas.

- Exatamente isso... – Júpiter concordou. Ele fechou os olhos, pensativo, e quando Joel abriu a boca para falar levantou a mão dramaticamente pedindo silêncio.

Depois de alguns instantes abriu os olhos.

- Minerva esta a caminho. – Ele falou afinal. – Emily, criança, volte a terra e encontre a filha de Venus. Se eles já foram atrás de Barbara pode ser que queiram os outros semideuses também.

Emily apenas assentiu levantando-se.

- Vesta, por favor, avise aos outros deuses para reunirem todo o conselho, inclusive Plutão. – Ele continuou. – Vão logo! – Abanou as mãos e os encarou severamente.

Vesta os conduziu para fora do templo. Saíram em um campo grande e verde com o céu azul e cheio de nuvens brancas. Não estavam no Olimpo, pois não havia nada ali.

- Senhora Vesta – Emily chamou. –, como nós vamos...?

- Levarei vocês ao Olimpo. – A deusa falou e ajoelhou-se em frente a Emily como fizera antes. – Cuide-se Emily. – Afagando o cabelo dela, virou-se para encarar Joel. – Conto com você para cuidar dela, e Pegasus também. – Depois beijou a testa de Emily e se levantou. – Até breve, minha criança.

Com um sorriso, Vesta cantarolou em latim e tudo começou a brilhar, com um vento gelado, Emily e Joel fecharam os olhos, e assim que abriram estavam de volta ao Olimpo, no topo das escadarias do castelo, mas essas não eram rolantes.

- Está de brincadeira, não é? – Joel exclamou olhando para a enorme quantidade de degraus de mármore abaixo deles.

Emily apontou para baixo, aonde Pegasus vinha subindo com uma mulher ao seu lado.

- É Venus. – Ela falou correndo em direção a eles com Joel logo atrás.

Quando se encontraram Venus parecia muito aflita. Ela estava com uma espécie de top púrpura, uma saia que parecia a grande pétala de flor da mesma cor que ia até os seus pés e balançava bastante ao vento, preso na cintura algo semelhante a um chicote dourado enrolado. Seu cabelo estava solto e mesmo sem maquiagem alguma ela era perfeita. Ao perceber que Joel a olhava de cima a baixo repetidas vezes descaradamente, Emily lhe deu uma cotovelada que na verdade nem adiantou de muita coisa.

- Olá Emily, querida. – Ela disse sorrindo.

- Senho... – Ao ver a expressão desaprovadora no rosto da deusa, Emily se interrompeu. – Venus. – Disse sorrindo. – Como está?

- Muito bem. – Ela respondeu. – Mercúrio recebeu um breve comunicado de Júpiter. Me disse que estão indo buscar Elizabeth agora.

- Sim, estamos. – Emily confirmou. Joel continuava encarando a deusa, e Pegs estava em silêncio.

- Entregue isso a ela por mim?  - Venus tirou o que tinha preso na cintura e o esticou mostrando a Emily. Era mesmo um chicote assim como ela pensara. Feito de ouro com mais ou menos um metro. Ele tinha um pequeno cabo de couro com uma pedra vermelha incrustada que parecia muito valiosa.  – É feito de ouro purificado. – Ela explicou. – O mesmo das rédeas de Pegasus. Que destrói os Nirads. Assim que eles foram derrotados por você no Olimpo, Vulcano começou a trabalhar em armas com esse material e fez esse especialmente para mim.

- Por que não entrega a ela você mesma? – Emily perguntou. – Sabe, pessoalmente. Quando chegarmos com ela ao Olimpo...

- Não! – Venus interrompeu, der repente muito nervosa. – Quero dizer... Conheço minha filha, eu não sei se ela vai querer vir então... Entregue a ela assim que a encontrarem e digam que foi um presente de sua mãe. – A deusa suspirou recompondo-se.

- T-tudo bem... – Emily gaguejou pegando o chicote que já estava enrolado.

- Obrigada. – Dando um sorriso meio torto, ela desapareceu em um leve brilho rosado que deixou cheiro de perfume Frances no ar.

Emily virou-se para Joel que agora saia do transe.

- Idiota. – Murmurou montando em Pegasus. – Vamos! – Exclamou para ele

Quando Joel montou, desta vez atrás dela, Emily sorriu.

- Vai ser a única vez, está bem? – Ele sussurrou no ouvido dela.

Emily se arrepiou inteira.

- C-claro. – Gaguejou.

Logo Pegasus levantou vôo e em questão de minutos estavam na terra. Pousaram no terraço de Emily e enquanto Pegs descasava Joel e elas correram para o apartamento.

Assim que entraram Emily correu para seu quarto.

- O que vai fazer? – Joel perguntou.

- Vou ligar para a Liza. – Ela respondeu revirando a cama atrás do celular. – Ela raramente passa o fim de semana em casa. – Explicou. – Ou vai para o Cabo de San Lucas, no hotel de seus tios ou para Los Angeles na mansão da família de seu pai.

- Nossa... – Ele murmurou. – Vou pegar alguma coisa na geladeira.

Assim que achou o celular ela procurou na agenda o número e Elizabeth e ligou para ela.

No quarto toque ela atendeu ofegante.

- Hello Emily! – Exclamou do outro lado da linha.

- Oi Liza. E aí. , já saiu da cidade? – Emily perguntou

- Já, é claro. Estou no hotel dos meus tios com o Riler. – Ela respondeu. Riler era um grande amigo de Elizabeth. Ela na verdade o amava e não tinha nenhuma vergonha de ir se declarar para ele, mas ao invés disso, preferia ficar com vários outros garotos só para deixá-lo com ciúmes.  – Eu tentei te ligar, ontem eu... Eu contei para ele e resolvemos passar o fim de semana juntos. Achei que você poderia querer vir para cá comigo, poderia ser legal sabe? Eu e o Riler, você e o Joel...

- Ah, olha Liza... – Emily tentou interrompe-la, mas Elizabeth continuou como se ela não tivesse dito nada.

- Acho que você pode querer saber. Seu celular caiu na caixa postal, no residencial ninguém atendeu e quando eu liguei pro seu pai ele atendeu e disse umas coisas muito sinistras com uma voz bizarra sobre não ser mais... Ahn... O seu pai.

Emily congelou. Seu pai havia atendido o celular? Como? Ela tentara tantas vezes depois de sair da UCP e não tinha recebido nenhuma resposta. Por que agora que Elizabeth havia ligado ele atendera? Por vários instantes ficou com os olhos arregalados fitando o nada. O que havia dito sobre não ser mais o pai dela? Poderia ser outro homem fingindo ser ele? Mas ninguém ia querer se passar por Steve. Ele era só um policial comum. Tudo bem, ele estava na companhia dela, Joel, Diana, Pegasus quando a UCP achou que eram alienígenas que queriam invadir a terra, mas depois que eles fugiram e que os Nirads atacaram o prédio Emily imaginou que pudessem ter esquecido essa idéia, pois não foram atrás deles novamente.

Seus joelhos se dobraram, e ela quase caiu. Tentou se apoiar na primeira coisa que viu na frente, mas o abajur não era nada resistente e caiu no chão junto com ela fazendo um barulho auto.

- Emily? – Elizabeth perguntou preocupada. Joel fez o mesmo. Gritou por ela da cozinha assim que ouviu a batida forte no chão.

Mas a cabeça de Emily estava a milhão e ela não podia pensar direito. Pegasus sentiu isso e começou a ficar alarmado no terraço.

- Emily? – Elizabeth chamou novamente, e Joel acabara de entrar no quarto dela, tinha trocado de roupa.

- E-eu e-estou bem... – Emily gaguejou para os dois voltando à realidade. Joel a ajudou a se levantar e colocou o abajur no lugar. Não quis contar nada a Elizabeth por isso não fez mais nenhuma pergunta a ela sobre a ligação. Apenas Joel e os olímpicos sabiam do desaparecimento de seu pai e Emily ainda não estava pronta para contar a mais ninguém. Além disso, se tivesse que falar do desaparecimento dele, teria que mencionar Pegasus, e UCP e tudo mais. – Liza – Ela disse afinal. –, talvez eu passe por ai mesmo. Cuide-se, ok? – Ela falou massageando a testa.

- Como você vem? Quer que eu envie as passagens de avião para vocês? – Elizabeth perguntou.

- Não precisa.

- Sério. Minha mãe pode comprar. Nosso motorista pode pegar vocês no aeroporto e tudo. – Ela insistiu.

- Não, eu dou o meu jeito. Assim que estiver chegando te ligo.

- Ok. Beijo amiga, até mais.

- Tchau, e cuide-se.

- É claro.

Elizabeth desligou e Emily fez o mesmo, mas continuou observando o celular. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi ligar para seu pai, mas ficou com medo do que ele poderia dizer a ela. Isso se realmente fosse ele que atendeu a Liza. Percebeu que Joel a encarava seriamente preocupado.

- Você está bem? – Ele perguntou. – O que aconteceu?

Emily se jogou na cama com um suspiro e contou a Joel o que Elizabeth havia dito a ela sobre seu pai.

- Disse que não era seu pai? – Joel falou incrédulo.

- É... Será que era ele mesmo? – Emily estava com um enorme aperto no coração.

- Pode ser que ela tenha errado o número. – Joel sugeriu.

- Duvido muito. Eu vou ligar pra ele. – Ela pegou o celular que havia deixado de lado e digitou o número que já sabia de cor.

Joel segurou a mão dela.

- Emily, não sei se é uma boa idéia...

- É claro que é.

Emily apertou o botão de discagem e levou o celular ao ouvido. Para sua enorme surpresa, foi atendida no primeiro toque.

- Pai! – Ela exclamou atônita.

- A não, minha querida. – Disse a voz do outro lado da linha. Emily se arrepiou inteira. Era com certeza a voz de seu pai, mas não estava normal. Foi como Elizabeth dissera. Sua voz estava diferente, maligna, e parecia misturada com alguma outra voz. – Eu não sou seu pai. Não mais.

- O que está dizendo? O que houve com você? Onde você está? – Emily perguntou com a voz trêmula.

- Infelizmente não posso lhe responder a essas perguntas agora criança. Mas tenha certeza que se não se apressar, não poderá salvar sua amiguinha semideusa.

- Pai! – Emily gritou, mas foi tarde, ele já havia desligado. – Droga!

- Emily, o que foi? – Joel perguntou.

Ela se levantou e entregou o celular para ele depois de tentar repetidas vezes a re discagem sem sucesso. Explicou as poucas palavras de seu pai e começou a revirar o armário.

- Ligue para a Elizabeth, diga a ela que... Que eu quero que ela vá me buscar no aeroporto.

- O que?

- Estão indo atrás dela! Se ela não estiver em casa teremos mais tempo. Vou me trocar.

Depois de empurrá-lo para fora do quarto, rapidamente Emily vestiu uma calça jeans e uma camiseta roxa. Trocou seu moletom por um mais quente, preto com um desenho do Garfield, e saiu do quarto pulando em um pé só enquanto calçava um tênis. Foi até a cozinha e pegou o pote de sorvete na geladeira. Encontrou Joel na sala. Ele estava com roupas praticamente iguais. Calça jeans escura, uma blusa preta da banda System of a Down. Tênis e as luvas de Vulcano em suas mãos. Carregava uma mochila nas costas e estava abrindo um pacote de salgadinhos de queijo...

- Salgadinhos Joel? – Emily exclamou irritada. – Isso é hora de comer salgadinhos? Não está nem um pouco nervoso?

- O que? Eu como salgadinhos quando estou nervoso! – Ele se defendeu entre mastigadas.

Emily rolou os olhos e o puxou para fora do apartamento após arrancar o salgadinho dele.

- Está com meu celular? – Perguntou.

- Sim, e o meu também. – Ele respondeu.

Ela trancou o apartamento e começaram a subir as escadas. Com o mesmo molho de chaves ela abriu a porta do terraço. Pegasus estava de pé com alguém ao seu lado.

- Paelen! – Emily exclamou ao reconhecer o rapaz.

- Olá Emily. – Paelen sorriu. – E aí? – Acenou com a cabeça para Joel.

 – E aí? – Joel fez o mesmo para ele.

- Diana pediu que eu viesse ver Pegasus, pois ela está meio ocupada... Como vocês estão?

- Não estamos nada bem! – Emily respondeu correndo até eles. – Não ficou sabendo de nada mesmo?

- O que? – Paelen perguntou alarmado. – O que houve?

Em poucos instantes Emily contou a ele o que havia acontecido – enquanto dava o sorvete a Pegs – desde o sequestro de Barbara até a conversa por telefone com seu pai.

Paelen ficou boquiaberto.

- Isso é horrível! – Ele exclamou. – As cordas da guitarra estavam mesmo arrebentadas?

- PAELEN! – Emily gritou irritada.

Ele apenas riu.

- Por que está tão despreocupado? – Joel perguntou.

- É que já passei por coisas piores... – Paelen deu de ombros, o que só serviu para irritar Emily ainda mais.

- Pois eu não passei por nada parecido em toda a minha vida! – Ela gritou. – Vai ajudar ou só vai ficar ai sem fazer nada?

- Certo, certo. Devemos reportar ao Olimpo ou...

- Não! Antes vamos atrás de Elizabeth. Você vem conosco? – Emily interrompeu.

Montou em Pegs – que já havia terminado o sorvete. – logo atrás de Joel.

- Eu vou sim. Pegasus poderia me dar uma carona? – Paelen perguntou ao garanhão. – Vou mandar as sandálias de Mercúrio de volta ao Olimpo com a mensagem.

Pegasus balançou a cabeça e bufou.

- Ele te leva sim. – Emily falou.

Assim que mandou as sandálias ao Olimpo, Paelen montou em Pegs atrás de Emily.

Enquanto estendia as asas, o garanhão relinchou algumas vezes querendo comunicar-se com Emily. Facilmente ela entendeu.

- Estamos indo para longe Paelen. – Emily explicou. – Pegs disse que vai com força total e... Chegaremos a San Lucas em alguns minutos.

- O que? – Paelen exclamou com os olhos arregalados. – Emily, Pegasus pode ser bem forte, e consegue ser extremamente rápido, mas ir apara fora do país em questão de minutos vai exigir muito dele!

- Ele tem certeza que consegue. – Emily ergueu as sobrancelhas, totalmente decidida. – Além disso, eu estou por perto. Quando eu estou por perto Pegs sempre fica bem, e quando ele está por perto, eu sempre fico bem. Não há com o que se preocupar...

- É claro, Barbara está desaparecida, seu pai totalmente bizarro e sua amiga em perigo. Não há com o que se preocupar. – Joel ironizou dando de ombros. Recebeu um belo tapa de Emily.

 Paelen hesitou por alguns instantes.

- Certo. – Ele se rendeu com um suspiro. – Vamos nessa Pegasus.

Pegasus relinchou alegremente e Emily sorriu.

- Ele agradece pela confiança. – Ela disse quando o garanhão começou a correr para ganhar velocidade.

Batendo as asas, Pegasus ganhou altitude e quando sobrevoava a Broadway ele relinchou alto.

- Está dizendo para nos segurarmos. – Emily gritou abraçando Joel mais forte.

Ela não faz idéia de como Paelen se segurou, pois nela não foi.

E quando a velocidade começou a ficar absurda, como quando iam para o Olimpo, Pegasus deu um forte solavanco e Emily apertou os olhos. Assim que os abriu, perdeu totalmente o fôlego.

Estavam sobrevoando Los Angeles, indo para San Diego e logo estariam no México, para o Hotel dos tios de Elizabeth, a filha de Venus.


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Notas finais do capítulo

Certo.. O que acharam? *--*
Reviews? Digam o que deve ser melhorado, farei meu melhor para mudar o que for preciso!
Obrigada por lerem, e mandem reviews com sua opinião, pleaase!
Beijos e Ja ne ♥