Heróis escrita por Oceansoul


Capítulo 13
Capítulo treze


Notas iniciais do capítulo

Hello *--* Voltei, com o capitulo treze para vocês! Não tenho nada muito importante para dizer hoje, então. enjoy!



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Quando entraram no quarto de Zandaya, ela estava deitada na cama com um caderno ao seu lado, e uma guitarra azul nos braços. Os olhos estavam todos borrados de maquiagem.

- O que vocês querem? – Perguntou.

- Vamos maninha. – Joshua foi até ela e pegou sua mão, puxando-a da cama carinhosamente. – vamos fugir do papai e ir atrás do seu ex-namorado.

Após Zandaya se arrumar com a velocidade de um furacão, eles saíram do salão e Joshua os guiou por corredores que não haviam andado antes. Ao chegarem a uma bifurcação, pararam.

 - Emily, você tem que ir por ali. – Joshua apontou para a direita. – Essa da no Central Park, é mais fácil para o Pegasus sair. Eu vou com você e te mostro...

- Não. – Joel interrompeu. – Eu vou com ela.

- Por que você?

- Por que você?

- Certo! – Zandaya interrompeu rindo. – Eu vou com ela e a levo até a boate. Barbara e a filha de Vênus vão com vocês e nos encontramos lá.

- Eu tenho nome, ok? – Liza falou irritada.

Zandaya a ignorou.

- Vamos. – Falou e pegou o caminho da direita. Com um leve aceno aos outros Emily e Pegasus a seguiram.

- Primeiro as damas. – Joshua abriu caminho para Elizabeth e Barbara passarem.

- Não seja elegante comigo! – Liza gritou, e caminhou/correu pelo caminho da esquerda.

Os outros três a seguiram. 

*

Emily ainda não tinha conversado a sós com Zandaya. Tudo bem que Pegasus estava ali, mas mesmo assim ela ficou muito desconfortável ao lado dela. Caminharam em silêncio pelo corredor, À medida que o caminho que percorreram ia aumentando a temperatura ia diminuindo. As paredes passaram de pedra bruta para apenas terra, e Emily ficou imaginando como seria se aquilo tudo desabasse em cima delas.

- Não se preocupe. – Zandaya falou como se lesse a mente dela. – Já estamos chegando... E... Bem ali.

Haviam chegado ao final do túnel e ele tinha uma leve rampa que terminava em duas enormes portas duplas de carvalho. Zandaya se aproximou delas e pousou a mão na fechadura, fechou os olhos e sussurrou algumas coisas. Então a porta se abriu, e ela saiu. Emily a seguiu com Pegasus logo atrás.

Saíram em uma clareira cercada de árvores de vários tipos. O céu estava escuro e o ar muito frio.

 Zandaya fechou as portas, e quando Emily olhou para trás, elas haviam sumido.

- O que? – Exclamou abanando as mãos no ar onde antes estavam as portas.

A filha de Plutão riu.

- Vamos Emily, o caminho deles é mais curto que o nosso, temos que chegar logo.

- Pegasus pode nos levar, não é, Pegs? – Emily falou.

O garanhão balançou a cabeça e bateu com os cascos no chão alegremente.

 - Err... Não acho uma boa ideia, eu não gosto de voar...

- Vamos logo! – Emily montou em Pegasus e puxou Zandaya consigo.

Foi um voo leve e tranquilo. Antes de decolarem Emily fez um breve feitiço de encobrimento para que não os vissem sobrevoando a cidade.

Voaram por poucos dez minutos e logo chegaram ao local combinado, mas não puderam pousar por perto. Havia pessoas correndo por toda a parte saindo da boate. Estava uma grande confusão e muita gritaria. Precisaram que Pegasus pousasse longe, e esperaram a aglomeração de pessoas diminuírem para poderem passar. Quando chegaram perto da entrada, ouviram urros conhecidos e o som de metal colidindo contra metal.

Emily olhou assustada para Zandaya. A filha de Plutão estava com arma em mãos. Uma longa adaga com lâmina de fio duplo e negro com quase cinquenta centímetros de comprimento.

- Está olhando o que? – Ela gritou. – Vamos! – E correu para dentro da boate gritando o nome do irmão.

Emily puxou seu pingente o transformando em arco e correu com Pegasus logo atrás.

Ao entrar no lugar sentiu o forte cheiro de podre dos Nirads. O local estava totalmente destruído. O que antes fora uma boate com luzes coloridas e pista de dança agora era um pandemônio. A pista de dança no centro estava repleta de cacos de vidro. O balcão que deveria ser o bar estava destruído e no meio dos estilhaços Elizabeth estava desacordada.  Provavelmente uma dúzia dos monstros cinzentos e nojentos atacavam Joel e os semideuses e aparentemente se davam muito bem. Joel estava encurralado em um canto e lançava chamas em dois Nirads que tentavam ataca-lo. Joshua havia acabado de derrubar um deles e lutava com muita dificuldade contra outro. Barbara, por mais que nunca tivesse participado de uma luta estava indo muito bem.  Parecia ter descoberto seus poderes de filha de Júpiter, pois tinha um cabo de aço na mão, tirado sabe-se lá de onde, e conduzia energia nele atirando-a contra os dois Nirads que tentavam mata-la. Zandaya estava ajudando seu irmão com o Nirad que ele havia derrubado que agora se levantara. Estava pendurada nas costas do monstro e enfiava repetidas vezes sua adaga nele, sem surtir efeito algum.

Quando Emily saiu do pânico que a cena havia lhe causado, percebeu que o resto dos Nirads estava correndo em sua direção. Pegasus se pôs no caminho e levantando-se nas patas traseiras com muita fúria interceptou dois deles. 

Ela preparou flechas com o ouro das rédeas do garanhão e atirou em um Nirad que estava muito próximo de si. Mas logo outros dois apareceram com lanças em suas quatro garras e urrando com voracidade. Estava muito assustada com tudo aquilo e antes que se quer pudesse pensar em algo os monstros já estavam quase em cima dela. Ergueram os braços prontos para ataca-la. Tentou recuar, mas tropeçou em algo e caiu de costas no chão. Ouviu Joel chamar seu nome. Pegasus relinchava com muita fúria, mas pareciam ocupados demais para poderem alcança-la.

Preparando-se para o pior, Emily fechou os olhos. Esperou que alguma dor agoniante a atingisse. Que sentisse algo a perfurando ou a ferindo de alguma maneira, mas tudo que ouviu foi o som, que conhecia muito bem, de flechas cortando o ar, seguido de uma explosão. Uma luz muito forte atingiu suas pálpebras e ela se abrigou a abri-las. A luz preenchia tudo a sua frente que pudesse enxergar, mas não machucava seus olhos. Era quase confortável. Quando o brilho cessou viu que havia alguém a sua frente.

Era um garoto. Curvado para baixo com as mãos apoiadas nos joelhos.  Os cabelos eram da cor de areia lisos e com uma aparência muito bem cuidada, os olhos azuis quase tão intensos quanto os de Barbara e a pele bronzeada cheia de suor. Vestia uma regata branca e bermuda jeans preta. Os braços eram fortes e o garoto aparentava ser muito mais velho que ela. Que pena. Emily se repreendeu mentalmente quando tal pensamento chegou a sua cabeça.

Finalmente ele se aprumou e caminhou desajeitado até ela, estendendo a mão.

- Você está bem? – Perguntou com um sorriso de dentes brancos e perfeitos que poderiam segar qualquer um.

- Err... Si-sim... – Emily pegou sua mão e ele a ajudou a se levantar. – Você é...

- Willian. – Ele interrompeu. Ela percebeu que ele tinha um arco em mãos. Era muito parecido com o seu, mas dourado. Estava preparado com uma flecha também de ouro. – Acho melhor ajudarmos os outros. – E saiu correndo em direção a onde Barbara estava. – Depois conversamos. – Gritou de longe.

Emily não pensou duas vezes.  Pegou seu arco e em um segundo havia atirado duas flechas na direção dos Nirads que lutavam com Joel. Quando as setas de ouro os atingiram eles berraram e urraram caindo no chão. Joel sorriu ao vê-la.

Com duas simples flechas Willian havia acabado com os monstros que atacavam Barbara. Seguindo seu exemplo, Emily livrou Joshua e Zandaya da luta.

Então se lembrou de Elizabeth. Passou os olhos por todos os amigos. Estavam bem cansados, mas aparentemente bem. Recuperando o folego e fazendo seu arco voltar ao normal, Emily correu na direção de sua amiga, onde ela estava desacordada. Ajoelhou-se ao lado dela e viu que tirando alguns cortes superficiais no rosto Elizabeth parecia bem. Suspirou, aliviada.

 Quando os outros se aproximaram delas, Elizabeth já estava acordando. Murmurava várias coisas sem sentido.  Levou a mão à cabeça e tentou se levantar, sem muito sucesso.

- O que houve? – Perguntou olhando para todos que a observavam com atenção.

- Nada que valha a pena se lembrar. – Emily sorriu e estendeu a mão para a amiga que a pegou e se levantou com a ajuda dela. – Você está bem?

- Dor de cabeça... – Ela murmurou.

- Certo. – Joshua falou. – Agora que encontramos o Willian devemos voltar ao mundo inferior. Meu pai não vai ficar nada satisfeito com...

- Eu não disse que iria ao mundo inferior com vocês. – O filho de Apolo cortou.

- Cara, é para o seu próprio bem. – Joel insistiu. – Pode ser perigoso ficar por aqui. Imagina se não tivéssemos vindo o que teria sido de você.

- Eu sei muito bem me cuidar sozinho.

- Sozinho? – Zandaya riu. – Você nunca está sozinho, não é, Willian?

- Sem mais ataques de ciúmes Zandaya, por favor.

- Ciúmes? Quem está com ciúmes?

- Se não está com ciúmes não vai ter problemas se souber que quando chegamos ele estava se agarrando com outra garota... – Joshua brincava com a lâmina de sua espada, muito entretido com a discussão.  

- Joshua! – Todos gritaram em uníssono.

- Você não encontrou problemas para arranjar outra idiota que ficasse com você, não é? – Zandaya continuou, ignorando o irmão.

- É claro que não. – Willian retrucou, rindo. – Eu não fico trancado de baixo da terra com o meu papai, como certa pessoa.

- Ah, sinto muito se o seu pai não liga para você!

- Você não sabe nada sobre o meu pai!

- Sei muito bem que ele é um metido a playboy idiota, igualzinho a você!

- CALEM A MERDA DA BOCA! – Elizabeth gritou. – A MINHA CABEÇA AINDA ESTÁ DOENDO, SEUS DOENTES! POR QUE NÃO ADMITEM QUE SE AMAM  LOGO DE UMA VEZ E NÓS VAMOS EMBORA?

- Eu não amo esse troço. – Zandaya se defendeu, der repente um pouco ruborizada.

- Até parece. – Willian virou as costas para os outros, rindo.

- Queridos, eu sou filha de Vênus. Vocês não podem esconder o amor de mim.

- Vamos logo para essa droga de mundo inferior. – Willian passou a caminhar em direção aporta. Zandaya foi logo atrás, batendo os pés. Os outros os seguiram.

Emily ficou muito surpresa com aquela discussão. Willian parecia tão simpático quando a ajudou, e agora tinha passado a impressão de um garoto, que na escola a meninas chamariam de, ‘galinha’ e além de tudo muito metido. Estranho. Por que Apolo era muito bonito e provavelmente ‘pegador’ também. Mas ainda assim era simpático e divertido. Ela se perguntou se teria algo a ver com a mãe dele.

Emily foi com Pegasus e a filha de Plutão para o Central Park e lá ela abriu a passagem para o mundo inferior. Os outros foram pelos bueiros. Mais tarde se encontraram na saída das bifurcações, e foram juntos, caminhando em completo silêncio até a sala de Plutão. Quando se aproximaram as portas de carvalho de abriram sozinhas.

- Ai, droga... – Joshua murmurou batendo a mão na própria testa.

E lá estava ele. O deus do mundo inferior, sentando em seu trono os observando com uma expressão que revelava pura fúria. Emily pode ter certeza viu faíscas brilharem em suas mãos e em seus olhos negros.

- E então. – Falou. – Acho que vocês tem algo a me explicar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? *-* Eu espero que sim. Não se esqueçam dos reviews, por favor! Sábado eu estou de volta!
Beijos e até mais ♥