Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 7
Capítulo 7 - A Fanática


Notas iniciais do capítulo

Para fãs do Tom, ele aparece nesse capítulo! Ebaaaa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16196/chapter/7

Era sábado, tinha se passado uma semana desde que eu vi Bill Kaulitz, parecia séculos que eu não o via, quanto mais eu tentava deixar aquelas memórias vívidas, mais elas ficavam vagas. A única coisa que me fez ter certeza que ele não havia me esquecido foi duas mensagens que ele me mandou no celular, dizendo que andava muito ocupado, mas que em breve ele ia me ver.

Finalmente começou a ter provas e a maioria do tempo eu ficava estudando, isso me deixava mais tempo ainda na biblioteca. Eu também já estava aprendendo mais alemão, sabia pronunciar muito bem as palavras e sabia manter uma conversa simples.

Seria um sábado normal como qualquer outro, eu no quarto das meninas, estudando e ouvindo música. Mas tinha acabado os salgadinhos, e tiramos dois ou um para ver quem iria até a cantina comprar mais, como você pode perceber, eu perdi. Então ajeitei meu casaco, coloquei minha touca de panda e enfrentei aquele frio cortante.

- DANIEL DAWSON! CADÊ VOCÊ? – um grito extremamente histérico e infantil percorreu todo o corredor.

Virei para trás e encontrei uma garotinha, com cabelos castanhos claros e encaracolados que adornava um rosto infantil, ela tinha olhos castanhos enormes. Não sei como ela agüentava usar calça skinny com esse frio!

- DANIEL DAWSON SE VOCÊ NÃO APARECER AGORA, VOCÊ VAI VER! – ela gritou mais ainda, Danny surgiu do corredor dos dormitórios, furioso.

- Que droga é essa, em Catherine? O que você está fazendo aqui sua garota idiota! – disse Danny tentando empurrar a garotinha na neve.

- Você vai me ajudar em um plano.

- Sonha que é bom, pode voltar para seu mundinho cor-de-rosa, não vou te ajudar em p**** nenhuma.

- Papai vai cortar sua mesada!

- Papai vai cortar sua mesada – Danny a imitou – E você vai levar um soco se não sair daqui!

- Danny, por favor, preciso da sua ajuda! – pelo visto, seu jeito mandão não tinha funcionado, agora iria apelar pelo choro – Por favor, preciso muito, irmão querido.

- Chame os bombeiros então, eles vão te ajudar.

Ela gritou, um grito agudo que devia ter percorrido a escola inteira, todo mundo que estava por perto fechou os ouvidos no mesmo momento. Eu me aproximei do Danny, eu tinha que fazer algo, aquela garota estava me deixando louca!

- Danny o que ela quer? – eu perguntei.

- Encher o saco, garota insuportável!

- Por favor, pare de gritar e fale o que você quer! – eu tentei gritar mais alto que ela, então ela parou e me olhou.

- Preciso apenas de uma carona – disse ela docemente.

- Aonde você quer ir? – eu perguntei.

- Desculpe, mas não te chamei na conversa, isso é entre eu e meu irmão.

Vou socar essa garota, a se vou. Ela é igualzinha ao irmão, uma chata, mas acho Danny deve ser uma pessoa muito boa para agüentar essa garota terrível, mandona e mimada.

- Daniel, eu quero ia até a casa de Tom e Bill Kaulitz.

Aquele nome, aquele nome! Era como se eu tivesse acordado de um longo sono, aquele nome me tirou daquele estado vegetativo, meu coração pulsou como se fosse a primeira vez, era a minha chance.

- Como assim? – Danny perguntou – Como vou saber onde é a casa deles?

- Papai conseguiu para mim – disse ela com um sorriso vitorioso.

- Ah, ótimo! – exclamou ele – Agora sou chofer de crianças.

- Dannyzinho, eu preciso ir até lá, por favor, me leve. Por que eu tenho que conhecer Bill Kaulitz, então ele irá se apaixonar por mim e se casaremos no verão que vem.

- Catherine, você tem treze anos, deixe de ser idiota e volte para a Terra agora, ou melhor, fique em outro planeta, suma da minha vista – Danny se virou para mim – Ah! Cathy, por que você não vai com a Dasty? Ela é super amiga de Bill Kaulitz.

- Quem? – então ela olhou para mim – Como assim super amiga? Eu não te dei permissão para ser super amiga do meu marido.

- Eu não aceito ordens de criança – eu disse.

- Falou bonito, Dasty – disse Danny rindo da cara de brava da irmã – Cathy, ela já até saiu com Bill, duas vezes para ser exato. Você deveria levá-la.

- Danny não me coloque em novas situações desagradáveis – eu disse – Tenho que comprar salgadinhos para as garotas e estudar.

- Deixa que eu compro – disse ele – Quanto a estudar, você vai tirar ótimas notas em todas as matérias como sempre.

- Danny, não tenho carro para levar a sua irmã.

- Nada que ônibus, táxis e trens resolvam o problema.

- Não vou andar em nada disso, Danny! – gritou Cathy – Quero andar no seu carro.

- Então ponha você a gasolina, por que acabou – disse Danny – Você vai com a Dasty até lá, vai ser mais fácil você casar com o Bill se alguém de confiança apresentá-la a ele.

- Danny você me paga! – eu resmunguei.

- Te pagar? – disse ele sussurrando para mim – Estou te dando a chance de rever ele, ou você não amou ele perto de você aquele dia na escola?

- Como você sabe disso?

- Eu vi, ou você acha que não chamou muita atenção você com uma pessoa desconhecida?

- O que vocês estão cochichando ai? – perguntou Cathy.

- Dasty decidiu que vai levá-la – ele disse.

- Daniel! Eu só vou por que quero muito mesmo, se não eu não ia com essa garota em nenhum meio de transporte.

Cathy e eu saímos do território escolar e começamos a andar pela cidade, ficamos em um ponto esperando um táxi.

- Você conhece Bill Kaulitz mesmo ou Danny me enganou? – perguntou ela.

- Sim, eu o vi duas vezes.

- Mentirosa, Bill não daria bola para você.

Dasty se segura, se segura! Finalmente um táxi parou, Cathy olhou para dentro dele e viu se tudo estava limpo e de acordo com seu gosto pomposo. Ela entrou e eu fiz o mesmo logo em seguida, a garotinha entregou um papel com o endereço da casa dele e o taxista começou a dirigir. Meu coração acelerava cada vez mais com a possibilidade de revê-lo, eu não o considerava mais Bill Kaulitz, o vocalista de Tokio Hotel, eu o considerava como Bill, meu grande amigo.

A cada esquina eu ansiava pelo que o carro parasse e eu pudesse ver ele novamente, mas demorou bastante até que finalmente chegássemos. Então o táxi parou na frente de uma enorme casa, parecia uma casa natalina, aquelas que se vêem em filmes de natal.

- Será que é essa mesmo? – eu perguntei a Cathy – Vamos bater na porta para confirmar.

- Bater? Isso não é emocionante. Vamos invadir!

- Invadir? E se for a casa errada?

- Bem, meu pai consegue me tirar da prisão, mas você eu já não sei.

A garota mal acabou de terminar a frase e correu em direção da casa, abriu o portão da frente e foi pelos fundos, eu corri atrás dela, afinal vai que acontecesse algo com ela, quem levaria a culpa seria eu. Quando eu cheguei nos fundos vi Cathy tentando entrar na casa pela porta dos fundos.

- Cathy! Saia daí! – eu sussurrei, mas antes que ela me ouvisse eu ouvi latidos histéricos, quando olhei para trás vi um cachorro – Calma Scotty, calma! Eu sei quem você é e conheço seu dono, sou do bem.

Mas mal falei isso o cachorro tentou avançar para cima de mim, eu desesperada tentei sair correndo, mas escorreguei na neve só para variar e Scotty agarrou a barra da minha calça e não largava mais. É claro que eu não ia chutar o pobre do cachorro, afinal se eu o machucasse, Bill iria ficar extremamente bravo comigo.

Então eu me lembrei de algo, dentro da minha bolsa tinha um pacote de Club Social, peguei-o rapidamente e atirei perto do cachorro, que sentindo o bom cheiro da bolacha, decidiu largar minha perna. Eu dei o resto para ele, para que não prestasse atenção em mim.

Quando tentei procurar Cathy, ela tinha sumido, fui até a porta dos fundos e girei a maçaneta, pelo jeito a garota conseguira abrir a porta, não faço idéia como. A casa parecia vazia, olhei aos arredores, tentando procurar aquela garota perversa, mas em vez de achá-la eu encontrei outra coisa. Eu estava andando por um corredor que parecia vazio, quando a porta atrás de mim se abriu e alguém surgiu de lá, não foi uma visão do inferno, na verdade do paraíso, no mesmo momento tudo ficou tão quente.

Naquele corredor havia um garoto que eu conhecia, não frente a frente, mas ele também estava em um pôster estampado em meu quarto. Era incrível como seus músculos bem definidos se expandiam pelo corpo inteiro, o rosto tinha a mesma forma delicada que a do irmão, mas quase não se via delicadeza por causa de seu olhar maroto. É difícil não morrer, ainda mais sabendo que Tom Kaulitz estava apenas com uma toalha em volta da cintura, acabando de sair do seu banho.

- Hey! O que está fazendo aqui? – perguntou ele em alemão, mas eu compreendi.

- Des... Des... – eu tentava falar desculpa, mas não conseguia.

- Ah... – disse ele me olhando de cima a abaixo – Uma groupie, não é?

- O que?

- Se quiser, já podemos ir para o meu quarto – disse ele chegando mais perto, eu me enrijeci, e depois gritei.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!

- Mas o que está acontecendo aqui? Tom? – apareceu Bill pelo corredor correndo – Dasty?

- Bill? – eu disse já começando a criar uma boa explicação.

- Bill!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cathy surgiu do nada e correu tão rápido quanto um coelho perseguido por uma raposa e se atirou para cima do Bill gritando igual a uma fã louca e paranóica.

- Tom? Bill? – disse Simone Kaulitz, mãe dos gêmeos surgindo no corredor. - O que está acontecendo aqui?

Deve ter sido estranho para ela ver essa cena cômica, um dos seus filhos seminu dando em cima de uma garota estranha com toquinha de panda, o outro filho sendo agarrado por uma garotinha frenética e gritante. Era uma cena realmente cômica, mas ninguém estava rindo naquele momento, na verdade estava sendo constrangedor. Mas tudo foi resolvido rapidamente, Tom vestiu suas roupas largas, Cathy finalmente largou Bill e parou de gritar e eu continuei na mesma, tentando ficar invisível.

- Então quem são vocês duas? – perguntou a Senhora Kaulitz.

- Eu sou Dasty e...

- Meu nome é Catherine Richards Dawson e sou sua futura nora Senhora Kaulitz – é claro que o que ela falou fez a Senhora Kaulitz, Bill e eu ficarmos chocados, mas Tom caiu na risada.

- Minha nora? – perguntou Senhora Kaulitz.

- Sim, senhora, eu me casarei com seu filho, o Bill – eu tentei segurar a risada, Bill também mordeu os lábios para não rir, mas Tom se deleitava de rir, a única que permaneceu séria foi a Senhora Kaulitz.

- Mas você nem o conhece direito.

- Claro que conheço, fui ao show do Tokio Hotel em diversos países. Além de eu ser claramente a nora perfeita, tenho uma boa estruturação, venho de família prestigiada, além de eu ser uma garota muito educada e doce.

Todos caíram na risada. Doce? Conta outra. Cathy fez cara de emburrada ao ver que todos riam dela, não com ela, eu também ri bastante, essa garota era tão insuportável.

- Não vejo graça no que eu disse! – disse ela se levantando e colocando as mãos na cintura.

Bill se abaixou um pouco e cochichou algo no ouvido da mãe, Simone Kaulitz ouviu pacientemente e depois aceitou com a cabeça.

- E quem seria a outra visitante? – perguntou ela.

- Sou Dasty Orléans – eu disse um pouco sem-graça – Eu sou do Brasil e vim para a Alemanha por que ganhei uma bolsa em uma escola.

- Brasil? – exclamou Tom – Posso provar seu beijo para saber se é afrodisíaco?

- Tom, pare de asneiras – disse a Senhora Kaulitz puxando a orelha de Tom – Bill me contou sobre você, são amigos, não?

- Sim, senhora.

- Que bom que só amigo – disse Tom.

- Tom! – exclamou Senhora Kaulitz – Bem, Catherine você não quer me acompanhar até a cozinha? Estou fazendo bolinhos, são os favoritos de Bill, para ser uma boa nora você tem que aprender a receita!

- É para já! – disse ela se levantando e seguindo Simone até a cozinha.

- E você também Tom, você vai vir me ajudar!

- Mãe, eu não quero aprender a fazer bolinhos!

- Tom, venha me ajudar agora como um bom cavalheiro!

- Ah, claro, estou indo – disse ele emburrado.

Só ficou Bill e eu na sala, eu gostaria de saber o que ele havia dito a sua mãe, será que ele falava bem de mim ou me achava uma mala sem alça?

- Você me acompanha até lá fora? Quero te mostrar algo – disse ele dando sua mão para me ajudar a levantar, eu peguei nela e notei suas unhas pretas com francesinha que eu tanto gostava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ich Liebe Dich - One Song For You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.