Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 5
Capítulo 5 - A mentira


Notas iniciais do capítulo

O Bill apareceu, eba! Espero que continuem gostando *---*



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Ele concordou com a cabeça, aquilo que eu havia aprendido era uma verdadeira filosofia. Como não havia mais o que fazer por ali e o frio era tamanho, decidimos ir a algum lugar para comer algo, afinal eu estava morrendo de fome. Perto de onde estávamos, havia um Mcdonalds, podíamos ver o M amarelo e gigante chamando nossa atenção.

- Que ótimo! – exclamou Bill – Um Mcdonalds! Eu amo tudo isso!

Eu comecei a rir, é claro eu sabia tudo isso, por isso o apelido dele era Macky, mas fingi que não sabia de nada daquilo. Bill pediu um Big Mac, Chicken Mcnuggets e molho sweet-sour e um milkshake de baunilha.

- Decididamente não sei como você é tão magro! – eu exclamei fazendo-o rir, é incrível como ele adorava rir, eu não conhecia uma pessoa com esse hábito além de mim.

Eu pedi um Big Mac também, pois eu amava, salada com molho de tomate seco e coca-cola. Bill insistiu que ele iria pagar, mas eu disse que de forma nenhuma eu ia aceitar isso.

- Eu pago e depois você me paga um sorvete, então? – disse ele.

- Não, eu vou ajudar!

- Não, você vai me pagar um sorvete.

- Não, vou ajudá-lo. O sorvete vai ser bem mais barato que o lanche!

- Então já que você insiste, me paga dois sorvete e algumas balas – eu já ia reclamar, mas ele acabara de passar o cartão de crédito dele.

- Prepare-se, você vai comer muito sorvete hoje!

Nos sentamos em uma das mesas do fundo, pelo visto ele não queria chamar a atenção, mas eu nem ligava, eu estava lanchando com Bill Kaulitz em pleno Mcdonalds, não tenho o que reclamar.

- Eca! Você gosta de salada? – disse ele pegando meu garfo e espetando uma alface, ele olhou para ela com repugnância.

- Ah, eu gosto. E pare de olhar desse jeito para alface, ela vai ficar com vergonha! – ele começou a rir, mas continuou a olhar mal para a alface – OK, enquanto você flerta com a alface, vou pegar um dos seus nuggets.

Ele devolveu meu garfo com a alface e eu a comi.

- Não toque nos meus nuggets – disse ele tentando fazer cara de bravo, mas ele ia começar a rir de novo a qualquer momento.

- Ah sério? E o que você irá fazer?

- HOHO’ Não queira me deixar bravo.

- Ah, claro, estou morrendo de medo.

Conversamos sobre diversas coisas, Bill me falou vários lugares interessantes em Hamburgo que eu poderia ir, até me ensinou algumas palavras em alemão, é claro que metade eu me esqueci. Depois que comemos o nosso lanche, eu comprei um Mcflurry para cada um de nós, Bill deu alguns pedaços do Suflair dele já que ele não era tão viciado em chocolate quanto eu.

- Que droga! – disse Bill – A bomboniere já fechou! Vou ter que ficar sem minhas balas.

- Tudo bem, outro dia eu pago elas para você, você não vai ficar sem elas.

Outro dia. Será que nos veríamos outro dia, ou eu só vou ter essa tremenda sorte uma vez na vida, será que eu poderia me tornar, mesmo que seja pouco, apenas a amiga de Bill Kaulitz?

De repente meu celular começa a tocar, eu congelei, a música que estava para chamada era Break Away do Tokio Hotel e com certeza ninguém coloca essa música no celular sem saber ao menos quem canta. Eu atendi rapidamente, mas percebi que Bill percebeu que música era.

- Alô? – eu disse.

- Alô? Dasty onde você está? – era a voz de Érico – Estou tentando ligar para você faz séculos!

- Eu estou bem, estou perto de onde vocês estão.

- Venha aqui agora, já vamos! Eu vou matar o Danny, pode ter certeza.

- Ah, quer ajuda?

- Com certeza, a gente se vê, rápido, viu?

Eu desliguei, engoli seco e me virei, Bill estava terminando de tomar o sorvete e olhava para o nada, ele devia estar morto de raiva por dentro. Pronto, acabou a sorte, foi-se tudo para o brejo. Bill Kaulitz não seria meu amigo hoje nem nunca, por que agora devia estar me odiando tanto.

- Bill – eu disse, mas ele não me olhou – Bill, eu tenho que ir.

- É, eu também tenho que ir.

Percebi que ele jogou o sorvete dele fora, mesmo sem ter acabado, joguei o meu também, mas ao contrário, estava vazio. Ele saiu do Mcdonalds sem me esperar e eu apertei o passo para conseguir acompanha-lo, mesmo na neve as passadas dele eram longas. Estava mais frio ainda ele parecia não se importar com isso, ele não se virou para mim em nenhum momento nem disse nenhuma palavra.

- Adiantaria se eu dissesse que sinto muito? – eu perguntei.

- Sobre o que? – ele disse.

- Você sabe...

- Não, eu não sei.

- Eu menti – ele não disse nada – Olha, eu não quis fazer isso, mas...

- Não, ninguém quer – disse ele finalmente se virando – É claro, todos querem passar um dia com Bill Kaulitz, o vocalista de Tokio Hotel!

- É, todo mundo quer – eu concordei – Mas eu não falei nada por que você ia ficar constrangido.

- Constrangido? Você foi a primeira pessoa que eu dei confiança na primeira vez que eu vi! Eu brinquei com você, eu lanchei com você, conversei com você e agora descobri que você estava mentindo, não era uma turista nova que fica feliz em fazer novas amizades. Eu só queria a verdade.

- E você a tem agora! – eu disse começando a fazer bico, tentando segurar o choro, mas lágrimas já estavam começando a escorrer – E como você age? Como se eu tivesse traído sua confiança! Eu apenas não disse que era fã de Tokio Hotel! Você é tão egocêntrico!

Droga! Mil vezes droga! Eu comecei a chorar, as lágrimas junto com o vento estavam congelando o meu rosto, e eu vi a raiva se esvaziando nele. Apesar de o choro sempre funcionar, eu estava odiando que ele ficasse com pena de mim. Eu limpei meu rosto com a manga.

- Não tenha pena de mim, OK? – eu apontei meu dedo no rosto dele – Não preciso que os outros tenham pena de mim.

- O que é egocêntrico para você? – ele perguntou.

- Ah, não sei, talvez se eu pegar o dicionário nesse momento vai estar escrito Bill Kaulitz – eu disse brava, ele tentou segurar o riso mordendo o lábio inferior. Não eu não posso cair na dele de novo, não de novo, ah droga já caí mesmo.

- É você está certa, você é minha fã, eu devia tratá-la bem. Você foi uma das fãs mais comportadas que eu já vi, você não gritou, nem me agarrou, nem nada.

- Você está errado, não sou sua fã, sou a sua grande fã!

E segundo erro, não sou uma fã comportada, estou apenas me segurando para não agarra-lo nesse momento, acho que aprendi a controlar meus impulsos. Mas acho que ele ficará melhor sem saber essa segunda parte.

- Então – disse ele com o maior sorriso do mundo, Dasty, não derreta – Fico lisonjeado em conhecer minha grande fã.

Vou bater nele, como ele pode ser tão cruel em um momento e no outro jogar cantadas e sorrisos? E o pior a garota aqui está caindo com uma patinha na lagoa. Meu celular tocou de novo.

- Break Away – eu disse olhando para ele – Adoro essa música. Alô?

- Dasty? – era Érico de novo – Você quer me matar do coração?

- Não, por quê?

- Qual a parte do vem rápido que você não entendeu?

- Estou indo! Fiquem aí fora da boate que já estou chegando – e desligue – Eles estão tão preocupados, acham que vou morrer a qualquer momento.

- Não comigo aqui – disse ele.

- Você me perdoa não é?

- Claro, é que eu sou egocêntrico e teimoso às vezes, como você mesmo disse.

- Prefiro o seu jeito brincalhão e energético.

- Ah eu também! E eu prefiro o seu jeito risonho e infantil, mas também gostei do seu ataque emotivo.

- Não, não me fale isso. Pode ter certeza que quando eu choro, não sou tão legal.

- Bem, parece que seus amigos já estão ali – disse ele.

- Como que você sabe que eles são meus amigos?

- Eles estão olhando para onde nós estamos. Melhor você ir, vou entrar e procurar o resto da banda, devem estar todos bêbados e eu nem quero saber o que o Tom está fazendo.

- Nem eu – claro que comecei a rir – Bem, então adeus.

- Adeus? Você ainda está me devendo balas, pode ter certeza que vou vim te cobrar.

- Ah claro, já ia me esquecendo, então até logo, algum dia, sei lá.

- Prefiro o até logo.

Eu fiz um tchau desengonçado para ele e comecei a correr pela neve, eu nunca me senti tão feliz na vida, nunca fiquei tão feliz em estar devendo balas para alguém, nunca fiquei tão feliz em escorregar na neve e me levantar e notar que alguém ria de mim e esse alguém era o meu cobrador de balas.

- Continua a mesma desastrada de sempre – disse Danny.

- Eu sei, não é ótimo? – eu disse.

- Onde você esteve – perguntou Jens.

- Em um lugar decente – eu disse jogando essa indireta no Danny.

- Ficamos preocupados – disse Érico – E quem é aquela garota?

- Érico, acho que você precisa usar óculos, é um garoto, está bem?

- Um garoto?

- Sim, um garoto, e muito legal ainda por cima.

- O que você estava fazendo com ele? – perguntou Jens.

- Me divertindo – eu disse rindo – Agora melhor irmos, está muito frio por aqui!

Enquanto entravamos dentro do estacionamento procurando o carro de Danny, eu via ao longe Bill entrando de novo na boate, ele teria um longo trabalho para achar o resto da banda. O estacionamento era tão frio quanto lá fora, mas finalmente achamos a BMW preta de Danny, que com certeza custou os olhos da cara. Entramos no carro, era bem mais quente ali, Danny foi dirigindo, Érico do seu lado e Jens e eu fomos atrás.

O vidro estava embaçado e eu comecei fazer desenhos nele, através daquela fumaça eu via meu sorriso estampado na minha cara, meu coração borbulhava por dentro, eu estava tão feliz, que eu poderia explodir como um fogo de artifício. Eu desenhava o símbolo do Tokio Hotel pelo vidro inteiro, e no meio escrevi Bill.

- Danny, não acredito que você nos trouxe para uma boate de strip tease! – disse Érico.

- Eu não sabia que essa boate era de Strip Tease – alegou-o.

- Espero que esteja certo, por que você trouxe uma garota com você e ela sumiu no meio daquela boate enorme, e se tivesse acontecido alguma coisa com ela? Quem seria o responsável é você!

- Mas ela está bem, em ótimas condições!

- E o que você fez na boate, Danny? – eu perguntei, afinal eu tinha que estar de olho nele para Megan.

- Nada demais.

- Saiba que você tem uma namorada e que ela é super legal. Perder ela não vale uma noite de farra.

- Eu não fiz nada, OK? E você o que fez com aquele garoto?

- Muito menos que você, pode ter certeza.

- Ah, claro, você é tão santa.

- Danny você nem me conhece direito, ta? Eu nem convivo muito com você, mas pelo seu jeito já dá para saber como você é!

- Então me diga o que eu sou, Senhorita sabe-tudo.

- Olhe-se no espelho e diga primeiro o que você é, o que você vê. Depois pergunte para os outros, o que eles pensam de você, não sou que vou dizer uma coisa que você tem que descobrir.

Ele ficou quieto, ele não tinha a razão do lado dele, eu tinha, ele já tinha cometidos muitos erros hoje à noite e prefiro nem saber a maioria, principalmente para depois contar para a Megan, não quero vê-la sofrer.

Chegamos ao Colégio meia-noite, andamos pelo corredor do dormitório silenciosamente, afinal poderíamos encontrar algum monitor que nos daria uma bronca daquelas por chegar essa hora. Mas eu consegui chegar no meu quarto sem chamar muita atenção.

Troquei-me e coloquei o pijama mais quente que eu tenho, que parece mais um moletom, me enfiei embaixo das cobertas por que o frio era muito grande.

Aquela noite eu tive um sonho na neve, talvez minha vontade fosse tanta de guardar as lembranças de hoje que sonhei várias vezes o que acontecera, mas o que eu mais se lembrava daqueles sonhos era a neve branquinha e uma risada sempre atrás de mim.


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