Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 17
Capítulo 17 - O Show de Talentos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem, em breve mais sobre o tão famoso fantamas xD



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Aquela noite Kristin e Kirstin não me deixaram dormir no quarto 483, elas disseram que depois daquele acontecimento sobrenatural, ficar sozinha justo naquele quarto não era seguro, então tive que dormir no quarto delas, Megan também veio, era como uma festa do pijama, mas não era animada, não depois do ocorrido aquela noite.

A história sobre o acontecimento anterior já fora espalhado pelo Colégio todo, agora sim eu era uma celebridade, além de ser namorada de Bill Kaulitz eu tive que contar diversas vezes a história do fantasma do piano para os curiosos. Eu só tinha medo que a história chegasse aos ouvidos da diretora, o que ela ia pensar sobre isso? Será que ela sabia ou não fazia idéia que o fantasma de sua filha ainda habitava o Colégio? Ou vai ver ela tem culpa no ocorrido e a filha a está atormentando?

De repente uma vontade muito grande surgiu em mim, eu queria saber mais sobre aquela garota, por isso tentei pesquisar na internet notícias sobre algum caso sobre a filha da diretora, mas não achei nada, não havia nada na internet em relação ao ocorrido.

Procurei na biblioteca, poderia ser um lugar suspeito, tentei achar algum livro que continha notícia de jornais passados, achei alguns ficheiros, mas a maioria estava em um estado deplorável, faltavam páginas. Conclusão: Não achei nada que se referisse ao caso da Senhorita Rosental, agora eu teria que ir fundo, e tentar perguntar para as pessoas que conviveram com ela.

A primeira pessoa que iria ser entrevistada sem saber seria a Senhora Ingrid que estava preparando as fichas de alguns estudantes que entraram no segundo semestre, fui até ela para pegar os livros que faltavam ser colocados na estante e aproveitei para ter uma conversa.

- Senhora Ingrid? – eu disse mantendo o tom calmo – Lembra quando você deu o livro A Donzela de Orléans para mim?

- Sim, Dasty, o que tem?

- Acho que ele não é propriedade da biblioteca, está dizendo que pertence a uma tal de Senhorita Rosental, será que é da diretora?

- Ah... – disse ela olhando para mim, engolindo saliva, ela parecia bem constrangida – Talvez seja de quando ela era jovem e ela doou para a biblioteca.

- Será que não é de alguma parente dela, vai ver uma filha? Será que ela tem alguma filha?

- Não sei da vida pessoa da Senhora Rosental, Dasty – disse ela tentando voltar para o que estava fazendo.

- É que estava escrito para devolver, vai ver se eu falar com a diretora ela possa saber.

- Não faça isso! – disse ela – Quer dizer, esse livro foi doado, e eu dei para você, não se preocupe com isso. E a diretora tem tanta coisa para se preocupar, não a atrapalhe com isso.

- Tudo bem, Senhora Ingrid.

Pelo visto a Senhora Ingrid sabia de alguma coisa e a Diretora de alguma forma também estava metida nisso. Não incomodar? Com certeza não queriam ninguém especulando sobre o que aconteceu com a garota, pelo visto eu tinha que tomar cuidado, muito cuidado.

Mas a história da garota fantasma foi logo esquecida por todos e só as vezes eu lembrava dos ocorridos, por que um evento causou grande euforia nos alunos. No corredor onde tem um quadro de avisos enorme, tinha um cartaz muito chamativo, então parei para olhar.

 

Show de Talentos: Como todo ano no aniversário da criação de nosso Colégio, nós fazemos uma festa onde quem anima é você! Aluno, você que tem dom para cantar, tocar, dançar, fazer mágica ou sabe fazer algo totalmente diferente se inscreva, não perca tempo de mostrar o seu talento! Acontecerá no dia 31 de Janeiro, Domingo, as Sete Horas da Noite no Salão de Festas, cotnamos com sua presença!”

 

Um Show de talentos, eu nunca havia ido em um, parecia ser interessante, mas eu só ia assistir já que eu não tinha nenhum talento em especial. Mas é claro, que apesar de eu não ter talentos, muitas pessoas tinham, por isso todos estavam tão eufóricos. Kristin e Kirstin iam fazer sua dança especial, eu nunca havia visto, mas pelo menos as pessoas que já viram diziam ser demais. Megan queria tocar seu violino, mas ainda estava indecisa se ia ou não.

- E você Dasty, você tem que apresentar alguma coisa! – disse Kristin.

- Eu não tenho nenhum talento, é perda de tempo.

- Poderia tocar piano já que você sabe – disse Kirstin.

- Por favor, não me falem em piano – eu disse lembrando daquela noite assustadora.

Sim, eu poderia tocar piano, pois há alguns anos quando eu tinha uns oito anos eu era um gênio de instrumentos de teclas, eu tocava muito bem e meu sonho sempre foi seguir carreira como pianista já que eu amava piano, era minha vida ouvir os doces toques daquele instrumento. Eu participei de diversos concursos e ganhei várias medalhas, participei até de um concurso internacional, mas perdi na final. Eu fiquei triste por ter perdido, por isso parei um pouco de tocar, logo a rotina engoliu meus sonhos e esqueci do piano, esqueci o que as notas significavam para mim.

Eu poderia tentar novamente, tocar no Show de talentos, mas eu não estava a fim de ser perseguida por uma fantasma, e a música que eu mais tinha habilidade era nada mais e nada menos que Tristesse do Chopin. Por isso tirei totalmente da minha cabeça qualquer chance de tocar piano naquele Show, eu só ia assistir e aplaudir, nada mais.

Aquele dia Megan havia decidido que queria treinar um pouco suas habilidades no violino, por isso me chamou para ir com ela até uma sala de música onde pudesse treinar, como Kristin e Kirstin estavam morrendo de medo de voltar naquele lugar, eu decidi acompanhá-la.

É claro que não tinha nada a temer já que o corredor estava cheio de pessoas querendo treinar também para fazer bonito em sua apresentação. Megan e eu estávamos procurando uma sala vazia para começar a treinar quando ouvi uma guitarra tocando e logo um baixo e no final uma bateria, parei de andar e encostei meu ouvido em uma porta para ouvir mais. As pessoas que estavam naquela sala tocavam muito bem, mas a voz de quem cantava não parecia ser muito boa.

- O que você está fazendo? – perguntou Megan.

- Tentando ouvir alguma coisa – eu disse me aproximando mais – Você sabe quem está tocando aqui?

- Danny, Érico e Jens – disse Megan – Eles tem uma banda, tocam muito bem, mas nenhum deles cantam grande coisa, estão treinando para tocarem no Show de Talentos.

- Nossa, até eles tem talentos.

- Sim e você também, não se esqueça disso – disse Megan.

- Faz muitos anos que não toco, eu não conseguiria melhorar muito em poucos dias.

- Tudo bem, você vai me ajudar – disse ela.

É claro que não encontramos nenhuma sala vazia além da sala do piano, ninguém queria entrar em uma sala onde segundo boatos rondavam um fantasma furioso. Mas é claro que Megan, cética demais, não acredita em nada daquilo e entrou na sala.

Fui corajosa e entrei junto, estava como da última vez, intacta como se ninguém houvesse tocado ali faz muito tempo, fui até o piano e as partituras de Tristesse não estavam mais lá, talvez haviam guardado ou o fantasma havia pegado antes.

Me sentei e fiquei ouvindo Megan tocar seu violino, ela estava tocando Ave Maria de uma forma extremamente bela, ela tocava muito bem e parecia muito feliz conforme tocava, era como se alma dela acompanhasse cada toque do arco aos fios do violino, era igual a uma prova de amor.

Então nessa hora tive uma idéia, algo em mim fez florescer um pensamento. Bill havia feito uma homenagem para mim em pleno show, por que eu não poderia fazer uma para ele no Show de Talentos? Eu podia reviver minha vida de pianista e compor uma música que poderia dizer o que sinto por ele.

- Megan eu vou participar – eu disse.

- O que foi?

- Vou tentar participar do Show de Talentos.

- Sério? Vai tocar piano?

- Sim, mas não vai ser qualquer coisa, eu vou compor.

 

******************************************************************

 

Todos os dias eu fui à sala do piano, eu voltei a tocar, comecei com músicas simples e depois comecei a tocar Tristesse novamente, apesar de fazer muito tempo desde a última vez que eu havia tocado, eu lembrava muito bem da música, como se ela estivesse tatuada em minha mente. O mais estranho era tentar compor alguma coisa com vários curiosos a minha porta, pensando talvez que fosse o fantasma tocando, mas não, era apenas eu.

Eu estava decidida a fazer isso, depois de muitos rascunhos e folhas jogadas fora eu consegui fazer uma letra decente, agora só faltava a melodia, que era o mais difícil de se fazer, mas logo as primeiras notas começaram a sair e abraçarem a letra da música como se fossem irmãs. Então eu comecei a treinar tocando e cantando ao mesmo tempo, mas era um pouco difícil, ou eu errava a letra ou errava a tecla.

- Droga! Não estou fazendo o máximo que posso – eu disse ao errar uma tecla do piano.

Eu não importava o quanto meus dedos já estavam cansado de tocar, o quanto eles estavam congelados por que tocar de luva era incomodo, ou como eu me sentia cansada, tomando chá quente todo dia para aquecer a voz e tirando coisas geladas da minha alimentação diária, eu tinha que preparar algo bonito o bastante.

Todo dia durante o almoço eu comia algo rápido e voltava a treinar, eu abandonei as aulas de Educação Física, até terminei meu trabalho na biblioteca mais rápido só para poder treinar mais e mais. Mas eu sentia que por mais que eu tocasse melhor e aprendesse a cantar, ainda faltava algo mais que eu não sabia.

- Dasty, é você? – disse Danny abrindo a porta, logo entrou Érico e Jens atrás.

- Sim, sou eu – eu disse – Pode ter certeza que o fantasma não está por aqui.

- Dasty, precisamos de sua ajuda.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa?

- Você precisa cantar com nós – disse Jens – Danny não canta nada bem e pelo visto você não consegue cantar e tocar ao mesmo tempo.

- Queremos que você cante, pode ser sua música mesmo – disse Érico – Mas nós vamos tocar.

Eu pensei bem, eles tocavam muito bem e em harmonia, talvez se eu cantasse seria bem mais fácil, apesar de eu não ter aptidão para isso eu tinha melhorado muito em relação à antes, sem pensar muito eu aceitei. Aquele dia eu abandonei a sala do piano e fui para a primeira sala do corredor onde eles estavam tocando há dias. Adeus fantasmas e memórias. Olá Futuro e Rock!

A combinação entre minha voz e o dom de tocar instrumentos dos garotos percutiu de uma forma muito positiva, conseguimos mesclar o ritmo que eu criara com o que eles tinham em mente. Mas isso de nada adiantaria se a pessoa para quem eu dedicava a música não iria vir.

Por isso naquele dia aproveitando que Bill ia me ligar, eu perguntei o que eu mais precisava saber.

- Bill quando você volta para a Alemanha? – eu perguntei.

- Dia vinte e oito de janeiro se tudo der certo, mas vai ser por pouco tempo, vamos ter que viajar dia trinta e um novamente.

- Dia trinta e um? Vocês não podiam ir um pouco depois?

- Por que? Você tem algo de importante?

-Vai ter uma festa no Colégio e gostaria que você viesse, eu sei que não é grande coisa, mas queria ter você perto de mim esse dia – eu disse só ouvindo a respiração dele do outro lado.

- Vou fazer o possível quanto a isso – disse Bill – Mas está muito difícil, minha agenda está cheia. Mas não se desespere eu vou tentar.

- Obrigada, eu sei que vou atrapalhar sua vida com isso, é só um baile e...

- Não é só um baile, é o seu baile. Se você quer minha companhia vou fazer o máximo para poder ir. Mas se não der, eu deixo você ir com outra pessoa, vou ter inveja do sortudo.

- Não vou acompanhada de ninguém, quando eu prometi que seria só sua, isso inclui bailes, ouviu?

- Tudo bem, se você insiste não tenho nada a reclamar – disse ele rindo – Sinto sua falta, a cada dia e a cada instante.

 

 

 


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