Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 16
Capítulo 16 - O Piano


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Ana, minha amiga, por que ela morreu de medo desse capítulo HSUAHSUAHSAUHSAU
Além de ser ela que me motiva a escrever.



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O natal passou voando, fizemos uma grande ceia em casa, convidando várias pessoas, a distribuição de presentes foi a melhor parte, onde meus familiares e amigos receberam presentes da Alemanha. A parte mais difícil foi explicar sobre meu namoro com Bill Kaulitz, já que por causa de fotos e notícias a maioria já sabia da novidade.

Ultimamente o telefone não para de tocar em casa, revistas querendo entrevistas e saber mais sobre meu caso com ele, não atendi nenhum telefonema, Bill era o famoso, o talentoso, não eu. Sou a namorada dele e não quero usufruir da fama que ele conquistou com sua dedicação.

Mas como tudo começou, tudo chegou ao seu fim e o tempo com minha família e amigos tinha acabado, as semanas que convivi com eles foi totalmente reanimadora e proveitosa, mas estava na hora de voltar.

Lá estava eu novamente no aeroporto, pronta para voltar aos estudos, reecontrar meus novos amigos e encarar o frio e a neve, mas eu não me importava desde que ele estivesse comigo, eu não estaria sozinha e não sentiria frio, nem o vazio.

Eu encarei o medo e mandei-o embora, eu não ligava para a filha da diretora se ela estava viva ou não, não era problema meu, então eu continuei a ler A donzela de Orléans normalmente durante a viagem. Toda aquela história de fantasma era uma baita bobagem e tudo ia ser esclarecido naquela expedição pelo Colégio, eu não tinha o que temer. Pelo menos era o que eu pensava.

Quando eu voltei para o Colégio Epifania der Herrgot, outros estudantes já haviam chegados, estavam naquela rotina que sempre era a mesma no começo dos semestres: arrumar o quarto. Mas dessa vez foi pior do que da primeira vez que eu havia chegado ao colégio, por todos os lugares que eu passava várias pessoas ficavam me encarando, e eu não sabia o por que, até me perguntarem.

- Você que é a namorada de Bill Kaulitz não é? – perguntou uma garota alemã.

- Sim, sou eu – eu disse exitando um pouco.

- Bem, não sei o que ele viu em você – disse ela venenosamente, mas eu já estava preparada para esse tipo de coisa.

- Viu algo que ele nunca virá em você.

E saí andando deixando ela de cara amarrada para mim, eu sei que não era a garota mais linda da escola ou a mais linda do mundo, eu era normal, mas eu não ia aceitar esse tipo de coisas! Mas muitas pessoas só me perguntaram isso por curiosidade, nem me ofenderam nem nada, apenas ficaram felizes ao saber da novidade.

Eu havia recebido uma mensagem de Bill no celular que dizia: “Como foi seu primeiro dia de aula?”. Podia ser pouco, mas com certeza fez a diferença no final do meu primeiro dia. Eu respondi: “Me senti em uma entrevista, todos perguntando sobre nós, viu como você só me causa problemas? Mas fico feliz em você ser o problema da minha vida. Sinto sua falta”. Antes de dormir recebi outra mensagem: “É só o começo, e como estamos começando com os elogios, saiba que você é uma droga, a droga que me vicia, estou endoidecendo nessa abstinência sem te ver. Ainda preciso dizer que sinto sua falta?”. Isso é um exemplo de como dormir bem no seu quarto sabendo que ele pertenceu a uma pessoa morta, ou não.

Eu pensei que as pessoas haviam se esquecido da expedição e isso foi um alívio para mim, mas na verdade só estavam escolhendo um ótimo dia, pois na aula de química que tudo ficou decisivo. Um bilhete pulou na minha mesa, era de Louise, endereçado a mim.

 

“Garota do quarto 483, a expedição está datada para hoje as duas da manhã, vamos nos encontrar no seu quarto que é o primeiro lugar suspeito, depois vamos andar pelo Colégio, você tem que participar. Louise”.

 

Ótimo, todos vão ficar vasculhando o meu quarto em busca de um fantasma, vai ser perfeito! Como assim tenho que participar? É uma ordem? Só por que eu tive o azar de cair no mesmo quarto que aquela garota, quanta sorte a minha. Jens leu o bilhete e expliquei tudo o que estava acontecendo, ele falou que ia me acompanhar e que parecia divertido. Eu decididamente não estava achando aquilo nada divertido.

 

***********************************************************

 

Eram duas da manhã, logo começaram a chegar várias pessoas no meu quarto, tinha pelo menos umas doze pessoas, entre elas Louise, Mayumi, Megan, Kristin, Kirstin, Danny, Jens e Érico. Louise começou a analisar o meu quarto, olhar debaixo da cama, embaixo do tapete, atrás da cortina das janelas e atrás do guarda-roupa, mas não tinha nada.

- Não tem nada – eu disse – Fico o maior tempo nesse quarto e nunca vi nada de estranho.

Mas ela não se contentou, teve que olhar dentro do guarda-roupa, debaixo do colchão e até na poltrona ela procurou por algo, então ouvi ela exclamar algo.

- Uma prova! – disse ela sacudindo o seu braço mostrando um brinco.

- É só um brinco – disse Megan.

- Isso prova que a pessoa que ficou por aqui era uma garota e segundo que era rica, o brinco é de diamantes.

- É da última pessoa que ficou por aqui, pode ter sido uma pessoa rica, tem vários ricos pelo Colégio – disse Megan virando os olhos.

- Aqui é a área de pessoas que não falam alemão e que são de outros países, a maioria não tem brincos de diamantes.

- Eu sou rico e fiquei no corredor dos garotos que não falam alemão ano passado – disse Danny.

- Tudo bem – disse Louise ficando brava – Eu disse que era só uma prova, ainda não quer dizer nada.

- Vai ver esse brinco foi o Bill que deu para Dasty – disse Kristin.

- Bill! – exclamou duas garotas que pareciam estar ali só por que eu conhecia Bill Kaulitz e Tokio Hotel – Bem que você podia falar dele, não é Dasty?

- Calem-se! – disse Louise – Não estamos aqui para falar do caso de Dasty e sim do caso da filha da diretora.

Decidimos sair do meu quarto já que não teria nada ali, e começamos a caminhar pelo corredor feminino até a saída. Duas horas da manhã em Hamburgo tem um frio terrível, de gelar a alma, ainda bem que eu estava bem vestida, se não eu estaria congelada aquele momento.

A porta para o corredor da escola estava trancada, mas Louise tirou uma chave do bolso e abriu, alegando que tinha conseguido copiar a chave, por que pegou uma do faxineiro noturno, então entramos no Hall que estava tomado por uma escuridão enorme.

- Caramba, parece filme de terror! – exclamou Érico.

- Ótimo para se achar fantasmas – disse Louise – E então por onde começamos?

- Qual o lugar mais assustador? – perguntou Kirstin.

- A biblioteca! – exclamou Mayumi – Parece ser bem assustador.

- Não é assutador, é um lugar normal, bem legal na minha opinião – eu disse.

Mas Louise não ouviu o que eu disse, então tivemos que ir para a biblioteca, mas eu sabia que não ia dar certo porque a biblioteca também fica trancada de noite, apesar de Louise ter tentado abrir com um cartão, com um clips e com uma tesoura, nada deu certo.

- Droga, acho que da próxima vez tenho que roubar as chaves da Senhora Ingrid! Bem que você podia fazer isso por mim, não é Dasty?

- Me deixa fora disso.

- Então só sobra um lugar, o lugar que ela mais foi vista, ou melhor ouvida.

- A sala de música – disse Mayumi.

Eu nunca havia estado naquele corredor antes a não ser aquele dia com Sylvia, ele era muito sombrio e comprido, cheio de salas, era lá que os alunos com dom da música passavam o tempo treinando e cantando. Eu estava tremendo, estava escuro eu não conseguia ver nada direito, foi quando Jens ligou uma lanterna.

- Não tem nada aqui – disse ele.

- Mas quem disse que era no corredor que ela ficava? É na sala do piano, a última do corredor.

- Não vai ter nada, estou perdendo uma noite de sono – disse Megan.

- Então vai dormir, vou continuar aqui – disse Louise.

- Duvido! Você só chamou todos nós porque estava morrendo de medo de ir sozinha.

- Claro que não, eu convidei, por que seria muito mais divertido em grupo, se a senhorita sou melhor que você não está gostando, então vai embora.

- Vou mesmo, não vou aturar você, garota idiota!

Megan ia começar a ir embora, quando ouvi um barulho que ecoou pelo corredor inteiro, eu me arrepiei inteira, eu conhecia aquele barulho, é quando se levanta a tampa de um piano.

- Vocês... Vocês... Ouviram esse barulho? – eu perguntei agarrando o braço de Jens que estava do meu lado.

- Que barulho? – perguntou Danny.

- Eu ouvi um barulho no final do corredor.

- Ah Meu Deus! – exclamou uma das garotas fã de Tokio Hotel – Será que é o fantasma?

- Você deve ter imaginado – disse Megan – Eu não ouvi nada.

Eu pensei que tinha imaginado alguma coisa mesmo, mas então percebi que não, por que o piano começou a tocar, eu conhecia aquela música, muito bem, por que eu já havia tocado ela uma vez. Eu entrei em estado de pânico, comecei a tremer e respirar rapidamente.

- Dasty – disse Jens me segurando – O que aconteceu?

- A música... A música...

- Que música?

- Estou ouvindo um piano tocar Jens – eu disse a ponto de chorar.

- Mas não tem nenhum piano tocando – disse Louise.

- Dasty, acho que você está imaginando – disse Megan – Está tudo bem, não tem nada tocando, não há nenhum barulho.

- O piano está tocando sim! – eu disse – Eu estou ouvindo, não estou imaginando. Está tocando Tristesse do Chopin.

- Ah! Tem um fantasma aqui! – disse a fã do Tokio Hotel começando a chorar.

- Calma – disse Danny – Ela só quer colocar medo na gente.

- Droga! Eu falei que não estou mentindo! A droga do piano está tocando!

Eu gritei alto demais, minha voz ecoou por todo o corredor e então o piano parou. No mesmo momento a última porta do corredor abriu com tudo e um vento enorme e gelado percorreu o corredor inteiro fazendo quase todos nós cairmos no chão, eu me abaixei para não ser levada, eu estava decididamente morrendo de medo. Ela existia.

- O que foi isso? – exclamou Megan se levantando quando o vento parou, eu me encontrava no chão tremendo e sentindo as gotas de lágrimas se misturarem com minha saliva.

- Dasty – perguntou Érico me ajudando a levantar – Você não está nada bem!

- O piano parou – eu disse – E então começou a ventar, meu Deus, o que está acontecendo?

- Tem um fantasma aqui! – exclamou Kristin e Kirstin se abraçando também tremendo.

- Vamos até a sala – disse Louise – Ver se ele ainda está lá.

Eu não queria, ninguém queria realmente, mas todo foram já que ninguém disse nada contra. Érico por ser o mais forte, me ajudou a andar e fomos todos para a sala do piano.

A sala era enorme, tinha um piano com calda preta lustrosa virado para o lado esquerdo onde se encontrava uma estante de livros com letras de músicas, no lado oposto havia uma mesa e de frente para nós uma enorme janela aberta por onde saía um vento gélido da noite escura.

- Era apenas uma janela aberta – disse Megan – Nada demais, sem fantasmas.

- Mas um vento daqueles só se tivesse tendo uma tempestade nesse momento, e pelo visto não está tendo – disse Jens.

- E também conta a música que Dasty ouviu, também é suspeito – disse Louise olhando para mim.

- Vamos ficar loucos desse jeito – disse Megan – Não foi nada sobrenatural, o vento foi causado por uma janela e o que Dasty ouviu pode ter saído da cabeça dela, não que ela seja louca, mas nenhum de nós ouviu nada.

Enquanto todos discutiam o ocorrido, eu larguei Érico um pouco e fui caminhando até o piano, quando me virei para vê-lo, notei que ele estava com a tampa levantada e que havia folhas nele, eram a partitura da música Tristesse, então eu congelei.

- Era ela! – eu exclamei.

- O que? – perguntou Danny.

- Aqui está, a partitura da música que eu ouvi, tristesse do Chopin.

- Mas como você sabia que era essa a música? – perguntou Louise.

- Por que eu toquei uma vez, em um concurso, além de ser uma das minhas músicas favoritas.

- E como podemos saber que não foi você que planejou isso? – perguntou Mayumi – Afinal foi você apenas que ouviu a música e sabe até o nome.

- Eu não fiz isso – eu disse – Por que eu faria isso? Estou tão assustada quanto vocês? Acho que até pior que vocês.

- Não foi a Dasty – disse Megan – Ela não ia perder seu tempo fazendo isso, acho mais provável a Louise fazer isso.

- Ah, claro! – disse Louise – Sempre eu que faço tudo. Eu nunca ia conseguir fazer aquele vento, isso foi coisa sobrenatural pode ter certeza.

Eu agora também acreditava naquela hipótese, mas eu estava passando muito mal aquele momento para pensar em mais, o que aconteceu não fora causado por um humano com certeza, mas eu esperava que sim, que algum apresentador de programa aparecesse dizendo que foi uma pegadinha. Mas decididamente, ele não apareceu.

 


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