Minha Única Exceção escrita por YasminGonçalves


Capítulo 2
Acordando Antes Das Seis


Notas iniciais do capítulo

Ela realmente acordou antes das seis...
Isso pode ou não ser uma característica do amor?
Primeiro dia do Acampamento.



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Caraca, eu não acredito que estou acordando antes do galo cantar. Pois é, eu tenho um galo no meu quintal. Fala sério, o que ese garoto fez comigo? Eu nunca, nunca mesmo, acordei tão cedo na minha vida. Isso tudo para aproveitar os últimos dias de felicidade que me restavam. Mas isso não é amor, deixo bem claro.

- Amor, acorda... - Era ele jogando pedras na janela.

- Estou acordada, já vou descer.

- Eu sabia que você iria acordar antes das seis. No fundo eu sabia.

Meu coração parecia pesar a cada degrau que descia, pulei os dois últimos para aliviar essa sensação. Deixei um bilhete colado com imã na geladeira para que meu pai não se preocupasse, ele é capaz de entender. Agora, o melhor a fazer era sair antes que mudasse de idéia. Algo me dizia que não seriam dias normais. Eu estava com medo do que sentiria quando retornasse, mas não há mais nada a fazer.

 - Finalmente, pensei que não iria sair nunca.

- Você leu meus pensamentos, Gabriel?

- É melhor parar com isso, assim você me assusta, Flor.

- Certo, já parei. Vamos?

- Vamos, tenho certeza que serão os melhores dias das nossas vidas.

- Já eu...

- Sobe na moto, confia em mim.

- Certo, eu confio.

Ele nunca acelerou tanto, estavamos a quase cento e vinte quilômetros por hora, mas eu não estava com medo, até que ele entrou por uma estrada de terra e fomos parar no meio do nada.

- Gabriel, onde estamos?

- Na natureza...

- Você saber voltar, não sabe?

- Claro que sei, pode confiar em mim... - Pela primeira vez senti que estava mentindo para mim.

- E agora?

- Vamos armar nossa barraca.

- Gabriel, aqui tem bichos, tipo cobras, aranhas... Não é melhor procurar outro lugar?

- Meu amor, estamos de frente a uma cachoeira, temos tudo que precisamos, este é o melhor lugar. E se algum bicho aparecer, eu te defendo.

- Até parece... Você não consegue fazer mal a um mosquito.

- Valeu pela parte que me toca.

- Confesso que acho adoro isso em você.

- Adora ou Ama?

- Adoro.

- Nossa, que resposta fria.

- Você sabe do meu pequeno probleminha, não se faça de desentendido.

- Certo, vamos armar a barraca.

Entre um beijo e outro armamos a barraca, depois almoçamos, tomamos banho na cachoeira, entre outras coisas, o primeiro dia se passou sem sobresaltos. Quando veio a noite, seus braços me envolveram e eu já não sentia medo, sabia que com ele algo diferente despertava em mim, um misto de coragem, angústia, loucura e sanidade. Tudo em mim se misturava e aquela velha sensação de borboletas no estômago, a qual a minha mãe se referia, começou a despertar em mim... "Eu não quero sentir isso", pensava antes de dormir.


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Notas finais do capítulo

Um primeiro dia bem normal, mas ainda faltam outros dois. E muita coisa vai acontecer.



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