Minha Única Exceção escrita por YasminGonçalves
Notas iniciais do capítulo
"Flor é uma garota complicada e traumatizada com o amor, isso aconteceu quando ela presenciou o divorcio trágico e litigioso de seus pais que resultou na morte da sua mãe, desde a infância ela não acredita no amor. Gabriel surgiu em sua vida e após muita insistência ela abriu a única exceção de sua vida para tentar descobrir o que é esse sentimento estranho que, segundo ela, é capaz de destruir vidas.
Gabriel é um garoto que feliz e que se entrega ao amor totalmente e a insistência é seu forte. Sua vida nunca foi marcada por coisas trágicas, até ele descobrir que teria que ir para longe do grande amor de sua vida. Essa situação o perturbou profundamente a ponto de bolar um plano para ficar para sempre com seu amor..."
Essa é a primeira Fiction que publico, espero que gostem e que, de algum modo, ela consiga mudar um pouco a vida de cada um de vocês.
Yasmin Yuki
Amor. Que é amor? Nada pode ser assim nomeado. Amor não existe, é apenas uma idéia a qual a humanidade se apega para tentar ser feliz. Eu propriamente estou fora dessa "humanidade", afinal, me libertei desse mal. Não acredito em amor. Ele nunca fará parte da minha vida. E quando essa epifania aconteceu? Bem... "Quando eu era jovem eu vi meu pai chorar e amaldiçoar o vento. Ele quebrou seu próprio coração e eu assisti enquanto ele tentava remontá-lo. E minha mãe jurou que jamais cantaria sobre amor, porque ele não existe"(The Only Exception - Paramore). Isso também não quer dizer que vou viver sozinha e amargurada pelo resto da vida. E se alguém duvida eis a prova: Eu tenho um namorado. Seu nome é Gabriel. E pode parecer controverso o fato de me apegar a alguém, porém sei muito bem separar as coisas. Não é como se ele fosse um objeto, nada disso. Ele é meu ... Taí, não sei como completar essa frase... Mas o caminho para aprender a completá-la começou num verão... Eu estava compondo uma música no piano da escola, dentro do teatro... Gabriel chegou.
-É uma canção de amor?
-Isso soou meio irônico.- E olha que ironias não são o forte dele.
-Irônico eu? Você sabe que ironia não é o meu forte.
-E você sabe que amor não é o meu, Gabriel.
-Talvez...
Um silêncio formou-se e parecia que somente um beijo seria capaz de rompê-lo. Mas uma má notícia modificou essa suposição...
-Eu preciso te contar uma coisa.
-Você está com um tom sombrio na fala, Gabriel. Isso me assuta.
-Desculpe, Flor. Não era minha intenção. Porém, a notícia tem um caráter sombrio sim.
-Então diga logo antes que eu imagine coisas traumatizantes.
-O meu pai foi transferido para a Groelândia.
-Como assim? Pra Groelândia?
-É. A empresa está abrindo novos horizontes. E...
-Você vai embora?
-Eu já recebi a carta de uma ótima faculdade e ...
-Você vai embora?
-Não era minha intenção, eu não quero. Mas...
-Você vai embora?
-Eu preciso ir.
Neste silêncio que formou-se a seguir um beijo não foi capaz de dissipá-lo.
-Mas, ainda restam alguns dias até a partida.
-Alguns dias? Por que você não me contou assim que soube?
-Estou contando. Meus pais queriam ter certeza antes de me falar.
-Sogros... O que fazer com eles?
-Não entendi. É uma pergunta retórica?
-Óbvio que é!
-Foi engraçado.
-Acho que vai demorar pra eu concordar com isso outra vez.
-Bom, mas eu tive uma idéia.
-Pra quê?
-Para aproveitarmos esses últimos dias juntos.
-Seria melhor uma idéia pra nos fazer esquecer o que aconteceu e o que está por vir.
-Isso foi estranho.
-É, foi mesmo. Qual é a sua idéia?
-Acampar.
-Acampar? Onde? No parque ecológico como sempre?
-Não. Estou pensando em acamparmos na floresta mesmo.Sem guias e todos aqueles cuidados.
-Mas, estamos em aula.
-Melhor ainda. Matar aula e acampar. Quer aventura melhor?
-Nossa, não estou reconhecendo você. Antes era o senhor responsabilidade, e agora isso...
-Toda aquela responsabilidade só me fez perder tempo e não aproveitar a sua companhia.
-Eu te avisava.
-Eu lembro.
-Exato, agora não passam de lembranças...
-Eu te amo.
-Você sabe o quanto fico desconfortável quando você diz isso.
-Só estou falando o que vem de dentro de mim.
-Mas você sabe que não sou capaz de te responder.
-Não precisa, eu ouço o seu coração...
Agora um beijo mais demorado selou esse "quase compromisso" eterno. E eu sabia que lágrimas entregariam aquilo que estava sufocado na minha alma. Por isso, respirei fundo e abri os olhos. O melhor modo de não se aprisionar...
-Quando vamos?
-Eu passo na tua casa amanhã ás seis tá?
-Seis horas, Gabriel? Você só pode estar brincando!
-Não, não estou.
-Você tá achando mesmo que eu vou acordar antes das seis?
-Vai sim... Eu passo na tua casa. Tchau.
-Volta aqui Gabriel!
Não deu tempo de dizer mais nenhuma palavra, ele simplismente/praticamente me agarrou. Enquanto eu me recuperava daquele "ataque", ele foi saindo... E ele sabia que eu iria acordar antes das seis... Tenho certeza de que sabia.
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E no próximo capítulo...