O Chat escrita por Labi


Capítulo 17
Capítulo XVII - Sing for Absolution


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa por não ter postado na semana passada.



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Gilbert acordou com o irritante e constante barulho de alguém a bater á porta do seu quarto.Com um grunhido, tapou a cabeça com os cobertores e voltou-se de barriga para baixo. Mesmo assim, o barulho continuou e ele gritou, ainda com os cobertores a tapar-lhe a cabeça:

"Que foi?"

Ouviu a porta abrir-se e de seguida alguém a tossir:

"Não te levantas?"

"Ainda é cedo irmão..."

"Como queiras. Deixei o almoço, os restos de massa á bolonhesa, no microondas. Vou sair e volto mais tarde."

"Ok."

"Até logo."

O albino nem se deu ao trabalho de responder e virou-se de novo de barriga para cima para tentar voltar a dormir. Rapidamente esse esforço mostrou-se inútil, depois de acordado, ele não ia conseguir adormecer. Resmungou sozinho e levantou-se da cama, esfregando os olhos e tentando não os abrir directamente para a luz que entrava na sua janela.

Após meio minuto a ganhar coragem, ele suspirou e foi ao guarda-vestidos e pegou na primeira t-shirt e nas primeiras calças que encontrou. Despiu o pijama e vestiu a roupa diária rapidamente, e quando acabou, dirigiu-se á cozinha. Olhou para o relógio e fez uma careta. Eram já duas da tarde.

"Maldito Ludwig." Praguejou para si mesmo enquanto programava o microondas para aquecer a massa á bolonhesa que tinha dentro. " Acordou-me cedo outra vez!"

Quando acabou de comer, arrumou a mesa, lavou os dentes e aterrou confortavelmente no sofá com a esperança que estivesse a passar alguma coisa interessante na tv. Estava quase a adormecer de novo quando ouviu a campainha tocar.

Pensou em ignorar. Afinal, a última visita que tinha estava lá em casa (para além do Feliciano) só não o assassinou porque ele se fechou no escritório até sentir que o perigo (no caso, a Natália) se tinha ido embora. Por alguma razão, decidiu abrir a porta mesmo correndo o risco de ser aquela doida de novo.

  Abriu a porta lentamente e espreitou pela ranhura para conseguir ver quem era, e ao reconhecer a pessoa, bateu com a porta para trás e disse:

"O que te trás á incrível casa do incrível eu?"

Elizabeta, que saltou ligeiramente ao ouvir a porta bater, olhou para ele furiosa e empurrou um saco na sua direcção:

"O teu casaco."

Gilbert piscou os olhos várias vezes e agarrou no saco.

"Até logo." ela rodou sobre os calcanhares e num passo apressado começou a dirigir-se para a rua.

"E-Espera!"

Ela parou, mas não olhou para trás.

"Eu...hum...Des..."

Ao perceber que ele estava embaraçado, Elizabeta voltou-se para ele com um olhar curioso. Ao ver que ela não ia dizer nada e que esperava que ele acabasse de falar, o alemão engoliu em seco e continuou:

"Desculpa-ter-te-tirado-o-divertimento-ontem!"

Depois de ter dito tudo em rajada, Gilbert sentiu a sua cara quente e antes que a húngara falasse alguma coisa, fechou-lhe a porta na cara.

Lá fora, Elizabeta desmanchou-se a rir, abanou a cabeça e retornou o seu caminho.

A gargalhada não tinha passado despercebida ao alemão e tinha contribuído ainda mais para o seu mau humor. A resmungar sozinho, atirou o saco para cima do sofá e sentou-se ao lado.

Passado algum tempo, olhou de esguelha para ele e só então se apercebeu que tinha um volume quadrado no saco. Curioso, abriu-o e encontrou um pequeno tupperware (com uma tampa ás florezinhas para seu desagrado) cheio de bolachas caseiras.

Sorriu para o pacote e afundou-se no sofá, devorando todas as bolachas até ficarem só algumas migalhas.

Fez uma nota mental para depois dizer a Elizabeta que ela não sabia cozinhar. Não era para ter motivo para falar com ela, era apenas para a irritar...Satisfeito com essa conclusão, Gilbert sorriu para si mesmo e deixou-se adormecer.

Uma pessoa incrível como ele não precisava de assunto para falar com a garota mais idiota e masculina de toda a rua.

# = #

Nas semanas seguintes, o laranja das árvores desapareceu, dando origem a árvores despidas que tinham aspecto assustador. Junto com elas, os dias tornaram-se mais pequenos e frios e rapidamente se começou a ver fumo a sair das chaminés ao final da tarde.

Os primeiros enfeites de Natal também não demoraram a aparecer. Em algumas casas havia só luzinhas nos parapeitos da janela, noutras as estátuas de deusas gregas tinham até direito a um gorro de natal, e ainda havia aquelas que pareciam autênticas obras de arte, cheias de efeitos e luzes.

Parecia que toda a gente tinha entrado no espírito natalício, ainda que em diferentes quantidades. Ou quase toda a gente. Havia uma casa em especial que ainda não tinha entrado nesse espírito:

"E acho que está tudo!"

"De certeza? Olha que só temos aqui 6 caixas..."

"Achas que necessitamos de mais?"

Lovino, mais uma vez, tinha se esquecido que sarcasmo não era o ponto forte do espanhol.

"Esquece bastardo, deixa lá isso."

António fez uma careta e desceu do banco que tinha utilizado para chegar á estante mais alta da cave para conseguir encontrar os seus enfeites de Natal. Ele tinha demorado a semana toda a convencer Lovino a ajudar...

"Vamos montá-la no hall de entrada!" disse entusiasmado o espanhol e pegou em algumas das caixas para levar para o hall.

O italiano não pode deixar de sorrir ao ver a atitude entusiasmada do espanhol. Era tal e qual uma criança... Uma criança grande, irritante e com mau-gosto decorativo...Mas uma criança ainda assim.

##

The Hero diz:

Mas tens de admitir Artie, é a melhor de toda a rua.

The Great Uk diz:

Arthur*

Claro que sim. A tua casa nem parece um carrossel nem nada. Até gostava de saber como o Matthew te deixou fazer aquilo.

The Hero diz:

Foi só necessário um pouco de persuasão.

The Great Uk diz:

Sei...

Norge diz:

Se a persuasão dele for como a do Peter, então tenho pena do Matthew.

The Hero diz:

Oi Norge! o/

The Great Uk diz:

Olá Norge.

O que fez o Peter desta vez?

Norge diz:

Juntou-se ao Dan na demanda de convencer o Tino a montar a arvore de Natal hoje. Já não posso mais com aqueles dois.

The Hero diz:

Ahahah aquele rapazinho é tão engraçado.

The Great Uk diz:

Lamento Norge...

Norge diz:

Não faz mal. Pelo menos este ano ainda não me obrigaram a ver o "Sozinho em Casa".

The Hero diz:

ADORO ESSE FILME! Principalmente aquele que ele fica em Nova Iorque!

The Great Uk diz:

Tch. Prefiro ver os especiais de Natal das séries britânicas.

Francis B diz:

Mas que eu saiba, num dos "Sozinho em casa" a família do miúdo vai para Paris , a cidade del amour~

The Hero diz:

Series inglesas não tem piada.

Olá Francis~

Norge diz:

Vou sair, tenho de ir ajudar o Berwald a encontrar a arvore de Natal.  Adeus.

The Hero diz:

Adeus!

Aaaaaartie! Lembrei agora!

The Great Uk diz:

Arthur*

What?

The Hero diz:

AJUDA-ME A MONTAR A ARVORE!

The Great Uk diz:

Não.

The Hero diz:

Pleaseeee!!

Francis B diz:

Boa sorte com isso.

##

"António, desse lado não! Já tem muitos enfeites aí!"

"Mas Lovi, o Pai Natal tem de ficar ao pé do Rudolfo!"

"Põe do outro lado..."

"Mas-"

"PÕE O PAI NATAL NO OUTRO LADO!"

António fez biquinho mas pegou no Pai Natal de peluche e colocou no lado oposto da árvore.

Colocaram mais algumas bolas coloridas e depois afastaram-se para ver o resultado.

"Falta só uma coisa!" disse o espanhol pensativo.

"Como assim?"

António foi a correr e voltou com algumas caixas embrulhadas na mão:

"Os presentes debaixo da árvore!"

"Mas já? Ainda faltam algumas semanas para o Natal..."

"Não estão todas claro!"

"São para quem essas?"

"Para o Afonso, Luciano, Francis, Gilbert..." parou durante uns momentos para pensar "Feliciano e... para ti!"

A face de Lovino ficou ligeiramente rosada:

"P-para mim?"

António abanou afirmativamente a cabeça e sorriu.

Embaraçado, Lovino olhou para todos os lados, menos para o espanhol, e viu uma bola que tinha caído ao chão. Apanhou-a e disse quase a sussurar:

"N-n-não percisavas de gastar dinheiro comigo..."

"Claro que sim! Eu sou o teu chefe! Os chefes oferecem prendas."

Ao dizer isto passou por Lovino, passou-lhe a mão pelos cabelos em forma de brincadeira e dirigiu-se para a cozinha.

"I-i-idiota!"

Sem tempo de reagir, António apanhou com uma bola na nuca.

"Ah Lovi, estás naquela altura do mês?"

Desta vez não foi atingido por uma bola, mas sim por uma vassoura...


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Notas finais do capítulo

E tudo isto porque a minha mãe se lembrou de montar a árvore hoje.
Quando ao Sozinho em casa (Home alone) é um filme que passa TODOS os Natais. Desde que me conheço como pessoa que vejo SEMPRE esse filme no Natal